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História Eyes Closed - Help me! - Parte 1



Notas do Autor


Esse capítulo ficou enooooorme, então tive que dividir no meio pra leitura não ficar cansativa.
😘 aproveitem a leitura

Capítulo 15 - Help me! - Parte 1


Fanfic / Fanfiction Eyes Closed - Help me! - Parte 1

PARTE 1

Chegara a noite e JungKook estranhou o fato da mãe não ter voltado. Em sua cabeça uma única ideia se passava. “Ela foi pega”. O que faria quanto a isso? Se realmente a pegaram não havia mais esperanças.

Desesperado, andava pela casa inteiras, sempre indo e voltando pelo mesmo caminho que veio, roía as unhas em ansiedade e sempre que passava em frente à entrada principal da casa, dava uma rápida olhada ao movimento da rua na esperança de ver algo, na esperança dela apenas ter passado na casa de alguma amiga ou coisa parecida.

Depois de tanto andar, sentiu fome.

Foi até o armário, onde achou um pacote de macarrão pela metade. Procurou por entre as outras prateleiras – vazias – molho de tomate para que pudesse fazer espaguete, porém não conseguiu encontrar nada. Resolveu então fazer uma sopa com apenas os temperos que tinha por ali.

Minutos mais tarde, a sopa estava pronta. Tinha uma boa aparência, o gosto não estava tão ruim, mas com certeza preferia aquela que a mãe lhe preparava nos dias frios.

Sem pegar o prato, decidiu por comer na panela mesmo, visto que se pegasse qualquer outra vasilha, seria trabalho a mais para si.

Comeu e depois limpou toda a sujeira que fizera.

Deixou a cozinha e foi até o sofá, onde se sentando, pôs-se a pensar.

Sem querer um choro fraco foi se formando em sua garganta até que se tornasse uma crise de soluços. E agora o que faria? Como sobreviveria? Como superaria aquela perda.

Sentimentos tão confusos e ao mesmo tempo tão doloridos possuíam o garoto. Continuou chorando por mais alguns minutos, até que finalmente cessou.

Levantou-se do sofá, trancou todas as portas e janelas, e finalmente subiu ao quarto da mãe.

Vasculhou algumas gavetas do guarda roupa, até que empurrando as roupas para o lado, viu inúmeros bilhetinhos colados no fundo do armário.

Todos possuíam data e tinham alguma mensagem escrita.

As datas eram referentes ao dia em que ela saía para buscar os mantimentos.

Seu último bilhete dizia: 

JungKook, eu amo você. Caso eu não volte para casa, lembre-se que onde quer que eu esteja, estarei junto contigo, viva por nós dois, alcance sonhos, mas nunca desista. Beijos, Yenne.

Ao ler este, as lágrimas voltaram novamente. Jeon deixou-as escorrer livremente, mas se levantou e foi ao seu quarto, onde arrumou sua cama e deitou. Precisaria começar a se virar sozinho.


Acordou de manhã com uma enorme indisposição. Mas sabia que precisava se levantar de qualquer jeito.

Trocou a roupa, arrumou a cama, escovou os dentes, e com um frio na barriga, chamou pela mãe, mas como esperado, sem resposta. Suspirou e desceu até a cozinha onde foi verificar se tinha comida que desse para passar mais alguns dias.

Ao notar que o estoque de alimentos havia esvaziado, começou a ficar apavorado. Não havia nenhum lugar onde ele conseguiria nada. Precisava tomar alguma atitude ou morreria de fome.

Reunindo toda a coragem que conseguia, saiu de casa e foi até a casa do vizinho mais próximo que sabia que o ajudaria caso precisasse.

Com toques altos e rápidos, Jeon esperava que eles o atendesse, e deu graças quando ouviu o barulho da fechadura sendo aberta.

- JungKook? O que faz aqui? A senhora atrás da porta perguntou.

- É uma longa história – disse sem jeito.

- Entre – ela abriu mais a porta – não fique aí fora. É perigoso.

Jeon adentrou a casa da bondosa senhora e convidado por ela, se assentou no sofá azul que ali havia.

- O que aconteceu menino Jeon?

Respirou fundo e lhe contou tudo.

- ... ela ainda não voltou e eu sei que não vai.

