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História Ex Nunc - Carrasco


Escrita por: Aoneko-Lee

Notas do Autor


Gente, gente, gente... Mas que capítulo!

Demorei mais do que queria porque perdi a primeira parte dele e tive que reescrever (o que não tava muito afim de fazer)..

Perdoem meus erros e boa leitura.

Capítulo 8 - Carrasco


Fanfic / Fanfiction Ex Nunc - Carrasco

As mãos ligeiras do ruivo correram até as coxas que envolviam sua cintura com força. Embora a veste de shinigami ainda cobrisse o corpo de Rukia, ele alisou a forma de suas pernas conhecendo cada delicioso canto delas. Seus dedos se agarraram com força as nádegas fartas da morena e ela soltou um suspiro de aprovação enquanto descia as unhas pelo pescoço e peito de Ichigo, retirando sua roupa com pressa, e levando os lábios à pele arrepiada do pescoço do maior.

Ele massageou a carne macia da bunda bem feita da garota, sua mão direita rodeou a forma redonda por baixo do corpo dela, de modo a tatear a virilha que ainda estava encostada em seu abdômen. Sua outra mão, seguiu até o cabelo curto dela, obrigando os lábios da morena se desgrudarem de si e puxando seu corpo para trás ao mesmo tempo que a aproximava da intimidade dela por cima das roupas.

Ela soltou um lamurio gostoso e apertou as pernas no corpo dele, fazendo com que a mão atrevida do ruivo se forçasse um pouco mais contra seu objetivo.

A boca de Ichigo se enchia de saliva ao ver a expressão carregada de luxúria e totalmente dominada no rosto da pequena. Ele queria uma mesa mais alta ou qualquer superfície onde pudesse espremer o corpo da mulher. As paredes de papel certamente não ofereciam a resistência necessária, então ele fez a única coisa que veio a sua mente, se inclinou até tocar o chão deitou o corpo dela sem sair do meio de suas pernas.

Uma mão, com destino certeiro invadiu a parte superior do shihakusho dela envolvendo o pequeno seio por completo e apertando de forma a sentir o mamilo rígido lhe escapar pelos dedos.

Rukia gemeu em parte por dor, em parte por prazer e ergueu sua perna, de forma a fazer seu joelho tocar a intimidade do ruivo que estava tão excitada que assustou um pouco a garota que não esperava por isso. Ela passou a esfregar o joelho descaradamente nele ouvindo as exclamações gratas do Kurosaki que apertava-lhe o mamilo no ritmo em que ela alisava seu membro ainda coberto pelo tecido.

Ichigo mal podia se controlar, estava tão pronto que poderia se enfiar em Rukia nesse mesmo instante, mas se segurou ao resto de racionalidade que possuía e não fez isso. Afoito ele puxou o tecido da veste dela, alargando a gola e enquanto deslizava as mangas pelos braços no intuito de despir seu tronco.

Enfiou o rosto entre os peitos pequenos que surgiram entumecidos, róseos e necessitados de atenção. Seus dentes roçavam em um enquanto sua mão desceu novamente para o meio das pernas dela. Afastou mais as coxas finas e puxou a ponta do laço que segurava a roupa de shinigami dela.

Assim que estava mais frouxa, ele não esperou terminar de despi-la e enfiou a mão sob o tecido até que atingiu a intimidade dela, dessa vez, tocando a pele sem empecilhos.

A carne nua dela, coberta por uma fina camada de pelos delicados, arrepiou-se ao toque quente da mão atrevida. Desceu mais, até a separação dos lábios que se abriram molhados e vivos para ele. A morena gemeu paralisada de constrangimento e desejo. Abriu ainda mais as pernas, permitindo que ele descesse os dedos e acariciasse a pele quente mais íntima de seu corpo, delirando ao sentir os dedos se empurrarem desajeitados para mais fundo fazendo ela conter um grito.

Mesmo com o lubrificante natural que preparava-a, tamanho era seu desejo, havia doído, e eram apenas os dedos dele, o qual seria o tamanho da dor quando ele enfim tocasse-a com seu membro?

Espantando esses fantasmas de preocupações sobre algo que nem tinha como saber, Rukia se permitiu relaxar, aproveitando das carícias que lhe afligiam em simultâneo. Do roçar de dentes embebidos em saliva no seu mamilo excitado ao toque sútil que se aprofundava em seu corpo lentamente, alargando-a e preparando-a para o que estava por vir.

