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História Everybody's Broken - Say It Isn't So


Escrita por: lara_henio

Notas do Autor


Olaaar!! Quem é vivo sempre aparece, não é mesmo? Estou de volta com a minha velha fic reescrita e aprimorada. Desculpa se ficar alguma coisa mal formatada, mas perdi o jeito com o site...
Espero muuito que vocês gostem!

Capítulo 1 - Say It Isn't So


Fanfic / Fanfiction Everybody's Broken - Say It Isn't So

“Ontem à noite eu tive um sonho
Que eu estava perdendo você
Acordei suando frio e tremendo
Salve-me, meu coração está se partindo

Diga que não é isso (diga-me que não é verdade)
Diga que não é isso (eu acredito em você)
Fale para mim que é mentira (não preciso de provas)
Diga que tudo está bem (não pode ser, não você)
Diga que não é isso”

A fumaça embaçava e distorcia a imagem da casa, as chamas cobriam as paredes e os móveis já viravam pilhas de fuligem. A moça tossia fracamente estirada no chão em um dos poucos perímetros que o incêndio ainda não alcançara. Essa era a cena quando a imagem congelou na tela da televisão.

 - O quê? – Jon ergueu as mãos na direção da tela.

- Vou pegar mais pipoca.

Julia calmamente levantou-se do sofá levando a vasilha consigo, Jon encarou a tela, cogitando dar play no filme sem o consentimento da loira, o que era costume em dias normais em que assistiam algo juntos, mas aquele não era um dia normal, era uma despedida e ele não queria contrariá-la nem por diversão.

Apertou o botão assim que ela ressurgiu na sala e foi o primeiro a encher a mão de pipocas. Assistia atônito esperando que tudo explodisse e ela suspirava esperando que o galã surgisse para salvar a mocinha de morrer queimada. Olhou para Jon concentrado com o cenho franzido e sorriu, começou a sentir sua falta.

Ergueu o corpo até que seus lábios alcançassem os dele e, embora estivesse ansioso pelo fim do filme, Jon não se opôs ao beijo.

 - Você realmente deve ter algum déficit de atenção – sussurrou em seu ouvido.

- Você não sabe escolher filmes – abraçou-o com ternura, suspirando longamente em seu pescoço.

 Jon continuou assistindo o fim por cima de sua cabeça até que ela resolveu fazer o mesmo. O filme acabou da forma como ele queria, mas havia um galã chorando a morte da mocinha, como ela gostava. Já era fim de tarde quando se levantaram recolhendo a louça, Julia perguntando-lhe sobre o jantar.

- Quantos pratos você pretende fazer? – riu Jon.

- Todos que você quiser, olha lá, nem em seu leito de morte eu vou te paparicar assim de novo.

Jon sorriu começando a listar suas preferências, aquelas das quais tinha certeza de que Julia conseguia cozinhar sem se frustrar com possíveis erros. Ele fingia que a ajudava quando estava quase fazendo tudo sozinho, mas Julia gostava de achar que era capaz de cozinhar uma refeição.

Tudo ao fogo e ao forno, ambos adiantavam a louça quando o telefone tocou. Julia olhou o número no aparelho identificador e apontou-o para Jon, que chamou o outro lado da linha de Tico e, conforme conversava, sua expressão ficava mais chateada.

- Não tem como vocês resolverem isso sem mim?

Julia franziu o cenho em uma expressão que dizia: “não acredito”. Largou o pano de prato olhando o namorado ao telefone com uma cara de quem fazia chantagem emocional, mas sabia que não era preciso, ele jamais se ausentaria se houvesse outra alternativa. Desligou o telefone e encolheu um ombro.

- Temos que revisar a aparelhagem que vamos levar, está tudo misturado com o que usamos para ensaio.

  - Mas não era isso o que vocês iriam fazer amanhã justamente?

- Não, amanhã vamos revisar os setlists de cada show.

- Vocês deixam tudo para a última hora – resmungou de forma inaudível.

Jon puxou-a para si com olhar pesaroso.

- Eu volto ainda à noite.

- Não, é longe e perigoso, vá para a casa do Richie.

 - Eu te amo – beijou-lhe os lábios e a testa.

- Eu te amo, também.        

Apenas pegou a carteira no quarto e saiu deixando-a com comida para uma família de cinco pessoas, mas eram apenas os dois, e agora apenas ela.

Julia sentou-se no sofá já ansiando para que a noite acabasse, embora o dia seguinte precisasse ser longo, uma vez que seria o último dia do casal junto por um bom tempo. Não queria pensar em como seria ficar novamente sem ele por tanto tempo, ele era parte demais de sua rotina.

