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História Eyes, Nose, Lips - As consequências do verbo gostar.


Escrita por: killjoys

Notas do Autor


Olá lindos, eu demorei?
Bom, esse capítulo fala de mudanças. Sejam bem vindos a segunda fase da fanfic, a Nose (pois é), espero que não tenha confundido vocês e que eu não tenha chegado com algo muito BOOM.
Desculpem a formatação do capítulo anterior e por esse também, estou postando pelo celular.

Capítulo 14 - As consequências do verbo gostar.


Jiwon e Hanbin estudavam na mesma faculdade, com os mesmos papéis e canetas disponibilizadas lá, o mais velho ficava na sala 14 enquanto o outro passava direto até chegar a sala 20.
Antes disso, ambos acordavam no mesmo horário, Hanbin pelo despertador e Bobby pelo seu melhor amigo e hyung, Song Mino. Este último era enfermeiro e por conta do trabalho duro, sempre dava um jeitinho de deixar o outro acordado antes de sair para o trabalho, mesmo que fosse cedo demais para ele. Hanbin tomava café da manhã com os pais e até algumas vezes com a tia que, ao cumprimentá-lo alegremente, animava um pouco mais o dia. Jiwon pegava carona no carro do Song quando lhe convinha e ambos seguiam caminho enquanto escutavam seus CDs de Hiphop, Hanbin escolhia uma trajetória puxada para a calmaria e nos fones de ouvido iam cantores de balada, suavizando seus passos até a universidade.
Fora lá que se encontraram pela primeira vez, de forma desastrada por parte de um e má educada por parte do outro, inda sim era algo a ser contado pelo menos em um caderninho. No caso de Kim Hanbin, ele contava em suas quatro paredes brancas - agora totalmente marcadas pela peculiaridade de seu primeiro namorado - tudo o que se passava pela sua vida. Enquanto Kim Jiwon escrevia músicas sobre Hanbin para que elas fossem usadas posteriormente como letras de um rap bem feito, Hanbin manchava as paredes do seu quarto com uma caligrafia desenhada tudo o que gostava e odiava em relação ao seu hyung.
Sejam bem vindos ao universo particular do protagonista, esse que Jiwon ficara impressionado quando batera o olho pela primeira vez, convidado pelo o outro Kim. A letra de Hanbin era perfeita e a maneira surreal na qual ele pressionava a caneta para quadros pela superfície clara o fizera passar dos limites e destruir a frase em inglês que o moreno queria colocar ali. Bobby agarrou o namorado para lhe tascar um beijo no momento que ele escrevia o que o mais velho era pra ele.

Perfect with all your imperfections.

E eles se apaixonavam ainda mais um pelo outro a cada dia que se passava, com o Kim mais novo enchendo sua parede com frases bonitas e o outro, se entregando a algo novo em sua vida: o amor.

Kim Bobby veio até mim como uma gota de água, mas eu, pra ele, apareci como o vento; calmo, mas que futuramente poderia fazer uma reviravolta.

