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História Fascinação - Chanbaek - Estou bem...


Escrita por: Lunna26

Notas do Autor


Boa leitura :)

Capítulo 8 - Estou bem...


Fanfic / Fanfiction Fascinação - Chanbaek - Estou bem...

 

“A amizade é um amor que nunca morre.”

-Mario Quintana

 

Park havia acordado mais cedo do que de costume, ele foi até o closet, sentou no puff preto e começou a tirar seus sapatos, ficando de pé em frente ao espelho ele começou a se despir. Ficou apenas de cueca, seu corpo era perfeito, seu abdômen definido, os braços e pernas musculosos, nada exagerado, graças a Deus, tudo na mais perfeita proporção, parecia um Deus grego, sem exageros, uma simetria perfeita, os cabelos negros, um ar de mistério e o olhos castanhos uma pitada de romance? Talvez, ele não era muito romântico, na verdade não acreditava muito nisso, já havia sofrido com isso, e obrigou se a nunca mais se apaixonar. “Nunca mais” talvez seja tempo demais, talvez por um bom tempo, pois as mulheres só o procuravam por interesse, o que era estranho, ele era lindo de morrer.

Colocou seu roupão preto com as iniciais em P.C. em branco acima do peito esquerdo, foi até o extenso banheiro e deixou a hidromassagem encher de água enquanto ele colocava sais de banho na própria.

 

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A mercedes GLC parou bem em frente a escola, Baek teve que ir para o colégio com a mãe já que estava proibido de dirigir.

A manhã havia passado rápida, assim que o sinal do intervalo tocou encerrando a hora do almoço, Baek seguiu para a sala de literatura com Tao e agora com Luhan também que conseguiu trocar suas aulas para ficar com os amigos, Tao não parava de falar sobre os livros que havia trazido, os três foram os primeiros a entrarem na sala, Park estava sentado folheando um jornal, quando notou a presença dos alunos, os meninos foram até o fundo da sala, e sentaram se próximos, Park observou com atenção Baek, ele estava com o cabelo bagunçado como de costume, mas estava diferente,  parecia feliz, estava sorridente e conversava entusiasmado com os amigos, o professor tentou desviar seus olhos dele, mas tal ação parecia ser muito laborioso, ele abriu o jornal novamente esperando que todos os alunos entrassem, tentou focar em alguma matéria, mas não conseguiu, sua mente o obrigava a olhar para o aluno, ele estava irritado sem entender o porque dessa fixação momentânea pelo menino.

Ele se levantou e caminhou até a porta, algumas alunas o comprimentou ao passarem pela porta, ele se encostou no batente e olhou para a confusão que estava o corredor naquele momento, estava um engarrafamento de alunos, andando de um lado para o outro, rindo, conversando e gritando, fazendo os inspetores ficarem enlouquecidos atrás deles, os empurrando para dentro das salas. Aquela cena irritou ainda mais Park, por quê aquele bando de ineptos não podiam simplesmente seguir para suas salas com a boca fechada? Qual era dificuldade de realizar tal ato? Ele desistiu da sua estúpida ideia e voltou para sua mesa, sentando na beirada da mesma, ficou encarando os próprios pés, esperando aquele furdunço acabar.

-Professor? - Tao chamou e ergueu a mão. - Será que você pode dar uma olhada nos livros que eu trouxe.

Park fechou os olhos com força lembrando da triste ideia que teve aula passada e soltou um suspiro esmorecido ao pensar na discussão que aquilo irá gerar quando começasse a votação. Caminhou até o aluno parando em frente de sua carteira e, observou os livros que este havia trazido.


 

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Depois do banho demorado que Baek tomou, assim que o treino havia terminado, ele saiu apressado da escola, achando que sua mãe estaria enfurecida pela sua demora, mas a frente da escola estava completamente vazia, a não ser pelos seguranças que estavam na sala de monitoramento. Ele movimentou-se até a calçada para ter uma visão melhor, mas nem sinal do carro dela, tirou o celular do bolso e ligou para ela, mas a ligação foi encaminhada para caixa postal, ficou surpreso, pois a mãe nunca se atrasava, se sentou num banco debaixo de uma árvore e colocou seus fones.