- Pobre Kook. Sei o que está passando. Ontem mesmo, ouvi de uns outros vizinhos sobre soldados que surpreenderam várias pessoas ontem perto do grande mercado. Eu sinto muito meu querido...

- Tudo bem. – Disse triste – mas o que realmente aconteceu, é que não tenho mais nada para comer. O que eu teria, seria o que ela traria, caso tivesse voltado... – disse baixinho a última parte.

- Você gostaria de ficar aqui conosco por uns tempos? Acredito que seja melhor que sozinho naquela casa.

- Mas...

- Não se preocupe querido, tudo dará certo, nós temos quantidade de comida suficiente para que você fique aqui, e estou preocupada com você.

- Certo. Obrigado.

- Busque o que precisar. Eu e meu marido estaremos te esperando.

- Muito obrigado.

☁☁


Já havia se passado uma semana que Jimin estava em um dos campos de concentração. Seu trabalho não exigia – por enquanto – matar ninguém. Eram apenas estratégias de tomadas de ponto dos inimigos, entre outras coisas.

- Jimin – disse o superior. – Há um local que eu gostaria que você visitasse. Acredito que eles ficarão muito satisfeitos com a sua ajuda.

- O que precisar senhor.

- Você parte depois de amanhã. É bom que leve algum guarda junto com você.

- Certo, irei providenciar.

- Vamos fazer nosso horário de almoço, depois continuaremos com nossas discussões.

Jimin foi o primeiro a deixar o local, ainda não sabia que tipo de serviço precisaria fazer, mas só de ouvir o que o homem disse, já imaginou eu não seria boa coisa.

Parou em uma das janelas do prédio, e observou o lado de fora.

O sol coberto pelas nuvens negras, deixavam o dia sombrio e triste. A semana de Jimin foi muito atarefada, por conta disso, nem conseguiu pensar por muito tempo no que havia acontecido a Yenne.

O vento gélido batia sobre os negros cabelos de Jimin, que agora estavam em um corte curto.

  O que será que JungKook está fazendo agora? Será que está bem? Como reagiu ao desaparecimento da mãe?

- Ainda não foi? Vamos Park. – um homem disse enquanto passava por Jimin o tirando de seus devaneios.

- Vamos.

☁☁


- Oi vovó! – Disse uma jovem adentrando a sala e fazendo com que JungKook quase caísse do sofá de onde estava sentado.

- Rosemary! O que faz aqui? Não deveria estar.

A moça nada respondeu, seus olhos estavam fixos em JungKook assim como os dele estavam nela.

Rosemary era uma garota alta, aparentava ter seus 20 anos, longos cabelos louros e ondulados até a altura da cintura, pele pálida, assim como a do garoto e olhos de tom verdes.

- Ah Rosemary meu amor, este é JungKook meu vizinho, houve alguns problemas e ele passará um tempo aqui conosco.

- Entendi. Olá, sou Rosemary, muito prazer – disse estendendo a mão em direção ao Jeon com um grande sorriso que deixava a mostra seus dentes brancos e perfeitos.

- Oi. – Disse pegando na mão da moça e levantando-se da onde estava sentado. – O prazer é meu – tentou sorrir assim como a garota, mas ainda não conseguia.

- Agora me diga Rosemary, o que faz aqui? Não deveria estar fora de casa.

- Eu tenho novidades. – disse se assentando ao lado de Jungkook. – Há uma cidadezinha, bem no interior, onde as pessoas conseguem viver “normalmente” – Fez o gesto das aspas com as mãos – Fica pouco mais de 4 horas daqui, e estão combinando de sairmos todos essa noite.

- Está ficando louca? Sua mãe jamais iria em uma coisa dessas.

- Muito pelo contrário, ela aprovou. Estamos sob forte vigilância desde semanas atrás e todos estão com medo desde que pegaram algumas pessoas dias atrás.

- E como vocês vão? – Kook perguntou.

- Há um caminhão de leite partindo da cidade hoje. O caminhão estará vazio então será nosso disfarce e ponto de fuga. Você quer ir conosco?

- Quero.

Essa talvez seria sua nova chance de recomeçar tudo de novo.

- E você Vovó?

- Nem pensar. Não quero morrer no caminho.

- Tem certeza?

- Sim. – Disse em voz firme.