××

Três meses se passaram e o meu namoro com Bobby hyung continua firme como no primeiro dia. Não podíamos passar todo esse tempo com anéis de jujuba, por isso tivemos que comê-los e oficializar tudo com palavras, e no dia seguinte, com ações. O mais velho levou-me para a faculdade, até me emprestou um caderno seu para que eu fizesse minhas anotações sobre as aulas - afinal de contas, eu tinha ido à sua casa e muito menos tinha pensado no dia que viria. Junhoe foi o primeiro a me ver com a mão agarrada ao do outro Kim e pela cara que fez, num segundo depois Jinhwan já estava sabendo.
Tivemos que correr pra nossas salas por conta do sinal que havia tocado, mas assim que o intervalo deu as caras, o futuro advogado já me esperava com um questionário, pronto pra interrogar alguém.
Meu melhor amigo não soltou gritinhos, nem fez tanta euforia, a única coisa que me disse fora: "Eu só precisava de mais uma coisinha pra ter certeza disso". A certeza foi minha fala afirmando seu óbvio.
Bom, ele ficou assim comigo por dois dias até me abordar dentro da minha própria casa e me passar aquele questionário, com perguntas sobre o primeiro olhar até o finalmente "quer me namorar".
Bobby não se importou com o fato do Kim mais velho ficar sabendo de todos os detalhes, só me deixou com a cara pegando fogo de constrangimento ao terminar sua frase, na frente do demônio, com: "Agora quando for sobre nossas transas, o hyung não vai poder saber de nada porque é particular".
Nós ainda não fizemos isso, eu não sinto necessidade de ser agora e meu namorado não cobra. Somos um casal movido à beijos e discussões. Sim, Jiwon e eu já brigamos uma cinco vezes nesses três meses.
Uma delas fora porque peguei uma gripe forte e não queria que ele ficasse perto de mim, evitando-o de se contagiar e ficar de cama igualmente. Bobby ficou com tanta raiva de meu ser o ignorando que quase quebrou a trava da janela do meu quarto para entrar, deitar na cama comigo e me fazer dormir bem agarrado a ele; que a gripe pegasse nele, dessa maneira teríamos ainda mais semelhanças. Teve outra vez que Mino hyung e Hyeri noona discutiram, o Song soltou o verbo para ela quando estavam andando pelo pátio livre do condomínio, disse que a publicitária não estava mais dando tanta atenção assim para ele, que mesmo com o trabalho puxado de ambos, ele sempre arrumava um jeito de está perto dela, coisa que Hyeri parecia não está correspondendo na mesma intensidade. O mais chocante de tudo foi o desprezo que ela deu a conversa deles, nós que estávamos vigiando a criançada brincando no parquinho, ficamos indignados com aquilo, Hyeri levou os filhos pra casa e passou um tempão sem falar com o hyung do meu namorado.
A minha discussão com Bobby viera uma semana depois ao encontrar Nam Taehyun, meu amigo do curso de psicologia, tomando sorvete com Mino na cozinha do apartamento. O loiro tem um típico sorriso infantil e toda vez que o Song contava algo engraçado, ele tentava escondê-lo com as mãos, deixando o mais velho maravilhado com a cena. Fiquei maluco. Não que tenha sido ciúme - Jiwon até cogitou isso, assim criando nossa primeira briga séria -, eu apenas sentia que se Taehyun se interessasse por Mino, poderia ser um problema, um problemão, um problema do tamanho das muralhas da China. Ele não tinha terminado com Hyeri ainda e talvez só estivesse usando meu amigo Nam para esquecer toda a frieza dela. Pois, ao contrário da Jung, o loiro que estuda arduamente comigo era a pessoa perfeita para aquele enfermeiro. Eu o alertei sobre a existência da Jung mãe das crianças de Bobby assim que nos encontramos novamente na faculdade, o vi murchar por um súbito minuto para logo depois levantar a cabeça e levar tudo no profissionalismo; Taehyun decidiu que a partir daquele dia seria sem romances com o seu simpático e atraente paciente.
Fiquei mal por ter que escutar Mino me perguntar pelo Tae algumas vezes. Ele dizia que o Nam o cortava em certos momentos, fazendo-o estranhar aquilo, porém, era só porque eu tinha aparecido com a verdade sobre a pedra no sapato Jung Hyeri. E Bobby brigou comigo mais uma vez dizendo que eu não deveria me meter no destino de ninguém.