 Permaneceu largada em uma mesma posição até o corpo começar a formigar de inquietação, esticou-se até o telefone e discou.

- Alô? – uma voz rouca e agitada de quem estava ocupado.

- Daniel, oi – Julia respondeu sem ânimo.

 - Julia? – ele ficou surpreso por dois segundos e sua voz se alegrou. – Quanto tempo...

- O Jon vai passar a noite fora e tem um quilo de comida aqui... – deu um sorriso torto.

Pensou em perguntar se ele estava muito ocupado como parecia, mas ele não permitiu.

- Estou indo.

(...)

Acordou na manhã de domingo esticando cuidadosamente o braço com medo de decepcionar-se, mas Jon estava ali. Ele chegara ao amanhecer e deitara ali para que ela tivesse a impressão de que estivera a noite inteira, mas acabara dormindo novamente e acordando com uma mão apalpando seu abdômen como se não o enxergasse. Virou para o lado e viu-a de olhos fechados, aparentemente procurando-o às cegas, segurou sua mão tateante apertando-a de leve.

Prepararam cada um o seu tipo de café da manhã e sentaram-se à mesa, Julia evitava olhá-lo por muito tempo enquanto ele tentava não desprender os olhos dela, fixando sua imagem na mente antes que o dia terminasse, seu último dia juntos.

- Deu tudo certo ontem? – perguntou com uma torrada a meio caminho da boca.

 - Sim, até adiantamos o que faríamos hoje, agora só terei que sair amanhã cedo. David disse que seria mais fácil se eu dormisse na casa dele, mas...

 - Você quer ir? – sua voz soou estrangulada.

 - Não! Claro que não!

- Ah – sorriu fracamente.

 - Jules, eu não queria que você ficasse tão chateada.

- Eu também não, mas vai ser nosso aniversário de namoro e também vai ser mais longo que das outras vezes – parou de comer empurrando o prato.

Aquele gesto soou como um alarme para Jon, que sabia do intenso apetite da namorada em qualquer refeição que fosse, algo que sempre achara engraçado nela.

- Eu já disse que vamos voltar para o nosso aniversário, mas eu queria que você ficasse feliz porque finalmente a banda tem estrutura o suficiente para fazer uma turnê mais longa. Daqui para frente elas ficarão cada vez mais longas, mas nós vamos ter boas condições para eu te levar junto.

 Ele também havia interrompido sua tigela de cereais, mas voltou a comer incentivando-a a fazer o mesmo, sem se sair bem sucedido.

- Eu estou feliz por vocês, – retrucou ela em tom ofendido – mas são três meses, Jon! Três meses até você voltar por uma semana para o nosso aniversário e retomar a turnê por mais três meses. Nós nunca ficamos separados por tanto tempo desde que nos conhecemos!

Sua chateação era tanta que voltou às torradas, e de alguma forma, Jon sentiu-se mais seguro para argumentar.

- Eu também não estou satisfeito com essa parte... – procurou algo que pudesse acrescentar.

- Desculpa – suspirou ela erguendo os olhos do prato.

Jon fitou-a sem entender.

- Eu não devia ficar te chateando com isso na nossa despedida, e nem nunca, porque eu sempre soube que isso aconteceria e eu prometi que entenderia.

Levantou-se recolhendo sua louça e ele fez o mesmo deixando tudo na pia para que ela começasse a lavar enquanto ele esperava para secar e guardar. O café da manhã acabara saindo no horário do almoço em um dia comum, mas para um domingo de despedidas estava bom.

Passaram-se quase duas horas até que Jon terminasse suas malas enquanto ela se arrumava para saírem, entrou no quarto espalhando o batom pelos lábios procurando por sapatos. Jon entrara no closet para se trocar, quando a viu quase pronta sorriu abertamente com os olhos faiscando um tom azul de malícia enquanto ela se aproximava sem percebê-lo.

Segurou-a pelo quadril ainda afastado olhando seu vestido, ela então percebeu seu olhar e levou uma mão até seu cabelo puxando seu rosto de encontro a sua própria boca. As mãos dele voaram do quadril para suas costas e beijaram-se andando em direção à cama.

 - Jon... – sussurrou tentando descolar-se de sua boca – Não... Não agora.

Ele franziu o cenho descontente, mas se prosseguisse com suas intenções eles perderiam o almoço. Soltou-a rindo ao pensar que Julia preferia perder uma transa do que um almoço.

- O quê? – ela também sorriu.

- Deixa para lá...

(...)