Ichigo percebera a aflição da menor, seja pelos músculos rígidos ou pelo retesar de suas costas, sendo assim, tratou de se acalmar como pode e diminuir o ritmo afoito, estava evidente que se ele não fizesse da maneira certa essa seria uma experiência extremamente ruim para Rukia.

Ele se sentou, ainda entre as pernas dela, a respiração ofegante, os batimentos insanos e o suor que lhe escorria por todo o corpo deixavam claro que estava se controlando ao máximo para manter a calma.

Observou o corpo miúdo, completamente entregue, o seios esquerdo exposto, cor-de-rosa àquela luz. A pele clara já exibindo sutis marcas provenientes do  contato anterior. A parte de baixo ainda encoberta pela veste de shinigami.

Queria vê-la por completo, então se adiantou em puxar a roupa negra pelas pernas dela observando as sutis curvas que delicadamente moldavam o corpo esguio. A pele macia tinha os poros arrepiados elevando os quase invisíveis pelos que cobriam seu corpo.

A respiração descompassada e o suor escorrendo lento, hipnotizavam o ruivo que, sem pensar muito à respeito, levou os lábios ao umbigo, penetrando-o com a língua curiosa que se aprofundava a medida que ela arqueava as costas absorvendo as sensações inéditas. Arrastou os lábios pela pele clara rumo ao sul, deslizando a ponta do nariz pela região rosada. Ajudou com as mãos a separar as pernas torneadas.

Mais uma vez, sua língua sedenta explorou uma cavidade do corpo dela, de forma hesitante e desajeitada. Ichigo sabia em teoria o que deveria fazer, mas colocar em prática não era exatamente fácil, não tinha ideia se estava fazendo certo ou não até chegar a um ponto que vinha procurando e a morena separou mais as pernas e serpenteou os dedos pelos fios ruivos.

O substituto de shinigami procurou os olhos de Rukia que estavam fechados, ela mordia o lábio inferior e estava tão vermelha quanto era possível.

As idéias de perversões que ele sempre fantasiou vinham a sua mente e ele se esforçava, em detrimento a sua vergonha e inexperiência, em reproduzi-las.

Mais uma vez levou os dedos a região íntima dela, agora acariciou sem pressa, provocando-a com uma penetração desejada, mas adiada. Por fim enfiou-se nela com vagareza ouvindo o gemido arrastado que não conseguiu reprimir.

Ah, como ele havia adorado aquele som!

Rukia não poderia dizer que estava no céu, jamais sentira tanta vergonha, tinha que lutar para conter o desejo de chutar Ichigo na cara. Mesmo que prazerosa, a atividade proporcionada pelo ruivo era invasiva e torturava-a pois, apesar de desejar, não queria dar a ele o gostinho de a ouvir pedir mais.

Mas quando o sacana enfiou um dedo em si enquanto chupava avidamente um ponto sensível, ela gemeu com gosto e empurrou sua pélvis na direção da língua e mão deste.

Que se dane o orgulho! Ela realmente queria implorar por mais, embora não o tenha feito com palavras e sim com um grunhido monossilábico arrastado, mas ele entendeu o recado.

Outro dedo imperioso seguiu o primeiro e lentamente ele enfiou ambos e retirou em seguida, aumentando a velocidade ao mesmo tempo que ela arfava agradecida. Ichigo soltou seu peso no cotovelo do braço direito que trabalhava no interior dela, manteve sua boca sobre o clitóris exigente e levou a canhota ao mamilo exposto.

O pequeno seio foi apertado de forma lasciva e o choque entre a dor eo prazer quase enlouqueceu a morena que sentia o corpo vibrar pedindo que Ichigo chegasse mais fundo dentro de si.

Ao mesmo tempo que uma unha se arrastou superficialmente pelo mamilo intumescido, os dentes rasparam sobre o clitóris desencadeando um êxtase prolongado em espasmos no corpo pequenino que não pode reagir de outra maneira além de tremer e projetar a cabeça para trás acertando com força o piso de madeira. Entrementes, a dor não foi sentida no momento, ela estava anestesiada pelo orgasmo.

Ichigo se sentou para encarar a Kuchiki que vermelha como pimenta, ofegava caída no chão com o corpo cheio de vergões vermelhos. Ela era mesmo maravilhosa.