××

Desde que os meninos deixaram de andar no apartamento de Jiwon, ele tem ficado sozinho por lá toda a tarde. Eu sempre ficava consigo depois das aulas, ou nós comíamos num restaurante perto ou passávamos na minha casa, mas eu nunca o deixava sem fazer nada. Meu namorado podia passar umas duas horas estudando suas coisas matemáticas e químicas e físicas, porém, quando tudo acabava, restava a mim deixá-lo entretido. E Bobby hyung era daquele tipo de pessoa que tinha assunto sobre tudo, desde nós dois e o relacionamento até na possibilidade de extraterrestres invadirem o nosso planeta. Era uma mensagem a cada trinta segundos e isso me consumia de pedacinho em pedacinho. Não que eu estivesse enjoando dele, claro que isso está fora de cogitação, o problema era exatamente porque eu também precisava de um tempo a sós com meus livros e apostilas, eu precisava de silêncio e mesmo que eu deixasse o celular no silencioso, a minha mente não me deixaria estudar pensando nas mensagens que provavelmente estariam me esperando.
Por isso eu o levava à minha casa - meus pais trabalhavam até às seis e isso facilitava o nosso contato. Ele estudava suas coisas e eu estudava as minhas, se terminasse primeiro, deitava ao meu lado e tirava uma soneca. Ou simplesmente se encostava no meu ombro e me via ler aqueles textos.
Bobby hyung era totalmente compreensível, ele sempre me escutava quando eu queria desabafar e sempre fazia aquela cara de interessado, como se a conversa não fosse tediosa demais. E isso me fazia gostar muito mais dele; meu amigo Kim Jinhwan bocejava alto, ou pigarreava, ou mexia no celular bem encima da minha cara para que eu me desse conta de que ele já não aguentava mais me escutar tagarelar.
Voltando ao fato do nosso destino após as aulas, fiz diferente daquela vez. Jiwon iria conhecer Kim Minah, ou como todos a chamavam: tia Kimmy.
— Será que ela não vai agir como a sua mãe? Elas são irmãs, afinal. — Jiwon arrumava a aba do boné para que ele ficasse perfeitamente reto, levava a minha mochila e fazia bico, ansioso. Sorri, negando com um meneio da cabeça.
— Mesmo que elas fossem irmãs gêmeas, Bobby, ninguém tem a mesma mentalidade. Sem contar que tia Kimmy é bem liberal, ela ia àqueles shows de rock metálico e tudo enquanto mamãe a acobertava nas mentiras para fugir. Eu tenho certeza que ela vai gostar bastante de você. — Sorri novamente. Minah era realmente uma mulher para se guardar num potinho. Enquanto minha mãe ficava quietinha nos bancos do colégio, minha tia pintava as bochechas e braços com tinta de guerra e erguia seus cartazes, dentro do prédio mesmo, para protestar contra a maneira salazarista de ensino. E era por conta disso que Minjae omma gostava tanto de sua irmã, porque ela era tudo que minha mãe queria a coragem de ter sido.
— A ovelha negra da família então, hein?! Já gostei dela.
— Não diria a ovelha negra, mas ela é aquela que todos queriam pra si. E eu me sinto tão orgulhoso de a ter como influência, tia Kimmy me ajudou nos piores momentos, aqueles que eu abaixava a cabeça e dizia que não ia conseguir. — Kim Minah era muito especial pra mim e quando fitei meu namorado novamente, ele tinha um sorriso ameno, confortável. E era aquele momento que ele parecia me ouvir com vontade, sem algum resquício de tédio. — Posso te contar um segredo?
— Fique tranquilo, eu prometo guardá-lo até a minha morte se for preciso.
— Amor... — Eu nunca o chamei assim antes, no entanto me senti tentado a tentar pela primeira vez. Ele firmou os pés no chão, ergueu a alça da minha bolsa para sustentá-la melhor no ombro e esperou que eu continuasse. — Minha tia perdeu a filhinha de dois anos a vinte anos atrás. Ela se chamava Hanbyul.
Eu nunca havia contado isso a ninguém além do meu Kim metido a advogado. Era delicado para todos da minha família e se tornou minha essência com o passar dos anos.
— Hanbyul...
