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História Eyes, Nose, Lips - Namoros foram feitos para ser oficializados.


Escrita por: killjoys

Notas do Autor


Dormir na casa de Bobby hyung não ia dar certo.

Capítulo 13 - Namoros foram feitos para ser oficializados.


Depois de uma boa refeição, o menor convenceu Junhoe de levá-los numa danceteria. Ficava um pouco longe de onde estavam, mas ele afirmou que valeria a pena quando lá chegassem; por ficar ocupado com suas matérias envolvendo justiça e leis, Jinhwan estava começando a ficar sem um tempo livre para admirar o que mais Koo sabia fazer de melhor - além das artes na cama: dançar. Kim lembra até hoje, como se fosse ontem, quando June e ele iniciaram um namoro público - pelo menos boa parte das pessoas que importavam, sabiam que estavam juntos - era a mesma temporada de estudos novos para o mais jovem. Koo era completamente apaixonado por determinados estilos de movimentos e ritmos, porém, a dança contemporânea era algo prematuro em sua vida. Tinha tentado algumas vezes se envolver mais com tal, só que a admiração pela voracidade do eterno ídolo, Michael Jackson, o tirou daquilo. Aconteceu que Junhoe se imaginou falho ao ter que apresentar uma coreografia para dança contemporânea e todo o seu nervosismo afetou seus sentidos, deixando Jinhwan preocupado.
Ele lembra até hoje, como se fosse ontem. "Amor, eu sei o quão talentoso você é. Olha só onde estudamos, não seria coincidência estarmos aqui, ralamos muito pelas vagas daqui e seu esforço te trouxe de longe. Esqueça essa insegurança, quebre o chão com seus passos, faça vento com seus braços... Conquiste-me. Isso, conquiste-me, mostre sua coreografia pra mim. O pior que pode acontecer é seu seonsaengnim acordar com um humor ruim."
E isso pareceu se tornar o espinafre da força. Conquistar Jinhwan seria um desafio aceito e receber críticas ou elogios, melhor ainda.
Foi lindo. O Kim ficara impressionado, seu namorado parecia flutuar, os olhos fechados para ter mais concentração o deixava atraente, uma pitada a mais do que ele já era. Koo passava todo o sentimento da canção que havia escolhido para apresentar, era quase como se Jinhwan pudesse se imaginar naquela situação, somente por ver Junhoe dançar.
E o mais velho, se fosse professor de dança, daria ao amado a nota mais alta da caderneta.
Não tardaram a chegar ao tal lugar. Era espaçoso e bem arrumado, com luzes azuis e roxas por todo o lado, iluminando cantos estratégicos do local como as prateleiras cheias das mais variadas bebidas no bar e a clássica pista de dança. Uma música eletrônica tocava no momento em que receberam a pulseira senha e Jinhwan logo estava animado, puxando ainda mais o namorado para a aglomeração no centro. Seja qual fosse o refrão daquela música, o mais velho convencia Koo a pular junto consigo naquele ritmo; um aquecimento antes de qualquer bebida ou outras intensidades.
— Hyung anda muito animado esses dias! — O mais alto teve que se abaixar um pouco para que o outro colocasse seus braços ao redor de seu pescoço e pudesse escutar melhor o que ele quase gritava para si. Assim que entendeu, Kim sorriu mostrando todos os dentes. Seu namorado não mentia ao dizer que estava parecendo animado demais, teve uma semana difícil na faculdade, as leis que precisava guardar como um ponto-chave de sucesso na futura profissão ficavam cada vez mais complexas e estressantes; e Jinhwan espantava o estresse com sorrisos e animação. Além de ter arrumado uma nova diversão: June e ele, quando um perdiam o assunto para o silêncio, passavam a organizar a vida de Kim Hanbin antes e depois de Kim Bobby.
— Preciso extravasar, amor. Estou um caco, meus olhos já querem fechar antes mesmo das oito da noite e isso não é um bom sinal para quem tinha toda a programação da faculdade por extenso pregada na parede do quarto.
— Ah, Jinhwan, a maioria das pessoas que tentam seguir essas programações sempre se perdem antes de chegar ao meio do ano. Eu mesmo nem sei mais o que é arrumar a bagunça do meu quarto todas as sextas. — Falou - demasiado alto para que a música estrondosa não passasse por cima de sua conversa - e o outro revirou seus olhos, tendo que concordar. Na verdade, quem havia feito a programação de Junhoe fora o namorado e nos primeiros dias o moreno a seguiu rigidamente - por ela ter o ajudado bastante em casa e na própria faculdade e também por está completamente apaixonado pelo Kim naquela época (não que ainda não seja), faria o que ele quisesse só para ganhar um sorriso orgulhoso do menor ou até um beijinho de gratidão -, porém, após uma semana terrível de provas avaliativas, a programação foi por água abaixo; a hora que usava para treinar músicas populares no piano fora trocada por um longo cochilo e, quando Jinhwan ia à sua casa, uma maratona de séries.
— Eu sei, Junnie, mas quem em plenos vinte e três anos dorme antes das nove horas?! Esse horário é pra crianças e velhos. — E Koo gargalhou. Naquela gargalhada gostosa que só ele sabia fazer e que o deixava insuportavelmente atraente, derrubando toda a raiva que subiu a Jinhwan achando que ele zombava de si.
— Meu Deus, amor! Tem noção do quão idiota está sendo por pensar assim? — Recebeu um olhar feio. — Desculpa, desculpa. Só que é verdade. O horário que você vai dormir não te fará mais novo ou mais velho, eu até acho melhor que você vá sonhar naquele meio tempo, me deixa completamente seguro que está em casa, são e salvo.

