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História Eu, Você e o Lugar Que Não Existe - Five


Escrita por: H0BITAE

Capítulo 5 - Five


Yoongi batia os dedos impaciente na beira do seu notebook aberto esperando a chamada de vídeo conectar. Ele havia colocado o lençol por cima de sua cabeça para ocultar um pouco da luz que vinha da tela. Namjoon dormia ao seu lado, então estava tentando fazer o mínimo de barulho para não acorda-lo.

O pequeno som que sinalizava que a chamada estava ativa o fez curvar os lábios instantaneamente após ver a pessoa que havia atendido.

— Yoongi? – A bela jovem sorria meio confusa.

— Oi amor.  – Cumprimentou com o mesmo sorriso de canto. — Preciso falar com você.

— Yoongi! – S/n exclamou sorrindo. — Ai meu Deus, calma.  – Passou as mãos rapidamente no cabelo para tentar arruma-los. Yoongi apenas ria internamente pelo embaraço da mulher, ela parecia ter acabado de acordar, pois ainda estava usando um pijama claro e o cabelo em um coque torto.

— Estou calmo. – Disse.

— Pronto. – S/n ajeitou o coque no cabelo e voltou a atenção para tela. Tinha o maior dos sorrisos. — Aconteceu alguma coisa?

— Aconteceu algumas coisas sim, preciso da sua ajuda. – Yoongi foi direto ao ponto.

— Sobre o que? – S/n aproximou-se ainda mais. Yoongi conseguiu ver nitidamente os traços da bela moça. Como sua mulher era linda.

— Preciso que você pesquise pra mim o nome de...

O choro de uma criança o interrompeu.

— Ai droga. – S/n murmurou. — Espera um minutinhos , ? Vou pegar a Mina.

Yoongi viu S/n levantar-se para ir atrás da pequena bebê, voltando minutos depois com a criança no colo.

— Papai!

— Oi bebezinha.– Yoongi falou mudando a voz a deixando-a um pouco fina em um tom mais baixo, temia que Namjoon estivesse acordado e o visse aos chamegos com a filha, o conhecia o suficiente para saber que ele o zoaria por causa disso.

Era orgulhoso demais para deixar as pessoas verem seu lado amoroso.

A única pessoa que podia era S/n e claro, sua filha.

S/n sorriu, ajeitando a criança em seu colo, que agora brincava com os detalhes da blusa de sua mãe.

— O que você queria?

— Vá no meu escritório, pegue o Notebook do meu trabalho e pesquise um nome pra mim.

— Que nome?

— Park Jimin.

A mulher franziu o cenho, alguma coisa havia acontecido.

— Quem é esse? Aconteceu alguma coisa? Onde está Hoseok?

— Ele está bem. – Se referiu a Hoseok. — Como eu disse, aconteceu algo sim, explico quando você estiver com o Notebook.

— E eu não ganho nenhum 'por favor'? – S/n fez um bico fingindo estar irritada.

Yoongi revirou os olhos, mordeu os lábios controlando a vontade de ir até ela e morder aquele bico, parecia que não a via anos, mas faziam apenas um dia.

— Por favor. – Pediu. Viu S/n sorrir e se levantar novamente, indo em direção ao seu escritório.

Yoongi ouviu um murmuro e tirou o lençol de cima de seu rosto para ver Namjoon que se mexia levemente na cama, ele havia voltado para o quarto minutos depois de Hoseok e Taehyung terem saído dizendo não tinha como ajudar em nada, visto que os outros haviam feito quase tudo, Yoongi apenas deu de ombros, aquilo era verdade.

Quando viu Namjoon virar para o lado oposto, mirou novamente a tela. S/n ainda não havia voltado, então voltou a batucar os dedos novamente no Notebook aguardando ela chegar.

[...]

“ Seja que droga você e o Taehyung foram fazer, não precisam voltar. Jin e Jungkook foram dormir, o garoto está com eles. Amanhã resolveremos esse problema.”

— O que você está vendo ?

Hoseok saiu do banheiro aproximando-se de Taehyung que se encontrava sentado na cama.

— Seu celular. Yoongi mandou uma mensagem. – Deu de ombros, sem olhar para Hoseok. Taehyung estava um pouco irritado pelo comportamento de Hoseok minutos atrás quando estavam na rua, ele queria apenas ajudar e acabou sendo tratado daquela forma, ele não entendia, sentiu-se frustado por achar que seu hyung estava agindo estranho. E o menor tentava o mínimo possível pensar no homem que encontraram na rua. Sehun. Hoseok lhe disse para esquecer, afinal, pelas palavras do mesmo "não era nada importante". Mas como podia não ser importante? O rapaz praticamente os expulsou da cidade, falou sobre o garoto e ainda por cima mencionou sobre alguém vir atrás deles. Como Taehyung podia não achar aquilo estranho? Ou melhor, como Hoseok podia ignorar tudo aquilo?

— Hm. – Pegou o celular da mão de Taehyung sem a permissão do menor e leu a mensagem. Assim que terminou de ler, caminhou até a sua mala que estava no canto do quarto, deixou o celular sobre o criado mudo antes de se abaixar e abrir a mala tirando de uma toalha limpa. Taehyung o observava em silêncio, com o cenho franzido. Hoseok estava estranho. Haviam trocados poucas palavras quando entraram e Taehyung notou que ele lhe respondia friamente ou de forma curta. Talvez ainda estivesse irritado com Taehyung por conta da pequenabirraque o menor fez, mas não fazia sentido Hoseok está tão irritado com aquilo e Taehyung sabia que ele estava, mesmo não estando tão aparente.