Com dificuldade ela se sentou, encarou o homem que a admirava encantado. Quando enfim seu coração parou de se debater contra as costelas, ela avaliou a expressão ainda carregada de desejo deste e movida por um instinto desconhecido ela engatinhou até o corpo sentado à sua frente. Começou a tirar a roupa que ainda escondia o corpo do maior e foi auxiliada pelo afoito Kurosaki.

Rukia não tinha muita noção do que fazer, embora que quisesse muito fazer algumas coisas. Não era exatamente experiente, mas sempre foi boa em aprender na prática.

Hesitando um pouco ela levou a mão à ereção pulsante do ruivo, contornou o membro com ambas as mãos e avaliou-o de perto.

Deslizou a pele dele para ver a reação de Ichigo observando ele gemer controlando alguns tremores. Então passou a realizar um experimento, exercendo sobre o pênis diversos estímulos e avaliando os que mais agradavam ao maior.

Ela acariciou, apertou, lambeu, passou as unhas, beijou, mordiscou e se aproveitou o máximo possível da entrega em que Ichigo se encontrava para manipular o tão curioso membro. Nem todas as tentativas dela foram exatamente prazerosas, mas ele adorava a ver dedicada em descobrir sozinha o que o agradava.

Quando a língua dela invadia a glande e uma de suas mãos brincava distraída com os testículos, o ruivo percebeu que não poderia aguentar muito mais.

— Rukia… Para…

— O que eu fiz de errado? — Ela perguntou curiosa erguendo a face rosada para encará-lo.

— Nada, na verdade fez até bem demais.

Ichigo ergueu o corpo dela para ficar sentado como ele, puxou-a para seu colo e aguardou, Rukia sabia que ele esperava por ela, por sua autorização. Era mesmo um idiota, se ela havia chegado até ali, é claro que queria isso.

Sem dizer nada ela mais uma vez segurou o membro e desceu seu corpo sobre este. O ruivo a sustentou pela cintura enquanto sentia o desejo quase incontrolável de se enfiar por inteiro.

Entrementes ela descia lentamente, tentando se controlar para não gritar. Era uma dor insana, beirando o insuportável, mas ela não desistiria, tinha noção que iria passar, bom, ela tinha esperanças que passasse.

Prevendo que só estava adiando o inevitável, ela desceu o corpo de uma vez, mordendo com força seu lábio a ponto de sentir o gosto metálico do sangue. Cravou as unhas desnecessariamente compridas na nuca dele enquanto as lágrimas escorriam silenciosas.

Permaneceram parados com os corações descompassados e as respirações ofegantes cheias de excitação. Ichigo travava uma batalha, sentia seu membro pulsante sendo praticamente esmagado pelo interior de Rukia, queria se mover, todavia imaginava o quanto a estava machucando e o quanto a machucaria caso se precipitasse.

Quando sentiu o coração desacelerar ela começou leves movimentos com os quadris, apoiando as pernas no piso frio, grudento com seu suor, ela rebolava de leve tentando não pensar na dor.

Aos poucos foi ganhando gosto e Ichigo contribui para sua distração com carícias em suas nádegas e seios, mas logo ela diminuiu o ritmo era muito esforço e ainda tinha a dor que incomodava em segundo plano.

Percebendo a deixa ele se virou sobre ela sem sair de seu interior, apoiando as costas de Rukia contar o piso ele passou a entrar e sair mais uma vez.

Os suspiros viraram gemidos e a morena se pegava desejando mais velocidade, mais profundidade e mais força. Os dedos dele acharam oportunidade de voltar a provocar o clitóris e não era mais só ele que se movia, a pélvis estreita se projetava contra o corpo estranho que alargava  deliciosamente seu interior.

Enfiando com cada vez mais força ele via os olhos azuis/violetas agradecerem e pedirem por mais. Já estavam a beira do limite do conhecido quando um golpe firme e profundo cessou ao mesmo tempo a tortura para os dois.

Explodiram em prazer quase simultaneamente e não conseguiram pensar sobre qualquer coisa por um instante até que por fim acabou e eles apagaram exaustos no chão frio.

-

Sem vacilar, o Herói seguiu a largas passadas em direção ao centro da seireitei. Embora uma incontável quantidade de corpos decorassem morbidamente as ruelas da cidade espiritual e, em sua maioria absoluta, os falecimentos eram responsabilidade do ruivo. Ele pouco havia feito para chegar a tal destruição.