"— Nani, aproveite suas noites de sono, quando as obrigações aumentarem, elas vão se tornar cada vez mais escassas e mesmo que no futuro eu tenha que te ver com algumas olheiras, elas terão que vir acompanhadas de enormes sorrisos."

Koo Junhoe quase podia se assemelhar ao seu maior ídolo. Michael Jackson era charmoso e viril com suas responsabilidades e vida pessoal, mas era o cara que tinha em casa um parque de diversões. Koo Junhoe era firme do mesmo jeito, mas era o cara que só queria transformar seu namorado num príncipe.
— Espere-me aqui, eu já volto. Eu prometo que volto logo. — Ia se preparar para ir embora, se não fosse pela mão firme do namorado que o segurou no mesmo canto. Inseguro de deixá-lo ir, sozinho, entre aquela multidão. Era perigoso, não? O estudante de direito, pousou sua palma encima do aperto do outro, alisando com carinho, tranquilizando-o. — Eu prometo que volto logo.
— E com o assentimento do moreno, Jinhwan pode sair em disparada à procura do DJ. Ele ficava num lugar separado, mais acima da pista, lá ele tinha privacidade e conforto. Chegou a esbarrar bruscamente em algumas pessoas, pedindo desculpas logo em seguida. Com muito esforço se espremeu entre umas garotas que gritavam eufóricas e chamou atenção do DJ. Sua voz não era lá a mais grossa do mundo ou fazia as pessoas olharem pra si imediatamente como era a de Koo, mas o rapaz conseguiu vê-lo e retirou os fones pretos para ouví-lo.
— Olá!
— Ah, olá, se não fosse doer muito, poderia mudar para algo clássico como... Michael Jackson?! — Perguntou em voz alta, fingindo não saber o que queria de primeira para tocar. O rapaz abriu um sorriso largo, assentindo inúmeras vezes.
— Claro, cara. Eu só estava esperando alguém como você me pedir para colocar uma música de verdade! — Bad. Jinhwan conhecia por já ter escutado algumas - muitas - vezes. Não precisou de tanto para encontrar o namorado segurando uma garrafa verde, gritando feito um louco enquanto Michael arrasava no vocal. June também era um bom cantor, e o Kim não falava isso só porque gostava dele ou porque estava usando de ironia, ele era realmente um bom cantor.
Se aproximou devagar, com passos curtos; sorrateiramente. O mais alto abriu seus olhos e passou a sussurrar a letra da canção. Ele sabia a bendita de cor e salteado, Jinhwan sorriu quando ele encontrou sua silhueta.
Junhoe retribuiu o sorriso, pois ele conhecia muito bem o autor daquela façanha. Ele ergueu a mão que segurava a garrafinha de Heineken - essa que caminhava confortável pelo recinto encima das bandejas dos garçons, sim, garçons - e a balançou de um lado para o outro, mostrando também o seu ato da noite.
Koo Junhoe tinha recém dezenove anos, ele ainda não podia beber. E o menor sorriu mais uma vez. Podia se esperar tudo vindo daquele jovem e sexy Koo Junhoe.
O mais baixo sabia que não era tão velho, tinha terminado o ensino médio há pouco, curtia normalmente seus vinte e três anos sem ter montanhas e montanhas de preocupações. Claro que seus pais sentiram um pouco o peso daquela notícia; o moreno - no início ele era loiro e Jinhwan tinha ficado impressionado como sua mãe, Kim Jinkyu, tinha ficado meio abalada por todo o conjunto do garoto - era novo demais para está dormindo consigo. Então ele deu o ultimato, bom, June não morava em sua casa e nem sequer dava muito trabalho como uma criança, pediu assim para que não se preocupassem tanto, além de que em um ano, o mais alto estaria completando a maior idade e deixaria de ouvir as baboseiras de pedofilia vindas de Hanbin e Seungri, um amigo de curso. Jinhwan gostava dele do jeito que era, ele tendo quinze ou trinta anos. E ele sabia que Koo correspondia, ele dormindo nove da noite ou três da madrugada.
— Você não pode beber, Koo! É de menor. — Agarrou-se a cintura dele e passou a se balançar no ritmo de Michael. Koo balançou a cabeça em negação, num aegyo estranho já que não era lá acostumado com aquilo.
— Eu não podia nem ter entrado aqui, hyung, beber uma garrafa de Heineken é o de menos! — Ele tinha uma carta na manga. O Kim quase bufou.
— Não, ter entrado é o de menos, idiota. Me dá essa garrafa aqui! — Tentou tirar a bebida das mãos de Koo, mas foi em vão. Ele era bem mais alto, o safado.
— Só te dou a garrafa se você dançar essa comigo! — Então o baixinho parou para prestar atenção no que tocava. Aigoo, aquele DJ parecia ser mais um fã maluco do rei do pop. Black Or White.
Ah, Jinhwan não faria a desfeita de deixar um hino de lado. Fitou um Junhoe animado para entregar a bebida ao namorado só porque queria agarrar-lhe a cintura e remexer até o amanhecer. Balançou a cabeça, afirmando e o mais novo ingeriu num gole só o restante do líquido; esperto era pouco para definí-lo.

