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História Farce - Leçons


Escrita por: souhamucek

Notas do Autor


OI, LINDOSSSSSSSSSS!! Só tenho a agradecer a todos que estão lendo a minha estória e se apegando a ela tanto quanto eu. Muito obrigada mesmo! O capítulo ficou menor que o anterior, mas, mesmo assim, não ficou muito curto.

Ps. Postei o capítulo às pressas, então dei uma revisada muito rápida, se houver algum erro, por favor, ignorem-no! Ajeito pela manhã.
Ps2. Quero agradecer a Rach mil vezes por me ajudar com os BCs (maravilhosos) mesmo com os meus pedidos em cima da hora. Você é maravilhosa, nunca vou cansar de dizer isso.
Ps3. A aparição do personagem "Nat" é dedicada à Bia (@cloudsantovitti). szsz
Enfim, boa leitura!!

Capítulo 4 - Leçons


Fanfic / Fanfiction Farce - Leçons

Lições

As sobrancelhas arqueadas da loira me garantiam a fúria explicita nos olhos azuis que ardiam a me encarar. Engoli em seco e deixei a risada debochada ganhar meu rosto. Quando eu estava prestes a me defender, as palavras abandonaram os lábios de Chloé sem o mínimo pudor.

— Você está me chamando de prostituta porque dormimos juntos? — os passos pesados caminharam em minha direção. — Isso é tão machista e desprezível que eu nem posso acreditar que cogitei ter alguma coisa com você.

— Chloé, não... — com um sorriso no rosto, tentei contornar a situação, mas fui impedido antes que pudesse conseguir.

— Agora você vai me escutar, Justin. — seu corpo continuou a se aproximar do meu. — Nunca fui tão desrespeitada em toda a minha vida e olha que já abusaram de mim. — abri a boca para começar um argumento, mas ela prosseguiu. — Realmente já dormi com muitos desconhecidos, mas nunca me chamaram de vadia... Ainda mais fingindo ser educado. — os olhinhos amendoados se espremeram. — Eu estou com nojo de você! Se você acha que pode comprar o mundo porque você é rico, está muito engano. Até porque você é tão ruim de cama que eu nem me lembro da nossa transa.

Não pude conter a gargalhada ruidosa que me escapuliu. Balancei a cabeça ajeitando a franja e cobri os lábios aguardando o discurso se encerrar.

— Chloé você não se lembra “da nossa transa” — gesticulei as aspas —, porque não aconteceu nada.

— Como assim? Eu e você... A gente não... — neguei com a cabeça. — Então o que eu estou fazendo na sua casa vestindo as suas roupas?

Virei-me para trás, pegando o café fresco e a entreguei nas mãos. Indiquei para a mesa pequena e nos sentamos. Ainda risonho, olhei os olhos azuis curiosos e pude enxergar meu reflexo na íris clara.

— Você passou mal ontem logo depois de brigar com o dono do Moulin Rouge. — seus lábios se entreabriram, logo sendo esmagados sob os dentes que os repreenderam. — Como você desmaiou, eu fiquei preocupado em te deixar sozinha a caminho da cidade ao lado. Então, eu te trouxe para minha casa, dei banho, emprestei uma roupa...

— Obrigada!

— Você já me agradeceu ontem à noite. — um sorriso torto nasceu no canto de meus lábios. — Eu fiz o mínimo que qualquer pessoa deveria fazer naquela situação.

Senti algo envolver minha mão sobre a mesa preta e desci meus olhos para desvendá-lo. Assim que avistei ambas as mãos da francesa envoltas a minha, meus lábios se repuxaram para um sorriso extenso e elevei o olhar encarando o olhar brilhante.

— Você é diferente, Justin Bieber. Bem diferente... De tudo.

Antes que eu pudesse protestar, vi-me mergulhado na imensidão azul. Confesso que a vontade era de jogar a mesa para cima e beijar aqueles lábios com todo desejo que contido desde a primeira vez em que nos vimos. Mas, eu precisava ser a diferença a qual ela tanto buscava.

Cerrei meus olhos, recompondo-me e, em seguida, desvencilhei minha mão das delas. Peguei a pequena xícara de café, dei um gole profundo, sem desviar meus olhos de seu olhar.

— Você é anêmica? Por que desmaiou com álcool? — rangi a garganta enquanto inventava um assunto qualquer.