Após meia hora sentado e esperando, o adolescente desistiu, viu que o tempo parecia esfriar e o céu parecia anuviar, começou a caminhar na procura de um táxi, andou alguns metros, ficando bem distante da escola, olhou de um lado para o outro pela avenida turbulenta, mas nada de achar um táxi, caminhou rapidamente, ao ver que o céu estava bem escuro e começava a trovejar, ele aumentou os passos, tentando achar algo para o abrigar da chuva, mas desistiu quando as gotas começaram a cair subitamente e com força total deixando-o encharcado em instantes, ele blasfemou ao lembrar que havia deixado seu casaco no carro da mãe, já que a manhã estava num clima agradável, agora a blusa social branca da escola, estava ensopada e colada em seu corpo, ele sentia o corpo fremir e a pele arrepiar, ele se abraçou e caminhou rapidamente, afinal o que era uns dois quilômetros e meio para andar. Agora a rua não era tão movimentada, passavam poucos carros e não havia ninguém nas calçadas, o que era meio óbvio, que pessoa em sã consciência sairia de casa nessa chuva.

Baek estranhou o SUV preto diminuindo a velocidade e parando perto dele, os vidros escuros começaram a abaixar e uma voz conhecida foi ouvida, Baekhyun se virou para o carro e lá estava um Park com uma aparência zangada, o maxilar estava travado e ele franzia o cenho.

-Anda garoto. Ele disse sem paciência.- Entre logo, essa chuva vai te fazer mal.

Baekhyun se virou e continuou andando, mas o professor o alcançou novamente.

-Baekhyun? - Sua voz era calma.- Entra no carro, por favor!

Baek o encarou por uns instantes e se rendeu, caminhou até o outro lado do carro e entrou nele. O aluno se acomodou no banco de couro, enquanto Park o encarava, os olhos dele rapidamente percorreu por todo o corpo do adolescente. O mesmo o encarou corado. Chanyeol se inclinou no banco, remexendo em algo no banco detrás. Ele se virou segurando uma camiseta social branca, igual a que vestia e a apontou na direção do aluno.

-Acho melhor você trocar de roupa. Ele colocou a blusa na perna de Baek.- Você pode pegar um resfriado. Advertiu.

- Não precisa. Ele murmurou.- Estou bem.

- Ah Baekhyun! Deixa disso você pode ficar doente, está todo encharcado.

Baek olhou para seu corpo e viu que estava totalmente molhado, a água escorria pelo banco do carro.

-Desculpa estar sujando seu carro. Ele falou em um tom baixo.

-Não se preocupe, alguém é pago para o limpar. Park disse sério, encarando a rua a sua frente. - Agora acho melhor você colocar a camiseta seca, antes que pegue um resfriado. Disse sem ao menos olhar para o garoto.

Baekhyun colocou a mochila no chão e começou a desabotoar vagarosamente sua camiseta, com medo de molhar ainda mais o carro se fizesse movimentos rápidos, e com vergonha do professor. Chanyeol parou no sinal enquanto Baek terminava de desabotoar o último botão de sua camisa, colocou a camiseta molhada em suas pernas e pegou a camisa de linho branca. Park não conseguiu desviar seus olhos, a cena forçou que eles se mantivessem ali paralisados a sua direita, o aluno estava com o cabelo molhado todo bagunçado em uma franja mal feita, Baekhyun tinha o corpo muito bonito, tinha alguns músculos, o abdômen definido, não como os de Park, mas  deixava qualquer um de boca aberta. Os olhos curiosos de Chanyeol percorreu o corpo todo do menino enquanto o mesmo parecia estar sem graça, enquanto abotoava a blusa apressadamente. O professor saiu de seus devaneios quando o som de uma buzina soou atrás de seu carro, o sinal havia aberto e ele não havia notado, estava perdido em um transe admirando o corpo do aluno ao seu lado, admirando? A mente dele se perguntou se era mesmo isso o que ele estava fazendo, Park ficou incrédulo com seu próprio pensamento, aquilo não fazia sentido nenhum, ele nunca sentiu atração por homens, seu subconsciente estava sendo patético, ele não estava admirando ninguém, apenas olhou de relance, nada de mais.