{bb}

Meus olhos estavam fixos naquele formato e tamanho de desenho. Os traços eram de um negro ainda bem evidente, que demonstrava o quanto ainda era nova para o dono e para os curiosos que a fitavam - pensando bem, o único curioso presente era eu. Sorri, eu também tinha vontade de fazer algo parecido. Não igual, mas que envolvesse um sentido, que tivesse um significado.
Eu estava falando da tatuagem que Bobby hyung tinha nas costas, bem no meio mesmo, e ela era tão interessante que as pontas dos meus dedinhos formigavam para tocá-la. Como disse, curioso. E céus, eu não era assim a um tempo atrás.
Chegamos lá para às 9 horas e o mais velho tinha se esquecido de me avisar - segundo ele, tinha se distraído demais com a minha presença, por isso o esquecimento - que seus filhos estavam para passar a noite novamente em sua casa. Bom, não todos os filhos já que Chanwoo tinha ficado com a mãe e o pai biológico no dentista; o Song seu pai resolvia tudo dos filhotes em relação a saúde e educação, Hyeri ficava praticamente com a parte de colocá-los para dormir - porque, convenhamos, a parte de cuidar deles de verdade era pertencente a Jiwon e Minho.
Mino hyung buscou Yunhyeong no colégio e junto com ele trouxe Donghyuk - por muita insistência do garoto e mais uma hora tentando convencer a Kim sua mãe de deixá-lo dormir fora com tão pouca idade; se eu estivesse em seu lugar, talvez, usaria da mesma proteção, Donghyuk era uma criança frágil demais para Donghyuk. O castanho só faltou derrubar o dono da casa para chegar até mim, ainda na porta, assimilando a imagem de duas crianças brincando com videogames portáteis no sofá e o Song aspirando a casa ao som de Zico.

"— Oi, Hanbin hyung. Yunnie hyung te falou que eu já estava achando injusto eles poderem ver você direto e eu não?! — Agarrou-se ao meu braço e se aconchegou ali como se fosse um gatinho.
— Falei sim, Dong. Agora vem logo aqui perder essa partida pra que eu jogue de novo... — A voz do mais velho entre os moleques falou meio pra dentro, achei então que estava em seus melhores dias. Logo a mão de Bobby veio ao meu ombro, sentindo que eu tinha achado estranho o comportamento de Yunhyeong. Ele se aproximou um pouco mais para encostar o peito em minhas costas e sussurrar ao meu ouvido.
— 'Tá tudo bem. Ele só juntou a falta do gêmeo mais novo com o ciúme de você receber uma melhor atenção.
Eu nem sei como lembro exatamente o que meu hyung havia falado, ele sussurrar, com aquela voz única, perto do meu ouvido deixou todo o meu sistema abalado."