— Meu nome é em homenagem a minha prima. Ela foi diagnosticada com uma deformação no cérebro e os médicos disseram que Hanbyul não passaria da fase infantil se minha tia insistisse no nascimento. Tia Kimmy é dura na queda, ela queria ver Hanbyul mesmo que Deus a levasse no minuto seguinte. Ela só queria segurar seu tesouro pelo menos uma vez.
— Hanbin...
— Eu nasci um ano depois e a omma decidiu fazer isso por minha tia. Era como se ela pudesse me dividir com a irmã, pra ela não se sentir desconfortável com a minha chegada. E é por isso que a tenho como metade de mim, hyung, tia Kimmy é como minha primeira mãe.
— Aigoo... Agora eu me sinto horrível de chegar assim na casa dela, estou um farrapo. — Não consegui segurar o riso, eu estava contando algo sério pra ele e me vinha com aquilo tão de repente... Neguei, agarrando suas mãos que tentavam se arrumar pra melhor parecer. Ele não precisava disso, ele estava ótimo do jeito que estava.
— Minah vai amar você, eu já disse. E ela vai ficar ainda mais animada quando souber que... — Me aproximei e sussurrei para que apenas ele pudesse ouvir. — Kim Jiwon é meu namorado. — E o hyung revirou os olhos, mas eu pude ver seu sorrisinho satisfeito.
— Não é como se isso fosse algum mérito que você conseguiu, Hanbin. Eu não sou importante nessa intensidade.
— Cale a boca e volte a andar.
Logo chegamos a rua de casas amarelas e caminhei até aquela de número 190. Era ali onde ficava mais uma Kim da minha família.
— Tia Kimmy? — A porta da sua casa ficava destrancada naquele horário da tarde. Minah usava o tempo livre para fazer guloseimas e as vendia pelas redondezas. Meus pais praticamente moravam com ela só para ter um pedacinho de suas coisas gostosas. E por eu andar cheio demais com a faculdade, ela mandava por eles a minha porção. Senti a respiração de Bobby ficar mais pesada atrás de mim e antes que pudéssemos entrar, me virei, coloquei minhas palmas sobre seus ombros e apertei de leve. "Está tudo bem".
— Hanbinnie?! Entre querido, estou na cozinha!
— Novamente, está tudo bem, não é como se você fosse conhecer o... The Quiett ou algum outro rapper. — Falei e ele riu anasalado. Soltou a respiração e ergueu a cabeça; estava preparado pra enfrentar a fera.
— Tem noção do quão assustador deve ser se apresentar pra ele?! Eu esqueceria toda a música...
— Hanbin? — Era minha tia e assim que iriamos rumar para a cozinha, ela apareceu antes segurando um pano para enxugar louças e sorria abertamente. — Oh, está acompanhado... Olá. — Minah levou o pano ao ombro e passou os dedos sobre os cabelos, arrumando-o. Jiwon sorriu vendo que ela estava mais desconfortável do que ele; a fera era mansa.
— Oi, tia. Esse é meu... Amigo Kim Jiwon. Hyung, essa é a famosa Kim Minah.
— Aish, eu não sou famosa, Binnie! Mas é um prazer conhecê-lo, Jiwon. Se eu não estou enganada, você deve ser o Bobby hyung de quem ele muito fala. — Bobby sorriu, mostrando os dentinhos e a mais velha me fitou, mordendo o lábio; ela estava querendo confirmar se era ele. Bom, eu amava aquele sorriso exagerado de Jiwon, era óbvio que eu já falara sobre ele com minha tia.
— Sou eu mesmo, Hanbin me fala bastante da senhora também.
— Não, nada de senhora aqui. Eu sei que sou casada e tudo mais, só que "senhora" mata qualquer uma! Chame-me de Minah.
A Kim mais velha encheu Bobby de comida. E eu não contei que namorávamos, bom, o outro Kim parecia ter esquecido que aquilo deveria ser revelado e mesmo que eu tivesse cem por cento de certeza que ela não faria objeção alguma, deixaria aquilo para uma outra hora. Eu não mostrei uma foto de Hanbyul pra ele, tia Kimmy guardava um álbum com fotos dela a sete chaves e era melhor assim; vinte anos haviam passado, porém, eles podiam lhe fazer voltar no tempo apenas com uma lembrança. Ele disse que nos parecíamos muito, Minah e eu, e até que tinha aquela semelhança engraçada. "Eu poderia me apaixonar por Hanbyul, sabia?", "Não poderia, hyung. Você sempre teria olhos pra mim."