- Tudo bem. – Se virou para Jeon – Estaremos esperando todos as 19 horas em ponto na casa do padeiro da esquina. O caminhão estará na garagem, mas entre pelos fundos. Certifique-se de que não há ninguém na rua nessa hora.

- Certo. – Respondeu.

- Até mais tarde então. Tchau Vovó.

- Tchau querida... cuidado.

- Tchau...

- Você é um garoto muito corajoso por tentar isso. – A mulher lhe disse.

- Sim? – Não havia prestado atenção.

- Ah, esses jovens... vou preparar o almoço.

No relógio de Jeon, marcavam 18:40, era a hora de sair. Pegou suas coisas que não eram muitas e que ainda estavam intactas na bolsa que trouxe para a casa da vizinha e se despedindo, saiu.

Com muita atenção, verificou os dois lados e percebeu que estava seguro sair.

Com o coração acelerado e as mãos tremendo por causa da ansiedade, correu até o ponto de encontro. Correu com tamanha velocidade, que estava sem fôlego e com a boca seca.

Deu a volta pelo imóvel e entrou no porão por meio de uma porta.

Dentro do portão, havia uma outra porta mais escondida - que agora estava à mostra - que levava para dentro da casa. Entrando, encontrou muitas pessoas espalhadas pelo cômodo e o olhando interrogativas.

- JungKook - um disse - está sozinho? Onde está sua mãe?

Novamente teve que explicar tudo para as pessoas ali presentes.

Encontrar conhecidos estava se tornando uma tarefa extremamente incômoda, pois todas as vezes tinha que explicar tudo e isso o relembrava e fazia com que seu coração se aperasse novamente.

Passaram -se alguns minutos e o local estava cheio.

Rosemary se aproximou do garoto que estava escorado em uma das paredes da cozinha e cutucou-lhe.

- Estás tão calado. Eu sinto muito por tudo que aconteceu.

- Eu também. - Respondeu sem lhe olhar.

- Fico feliz que tenha vindo. Achei que não teria mais ninguém de minha idade para que eu pudesse conversar durante todo o tempo.

Virando-se em direção a ela, respondeu.

- E quantos anos você tem?

- 19 e você?

- 18.

Ficaram em silêncio por um instante até que o motorista do caminhão de manifestasse.

- Já são 19 horas, vamos formar uma fila e todos entram.

- Vamos. - Disse ela puxando Jeon pelo pulso. - Precisamos de lugares bons.

Era um caminhão baú, o que facilitava esconder todos ali dentro. Porém, a carroceria era pequena e todos ficaram muito espremidos ali.

Os dois jovens sentaram-se lado a lado e foram tagarelando sobre assuntos triviais durante o caminho.

Horas mais tarde, Jeon pegou no sono e acabou dormindo do jeito que estava.

Continuou dormindo, até sentir um balanço que o acordou. O caminhão havia parado no meio da estrada para reabastecer o diesel em um posto de combustível.

O motorista, abrindo a porta do caminhão, anunciou que quem precisasse usar o banheiro, o momento era aquele.

Muitas pessoas desceram, inclusive Rosemary, enquanto os outros esperaram dentro.

JungKook levantou-se apenas para esticar o corpo e chegou à porta para observar a paisagem do lado de fora.

Bem ao longe, viu um veículo vindo em direção aonde estavam.

Assustado, chamou o motorista que também pareceu estar assustado.

Rapidamente, fechou o caminhão e pediu que todos ficassem em extremo silêncio. Gritou com todas as forças que tinha nos pulmões para quem quer que estivesse do lado de fora se esconder, e tentou agir naturalmente quando o carro - com quatro soldados - parou.

Os homens começaram a fazer perguntas que cada vez mais deixavam o pobre motorista em uma situação complicada. Começando a se contradizer, os soldados desconfiaram da história contada e resolveram conferir a carga do caminhão.

- Então essa é sua carga de leite? - Debochou um.

- Senhor, acho que está com problemas. - Um outro disse e o mandou entrar na parte de trás do caminhão também.

Todos entraram em grande desespero pois sabiam para onde seriam levados.

Muitos choravam, ou tentavam de algum jeito arrombar a porta e sair. JungKook simplesmente fechou os olhos e esperou que aquele fosse sua última noite de sono. 


Notas Finais


Mais tarde - ou amanhã - postarei a parte 2
Bye bye 👋❤


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