No momento, eu esperava sentado na bancada da cozinha que Yunhyeong não fizesse nenhuma bagunça, o ajudando uma hora ou outra a mexer a massa para os cupcakes que inventamos - Bobby inventou, porque estava pior que mulher grávida desejando comer bolinhos com cobertura de menta - de fazer. Mino era daquele tipo de hyung que não negava nada aos seus dongsaengs e vasculhou de imediato a geladeira e o armário atrás dos ingredientes. Jiwon estava sem camisa, encostado ao meu lado na mesa de mármore e fora daí que deixei de prestar atenção no pirralho com uma panela gigante de massa de chocolate entre as pernas para estudar a tatuagem de meu namorado.
Era tão legal chamá-lo assim, mesmo que ainda nem tivéssemos trocado essas palavras entre nós, muito menos o famoso "amor" - Junhoe e Jinhwan usavam-na com frequência, no entanto, lembro bem que custou um tempo para que ela enfim aparecesse entre os dois. Bom, era legal chamá-lo por namorado em minha mente.
Só vim perceber que olhava para o hyung como se nunca tivesse tido contato com algo parecido assim quando Donghyuk soltou uma risadinha eu consegui enxergar de soslaio ele cutucando Mino hyung como se o adulto compartilhasse da mesma tal história engraçada.
— Do que vocês estão rindo, hein retardados? — Jiwon perguntou, ameaçando jogar a farinha neles, que despejavam a cauda de menta, verdezinha, num pote. — Deixem de besteiras.
— Não é besteira nenhuma, hyung. É Hanbin hyung que não para de te secar. — O mais novo dos Kim ao nosso redor falou na maior cara lisa e eu congelei assim que Bobby se virou pra mim com um sorriso ridículo de vitória nos lábios.
— Eu não estou te secando coisa nenhuma! — Eu estava me revelando um péssimo mentiroso. Poxa, o mínimo que podia acontecer era eu me tornar um manipulador de mentes já que estava mentindo mais que o próprio Pinóquio. O Kim mais velho apenas passou sua mão pelo meu cabelo, os bagunçando um pouquinho.
— Não ligue pra eles, Hanbin-ah. — E ele devia nem ter aberto a matraca, pois se aquelas três pestes desconfiavam de alguma coisa, agora elas tinham era certeza.
— Vocês estão mesmo namorando? — Foi Yunhyeong quem perguntou e eu só faltei me jogar daquela bancada para bater a cabeça no chão e morrer. Que vergonha!
— Mino hyung!
— Não venha me culpar, você sabe o quão insuportáveis os Song são! — O mais velho de nós esbravejou no mesmo tom enfurecido que Bobby hyung tinha usado para tentar repreendê-lo. E eu iria rir da referência ao seu sobrenome e o de Yunhyeong se não tivesse quase queimando minhas bochechas de tão coradas que elas estavam. — Mais que droga...
— Não devia ter contado pra eles, hyung!
— Eu não contei nada, seu idiota. Foi você quem saiu dizendo que iria se encontrar com o Hanbin-ah. — A maior palhaçada era que Bobby nem estava desmentindo os fatos e o moreno atrás de mim só me cutucava, pedindo a resposta para sua pergunta.
— Yunnie, pare... — Murmurei e ele soltou um muxoxo, decepcionado.
— Vem cá, garotão, deixe de constranger a visita. — Mino correu para o Song mais novo, tirando a massa de chocolate de suas pernas e o auxiliando na descida.
— Tecnicamente, ele também é uma visita, não? — Murmurou o Kim Jiwon, tirando a tigela com a cauda de menta das mãos de Donghyuk antes que ele derrubasse pelo peso - porque aquilo era realmente pesado. O dono do apartamento direcionou um olhar sério para o Kim, que levantou a mão livre naquele conhecido sinal de rendição.
— Desculpe-me, Hanbin hyung. — Fez uma reverência na minha frente e eu sorri, balançando a cabeça em negação.
— 'Tá tudo bem, Yunnie. Eu só fiquei surpreso.
— E respondendo sua pergunta, Começamos a namorar sério hoje. — Kim Jiwon, seu grandiloquente filho da puta.

