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História Êxtase - Escolha certa


Escrita por: DesnecessauraMM

Notas do Autor


Olaaaar

Eu li os comentários do anterior e agradeço por tanto "carinho" - lê-se ataques histéricos -, mas fiquei sem net e não posso respondê-los agora..

Entrei rapidinho só para não deixar vcs na expectativa \o/

Boa leitura e desculpem os erros!

Capítulo 15 - Escolha certa


Estava acabada, não havia nenhuma palavra que pudesse me descrever melhor naquele momento. Eu fui obrigada a pedir demissão, como fui obrigada também a muitas outras coisas nos últimos dias.

Entre elas estava, fingir uma doença e ir ao hospital para conseguir um atestado, já que eu nem conseguia andar. Pedir demissão, Sting não pensou duas vezes ao anunciar que iríamos embora depois do casamento. E o pior de tudo era ver o anel de noivado na minha mão.

Tudo desmoronou. Tudo acabou antes que eu pudesse falar tudo para ele, tudo parecia conspirar para que nós nunca ficassemos juntos. O fim que tanto adiamos, havia chegado...

Eu só deveria entregar a carta para ele naquele dia, porém não tinha mais forças para ficar mentindo. Queria olhar em seus olhos e pedir para que Gajeel me sequestrasse, me ajudasse a fugir de um casamento arranjado. Logo ele, que esta preso a um também. Era cômico pensar na nossa situação daquela forma.

Fingi dormir até que ele adormecesse totalmente, me vesti e deixei a carta lá, indo embora logo depois. Meu "noivo" e meus pais me esperavam em casa, para um jantar simples de noivado com algumas pessoas.

Isso não era o pior, o pior era saber que já tínham marcado a data do casamento, mas que eu seria a última a saber. Ele escolheria o vestido, minha mãe já tinha encomendado os convites e a simples festa já estava sendo planejada.

Era agonizante me sentir de mãos atadas a respeito da minha própria vida. Me enganei ao me superestimar, eu não era uma pessoa diferente sozinha. Toda a minha força vinha da força que Gajeel me dava, sem ele, eu não passava de uma menina medrosa.

Mergulhada em meus próprios pensamentos, eu me encolhia no banco, tentando espantar a sensação de frio que não ia embora quando eu estava com meu noivo. Eu não via Gajeel há apenas dois dias, mas que pareciam ser dois anos.

- Você vai adorar o lugar, sempre quis te levar lá. - Sting dirigia em alta velocidade e insistia em deixar a mão grande sobre minha perna. - É um lugar enorme, bonito e o melhor de tudo: podemos ficar sozinhos durante o final de semana inteiro. Sem ninguém para atrapalhar.

Engoli em seco e me afundei mais ainda no banco, tentando fugir do seu toque. Eu sentia uma grande repulsa por ele estar perto de mim, mas toda vez que pensava em repreendê-lo, lembrava do que havia me dito, ao me dar a carta de demissão.

Uma quebra de contrato era algo muito sério, mas Gajeel também teve um corportamento incorreto ao ameaçá-lo. Eles iriam se encontrar novamente e ele deixou claro que iria levá-lo para a polícia, caso eu não me comportasse bem. Mais um possível problema que eu deveria evitar.

- Não quer falar comigo? Vamos passar esse final de semana juntos e, daqui há uns dias, nossa vida toda. Você deveria sorrir. - Arqueei uma sobrancelha e suspirei. - Olhe para mim.

- Sim? - Virei para ele, sem expressar nada.

- Sorria.

- Não. - Virei para a janela, encostando a testa no vidro. - Pode me forçar a fazer qualquer coisa. Pode usar meu corpo, se fazer de bom moço na frente dos meus pais, me ameaçar, chantagear e acabar comigo. Mas não pense que vai arrancar um sorriso de mim, porque não vai.

Afastou a mão dele da minha perna e bufou, claramente irritado. Fechei os olhos, tentando recordar de como era me sentir amada e segura. Mas eu só sentia frio.

(...)

Estava sentada em um banco na porta da casa rústica no meio do enorme sítio. Era realmente um lugar lindo, não fosse pela presença dele o tempo todo por perto.

