História F u till i f u - I'm gonna love u forever

Sua pele é moldada aos meus lábios ásperos e sedentos por seu sabor.

Eu ainda me recordo da primeira vez que nos esbarramos. Seus olhos de corça — os dois malditos planetas escuros que me botam de joelhos — me investigaram com atrevimento e me fizeram fantasiar. Você me olhava como um fodido dono do mundo; como se a rotação terrestre dependesse do bambolear de seus quadris.

Talvez a Terra ainda não se curve perante os seus pés, mas o meu mundo rala a pele ao se ajoelhar com tamanha devoção quando você, poço de estrelas, sorri como as fadas com calças dos contos infantis.

Esperei para desvendar todas as palavras que saltavam da sua boca e esperei para provar o chocolate em suas bochechas. Você dispensou nosso primeiro beijo e se fez de difícil obsoleto. Um beijinho na bochecha me soava suficiente. 

Sofri o inferno quando você me obrigou a consumir todo o meu esforço intelectual para te arrancar algum interesse. A verdade é que você é alguém mais inteligente do que as fofocas me sopravam.

Você gosta de olhar nos olhos e capturar conhecimento todos os dias e de todas as formas; gosta de ouvir música clássica e discutir sobre gravuras japonesas e arte ocidental. Eu precisei ler profusos livros sobre arte e cinema para estudar seus olhos e falar a mesma língua que você tanto se orgulha de entender.

A melhor parte do meu dia é encontrá-lo vagando por aí, fotografando o verde e o azul, qualquer coisa sem vida e pessoas sem humor como eu. Você diz que a fotografia transforma nosso modo de enxergar o mundo.

Você está certo, já que se tornou a parte mais bonita do meu próprio mundo após o primeiro click.

Eu não me importo de fazer parte de noventa por cento do seu acervo pessoal se você  me deixar afogar no seu mar.

Você gosta de profundidade, Taehyung. O tipo de profundidade que lhe aconchega sob o universo e te faz respirar rosas.

O tipo de profundidade tão semelhante à forma como eu te fodo contra os meus lençóis ou contra a sacada do seu apartamento. Eu jamais imaginaria que seus olhos de galáxia pudessem virar tinta negra quando eu te agarrasse as coxas e te fizesse sentar no meu rosto pela primeira vez.

Seus gemidos são admiráveis e seus gritos são meu banquete.

Você não parece se importar com sexo selvagem ou baunilha enquanto está sob meu contato. Suas mãos de pêssego ainda arrancarão uma tira da minha pele se você continuar conservando forças para agarrar minhas costas sempre que eu te penetro contra a sua parede azul celeste.

Eu não pensava em fazer amor, contudo seu magnetismo involuntário e a dimensão dos seus sentimentos me fez repensar meus dogmas solitariamente egoístas. Eu sequer pensava em amá-lo, mas então você me pegou e me protegeu, transformando-me no seu urso de pelúcia gigante que murmura os intermináveis “eu amo você".

Eu gosto do amor; gosto de segurar suas mãos enquanto você chora contra a minha boca e me diz besteiras sussurradas; gosto quando você beija minha testa e diz me amar quando eu soluço como o Jeon de 5 anos fazia.

Você se lembra do quão vergonhoso foi quando me confessou seus sentimentos num dia de chuva? Embora as gotas frias lambessem meu rosto, elas não foram suficientemente geladas para mascarar as lágrimas quentes quando você me disse “eu te amo”.

Naquele mesmo dia, você me montou e me controlou. Você me fez suar mil rios conforme cavalgava devagar, jorrando palavras de adoração enquanto eu chorava por libertação.

Eu amo te amar e amo te foder, Taehyung.

Nossos amigos dizem que minha ninfomania talvez tenha te contagiado. Eles dizem que você se transforma num demônio vocal quando eu te chupo e você me chama de “baby”. Nós dois sabemos que eles escutam nossa foda como mariquinhas na janela porque querem.

Nós dois sabemos o quanto somos como DNA e RNA.

Eu não sou um ninfomaníaco, Taehyung.

Você pode me chamar de Taehyungmaníaco enquanto eu te fodo por trás e te boto no colo.

Eu me perdi no passado enquanto transamos no presente.

Você, com as pernas abertas e os fios encharcados de suor, sorri como um infernal modelo de capa de revista, escapando entre os meus dedos e rebolando contra o meu pênis.

As escoriações em seu pescoço e quadris te fazem me jogar pragas inofensivas. Você me manda não deixar marcas enquanto eu te mordo e arrebento a pele entre suas clavículas.

Como você ama.

Você sempre evidencia minha boca contra sua pele ao acordar de manhã e vestir meus casacos escuros que escorregam para longe de suas clavículas tingidas de roxo e saudade infinita.

Em contrapartida, suas calças molengas vedam os meus rastros de amor. Você reconhece minha adoração sobre suas coxas morenas e sua bunda fofa, não reconhece? Elas apenas perdem para o retângulo do seu sorriso e a preciosa pinta na ponta do seu nariz — e aquela perdida em seus cílios e, talvez, o cheiro da sua colônia.

Seus dedos compridos puxam meus cabelos com mais força quando pequenos punhos batem na porta do seu apartamento.

Jimin e Yoongi nos chamavam outra vez. O bagunçado casal baunilha que mora ao lado e se intitula melhores amigos.

Eu não me importo, porém. Não quando você derruba lágrimas e fecha os olhos, montando com mais força; não quando a cama compartilhada range e eu te amo outra vez.

Eles podem esperar na porta enquanto eu te fodo de novo.

— Eu te amo, Tae hyung.

Eu só quero dizer “foda-se” até eu foder você de novo

[...]

Eu vou te amar para sempre

Essa é a minha maldição

É, tanto faz

E eu vou te amar

— Call Me Karizma ft. Cass