{bb}

Ficou organizado que Bobby e eu dormiríamos no quarto dele enquanto as crianças se espalhariam na cama do Song enfermeiro. Eu protestei no começo, dizendo que a cama de Jiwon era de solteiro e que não caberíamos ali como eu poderia caber muito bem no sofá de três lugares da sala. E se fosse apenas por Mino hyung, eu dormiria super hiper confortável lá na sala, mas os moleques ficaram obcecados com o fato de que casais não podiam se separar e era muito importante que nós dois tivéssemos aquele tempo bonito juntos. Resultou que eles ficaram conosco até às duas horas da madrugada, duas horas e eles pareciam ainda ter a mesma energia de quatro horas atrás.
Duas horas da manhã e eu, com um baita sono, já fechando meus olhos, além de ter jujubas em forma de cobras amarradas nos dedos da mão e me perguntando se, na idade deles, eu era tão energético daquela maneira.
E como chegamos ao tal momento que eu tentava amarrar jellysnakes nos dedos? Bom, fora até que engraçado. Yunhyeong chegou no quarto com um saquinho de jujubas dizendo ter comprado junto com o irmão mais novo na cantina do colégio, ele até acrescentou que não podíamos comer tudo porque Chanwoo também havia pago e isso o fazia dono do pacote também.
Cada extremidade tinha uma cor e fazíamos um tipo de competição para ver qual delas seria aquela que nossos dedos pegariam primeiro. E continuamos nessa inocente brincadeira até que o mesmo dono das jujubas teve uma ideia mirabolante de perguntar o porquê de não temos alianças de compromisso como Mino hyung tinha junto a Hyeri e também como ela antes tinha quando ainda era casada com o pai dele. Jiwon olhou dos meninos pra mim e de mim para suas mãos.
— É porque eu pedi Hanbin em namoro ontem de noite mesmo, por isso não tive tempo de comprar algo significativo.
— Não seja por isso, hyung. Vamos usar as jujubas por enquanto que não possa comprar o anel pro Hanbin hyung. — Donghyuk sugeriu e mesmo que aquilo me deixasse de bochechas coradas e meio tocado por Bobby perceber que em nossos dedos faltavam alguma coisa, sorri meio acanhado e esperei que me entregassem uma jellysnake, essa que foi muito bem escolhida, ambas da mesma cor - vermelha e verde - para que eu e meu namorado pudéssemos usar.
Jiwon selou nossa união, agora oficial e cheia de açúcar, com um nó mal feito da jujuba de cobrinha entre meus dedos. Fiz o mesmo com a dele e entrelaçamos nossas mãos. Era algo bastante infantil e bem planejado por dois diabinhos que nós amávamos.
— Agora o namorado pode beijar o namorado! — Foi Yunhyeong que ditou aquelas palavras e nossos olhos o repreenderam, sérios. — Aish, deixem disso, andem, se beijem de uma vez! — E Jiwon me beijou, de repente e rápido o suficiente para que nos sentíssemos satisfeitos, porém, que não conseguiu suprir as necessidades esquisitas do Song de nos ver no meio daquele ósculo. — Mais que droga!
— Olha a boca suja, moleque! — E o sermão tirou a energia de casa. De verdade, assim que Bobby disse aquilo, as luzes do quarto se apagaram e toda a casa ficou silenciosa e escura. Donghyuk se agarrou no meu braço e o apertou forte, mostrando que estava com medo. Eu não estava tão perto de Yunhyeong e senti falta da sua voz quando um minuto inteiro se passou no silêncio.
— Jiwon hyung, foi você? — Kim o questionou e eu quase dei um salto ao sentir mais uma mão me segurar, de repente.
— Eu não controlo a energia, Dong. — Era Bobby e a luz do ecrã do celular dele veio a nos iluminar, conseguindo enxergar Yunhyeong do seu ladinho. — Vou pegar as lanternas que estão na cozinha, okay? Vocês ficam aqui.
— Ah, não! — Donghyuk e Yunhyeong falaram em uníssono, mas o olhar surpreso do mais velho veio parar em mim ao ter me escutado protestar também. — Okay, vamos todos juntos numa fila.
Isso foi uma merda porque os demônios preferiram se pendurar naquele que tinha a lanterninha no celular e me deixaram ser o quarto e último da ridícula fila que ele inventou. E não sei como não percebi o quanto de brinquedos eles tinham e que usaram-nos todos enquanto comíamos os cupcakes. Houve que meu pé acabou enganchado numa espécie de corda tendo que soltar o Song para me abaixar e no escuro mesmo tentar tirar a bendita dali. Pior que fone de ouvido dentro do bolso, a corda quase fizera um nó no meu pé e Deus, eu só havia pisado nela!