Hoseok entrou novamente no banheiro e Taehyung suspirou jogando-se na cama.

Fitou o teto relembrando o que havia acontecido nas últimas vinte e quatro horas; passaram a metade delas viajando, conheceu Jungkook, conheceu Jin, Namjoon e Yoongi, ficaram sem gasolina e tiveram que parar nessa cidade desconhecida que tinha até esquecido o nome, foram ao festival, voltou com Hoseok paro o hotel.

Transaram.

Acordaram na madrugada com um Jungkook desesperado dizendo que um garoto invadiu o seu quarto... um garoto chamado Jimin.

Quando Taehyung pensou no garoto, foi impossível não lembrar dos ferimentos em suas costas. Reprimiu o impulso de se levantar e ir ao quarto ao lado para ver se ele estava bem, mas achou melhor não. Hoseok ficaria mais irritado e pensaria que Taehyung voltou para ver o homem estranho da rua, sem contar que Yoongi lhe mandou uma mensagem avisando. Jimin estava bem, estava protegido e ao cuidados e Jin e Jungkook.

Suspirou novamente.

Sua cabeça estava em um turbilhão de pensamentos que a única coisa que Taehyung pensava era em fechar os olhos e dormir. Então acomodou-se corretamente na cama, deixando o lençol de lado. Apesar que fazer um certo frio naquele quarto, Taehyung não tinha necessidade de se cobrir. Arredou-se para um dos lados da cama deixando um espaço para Hoseok quando ele voltasse e se virou, ficando de costas para o banheiro.

Taehyung deixou os olhos fechados por alguns minutos e assustou-se com o barulho da porta do banheiro se abrindo. Não precisou olhar para trás para saber que obviamente quem saia dali era Hoseok.

Permaneceu com os olhos fechados e ouviu mais uma vez a porta sendo fechada e breves passos sobre o piso até chegar a cama. Sentiu Hoseok fazer pressão no colchão enquanto se deitava, arrumando o travesseiro para se acomodar melhor.

Quando Hoseok finalmente se acomodou na cama, o silêncio pairou novamente no local. Taehyung não havia saída de sua posição, e continuaria ali mesmo com seu interior gritando para virar e abraçar Hoseok. Dormir em seus braços. Mas estava contrariado demais para fazer qualquer coisa. Mas pelo visto Hoseok não estava pensando igual a ele, se a atitude não viesse de Taehyung, Hoseok se encarregaria dessa parte.

O corpo do menor tremeu quando sentiu o toque gélido dos dedos de Hoseok sobre seu braço. Ele estava querendo saber se Taehyung havia dormido, mas ao ver que o menor reagiu a seu toque, viu que ele estava acordado.

E Taehyung estava bem acordado.

Antes que pudesse virar a cabeça, mesmo que minimamente para Hoseok, sentiu uma mão pousar sobre sua cintura, e sem aviso prévio, foi virado sem delicadeza alguma. Taehyung tentou protestar quando Hoseok subiu em cima de si e passou as pernas ao redor das suas, mas a única coisa que fez foi uma cara de surpresa com os olhos arregalados. Hoseok prensou as mãos do menor com as suas e Taehyung pôde notar que ele vestia apenas uma box preta.

Taehyung imediatamente percebeu o que Hoseok queria.

Quando Taehyung estava prestes a fazer seu questionamento, Hoseok lhe atacou os lábios com voracidade. O menor ficou sem reação, não sabia o que fazer. Estava em um dilema entre corresponder aquele beijo ou afastá-lo daquele toque repetindo. Mas Hoseok não mostrava indícios de quem se afastaria ou que muito menos ficaria limitado a simples beijos. E quando Hoseok forçou para que Taehyung abrisse as pernas para que o mesmo pudesse se encaixar entre elas, um "Tik" na mente de Taehyung fez que sua razão voltasse a trabalhar e sem pensar duas vezes, empurrou com força o moreno de cima de si.

Hoseok passou as mãos no rosto, suspirando pesado.

— O que foi hein, Taehyung?

— C-como assim 'o que foi'? O que você está fazendo!?

— Não é óbvio? Eu quero você. – Dito isso, Hoseok se inclinou na tentativa de beijar Taehyung mas, novamente foi afastado.

— Eu não tô afim agora, Hoseok. – Taehyung falou sério, com o cenho franzido. Não gostava de como Hoseok estava agindo, ainda mais tentando forçá-lo a fazer algo que não queria.

Taehyung esperou o outro rebater, o que provavelmente originaria em uma discussão, mas Hoseok apenas bufou, saiu de cima do loiro e deitou-se no colchão. Taehyung ficou sem entender, apenas encarou as costas moreno ao seu lado que tentava dormir como se nada tivesse acontecido.

[...]

— Qual é o nome da cidade mesmo? – A mulher perguntou encarando a tela do Notebook do marido.

— Omelas. – Yoongi respondeu, vendo S/n digitar algumas coisas no computador. Ela não havia encontrado nada sobre Jimin, sequer um parentesco.

— Amor, você tem certeza que o nome é esse?  – S/n desviou o olhar do notbook para o marido.

— Tenho sim, por que? – Indagou.

— Uma cidade chamada Omelas? Localizada no Texas?

— Sim. – Respondeu. — O que foi? – perguntou novamente.

— É que...bem...– Coçou a cabeça. — Eu acho que seu notbook tá com algum problema.

— Que problema?

Yoongi franziu o cenho.

— Pelo que eu vi aqui, essa cidade...– Yoongi prestava atenção, já estava com muito sono, mas precisava das informações para ajudar Jimin. — Essa cidade não existe Yoongi. Nem no Texas e nem em outro lugar.



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