Não se daria ao trabalho de exterminar individualmente cada ser vivente ou não, pois seu poder espiritual massivo e liberado ao máximo se incumbia disso. Apenas os mais poderosos que possuíam reiatsu para sobreviverem na presença dele e coragem para desafiá-lo, ganhavam o privilégio de serem mortos pelo próprio.

Ichigo virou a face para a direita de onde sentiu o poder mais forte que ousava enfrentá-lo. Sem surpresa ele encarou as três faces sérias dos homens que, em seu comportamento normal, mostravam humor. Kyouraku, Urahara e Aizen espreitavam o caos causado pelo jovem percebendo o quão extrema era a situação para força-los a lutarem lado a lado contra o garoto.

Zaraki Kenpachi até poderia ter estado neste confronto, caso não tivesse sido deveras afoito por uma boa briga e atacado Ichigo sozinho e sem um plano, culminando em uma morte prematura.

Um pequeno sorriso apareceu no rosto de Ichigo brindando os inimigos, não era um sorriso de menosprezo, longe disso, o ruivo apenas achava cômico o fato das três criaturas tão distintas e poderosas resolverem atacá-lo em conjunto.

Como essa batalha seria graciosa e épica outrora, quando esses homens ainda eram capazes de algo contra o substituto de shinigami, sem dúvidas teria sido um grande espetáculo se o tivessem desafiado meses antes, agora, não passavam de mais um insignificante obstáculo à frente do Kurosaki.

Com as shikais em punho e com um movimento sincronizado de tal maneira que parecia ser ensaiado, os três se projetaram contra ele. Até poderiam ter vivido mais, caso não tivessem a pachorra de subestimá-lo. Caso as bankais fossem usadas, Ichigo não os teria parado ao mesmo tempo sem se dar ao trabalho de fazer mais do que erguer uma espada.

Se recuperaram quase de imediato, também não tentaram trazer o garoto a razão, como tinham feito todos os desafiantes anteriores. Os shinigamis sabiam que mesmo que o ruivo se arrependesse, não haveria perdão para as atitudes dele. Jamais uma alma causou tanto caos, tanta dor e levou os mundos a tão perto do fim, como esse garoto.

Não existia retorno, esse era um pecado sem redenção e nenhum desses homens exitaria em passar o resto da eternidade no inferno pagando pelo assassinato desse garoto, porque nele não restava nada vivo, tudo ali era carregado de destruição e impureza e ninguém dentre os remanescentes era capaz de ver qualquer vestígio do Ichigo de outrora, com a única exceção de uma tenente que estava desacordada, próxima a essa batalha, tendo o corpo guardado por seu mais antigo amigo.

As espadas se projetavam ante seus mestres e se colidiam em uma dança sonora, ágil demais para olhos destreinados acompanharem.

A despeito dessa balbúrdia, próximo aos escombros do antigo primeiro esquadrão, um tenente tentava, desesperadamente acordar sua mais antiga amiga ignorando completamente seu próprio ferimento letal.

Os olhos azuis/violetas brindaram o homem que, incessante, sacudia o pequeno corpo caído. Em um primeiro momento Rukia não se deu conta de onde estava e dos aterradores acontecimentos que a rodeavam. Pensou até em ralhar com Renji por lhe despertar de seu cochilo.

Entrementes a deliciosa ilusão que povoa a mente destes que estão em um estado de semiconsciência entre adormecido e acordado se desfez ao encarar algo ainda mais rubro do que os cabelos compridos de Abarai.

— Por quanto tempo eu apaguei? — Perguntou sentando-se de súbito com a retrospectiva da desgraça voltando a si.

— Não mais que alguns minutos. — Ele falou engolindo um gemido de dor e fechando os olhos em parte em alívio pelo despertar da morena, em parte pela excruciante dor proveniente de seu ombro.

— O que houve com seu braço? — Os belíssimos olhos que Renji tanto amara durante este último século o encararam expressando todo o horror e surpresa que conseguiam.

— Um dos destroços… — Grunhiu voltando a fechar os orbes e se encolher ao lado dela. — Esmagou minha mão esquerda, eu estava preso… Então te vi apagada aqui…

— Como isso aconteceu? — Exasperada perguntou em dúvida se deveria ou não tocar o ombro dele para prestar os primeiros socorros.