Baek o olhou com o cenho franzido.

-O sinal já abriu. Ele apontou para frente.

Park não disse nada, apenas seguiu com o carro virando para direita, Baekhyun o olhou com uma cara de interrogação.

-Eu sei que é o lado oposto da onde você mora. Falou com humor.- Eu só preciso passar em um lugar antes, tudo bem?

Baek apenas concordou com a cabeça, ficou pasmo, como o professor descobriu o que eu estava pensando? Será que meu rosto demonstra sempre o que  penso, como se eu fosse um livro aberto? A pergunta ficou em sua mente.

-Afinal, o que fazia nessa chuva? - Park parecia querer puxar conversa.

-Eu estava esperando minha mãe, mas ela se atrasou, então resolvi procurar um táxi. Baekhyun arrumou o cabelo, que estava colado em sua testa.

-Hum, seu carro está quebrado? - Chanyeol perguntou com o cenho franzido.

-Não...é...resolvi ficar sem dirigir por um tempo. Ele respondeu a primeira coisa que veio a sua cabeça, não iria contar que estava de castigo, afinal não era mais criança para tal coisa.

Park o olhou desentendido e analisou rapidamente a cara do menor, que parecia estar corado, tentando esconder algo.

-É um ato...um tanto quanto...estranho, quando tinha sua idade não desgrudava do meu carro. Park falou rápido demonstrando certo humor.

Baekhyun não se conteve e deixou escapar um sorriso, fazendo novamente o professor entrar em transe, com tamanha perfeição, como apenas um sorriso, poderia mexer tanto assim com uma pessoa, fazendo-a parecer hipnotizada, Park tinha a mais absoluta certeza que aquele era o sorriso mais lindo que já viu na vida.

Ele apertou com força o volante e pensava porque diabos ele ainda estava com esses pensamentos estranhos sobre o menino, por que algo naquele adolescente o chamava atenção? O aluno era só mais um estudante enleado, que não sabia qual profissão seguir, não sabia se colocava calda de morango ou chocolate na cobertura do sorvete, ficava bravo quando alguém lhe perguntava que filme estava assistindo quando era uma série, tinha uma cor preferida, fazia drama para os pais, um adolescente completamente normal, mas então por que? Ele se questionou, segurando com mais força ainda o volante. Era estranho para ele admitir que estava admirando o menino, era comum ele conversar com amigos e falar que fulano ou ciclano eram bonitos, mas admiração? Não conseguir tirar os olhos de uma pessoa, isso já é demais para ele, algo certamente estava errado, cogitou novamente a ideia de procurar um terapeuta, psicólogo, talvez fosse estress, pressão no trabalho.

-Eu acho que seu celular está tocando. Baek o tirou de suas paranoias.

Park tirou o smartphone do bolso.

-Chanyeol, Pois não? - disse cortês, ele ouvia atentamente enquanto mantinha os olhos na rua. - Sim, tudo bem, mande o fax para mim, amanhã cedo passo para te entregar,Tchau. Falou sério, como se a ligação tivesse o enfastiando.

Baekhyun fingiu estar olhando algo pela janela, mas era em vão, pois chovia muito e, as gotas atrapalhavam a ver do lado de fora e, os vidros começaram a embaçar.

Park se aproximou de um prédio alto que estava em reforma, os azulejos de fora estavam sendo quebrados, havia operários por toda a obra.

Baekhyun ponderou o lugar e, depois voltou a olhar para o professor já lá fora, conversando com dois homens de ternos pretos, ambos seguravam uma mala, Baekhyun pensou que com certeza se Tao estivesse ali com ele, falaria que aquela cena parecia de um filme, onde os homens de negócios se encontram numa construção para combinar algum plano macabro, uma fraude, ou algo do tipo, um sorriso escapou de seu lábios ao pensar nisto. Park voltou para o carro e, sem falar nada, ligou o automóvel e saiu dali fazendo Baek sair de suas psicoses.

