História Eu Te Amo,Eu Te Odeio,Eu Te Desejo - A Verdade As Vezes É Dolorosa

A minha querida adorada 

Por vocês dou meu mundo meu sangue e minha vida 

                                              Tilo Wolff

Narração Tilo Wolff 

No dia seguinte fui tomar café com meus pais,papai disse:

-Tilo,quando chegou?

-Vim ontem de noite,você já estava dormindo.

-Quando for assim me acorde,gosto quando meus filhos vem aqui.

-Eu só não queria incomodar papai.

-Tilo,você e seus irmãos nunca me incomodam.

-Conversa fiada papai.

-Conversa fiada nada Tilo.

Disse minha mãe,papai disse:

-Parece tenso garoto.

-Anne está grávida.

-Ah que bom,espera...Aí Tilo que droga como vai dizer a George?

-Ainda não resolvemos pai,bem mas vou indo lá,de hoje não passa.

-Toma o café primeiro Tilo e depois que resolver isso trás Anne para conhecermos ela.

-Claro mamãe.

-Verdade filho,conhecemos todo mundo da banda menos a Anne.

-É que ela não sabe que sou filho de Thomas e Mia Valcorte.

-Bem filho uma hora ela vai descobrir.

Disse minha mãe,papai disse:

-Você é igual a David.

Como eu disse meus pais era a família mais rica da Alemanha eu não gostava muito disso pois na escola sempre me tratavam diferente por eu ser filho deles,apesar de tudo quando eu não falava o nome dos meus pais ninguém desconfiava,todos pensavam que meus irmãos e eu éramos pessoas normais.

Meus pais nos preservavam sempre por isso o único filho que tinha herdado o nome Valcorte foi Till,já meus outros irmãos e eu tínhamos o nome de nossos antepassados

Quando terminei o café subi para o quarto para escovar os dentes quando terminei papai entrou no quarto,e disse:

-Tilo,podemos conversar?

-Claro.

Nos sentamos na cama,ele disse:

-Filho tem certeza que quer reconhecer esse bebê?

-Pai é meu filho.

-Eu sei filho,mas ela quer mesmo largar o George?

-Eu não sei pai,tô tão confuso com tudo isso.

-E se o bebê for do George?

-Tenho certeza que o bebê é meu,mas se for do George eu não vou poder ficar mais com ela.

-Filho eu sempre achei isso uma péssima idéia,mas vejo que essa moça te faz feliz e se ela te faz feliz deve correr atrás,mas Tilo se por acaso o bebê for do George é hora de aceitar que perdeu.

-Eu sei pai,mas Anne não mentiria para mim.

-Eu sei filho,mas se essa moça não quiser dizer a verdade para o marido dela sabe o que vai fazer?

-Pai,não quero pensar nisso.

-Só não quero ver você sofrendo Tilo,você é tão gentil tão bom tão carinhoso tão romântico,eu ia odiar ver você sofrendo.

-Agradeço sua preocupação papai,mas tenho que resolver isso.

-Cuidado filho,para não machucar quem você ama.

-Fala do George né?

-Falo,eu lembro desse menino aqui brincando com você e aposto que ele vai se sentir traído por você e Anne,mas nada que o tempo não cure,porém ainda ficará marca.

-Pai,preciso ir,te amo.

-Também te amo filho.

Nos abraçamos eu gostava de conversar com meu pai ele sempre me dizia a verdade,acabei indo para casa e vi Anne com Kristin e Tobias,Tobias estava com um ursinho de Liz na mão e fingia a voz do ursinho para a barriga de Anne,Kristin dava risada e Anne também.

Os três notaram que eu tinha chegado Kristin disse:

-Passou a noite aonde Tilo?

-No papai e na mamãe.

-Tá vamos sair Kristin,nosso irmão precisa conversar.

-Sim Tobias,tenho que trabalhar.

-E eu tenho que buscar minhas crianças para ir na escola.

Os dois saíram e Anne e eu ficamos sozinhos,ela disse:

-Ainda tá assustado?

-Um pouco.

Nos beijamos e ficamos nos beijando por um tempo,ela disse:

-Temos que contar para ele né?

-Temos,não é justo para ele.

-Ele está trabalhando agora.

-Então vamos.

-Estamos fazendo a coisa certa?

-E o que é o certo Anne?Você dizer que o bebê é dele?

-Claro que não Tilo,é que você é o melhor amigo dele.

-E daí?Anne eu não quero ele assumindo meu bebê!Só se o bebê for dele?

-Não transo com ele a meses Tilo.

-Desculpe,só fiquei nervoso,vejo que você não quer largar ele.

-Querer eu quero,mas tenho medo por vocês dois.

-Anne,não pense nisso.

Ela me abraçou,e disse:

-Vamos logo.