— Não tenho a menor ideia. — respondeu junto a um sorriso breve, a seguir, provou o café. — Amargo! Onde fica o açúcar? — levantou-se para procurar. — Sou vegetariana, posso estar com anemia por não comer carne há anos, mas nunca tive problemas com isso. — caminhou até a pia e abriu o armário acima. — Existe outra possibilidade para um desmaio repentino?

— Você estar grávida. — repliquei em tom debochado enquanto ela pegava a caixinha com açúcar.

Os pés flexionados, para deixá-la alguns centímetros mais alta, tocaram o chão por completo e a caixa em suas mãos os encontrou rapidamente. Com a boca aberta e os olhos arregalados, Chloé balbuciou com as mãos trêmulas:

— Nat.

Paris, 07 de Fevereiro de 2015

Eu não via a professora de francês há uns três dias. Desde que a gravidez fora confirmada, a loira se trancafiou em casa e não quis atender as minhas ligações. Uma atitude bem infantil para uma mulher de vinte e cinco anos. Pelo pouco o que Chloé me contou, o pai da criança foi um caso de poucas noites.

Entendia perfeitamente a dor de carregar uma irresponsabilidade, mas o bebê não possuía culpa. Era apenas um pequeno ser preparado para ser amado. E, se dependesse de mim, o filho da guia seria a criança mais amada. Talvez um amor de pai, tio, ou, quem sabe, amigo.

Mas, a minha única certeza era que Chloé não estava sozinha.

A Champs-Élysées estava vazia aquele dia. O topo da Torre Eiffel reabriu e, provavelmente, todos os turistas estavam na fila quilométrica para enxergar a cidade-luz do melhor ângulo. Aliás, todos menos eu. Para me distrair, preferi fazer compras e conhecer a roda gigante, e, pelo visto, só eu tinha essa decisão.

Eu era um dos únicos que passeavam na avenida larga em busca das melhores lojas. Por um lado, andar sem pressa às ruas era bom, as butiques estavam tranquilas. Por outro, eu podia sentir um frio percorrer minha espinha. Eu não estava seguro. Os seguranças filmavam meus passos e meus olhos espiavam qualquer ruído.

Senti o bolso de meu sobretudo tremer. Cobri o volume vibrante com as mãos abafando o som, encarei o imenso corredor de árvores secas cortadas de forma simétricas e, quando perdi a visão da rua no labirinto para adentrar a Abercrombie & Fitch, atendi ao celular.

— Pai?

— Boa tarde, filhão! – não pude conter o sorriso. — Como está aí? Esqueceu que tem família? Não me liga há dias. — gargalhei enquanto espiava cada canto da loja imensa.

— Claro que eu não me esqueci de vocês, eu só me perco com o fuso horário e fico receoso de ligar tarde. — defendi-me prontamente. — Aqui está muito legal, apesar de eu só ter feito uma amiga. Os franceses são mais fechados, mas tenho um vizinho gentil. E aí, como está? A vovó está bem? E o vovô? Eu estou morrendo de saudade.

Pude ouvir um suspiro forte. Eu poderia afirmar que o peso daquela respiração carregou meu coração junto a alegria para baixo. O nervosismo começou a tomar conta de mim.

— Então, Justin, eu liguei justamente para isso. — o pulsar descontrolado de meu coração ao mesmo tempo em que as palavras alcançavam meus ouvidos. — A mamãe está internada por conta de uma crise renal, os médicos disseram que não era grave e que em breve estaria em casa. Mas, como você está distante, preferi te manter informado.

— Como assim? O vovô deve estar péssimo. Como você está?

— Eu estou bem, meu filho. Alguém tem que transmitir a tranquilidade. — gargalhou em voz alta, sem manter o humor de sempre. — Não se preocupe, tudo acabará bem. Mais tarde eu te ligo para dar mais notícias. Eu te amo!

— Ok. Também te amo, pai! — encerrei a ligação, guardei o celular no bolso e, já que estava no jardim, aproveitei para conhecer a loja.

Diferente de tudo o que eu já vi, a loja parecia uma galeria de artes. Com pinturas no teto, nas pilastras e acabamento gótico nas escadas. Naquele ponto turístico até os vendedores eram monumentos, tanto as meninas quanto os meninos. Irônico apenas era o fato de usarem calças sem camisa no frio de 2ºC.