— Eu morreria de qualquer jeito se ficasse por lá… Então peguei Zabimaru e fiz o que era preciso para sobreviver… Ao menos por mais algum tempo.

— Seu desgraçado! Seu braço… Eu iria lá, levantaria os escombros… Alguém poderia chegar!

— Você sabe que ninguém mais virá. Acabou.

— Mas cortar seu braço?! Agora que a Inoue… Não tem como regenerá-lo.

— Mesmo que a Inoue-san estivesse viva, não iria viver o bastante para chegar a ela.

— Claro que sim, nem que eu tivesse que te carregar… — Ao longe ouvia-se o som do confronto entre os seres mais poderosos existentes.

— Eu já estou morto, Rukia… — Então ele se virou de frente para ela e enfim exibiu o pedaço de metal retorcido e enferrujado que saia do lado direito de seu tronco.

— Não… — Sussurrou encarando o sangue que escorria incessante e já molhava metade do corpo dele e o chão onde estava.

— Tenho que te tirar daqui. — Arrastou-se para se colocar em pé sendo impedido pela fala da pequena.

— Não, eu vou lutar…

— Você não pode, no seu estado… Não seria seguro.

Nesse momento ambos sentiram a reiatsu de Urahara Kisuke ser levada ao limite e finalmente deixar de existir perante o poder esmagador de seu mais prodigioso pupilo. Renji e Rukia trocaram um olhar significativo de pesar, mas nada disseram, afinal, o que poderiam fazer pelo lojista agora falecido?

— Vamos morrer de qualquer jeito. Eu só quero a oportunidade de falar com ele, talvez se eu…

— Não é mais ele, não é o nosso Ichigo. É só um monstro desalmado.

— Não importa.

Já podiam sentir que o soutaichou seria o próximo a morrer, estava prestes a partir e mesmo Aizen não poderia salvá-lo do destino sentenciado e aplicado pelo Kurosaki.

— Então me ajude, vou com você.

— Você não pode, está ferido.

— Vamos morrer de qualquer jeito. — Repetiu a frase dela sorrindo e conseguindo enfim se levantar.

Com certo esforço e uma preocupante dor na região do baixo ventre, Rukia se colocou de pé e amparou Renji aproveitando-o como apoio também. Seguiram rumo à exorbitante e incalculável liberação de energia que vinha de onde acontecia o que se poderia chamar de confronto final.

Vagarosos caminharam por o que pareceu um longo período de tempo até enfim poderem ver e ouvir diretamente os dois imponentes homens que se erguiam em um confronto de magnitudes épicas e que poderia durar milênios.

Entrementes, eles não passaram despercebidos. Ichigo virou na direção deles dando espaço para que Aizen o atingisse de surpresa, Rukia sentiu o tão familiar ímpeto de avisar o ruivo do perigo.

Todavia não foi necessário, sem nem virar os olhos para o atacante, o ruivo se defendeu lançando-o à alguns metros para longe. A voz agradável e marcante que Rukia tanto amava ouvir pronunciar seu nome soou sem expressão.

— Aizen, eu até gostaria de prolongar essa batalha, já que você foi o único que me fez realmente me esforçar, mas tenho outra coisa para fazer.

A imortalidade era um fator implícito em se fundir ao Hougyoku embora não pudesse exatamente derrotar Kurosaki, Aizen também não morreria de modo que se nenhum dos mirabolantes planos póstumos de Urahara desse certo, a ideia era lutar com Ichigo por toda uma eternidade, mantendo-o longe no mundo real e em alguma parte da Soul Society que não oferecesse risco imediato às almas até que aparecesse alguém capaz de eliminar o destruidor de mundos.

O que o antigo vilão, atual herói ou algo próximo disso, não sabia é que todos esses pareceres de sua peculiar existência já haviam ocorrido a Yhwach, de forma que também ocorria à mente de Ichigo.

Embora não tão brilhante quanto o exímio estrategista Urahara Kisuke, o rei quincy também tinha seu intelecto e noções de guerra que davam-lhe algum crédito.

Derrotar Sousuke era bem possível para o ruivo. Matá-lo era improvável nas atuais circunstâncias então tudo o que precisava ser feito era impedir que o ex-capitão voltasse ao confronto após ser derrotado.

Seguindo essa linha de raciocínio, Ichigo deu às costas a Renji e Rukia e caminhou rápido até o homem recém atingido.