Entramos no carro e fui dirigindo até o hospital,não posso negar o nervosismo pois eu não ia saber a reação de George,quando eu estava no meio do caminho senti alguém batendo no nosso carro e de repente tudo ficou escuro,quando consegui enxergar vi que tínhamos batido o carro,a primeira coisa que fiz foi ver Anne,ela disse:

-Tilo!

-Amor você está bem?

-Estou.

Senti meu peito arder como se estivesse pegando fogo,eu não liguei para a dor pois minha preocupação era Anne,só me tranquilizei quando vi o médico cuidando dela,meu peito doía tanto que eu mau conseguia respirar,mas aguentei firme até chegarmos no hospital.

Como minha irmã já sabia da gravidez de Anne ela foi logo ver se o bebê estava bem,Kristin disse:

-O bebê está ótimo,mas Anne deve ficar de repouso aqui no hospital como garantia.

-Graças a Deus.

Disse Anne,George entrou no quarto dela e Kristin conseguiu esconder os exames que tinha feito em Anne,George disse:

-Kristin,o que faz aqui?

-Procedimento doutor George.

-Ah claro,Tilo o que houve?

-Um doido bateu na gente,tudo ficou escuro.

-A gente rodou duas vezes Tilo,aí.

Ela começou a sangrar,Kristin disse:

-George vai examinar o Tilo enquanto eu cuido da Anne.

-Claro.

-Não eu quero ficar.

Anne apertou minha mão,Kristin disse:

-Irmão,sua pupila está dilatada,precisa de uma tomografia.

-Kristin tem razão.

Disse George sai do quarto de Anne com George.

Narração Anne Nurmi 

-Kristin,não posso perder ele!

-Calma Anne,você só rompeu uma veia,o bebê está bem.

Ela me mostrou a imagem do bebê,eu disse:

-Já dá para ouvir o coração?

-Já.

Ouvi um coração acelerado e comecei a  chorar eu queria Tilo comigo.

Narração Tilo Wolff 

Fiquei preocupado com Anne e o bebê será que ela estava perdendo meu filho?George olhava meus olhos,mas eu nem dava muita atenção para as perguntas dele,George disse:

-Tilo,sente dor?

-Meu peito queima.

-Tira a blusa.

Tirei minha camisa e Vi que meu peito estava vermelho quase roxo,George disse:

-Raio X.

-Eu não ia fazer a tomografia?

-Faremos os dois,seu peito pode estar cheio de sangue.

George me levou para o raio x e eu me deitei para fazer o exame.

Narração Kristin Wolff 

George estava na sala de raio x com meu irmão,eu disse:

-Eu disse para fazer tomografia.

-A pupila dele voltou ao normal,tô preocupado com o peito dele.

George começou a fazer o raio x,ele disse:

-Anne está bem?

-Esta.

-A Anne...Meu Deus Kristin.

-Meu Deus.

George e eu nos assustamos com o resultado do raio x,George disse:

-Como ele ainda está vivo?

-Não ah tempo George!Chama todos os médicos de plantão agora!

-Você não pode entrar.

-Chama agora!

George chamou todos os médicos em seguida começamos a discutir o caso,o doutor Pedro disse:

-Silêncio!

-Tilo estava conversando sorrindo!Como agora ele pode morrer!?

-Kristin,o Tilo estava com toda a adrenalina no corpo por isso não sentia muita dor mas ele deitou e a adrenalina foi embora,os órgãos dele estão fora do lugar temo que operar ele agora.

-Dr Fontenelle como vai ser o procedimento?

-Ele vai precisar de muito sangue,e depois veremos como ele vai reagir.

-A cirurgia é delicada,talvez o corpo dele precise de uns dia para se recuperar e continuarmos a cirurgia.

-Tá dizendo que meu irmão pode precisar ficar aberto por dias?

-Talvez.

Disse George eu comecei a chorar eu sabia que as chances dele sair dessa com vida era bem baixa,eu disse:

-Ele não pode morrer,ele vai ser pai.

-Ele não vai morrer Kristin.

Disse George,eu disse:

-Eu faço essa operação então.

-Kristin,eu cuido do Tilo,ele é meu irmão também,não vou deixar ele morrer.

-Tá legal Kristin,avisa a seus pais enquanto levamos ele para a cirurgia.

Disse Pedro os médicos tinham razão,deixei que eles iniciassem a cirurgia em Tilo e antes que ele entrasse para a cirurgia eu liguei para meus pais,acho que foi a pior notícia que eles receberam e na mesma hora meus pais e irmãos foram para o hospital.

Fui para o quarto de Anne olhar o bebê,ela disse:

-Kristin,cadê seu irmão?

-Esta fazendo exames Anne.

-Até agora?