- Você está tão linda. Aquele cara, por mais que eu odeie admitir... Tem um bom gosto, sempre adorei suas pernas e gostaria que você as mostrasse com mais frequência. Apenas para mim, é claro.

Bebi mais um pouco de suco, enquanto seus dedos mexiam no meu cabelo e na alça do meu vestido preto. Eu já tinha recuado o máximo que podia.

- Seu corpo está com mais curvas... - Seu hálito bateu contra meu ouvido. - Sua bunda está mais durinha... Pude sentir muitas coisas diferentes em você graças a ajuda da sua mãe, não é?

- Está falando da noite em que ela quase me matou e você correu o risco de ver todo o seu esforço ir por água abaixo? - Ri, controlando o ódio dentro de mim.

- Foi satisfatório te ver daquela forma, você teve o que mereceu. Essas marcas demorarão a sumir e eu farei novas se pensar em outro homem além de mim de novo. Machucarei cada parte do seu corpo, farei você sofrer da pior forma possível e o melhor de tudo vai ser o prazer que vou sentir mediante a sua dor.

- Você é sádico, mas não me assusta. Não vê? - Levantei. - Eu estou morta por dentro, não há nada que você queira tirar de mim, que já não tenha tirado a muito tempo.

- Eu não mandei levantar.

- E eu não pedi permissão.

(...)

Olhei para o quarto de casal sem saber o que fazer. Ele tirou a camisa na minha frente, se aproximou e eu saí do lugar. Entrei no outro quarto e vi a beliche de mais cedo - já havia estudado todo o local para saber o que deveria fazer.

Sentei na cama de baixo, abri a bolsa e comecei a caçar uma roupa para vestir, até sentir suas mãos no meu ombro, insinuando uma massagem.

- Vamos relembrar os velhos tempos? - Sugeriu. - Prometi ao seu pai que voltaríamos resolvidos, não gosto da ideia de ter uma aliança no dedo sem que estejamos bem. - Continuei com a mão dentro da bolsa. - Estou louco para transar com você novamente.

- Tente. - Falei.

- Está me desafiando? - Continuou com os movimentos. - Vamos ver o quanto você resiste.

Virou meu corpo e caiu sobre mim, encostando sua boca na minha com força. Não fiz menção de fechar os olhos, apenas peguei na bolsa meu palito de prender o cabelo e chutei seu estômago, o derrubando para fora da cama.

- Mas que merd - Subi no seu colo enquanto ainda estava no chão. - Vai me matar, Levy?

- Ainda não somos casados. - Pressionei a ponta afiada contra sua garganta. - Se me forçar a algo até o dia do sim, irei até todos os representantes da igreja, direi que você tirou minha virgindade e ainda irei a polícia e o denunciarei por estupro. Nem meus pais aprovarão seu comportamento.

- Você vai se arrepender de fazer isso. - Apertou minha cintura em tom de ameaça. - Vou te ensinar como uma mulher deve se comportar. Deve ser submissa e obediente ao seu marido.

- Veremos, você ainda não é meu marido, não ouse tentar nada. - Assentiu. - A cama de cima é minha.

(...)

Eu apertava o palito entre os dedos, as lágrimas escorriam e meu corpo tremia. Ele havia acreditado naquilo, mas eu tinha medo de que não se importasse com tudo que eu disse. Eu só queria fugir.

Meu corpo não desligava. Todo o movimento que ele fazia na cama de baixo era mais um motivo para não abaixar a guarda. Até que o maldito dia chegasse, eu lutaria para manter minha dignidade.

Mais um movimento, só que mais longo. Quando parou, sabia que ele estava atrás de mim. As lágrimas caiam em puro desespero e eu cantarolava uma música calma na minha cabeça.

- Levy... - Arregalei os olhos e virei, em estado de choque. Era Gajeel.

Pisquei algumas vezes, tentando acordar, era um sonho. Sua mão tocou meu rosto e eu a segurei, sentindo meu coração se encher de alegria.

Pulei no seu pescoço e ele me tirou da cama, me abraçando com força. Uma felicidade tomou conta de mim, toda minha paz foi recarregada em poucos segundos, enquanto eu sentia seu cheiro.

- Me desculpe. - Sussurrei no seu ouvido. - Sinto muito.