Parando um pouco antes ele ergueu os dois braços empunhando suas espadas para direções opostas, sendo estas sudeste e noroeste. Com um movimento sutil as duas lâminas lançaram uma explosão poderosa semelhante à Tensa Zangetsu só que em proporções extremamente maiores, abriram-se duas imensas crateras e um terremoto assolou o já destruído território da Seireitei.

Sem mais delongas, voltou a encarar o homem caído. Ele permanecia estático, aparentemente se recuperando do golpe inesperado. Mal se deu conta quando Kyouka Suigetsu foi tirada de suas mãos, sem hesitar, Ichigo partiu a espada em duas partes e depois em quatro, como se não passasse de um graveto, descartando-a por fim.

Aizen, que no passado havia se desfeito da lâmina, agora sentia um tremendo pesar em perdê-la, afinal, a alma de sua zanpakutou era sua única companhia na maçante existência imortal em que estava.

O próximo movimento do substituto de shinigami surpreendeu tanto aos dois espectadores quanto a Sousuke. Puxando o homem caído para seus braços ele o envolveu no que pareceu, em um primeiro momento, um abraço, mas logo sua intenção ficou clara, com a mão esquerda livre ele puxou uma das duas metades de Zangetsu e passou a pela cintura presa com firmeza.

Separou-o em duas partes enquanto um grito de agonia escapava pela garganta do homem. Soltou ambas as partes deste e com apenas um golpe decepou a cabeça dele, chutando-a sem a menor cerimônia para uma das crateras feitas anteriormente. Com uma sequência de movimentos com as espadas e esquartejou o corpo do homem, lançando os diversos pedaços embebidos em sangue na outra cratera.

Tudo que precisou foi cravar a maior das Zanpakutous na terra para causar um novo terremoto, desta vez ainda mais agressivo, levando Renji e Rukia a se abraçarem ainda mais em busca de apoio, mas terminando por cair ajoelhados na terra. O abalo sísmico serviu para fechar ambos os buracos por meio de desmoronamento de pedregulhos e escombros.

— Ichigo… — A voz trêmula de Rukia atraiu-o.

A moça tinha os joelhos apoiados no chão e o braço intacto de Renji contornando seus ombros. Os olhos do tenente da sexta divisão pesavam exaustos, mas ele sabia que se os permitisse fechar jamais voltaria a abri-los.

— Sabia que viria até mim, shinigami. — A forma como ele se referiu a ela não tinha qualquer intimidade, era como se não fosse Ichigo falando ali. — Estava mesmo querendo te encontrar.

— Ichigo, por favor me escuta, essas coisas que está fazendo, não é você, tem que assumir o controle.

— Estou no controle, esse é meu desejo, cansei de ser uma marionete.

— Olhe para mim… Venha aqui. — Implorou ela sentindo a dor se intensificar.

— Não, largue esse cadáver e venha até mim. — Rukia então olhou para o amigo que pendia inerte com o braço ainda preso ao seu corpo. Com os olhos cheios d'água ela liberou-o para que caísse na terra e se permitisse desaparecer no solo da Seireitei.

— Certo… — Contendo o choro ela se colocou de pé e caminhou até ele, segurava a barriga com força, mal podia disfarçar a dor no olhar. — Quero que volte à razão, por favor, não me faça cruzar espadas com você.

— Então se renda e morra.

— Ichigo… Se não pode parar essa atrocidade por mim, faça por eles.

— O motivo de eu estar te esperando, shinigami, é para matá-los.

— Vê, esse não é você falando, jamais faria algo assim, você ama essas crianças.

— Amor?! — Gargalhou parecendo realmente se divertir com a palavra. — O que seu precioso amor me trouxe até agora? Minha família me negou, você me abandonou…

— Você matou a pessoa mais importante para mim!

— Eu deveria ser a pessoa mais importante para você!

— E é… Ou era, antes de tudo isso…

— Não importa mais.

Ela pressentiu que ele usaria a Zanpakutou e recorreu à única coisa que lhe restava, mesmo não sendo de grande ajuda contra o poder de Ichigo.

— Bankai, Hakka No Togame. — Sentiu a espada erguida à sua frente vibrar e ouviu o crispar do metal de Sode No Shirayuki se tornando em gelo.