××

Meu pai passou em casa dizendo que, depois que passasse no serviço de Minjae omma, iria pegar umas coisas com minha tia. Eu sabia muito bem que coisas eram, mas decidi não replicar o mais velho. Comentei sobre o assunto com Bobby por mensagens e ele teve a melhor ideia para uma programação de noite: morangos com chocolate.
— O hyung vai acabar me deixando gordo... — Falei antes de colocar todo o morango dentro da boca. Jiwon trouxera um pote gigante de Nutella e sua fruteira cheia de morangos. Até parecia que iriamos acampar e aquilo era os mantimentos que nos manteria vivos. Só que, com tudo aquilo, eu e ele já havíamos atacado, os morangos iam ficando cada vez mais escassos e a noite era uma criança.
— Você 'tá mesmo precisando engordar, olha essas roupas folgadas!
— Aish, isso não é algo que se diga ao namorado!
— Isso não se diz para namoradas, é diferente... — Ah, mas ora essa...
— E qual é a diferença, hein?
— Garotas não podem entender os garotos tão bem como os próprios. Pra elas não está bem você vir de qualquer jeito, pra elas não está bem você não querer andar com as amigas dela... Essa é a diferença.
— Hum, mas eu me importo com o jeito com o que você se veste, Bobby. E se eu tivesse amigas, evidentemente que você andaria comigo enquanto elas tivessem perto. Não há tantas diferenças assim entre meninos e meninas, e você pegou aquelas que nem vale a pena se levar em conta.
— Nossa, da próxima vez eu vou ter que lembrar de pensar duas vezes antes de falar qualquer coisa pra você, viu?! — Resmungou, largando o pote para cruzar os braços sobre o peito e fazer bico. Gargalhei, é, talvez eu tivesse sido um pouco rude consigo, todavia, era essa minha aura compreensiva de psicólogo, aquela aura que tentava conscientizar todo mundo. Engatinhei até ele e abracei sua cintura, me aconchegando em seus braços irritados. Ele desfez o nó deles para me abraçar também, trazendo-me para ainda mais perto.
— Desculpe, Kimbap. Eu só queria que você mudasse esse pensamento, sabe. Que tentasse ver como todos nós somos iguais. Veja por um lado, da mesma maneira que você deixa de arrumar seu quarto, eu deixo de ser organizado com minhas anotações, elas sempre estão espalhadas por todo o canto, até nas paredes do meu quarto, você mesmo viu! E assim como você é cuidadoso com seus dongsaengs e hyung, eu sou com meus... Meu melhor amigo.
— Hanbinnie, eu posso te fazer uma pergunta?
— Pode fazer quantas perguntas quiser. — Rir com minha própria fala. Ele riu também, mas logo suspirou fundo.
— Quando começou a gostar de mim? — Okay, aquela pergunta difícil valia por milhões de perguntas fáceis. Me afastei para olhar em seus olhos e vi o quão ansioso estava pela resposta. Eu deveria ser cauteloso, não podia falar mais do que deveria, só que ao mesmo tempo tinha que ser objetivo.
— Eu não sei exatamente a data pra isso, Jiwon. Eu diria que foi aos poucos. Eu começava a gostar da sua voz, do seu sorriso, da maneira que se importa comigo. Era aos poucos, o hyung me conquistava aos poucos. Isso responde a sua pergunta? — Fui beijado. Foi um selar calmo onde Bobby pediu permissão num sussurro. "Por favor..." Eu sorri, ele não precisava mais pedir por favor. Ele podia me beijar sempre que desejasse, ele podia passar suas mãos pela minha cintura e prendê-las nas minhas costas, apertá-las sem força, procurar minha língua com a sua, sugá-la como se a qualquer momento tudo acabasse sem que tivesse provado o que tanto queria. Bobby podia me fazer arfar contra o ósculo quantas vezes quisesse, ele tinha minha total permissão. E eu estava começando a gostar de como se agarrava ao meu corpo e o prensava contra o seu para obter calor. Parecia loucura...
— Okay, eu tenho algo pra te revelar. — Começou, separando nossas bocas para pegar outro morango e mordiscá-lo na ponta, ela coberta de chocolate. Sorri, mordendo um pedaço do meu que estava perto. Fora o melhor encontro nosso desde o primeiro jantar.
— Eu também tenho, mas eu prefiro que você vá primeiro.
— Não, vai você. — Bufei, eu não queria contar algo muito idiota ou muito sério e ele se decepcionar. Estávamos no nosso aniversário de namoro, não podia fazer feio.
— Vamos juntos. — Peguei mais um morango, mergulhando-o no pote de chocolate. Bobby fez o mesmo, posicionando perto a boca; era como aquele jogo "Eu nunca", só que com morangos, bem longe de bebidas.
— 1, 2, 3... — Era a hora, eu tinha que contar aquilo um instante ou outro. Estava prestes a completar vinte anos, concluir mais um longo período na faculdade de psicologia, sem contar que já estávamos juntos há três meses, se Jiwon só estivesse experimentando algo novo comigo, já teria passado pra frente. Respirei fundo e me soltei daquele pequeno - mas constrangedor - segredo.
— Eu já me masturbei pensando em você.

Notas Finais


Gostaram? Odiaram? Querem bater em mim? Qualquer coisa vai lá no @bastwrz


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