- Por que está usando isso? - Me colocou no chão, olhando para o ser que dormia. - Já estão usando aliança?

- Aqui não é lugar para discutir. - Apontei para a cama. - Vamos para fora.

- Não. - Encostei na parede para tentar me manter firme diante do seu olhar, ele espalmou as mãos ao lado do meu rosto. - Uma carta de demissão?

- Você não entende... - Olhei para o lado e observei o vidro da janela. - Foi a única saída.

- Não, não é. - Fechou os punhos em sinal de frustração. - Você não sabe o que fiz para conseguir te achar nesse buraco, fiz de tudo para que não precisasse te demitir. E o que você faz? Uma maldita carta?

- Gajeel, eu fui obrigada a isso. Acha que eu queria algo assim? Não posso te falar tudo agora, mas... - Abaixei a cabeça. - Eu não posso continuar nadando contra a maré.

- Nade para mim. - Sua mão puxou minha nuca para cima. - Você sabe que não vamos parar.

- Não posso fugir disso.

- Olhe para aquele cara, você não sente por ele nem metade do que sente por mim. - Beijou minha testa. - Já falei uma vez, e vou repetir, você é minha.

Ele jogou todo o corpo contra o meu enquanto me beijava, mas eu me recusava a corresponder. Estava cansada de causar tanto sofrimento a todos, corresponder àquele beijo era permitir que ele se aproximasse mais.

- Vai embora. - Implorei, segurando seu rosto.

- Não sem você. - Respirou fundo. - Não vou te deixar.

Assinti e o beijei, deixando as lágrimas de lado por alguns instantes. Sua mão desceu para minha cintura, enquanto a minha tentava mantê-lo perto.

- Quero te dizer tanta coisa... - Sua voz saía arrastada e baixa, sua respiração estava acelerada, a minha também. - Mas esqueço tudo quando fico na sua frente.

- Finja que disse... - Tirei minhas mãos do seu corpo só para abaixar a calcinha que eu usava debaixo da camisola. - Você precisa sair daqui.

- Já vou sair, só preciso de você. - Abriu o zíper da calça.

- Eu também. - Sorri. - Apenas de você.

Ergueu meu corpo do chão e afastou minha perna, entrando devagar dentro de mim. Contornei seu pescoço com os braços e suspirei contra sua pele, de olhos fechados.

Nossas bocas se encontraram novamente e eu não tive medo de Sting estar dormindo ao meu lado, eu não tive medo do futuro ou do amanhã. Só queria estar ali, com ele, uma última vez.

Apenas uma mão ficou na minha bunda e a outra subiu para meu peito, apertando de leve. Os beijos, quentes e provocativos, eram distribuídos na minha pele, tomando cuidado para não marcá-la de forma alguma.

Observei a pele morena dele e o agradeci da mesma forma, demonstrando da melhor maneira possível que não era preciso temer. Tudo ficaria bem.

- Você não vai se casar... - Rosnou contra meu ouvido. - Não pode.

- Cale a boca. - Ordenei.

- Não vai fugir da verdade e eu sou a sua. - Sorriu na altura da minha boca, recebendo um gemidos da minha parte. - Existem coisas a que não se pode negar. Esse sentimento é uma delas.

Aumentou a força, mas era delicado. As mãos nas minhas costas acariciavam cada uma das marcas mais irregulares, como se aquilo fosse cicatrizar cada uma delas e apagar como foram feitas.

Ri de felicidade, beijei sua boca e sussurrei um doce "Mais" no seu ouvido, sendo respondida rapidamente por um "Sempre". Esse era o único sempre de que eu precisava.

Ditando seu ritmo, se deleitando com meu corpo, guiando como ele achou necessário. Foi assim que acabamos ao final de tudo.

Sua mão me soltou, apoiei as costas na parede para não desmanchar. Colocou a calça no lugar e me beijou, tirando completamente meu ar.

- Se estiver disposta a tentar, vá na minha casa segunda à noite. - Falou tão rápido que eu nem pude parar e interpretar a frase. - Vou ter uma solução até lá.

Saiu na ponta dos pés do lugar, sem fazer nem questão de esconder sua... Decisão. Gajeel tinha dito, do seu modo, tudo o que eu queria ouvir. Ele iria me sequestrar.