-Sim,essas coisas são demoradas mesmo.

-Preciso contar a George.

-Anne,espere o Tilo e os dois contam juntos.

-Acha melhor?

-Acho,bem vou ver meu irmão.

Sai do quarto de Anne e pedi que Tobias e David ficassem com ela enquanto eu olhava a cirurgia de Tilo,quando entrei na sala onde víamos a cirurgia,eu interfonei para George,ele disse:

-Kristin,já vamos iniciar.

-A posição George.

George e os outros médicos ficaram na posição de super herói por alguns segundos em seguida,ele disse:

-Vamos lá pessoal é um belo dia para salvar vidas.

E ele começou a cirurgia do meu irmão e eu ia mandando mensagem para David e Tobias sobre o que acontecia na sala de cirurgia.

Narração Anne Nurmi

-David porque olha tanto esse celular?

-Nada só estou esperando mensagem da minha mulher.

-Eu também,já contei a novidade?

-Não Tobias.

Tobias me mostrou uma caixa que dentro tinha duas alianças,eu disse:

-Lindas a Bobo vai adorar.

-É eu ia mostrar para o Tilo,melhor eu já casar com ela temos dois filhos e eu a amo e quero mais um.

-Não vai nem dar espaço para o bebê do Tilo e da Anne?

-Só um pouco David,papai ficou todo feliz quando eu disse que ia pedir ela em casamento.

-Meninos eu ainda não conheço seus pais.

-Agora que tem um Wolff em você vai ter que conhecer.

Disse David,fiquei conversando com eles até que dormi e sonhei com Tilo comigo.

Narração Kristin Wolff

Passou 13 horas desde o início da cirurgia George já estava exausto e os outros médicos também,eu interfonei,e disse:

-George,ele precisa ficar aberto,chegou no limite dele.

-Kristin,estou tentando evitar isso.

-Não ah mais nada o que fazer George,se ele ficar dois dias aberto o corpo se recupera e conseguimos terminar.

-Esta certo,preciso do plástico.

George colocou o plástico em cima do meu irmão e depois de tudo pronto eles saíram da sala de cirurgia,meu irmão não ia pode receber nenhuma visita de fora até ele estar totalmente fechado.

Narração Anne Nurmi 

Já tinham se passado várias horas e Tilo não tinha voltado,logo percebi que a coisa era grave pois Tilo não era de fazer isso,quando George entrou no meu quarto vi que ele estava exausto,eu disse:

-George,o que houve?

-Só estou cansado.

-Cadê o Tilo?

-Ainda não te falaram?

-Não,o que aconteceu com o Tilo?

-A batida foi forte os órgão saiu do lugar e estamos fazendo de tudo para salvar ele,dificilmente alguém sobrevive mas acho que ele consegue sim,os irmãos já doaram bastante sangue e...Anne...

Não ouvi mais nada só senti muita dor na barriga e vi aquele monte de sangue saindo e comecei a gritar por Tilo acabei desmaiando.

Quando acordei George olhava para mim,eu disse:

-O que houve?

-Você teve uma hemorragia forte,mas conseguimos controlar,o bebê está bem.

-George...

-O pai é o Tilo?Não é?

-Estávamos vindo te contar quando aconteceu.

-Ah quanto tempo vocês estão me traindo.

-George não é culpa dele,foi logo que cheguei na Alemanha...

Contei toda a história para George e quando terminei,ele disse:

-Ficamos dois anos tentando ter nosso bebê mas você nunca engravidava,aí você se envolve com meu amigo fica grávida dele sofre um acidente não perde o bebê e depois leva um susto forte e ainda segura o bebê,é irônico isso né?Eu recebendo seu amante na minha casa!E ele se fazendo de amigo meu!

Fiquei sem responder pois parte disso era culpa minha,eu deveria ter dito logo a verdade para George,ele continuou:

-Se era o divórcio que você queria conseguiu,eu dou o divórcio,mas não posso salvar a vida dele.

-George...

Ele saiu do meu quarto eu comecei a chorar.

Narração Kristin Wolff 

-Pode operar seu irmão agora.

-O que?

-Não vou salvar a vida do cara que destruiu meu casamento.

-Já soube?

-Já,você sabia?

-Todos já sabiam.

-E eu o único trouxa que não sabia.

-George,não venha culpa o Tilo por isso ter acontecido,seu casamento com Anne já tinha acabado bem antes do meu irmão aparecer,e se você tivesse dado logo o divórcio para Anne os dois não teriam mentido para você durante anos e Anne não estaria nisso e nem mesmo Tilo.

-Quero que os dois vão pro inferno!Odeio eles!

Meu bipe e o dele começou a tocar a emergência era do quarto de Tilo,quando entrei no quarto do meu irmão ele estava tendo uma parada cardíaca.