Embora o preço fosse mais elevado que no Canadá, quando convertidas as cotações, experimentei algumas calças jeans. E, depois do desdém de Chloé ao meu casaco da universidade, escolhi moletons novos.

Carregando as sacolas para fora da loja, pude avistar um rosto conhecido. Franzi os olhos para tentar decifrar quem era ao longe e disparei atrás do rapaz, meu vizinho.

— Pierre! — gritei. — Espere-me!

Ele parou. Suas íris castanhas rumaram o canto dos olhos para me espiar. O semblante férvido se dissolveu numa feição de alivio e suspirou.

— Primeira lição para andar nas ruas de Paris: nunca grite, principalmente, o nome de alguém. — molhei os lábios com a língua a fim de conter a risada e assenti.

— Anotado.

— Ligação número dois: evite correr perto dos seguranças. — apontou com o olhar para o homem de terno ao lado dos portões. — A não ser que você queira ser revistado.

Entreolhamo-nos e soltamos uma risada debochada. Seguimos toda a avenida até chegarmos a extensa roda gigante. Meus olhos cursaram cada centímetro do monumento.

— Você tem que vir aqui à noite. — garantiu com um sorriso satisfeito no rosto. — Quando está tudo iluminado, aqui é o lugar mais bonito da cidade na minha opinião. Porém, não conte a ninguém, a maioria prefere à Torre.

— Pierre, você é francês... Certo? — a careta divertida que soltou ao responder “oui” me roubou uma breve risada. — Como faço para me aproximar de uma francesa? Geralmente, eu não tenho problema com mulheres, mas vocês, franceses, são muito fechados.

O francês negou com a cabeça, seguindo para o pequeno quiosque onde vendia waffle e crepes. Assim que retirou a carteira do bolso, posicionou-se.

— Não somos fechados. O grande problema é que vocês, turistas de maneira geral, chegam ao nosso país querendo impor seus hábitos e idiomas. — respondeu amargo.

— Aonde quer chegar? — arqueei uma das sobrancelhas.

— Quer um crepe? — assenti em silêncio. — Dois, por favor. — o moço do quiosque começou a fazê-los ao mesmo tempo. — Justin, imagine que eu vá ao Canadá e só fale em francês com vocês, pouco me importando se conhecem ou não a minha língua. Sem nem sequer tentar aprender o inglês, não me esforçando em nada. — o rapaz ergueu um dos crepes envolto a um guardanapo e Pierre o pegou. — Obrigado. — entregou-me nas mãos.

— Merci. — tentei agradecer ao pegar a massa quente. — Nunca tinha parado para analisar desta maneira e, de fato, vocês estão certos.

— Terceira lição do dia: ninguém é frio sem motivo.

Versalhes, 13 de Fevereiro de 2015

O trem para Versalhes não demorou. Minha mente avoada se distraiu rapidamente com a paisagem mudando aos poucos através do vidro e, antes que eu pudesse me dar conta, já havia chegado. As ruas daqui, apesar de belas, distinguiam-se bastante das de Paris.

Caminhei da estação ao palácio grandioso, o qual encantava desde os portões. Comprei o ingresso, peguei o headphone com tradução simultânea e o encarei atentamente o objeto. Com um suspiro profundo, o devolvi para a senhora atenciosa que cuidava desta parte do almoxarifado.

Passeei sozinho pelos jardins extensos. O mais impressionante dali era que mesmo em meio ao frio ávido, a vegetação permanecia verde e impecável. Numa espécie de labirinto, o gramado vivo desenhava o chão. Sem mais postergar, adentrei o Palácio, maravilhando-me a cada cômodo.

Os tetos perfeitamente ilustrados eram de arrepiar. Com acabamentos em ouro, cada detalhe do castelo era majestoso, mas, em especial, minha boca entreabriu ao avistar a galeria dos espelhos. Os lustres gigantescos e brilhantes iluminavam o ambiente de uma forma tão elegante que eu podia me sentir da realeza por alguns instantes.

Definitivamente, a decisão de Maria Antonieta em se afastar da cidade para viver ali, sem noticia dos plebeus e do restante da corte, era compreensível.