Havia sido avisada pela capitã da quarta divisão, não deveria de forma alguma usar sua bankai em seu estado atual, isso poderia ser fatal e não só para ela. Urahara que a acompanhara desde o início, alertara sobre o risco de abaixar sua temperatura à de um cadáver, mesmo assim ela não tinha mais nada a perder (além das três vidas, é claro), então, porque não morrer dando o máximo de si?

Congelado, Ichigo encarava a morena em estado similar, porém por ser dona da bankai com poderes de gelo ela já estava se descongelando e com uma velocidade invejável.

Antes que a moça pudesse mover todo o corpo livremente uma explosão de energia saiu do ruivo e ele reapareceu, pálido, tremendo e com as extremidades tensas e roxas, mas livre.

Era a nova bankai do substituto de shinigami, mais impressionante do que qualquer outra que ela tenha visto. Os cabelos naturalmente ruivos e curtos, tornavam-se negros, compridos e lisos. Uma veste longa e negra adornada com correntes de mesma cor, descia até os pés dele e flamejava nas pontas, um fogo preto que crepitava sem parar. As Zanpakutous gêmeas se transformavam em lâminas pretas compridas com mais de um metro e meio com correntes que saiam da empunhadura e se enrolavam em ambos os braços nus do Kurosaki. Na face bronzeada surgiam mórbidas veias negras.

A bankai era, de certa, forma semelhante à Mugetsu, transformação final que usou para derrotar Aizen no que pareciam séculos antes, mas tinha certas características de sua última evolução quando Zangetsu se tornou duas e de sua primeira bankai. As veias escurecidas que apareciam nas laterais do rosto e no comprimento dos braços proporcionavam certo misticismo a aura dele.

Caso fosse seu aliado, seria uma visão magnífica, quase divina, mas como inimigo instigava um desejo absurdo de fazer as pazes com sua divindade preferida e aguardar pela morte. Carrasco, era como a última forma de Ichigo havia sido apelidada por aqueles que treinavam com ele a fim de aperfeiçoar a bankai.

No mesmo instante ela já erguia a espada de gelo para parar o primeiro golpe dele. Entrementes a força aplicada por Ichigo fez o gelo da zanpakutou se partir de imediato, jogando-o para o chão. Na mesma hora a lâmina congelada ressurgiu e foi cravada na costela dele se partindo novamente.

Outrora achava fascinante essa capacidade da espada de Rukia de se partir e refazer para atacar novamente, mas agora era um incômodo. Kurosaki sentiu o sangue jorrar e se virou para a morena que estava apta a atacar outra vez. Todavia ele foi mais rápido, arrancando a arma dela com uma de suas espadas. Ela ofegou saltando com dificuldade para longe enquanto criava outra espada de gelo para si fazendo a que estava na mão dele derreter.

— “Mate-os!” — A ordem ressoou dos céus apenas para os ouvidos dele.

— Estou tentando! — Gritou de volta para o vazio, causando confusão em Rukia.

— Ichigo?!

— “Não, o que está fazendo não é nada além de perder tempo. Finalize-a, as crianças são poderosas demais, têm que morrer.

Subitamente movido pela ordem, Ichigo levou as duas espadas até o corpo de Rukia, abrindo espaço para que ela também o atravessasse com a sua novamente. De toda forma, ele não morreria com o machucado, já ela…

Rukia sentiu as espadas cruzarem como um X sua barriga e percebeu o exato momento em que os gêmeos foram transpassados, foi então que sentiu a maior dor de sua vida, maior do que quando perdeu todos a quem amava e isso incluía a parte racional de Ichigo, pois ela não era mais apenas a Rukia, ela era uma mãe, e nada poderia ser pior do que sentir a morte dos filhos para uma mãe.

Faltando pouco mais de duas semanas para a conclusão do período de gravidez, os gêmeos morreram junto à sua progenitora, pelas mãos do próprio pai.


Notas Finais


Eu escrevi e revisei o hentai meio dormindo meio trabalhando então deve estar num nível bem ridículo, perdoem-me por isso..

Simplesmente amei escrever a segunda parte deste capítulo, de verdade, eu mal podia esperar por poder postar esse “acontecimento”, está pseudo escrito desde o começo do ano..

実行者 - Jikkō-sha de acordo com a delicia do Google Tradutor é Carrasco em japonês, foi o nome que pensei para a nova bankai dele, mas ela continuará com o nome anterior, só será chamada assim..
Obrigada por ler, até a próxima!


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