O restaurante já havia esvaziado após toda a agitação do meio dia, poucos se atreveram a sair para almoçar em tal horário, conseguiram facilmente a melhor mesa rente à janela com vista para a rua. Conversaram como em qualquer outro almoço, mas a tensão era evidente, ambos procuravam por um contato físico maior, sustentavam olhares mais prolongados e absorviam cada palavra dita pelo outro como se fosse a última.

Julia contava sobre a apresentação que a escola organizaria para os alunos e pais, o que aparentemente se tornaria sua ocupação integral enquanto ele estivesse fora. Comeram com lentidão exagerada e Jon manteve até mesmo a velocidade do carro reduzida. Sempre que o tráfego permitia, levava a mão à perna dela, afagando-a levemente por sobre o tecido do vestido. E não paravam de conversar, quando geralmente estariam ouvindo músicas no rádio.

Julia fitou o apartamento ao fechar a porta sem saber qual seria o próximo passo de seu roteiro imaginário de despedida, mas Jon já tinha seus próprios planos. Puxando seu rosto com ambas as mãos, suas bocas encontraram-se de forma ardente e sedenta. Julia percorreu seu abdômen com as mãos, abrindo sua camisa. Jon tirou-a rapidamente jogando ao chão e encurvou-se novamente para os lábios da moça.

Seus braços envolveram-na enquanto as mãos abriam o zíper do vestido nas costas, ela afastava-se com pequenos passos rumo ao quarto, ele a seguia com olhos ardentes cravados em seu corpo. Julia parou de costas para a cama e tirou calmamente o vestido já aberto, deixando à mostra um par de lingeries preto de cetim, caprichosamente escolhido horas antes.

Jon manteve-se parado na porta do quarto observando cada movimento, ela olhava-o ordenando mentalmente que ele ficasse no lugar, ele entendia e obedecia. A loira beijou-o com as mãos trabalhando em abrir sua calça, percorreu seu tórax com a boca abaixando-se até estar ajoelhada e puxar sua calça ao chão. Passou as unhas pelo volume pulsante que o rapaz carregava e abaixou a última peça de roupa que o cobria.

Ele apertava os punhos, efervescido de desejo, sua respiração soava pesada, sentiu-se sendo massageado até o hálito quente e úmido envolver seu membro. Retesou todos os músculos arfando cada vez mais, as mãos buscaram os longos cachos que roçavam suas pernas agarrando-os quando seu olhar azul cruzou com outro verde.

Ergueu-a do chão tirando suas peças íntimas; percorreu suas curvas com as mãos das coxas às costas e deitou-a embaixo de si. Julia ainda tinha os lábios inchados e vermelhos quando ele a beijou, um braço sustentava o peso de seu corpo sem apoiar-se nela e a outra mão desceu ao ponto íntimo da parceira em movimentos circulares. Ela já não conseguia corresponder ao beijo, com os lábios entreabertos colados aos dele, soltava lufadas de ar.

Com um só movimento ele a girou colocando-a sobre si, introduziu-se por inteiro enquanto Julia sentava em seus quadris. Segurou-a com ambas as mãos impulsionando os movimentos. Soavam grunhidos.

Ela jogara a cabeça para trás dando mais força a seus gemidos, ele apertava-a cada vez mais forte e forçava-se mais a fundo, suas veias saltavam e pulsavam ao longo do corpo.Os músculos internos dela comprimiram-se de uma forma que ele soube que poderia liberar-se e, em sincronia, mergulharam um no outro.

Julia tombou ao seu lado e permaneceram deitados, ofegando. Ele cobria o rosto em seus cabelos acariciando-lhe o formato dos seios até relaxarem e repetirem a cena toda uma segunda e uma terceira vez.

Era noite quando se acalmaram de vez e a fome instaurou-se. Julia foi a primeira a correr para os panfletos de fast food, deixando-o na cama enquanto ela gritava o cardápio de dentro da cozinha.

- Vai querer o quê? – gritou por fim terminando a leitura.

- Nem lembro a primeira opção. – respondeu rindo – Por que você não traz aqui? Seu celular está com mensagem.

Olhou na direção do aparelho repousado no criado mudo com a luz acesa.

- Tem muitos, vem você.

Suspirou levantando-se, vestiu as calças e pegou o celular tencionando entregar à dona, seus olhos miraram o visor com o alerta de mensagem, reconhecendo o nome do remetente.

 - Acho que vou querer pizza... – refletia ela.

Com cenho franzido e sem pensar, Jon apertou o botão para ler o conteúdo.

 - Ah, mas não faz muito tempo que comemos, melhor pedir outra coisa... Jon?