Segui os corredores até encontrar o quarto da princesa. Dedilhei a corta que nos apartava dos móveis, meus olhos percorreram todo o teto e brilho que havia no local. A cortina floral delicada que caia ao redor da cama larga era tão bem feita para uma época tão distante. Maravilhado com tudo o que vira, fechei meus olhos para imaginar minha morada ali.

Enquanto a escuridão dominava meu olhar, um cheiro conhecido invadia as minhas narinas. Em míseros segundos, pude me iludir com a presença da professora. Abri os olhos em busca do aroma e o sotaque familiar vinha do corredor próximo, por mais que eu tentasse protestar, segui o ruído.

A loira apontava para todas as minúcias do aposento, explicando cada um dos utensílios em inglês. Aquele perfume jamais me enganaria. Respeitando a distância que impôs entre nós, assisti ao longe seu passeio guiado enquanto avançávamos mais um cômodo.

— Com licença, é obrigatória a evacuação do Palácio. — dois seguranças grandalhões cercaram uma das saídas e indicaram a melhor opção para abandonarmos o museu. — Há uma bolsa deixada por um homem suspeito no quarto do rei. A visitação está suspensa até a mochila ser averiguada. — afirmou um deles.

Um pequeno alvoroço se disseminou, os turistas se esbarravam enquanto desciam as escadas e se reuniam em frente ao castelo. Sem perceber ao certo como, vi-me frente a frente dos olhos azuis de Chloé.

— Justin? — perguntou assim que teve seu corpo empurrado e sumia entre os visitantes. — Justin? — aumentou o tom enquanto seus fios loiros desapareciam por completo na confusão. — Justin!

— Chloé! — gritei, confuso, olhando para todos os lados.

— Jus...

Senti algo rígido chocar contra meu corpo e, sem conseguir me equilibrar perfeitamente, escapei do tumulto. No entanto, cai de joelhos sobre o chão de pedra. Como se a vida zombasse de mim, titubeei quase estrategicamente em frente à professora de francês. Não fui capaz de conter o sorriso desajeitado.

— Você está bem? — ela se aproximou, ajudando-me a levantar.

— Parece que mesmo com você fugindo de mim, o destino fez com que nos esbarrássemos novamente. — os lábios da loira se retorceram num sorriso torto.

— Eu não acredito em destino.

Curvei meu corpo para bater os joelhos de minha calça empoeirados, ao mesmo tempo em que a guia convocava sua turma com gestos manuais.

— Pessoal, fiquem tranquilos. Esse tipo de imprevisto é comum, não estamos necessariamente correndo risco de vida. — acalmou os visitantes os quais estava responsável. — Caso vocês prefiram, voltaremos outro dia. Mas, em poucos minutos, liberarão nossa entrada.

Ao contrário do que esperávamos, os turistas preferiram voltar em outra oportunidade. O olhar de Chloé me apontava algo no qual eu não conseguia decifrar, mas, de qualquer forma, segui-a para fora do museu.  Os visitantes aguardavam a partida do trem para Paris enquanto eu tomava um chocolate quente.

O ranger suave da garganta despertou minha atenção. Revirei o coro térmico, encarando as íris azuis brilhantes que encaravam as minhas castanhas sem hesitar.

— E-eu queria me desculpar porque sei que eu agi como uma adolescente. — gaguejou.

— Não precisa... — ela interrompeu.

— Na verdade, eu não estava fugindo de você. Eu queria fugir de mim mesma, desta criança... — cerrou os lábios, logo desviando o olhar para conter as lágrimas. — É muita coisa ao mesmo tempo... Muita pressão. Eu não estava preparada para isso. E-eu só queria fechar os olhos e abrir descobrindo que tudo isso não passou de um sonho. Ou melhor, um pesadelo.

Sem pedir permissão, passei um de meus braços ao redor de seus ombros, com cuidado para não derrubar a bebida, puxando-a para mim. Senti seu rosto afundar na curva de meu pescoço, a respiração turbulenta tocava minha pele e as mãos embrenhavam o tecido do casaco.

— Entendo que seja difícil, mas eu estou com você.

Os olhos azuis lacrimejantes se fecharam no momento em que o rosto se aninhou ainda mais contra mim. Toquei meus lábios com delicadeza na testa lisa e, como forma de resposta, ela suspirou sem abrir os olhos. A arrancada do trem fez com que nossos corpos se afastassem rapidamente e seguimos para dentro, para não perdermos a viagem.