- Estarei lá...

(...)

Na bolsa, eu carregava as mesmas peças que eu usei no final de semana. No coração, todas as esperanças de conseguir fugir e ficar com ele. Era segunda e eu estava no carro do meu pai, em frente a mansão, .

- Tem certeza de que não quer que eu entre com você? - Insistiu.

- É apenas um procedimento padrão de demissão, o pagamento dos meus direitos já caiu direto na minha conta, só preciso assisnar alguns papéis para concluir tudo. - Abri a porta e saí. - Voltarei em alguns minutos.

Eu me sentia péssima em mentir para ele, mas era melhor do que dizer que a única filha que teve, continuaria a dar desgosto e pretendia ir e não voltar.

- Estou te esperando. - Atravessei o jardim e passei pelos seguranças, sorrindo.

Toquei a campainha e logo Erza abriu a porta, me cumprimentando gentilmente. Me acompanhou até o escritório dele e desceu, criei coragem para bater e ouvi um "entre".

- Com licença. - Falei.

Ele estava com uma roupa de moletom e com o cabelo meio bagunçado. Sentei na cadeira, vendo ele digitar algumas coisas no computador. Assim que terminou, levantou e sentou na cadeira ao meu lado, finalmente me olhando. Sua feição era séria e nesse momento senti que havia algo errado.

- Me desculpe, mas não vou continuar mentindo para você. - Cruzou as mãos. - Não vou continuar atrasando sua vida.

- O que?

- Não podemos fugir de quem somos e do que escolhemos ser. Veja tudo que passamos, veja quantas vezes brigamos e como nos machucamos. Suas costas... Porra, eu não gosto nem de pensar.

- Deveria ter me dito isso antes, ou melhor, não deveria ter me dado esperança. - Meu olhar se perdeu na sala. - Por que você foi até lá?!

- Eu precisava ver que você estava bem! - Levantei e tentei alcançar a porta, mas sua mão segurou meu braço. Virei com tudo e chutei sua perna, o fazendo cair. - Caralho, ficou louca, Levy?!

- Não vou mais deixar você e nem ninguém me machucar, estou cansada de tentar agradar a todos e esquecer da minha própria vida! - Puxei o cabelo para trás. - Você... Droga, eu odeio você!

- Não há futuro comigo! - Gritou e derrubou uma luminária no chão, fazendo um barulho agudo. - Está disposta a viver com alguém que não acredita no que salvou sua vida?! Está disposta a brigar toda vez que houver discordancia entre nós, a respeito desse assunto?! Pelo amor, Levy, está tão claro para mim, tem que estar para você!

- Ah, agora está muito claro mesmo. - Se apoiou no joelho, me olhando com cara de dúvida. - É uma bela peça, você quem escolheu?

Encarou a própria mão, na direção do meu olhar, encontrando o motivo da minha "calma" repentina. Era uma aliança bonita, grande e de ouro.

- A data está marcada. - Ficou de pé novamente. - Não sabia como te falar.

- Não é algo tão difícil... Quando?

- Eu não deve -

- Seja tão homem quanto você sempre encheu a boca para falar que era, e me fale a droga da data, Gajeel!

- Duas semanas. - Minhas mãos tremiam e eu perdi a força, precisando me apoiar na parede perto da porta. - Sinto muito, mas continuar insistindo nisso apenas te machucaria mais.

- Eu garanto, nada que você pudesse fazer seria pior do que isso. - Sequei as lágrimas. - Onde eu preciso assinar?

Ainda ficou me olhando por um tempo, depois foi até a mesa, pegando vários papéis. Mostrou as linhas onde eu deveria assinar e eu o fiz, acabada de todas as formas possíveis.

- Sabe que eu não queria ter que chegar a esse ponto, não é? - Continuei preenchendo as linhas necessárias. - Olhe para mim.

- Somos iguais, afinal. Dois casamentos forçados. Um, pela família opressora e o outro, pelo dinheiro. - Terminei e coloquei a caneta sobre a mesa.

- Gostaria de ter outra saída.

- Gostaria de não ter te conhecido. - Peguei minha cópia.

Desviei dos cacos de vidro e cheguei a porta, juntando toda a força que podia, para girar a maçaneta. Sua mão segurou a minha, tentando cruzar nossos dedos, enquanto eu continuava a abrir a porta.