Viu sua sombra parada no meio da sala, andou até vê-lo com expressão distorcida fitando o visor.

- O que era?

Estendeu-lhe o aparelho, fazendo-a empalidecer ao cruzar com seu olhar. Julia pegou o celular aberto em uma mensagem. “Obrigada pela noite de ontem, estava com saudades. Procure-me de novo quando puder.” Remetente: Daniel.

 - Jon, - sorriu fracamente tentando mostrar que não era nada demais – ontem...

- Não, – ergueu a mão, vociferando com lábios crispados – não tente se desculpar, eu disse que não queria mais esse merda na nossa casa!

 - Mas ele...

- Ele o quê? Ele é seu primo? – sorriu raivosamente carregando a voz em ironia – Alguém o avisou? Porque ele não está sabendo!

- Jon, – sua boca curvou-se para baixo com a testa se enrugando – você está sendo injusto! Você sabe muito bem que eu mantenho contato com ele!

- Por e-mail, ou no máximo por telefone, mas daí a pôr esse sujeito dentro da nossa casa?! Julia...

A expressão de raiva deu lugar a um semblante de dor, Julia sentiu o coração apertar-se.

- Jon, ele é o único parente que eu tenho... Ele é meu primo, para mim sempre vai ser. Você teria ficado mais tranqüilo se eu tivesse me encontrado com ele em outro lugar?

Ele passou as mãos pelos cabelos repuxando a testa, a cabeça doía.

- Okay, a questão não é só ele ter estado aqui, eu não quero que você saia com ele.

- Você não tem esse direito!

Jon voltou a se enraivecer aumentando o tom de voz.

 - Você sabe que ele anda à espreita de que você dê uma brecha para ele tentar algo! Você sabe que ele é capaz de te forçar a algo que você não queira, ou que eu espero que você não queira...

 - Jon!

Então passou pela sua cabeça o impensável.

- O que vocês fizeram? Você o chamou aqui, AQUI. O que vocês queriam?!

- Para com isso, Jon, ele é meu primo!

- Ele é seu ex também! Você foi capaz de abandonar sua família inteira, por que não ele?! – seu grito ecoou por todo o apartamento.

Ela desabou em lágrimas que o fizeram hesitar por um momento, até enxergar culpa em seu choro.

- Você está sendo injusto! Eu abandonei minha família inteira por sua causa! – seu rosto ficara quase feio, vermelho e molhado de lágrimas – Ele foi o único que nunca exigiu isso de mim!

- Claro, ele se contenta em ser o outro! Ele não se importa de te dividir comigo enquanto você não corre para ele!

Julia apenas gritou um “Ah” sentindo um tapa na cara de sua alma, tudo o que ela fazia parecia a Jon como culpa, como arrependimento, como alguém que fora flagrado. Bateu os pés andando até o quarto, vestiu uma camisa, calçou os tênnis e agarrou suas malas reservadas para a viagem da manhã seguinte sem realmente saber o que estava fazendo até Julia perguntar, isto é, gritar uma pergunta.

 - Aonde você vai?! – sabendo que ele sairia, apressou-se em pôr o vestido.

Jon não estava certo sobre o que faria, então passou por sua mente que não conseguiria ficar ali, não havia reconciliação para aquela noite, sua cabeça latejava sem deixá-lo pensar de forma não impulsiva. Agarrou as chaves do carro e começou a destrancar a porta.

- Aonde você vai? – repetiu ela seguindo-o para o elevador – Jon, pelo amor de Deus, amanhã é a viagem! Você não pode me deixar desse jeito!

Ele também não pensara nisso, olhou em seu rosto suplicante e choroso; a porta do elevador se fechava com ambos dentro. Sentiu vontade de largar as malas e raciocinar melhor, percebeu que não queria deixá-la daquele jeito e ela sabia disso. Seu peito comprimiu-se, mas franziu o cenho tomando sua decisão.

 - Talvez seja melhor ficarmos distantes por um tempo – murmurou secamente.

Ela viu em seus olhos que nada do que dissesse o faria mudar de ideia, mordeu os lábios parando o choro e segurou seu pulso fazendo com que ele a olhasse nos olhos.

- Eu te amo.

Os olhos dele brilharam como quem tinha certeza do que ouvia, mas também havia dor neles. Por mais que acreditasse em seu amor, duvidava de sua fidelidade, então ela deixou que ele sumisse no estacionamento até que as portas do elevador fecharam-se para levá-la sozinha de volta ao apartamento, com a pior das despedidas que poderiam ter tido.

           

 


Notas Finais


Capítulos novos todas as sextas, ok?


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