Embora Chloé tivesse se sentado próximo aos guiados, seu olhar não me abandonava. Por mais que fosse penetrante, aquela espiada seguida por uma risadinha doce me satisfazia de certa maneira. Sei que até então eu não estava apaixonado por ela, mas aquela simplória atração definitivamente havia evoluído.

Afinal, nenhum cheiro fora capaz de me causar borboletas no estômago como este me causava. E o olhar? Exatamente este olhar fatal que ela lançou. Sorri meio abobalhado, não tardei a desviar meus olhos castanhos para baixo, cerrando os lábios.

Antes que eu pudesse protestar, o riso extenso estampava meu rosto mais uma vez.

Minutos depois de muitos olhares e desviadas, chegamos a cidade-luz. Saltamos do metrô, caminhando com os visitantes ao redor do rio Sena, ao mesmo tempo em que  os barcos desenhavam as águas. Assisti seus passos leves, seguindo seu ritmo. 

Dali a pouco, o grupo se dispersou, restando apenas nós dois. À medida que mudávamos o percurso, nossos olhares se cruzavam de forma tola. Ora ríamos confidentemente, ora inventávamos um assunto irrelevante para quebrar o silêncio constrangedor.

Tão logo, avistamos o monumento imenso e lotado. Assistia ao diversos rostos desconhecidos, mas, desta vez, não me sentia sozinho. As mãos alvas sacaram o celular do bolso, ajuntando-se a mim para tirarmos uma foto. Nossa imagem preencheu a câmera frontal, quando, bruscamente, ela se virou.

— Ai, meu Deus! O Nat. — puxou meu sobretudo pela gola, aproximando nossos corpos, seu rosto se afundou sob meus ombros enquanto os olhos azuis o espiavam. — Esconda-me!

— Você não pode fugir da realidade para sempre.

— Não é para sempre... É só por enquanto. — ela suspirou contra meu pescoço, e não pude conter um breve arrepio. — Tive uma ideia, finja que está me beijando. — ergui uma das sobrancelhas, completamente confuso, bem como seu rosto angelical se inclinou um pouco.

Sem impedir o sorriso, elevei meu queixo alinhando nossos rostos. Eu podia sentir calor de sua respiração  sobre meus lábios, e, antes que eu pudesse protestar, senti as malditas borboletas invadirem meu estômago. Elas sempre me visitavam quando estávamos próximos... Mas nunca estivemos tanto assim.

Meus olhos miraram a boca rosada de Chloé, quem mordiscava o próprio lábio, seguindo para a imensidão azul. Quase que instintivamente, ela fazia o mesmo. O castanho no azul, o azul no castanho. Engoli em seco retomando a consciência.

— Conseguimos? — virei meu rosto para espiá-lo. — Acha que funcionou?

— É... — pude ouvir o pulsar descontrolado de seu coração. — É. — molhou os lábios com a língua, notei sua respiração um tanto mais forte. — Uhum.

— Então... — fitei os lábios se movimentarem a cada resposta. — Acho que é o bastante, certo?

— Não.

Sem perder mais tempo, a loira fez com que toda a distância existente entre nós sumisse. Assim que nossos lábios se encostaram, senti uma erupção de sensações desconhecidas acontecer dentro de mim. Correspondendo ao gesto, envolvi os braços ao redor de sua cintura enquanto as mãos da professora migravam do casaco para minha nuca, entrelaçando uma mecha de meu cabelo em seus dedos.

Com o coração desesperado entre os pulmões, rompi brevemente o beijo para sorrir. Em questão de segundos, nossas bocas estavam grudadas novamente a fim de sanar toda euforia que contínhamos há dias. Acredito que a melhor forma de explicar o que eu sentia era dizer que éramos um vulcão prestes a explodir.

Enlaçados ali, sob a Torre Effeil, com o ar faltando os pulmões, éramos um só. 


Notas Finais


PRIMEIRO BEIJO CHLOSTIN! Shipparam?
O que acharam?
Um beijoooo,
Lali
-
Estou escrevendo uma Fanfic nova com a Jess, quem quiser olhar, se chama Chemistry e é a visão real de um abuso na família. https://socialspirit.com.br/fanfics/historia/fanfiction-justin-bieber-chemistry-5290896
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Sem contar Trouble e Red (as quais divulguei em todos os capítulos anteriores) porque favs são favs.


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