Ao levantar, nem um sinal de luz ou que a energia pudesse voltar feito mágica na hora que eu pensasse nela, então fui na fé que meus membros inferiores não quisessem se enroscar em mais nada do chão e que logo eu estaria vendo meu namorado segurando as lanternas que prometera.
Nada, absolutamente nada é como queremos e pisei na bola - literalmente -, escorregando dali para a cara no chão, pior, com a cara numa daquelas miniaturas de carro. Eu sabia que era uma miniatura, porque nada seria tão satânico a ponto de fazer a maçã do meu rosto arder e no segundo seguinte a área começar a formigar, tirando de mim um gemido.
— Ai, mas que merda...
— Hanbin?! — Senti a claridade chegando perto e ergui a cabeça, vendo uma imagem turva do Kim segurando as tais duas lanternas.
— Acho que eu me machuquei...
— Puta merda, Hanbin, 'tá sangrando. Droga... Yunhyeong, vou deixar você com uma lanterna, fique quietinho aqui com o Dong. Olha a confiança, marujo!
— Pode confiar sem medo, Capitão! — E com um esforcinho me tirou do chão e guiou nosso trajeto até o banheiro do apartamento.
— Vem, senta aqui e segura pra mim. — Indicou-me a pia de mármore perto à porta e entregou a lanterna nas minhas mãos. Para onde o moreno ia, eu acompanhava com a luz, iluminando seus passos pelo banheiro, rapidinho ele encontrou uma caixa em forma de paralelepípedo branca e que era fechada com umas trancas de metal. Pensei na hora que aquela era o primeiro-socorro moderno do enfermeiro da casa. E também pensei no quanto seria bom ter um Song Minho na minha casa para lembrar-me sempre das alergias. — Mino hyung me ensinou os conceitos básicos para se fazer um curativo, okay? Então esteja avisado que irá doer um pouco porque remédio que é bom ele é ruim de gosto e ardência.
— Mino hyung te disse isso?!
— Não, Mino hyung não sabe muito sobre remédios, é o médico que prescreve tudo. Foi minha mãe, ela era esperta o bastante para me fazer tomar todos aqueles chás sem fazer cara feia. — Jiwon chegou devagar, abrindo a caixa branca e de lá tirando um frasco com um líquido amarelado e um pompom de algodão, primeiro molhando-o com água e passando pelo machucado.
— Ah, eu acho que fui mimado demais quando era criança... — Molhou agora no líquido suspeito e olhou para mim, esperando que eu continuasse o que tinha pra falar. — Só lembro de ter tomado remédios com sabor laranja, morango, cereja... Auch! — E foi quando eu listava todos os gostinhos bons dos xaropes que Bobby pressionou o algodão já amarelo encima do local onde ainda saía sangue. Tentei me esquivar, porém, contudo, todavia, o hyung agarrou minha cintura e ele, que estava com os quadris numa distância satisfatória antes - presos aos meus joelhos -, fora parar no início das minhas coxas; se ele tentasse sair daquela posição, com certeza eu iria junto no seu colo. — Isso doeu, Bobby!
— Desculpa, mas eu avisei!
— Olha o carinho, Capitão...
— Você não comece com essa história, eu não vou cair nas suas provocações! — Apontou o algodão amarelo para mim e por sua postura está ereta, soube que falava sério. Afinal de contas, eu ia morrer sem sucesso ao tentar segurar as palavras em minha boca. Veja bem, quando pressionou aquilo mais acima da minha bochecha, doeu pra caralho, ligando o meu lado manhoso, fazendo-me quase choramingar aquelas palavras para Jiwon. Chamá-lo de capitão não seria apropriado naquela situação.
Não naquela.
Mordi o lábio inferior e abaixei a cabeça, aguentando firme cada pressão daquele algodão. O que melhor me distraiu foi ver, ainda que pouco, a jujuba em formato de cobrinha ainda em seu dedo, aquele algo significativo que mostrava a mim o quão determinado estava em ser meu namorado.
Aquilo uma hora ou outra seria devorado, mas ninguém podia tirar a felicidade que corria por todo o meu corpo.


Notas Finais


Porque Hanbin não sabe andar no escuro e Bobby encontra-se completamente apaixonado.


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