- Levy... - Quis olhar o seu rosto e ver se seu olhar estaria como sua voz estava, mas não consegui.

- Boa noite. - Passei pela porta e fui em direção á escada, enquanto descia pude ouvir ele começar a quebrar tudo dentro daquele cômodo e Erza subir a escada correndo.

Saí do lugar e voltei para o carro, cambaleando e tentando não deixar mais nenhuma lágrima cair. Meu pai sorriu, retribuí e fomos embora.

(...)

Já porta de nossa casa, ele estacionou e eu soube o que nos esperava lá dentro. O braço do meu pai me puxou para perto do seu peito e eu tremi, sem saber se aquilo era de verdade.

- Sei que deve ser muito difícil para você, mas nem sempre as coisas são como queremos. Eu e sua mãe erramos no passado e você veio de modo inesperado quando ainda éramos muito jovens. - Levantei o olhar. - Ela carregou isso durante todo esse tempo e isso influenciou em como você foi criada. Me desculpe por isso.

- Pai... Estou com medo.

- Se quiser fugir, eu te ajudarei. - Sussurrou. - Te deixo onde você quiser, te escondo dos dois. Porém, pense bem. O homem que você deseja é noivo, você não vai ficar apenas sem ele, mas sem seus pais também. Uma vida solitária é a pior coisa que você pode ter.

- Não sei o que fazer...

- Se eu fosse um pai melhor, você teria uma vida boa, como você merece. Nem sequer amei sua mãe, mas nossos pais nos casaram e você chegou. Mas tudo que passei... Valeu a pena, pois eu tenho você. Eu te amo. - Beijou minha testa. - Escolha, filha, temos que ir agora se você decidir partir.

A porta da minha casa foi aberta e minha mãe e Sting saíram de lá. Me afastei do meu pai, respirei fundo e abri a porta, andando até lá. Fui até ele e peguei sua mão, olhando para minha mãe e sua reação ao ver minha escolha.

- Muito bem, filha. - Ela se aproximou. - Escolheu bem.

Os braços dela me rodearam e eu fiquei parada, aproveitando cada segundo daquele gesto. Mesmo que fosse falso, mesmo que fosse passageiro e mesmo que aquilo significasse minha infelicidade... Aquele, era o único lugar onde eu poderia estar.

 

[...]

 

Fotos, memórias perfeitas

Espalhadas por todo o chão

Alcançando o telefone porque

Eu não consigo lutar mais

 

Ela abriu o guarda roupa, sozinha em seu quarto, vendo todas as lembranças que remetiam a ele. Pegou o vestido preto que havia usado na Itália, a primeira roupa que realmente lhe agradava.

 

E eu me pergunto se eu já passei pela sua mente

Para mim isso acontece o tempo todo

 

Jogou a peça numa caixa, depois outra e mais outra, todas que a levavam as mesmas lembranças. No final, fechou a caixa e escreveu "doação" sobre a superfície. Não sentia nada além de um imenso vazio.

 

São uma e quinze

Estou completamente só e preciso de você agora

Disse que eu não ligaria

Mas perdi todo o controle e preciso de você agora

 

Se jogou na cama e abraçou o travesseiro, ouvindo o refrão da música através dos fones de ouvido. Aquele refrão se repetia, como se a nostalgia que sentia, fosse o suficiente para acabar com tudo dentro de si.

 

E eu não sei como sobreviver

Eu só preciso de você agora

 

Apertou a foto revelada por ele, tirada no final de semana em que ficaram no hotel daquele cassino, se odiando por ainda ter lágrimas para derramar.

Sim, eu prefiro sentir dor do que nada

 

O seu noivo entrou no local com um sorriso no rosto, ela então amassou e jogou a foto no chão, forçando um sorriso.

- Vamos jantar, amor? - Estendeu a mão para ela.

 

São uma e quinze

Estou completamente só e preciso de você agora

Eu preciso de você agora

 

- Sim, vamos.

 

Oh, amor, eu preciso de você agora


Notas Finais


É isso :3

Música do capítulo: Need you now - Lady Antebellum

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Responderei os comentários logo mais!

Beijos da Tia 💕


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