A chuva já havia parado, fizeram o resto do trajeto em silêncio, Park concentrado na rua e, Baek divagando em seus pensamentos, enquanto observava as coisas do lado de fora passarem rapidamente por seus olhos. Chanyeol parou o carro na portaria e abaixou o vidro escuro, para falar com o porteiro.

-Residência dos Byun. Falou alto.

-Só um minuto, irei ligar para eles para autorizar sua entrada. O senhor Falou calmo.

-Não precisa! - Baek se aproximou de Chanyeol para enxergar melhor o porteiro.

-Ah você está aí Sr. Byun! - O mais velho falou sorridente ao reconhecer o adolescente.- Vou liberar a passagem então. Ele sorriu de forma terna para o menino.

-Obrigada! - Baek falou alto, enquanto Chanyeol prendia a respiração pelo ato do aluno, que  praticamente se jogou em seu colo, mantendo seus rostos a centímetros de distância. Ao notar a cena intrincada que havia provocado, Baek engoliu a seco e olhou para o professor, para ver o quão bravo este estava.- Desculpa! - Murmurinhou e voltou a se sentar, Chanyeol não falou nada, apenas balançou a cabeça e saiu com o carro.  O professor parou o carro em frente ao domicilio do aluno, Baek pegou rapidamente suas coisas.

-Obrigada sr.Park, espero não ter atrapalhado. Falou ao abrir a porta sem olhar para o professor, saiu do utilitário e fechou a porta ainda sem olhar para trás. Park arqueou uma sobrancelha enquanto via o aluno se afastando rapidamente do carro, riu soprado e balançou a cabeça antes de sair dali.

Baekhyun jogou a mochila no chão do lado da escrivaninha e se dirigiu ao closet, pegou um comprimido de sua caixinha e o engoliu a seco mesmo, forçando o mesmo a descer por sua garganta, o que era? Não fazia a mínima ideia, tirou as roupas molhadas enrolou a toalha na cintura, foi até o banheiro e deixou a torneira ligada para encher  a banheira, se sentou na borda da mesma enquanto fitava seu reflexo no espelho acima da bancada branca de mármore, onde ficava a pia. Havia algumas olheiras em voltas de seus olhos, pelas  noites mal dormidas, sua pele estava pálida, ele estava um verdadeiro, caos, desanimado com a aparência ele fitou a interseção entre os pisos no chão, observava aquilo como se fosse algo fascinante, mas com o passar dos minutos, já havia se desfocado das linhas, agora apenas olhava o chão, não havia sentimento nenhum, nenhuma curiosidade, de repente já não ouvia mais nada, o adolescente respirava calmamente enquanto mantinha os olhos cravados em um ponto no chão, mas sem realmente saber o que ele olhava, começou a ouvir as vozes dos pais, misturadas com os sons das vozes dos amigos, entre risadas e gritos, ouviu também a voz do professor Park, a voz grossa e firme que parecia única e, combinava com o jeito retesado dele, se sentiu em um mar de confusões, cada onda que vinha lhe trazia uma lembrança de alguma voz, umas conhecidas outras não, lembrou da voz da enfermeira que cuidou dele o tempo que estivera no hospital, era uma voz doce, lhe transmitia compaixão e segurança, como a voz de sua mãe, outra voz familiar, do professor Ryan que sempre dava conselhos na escola, sua voz lhe transmitia segurança e apoio, lembrou da voz doce de sua ex namorada, o jeito carinhoso como ela pronunciava seu nome, também lembrou da voz do bandido que o agrediu, a voz lhe transmitia repugnância, desespero, medo e náuseas.

O adolescente levou a mão às ouvidos tentando abafar aquelas vozes, mas as mesmas se mantiveram no mesmo volume, pois estavam dentro de sua cabeça, ele começou a sentir o corpo molhado, um sentimento confuso o preenchia, sentia um frio gelado na boca do estômago, uma vontade enorme de chorar, ele arranhou  a nuca com força, conforme puxava o cabelo ali perto, deixou alguns arranhões na pele de seu pescoço, sentiu a ardência começar rapidamente pelo local, a leve dor o fez sair do transe que estava, se levantou num pulo ao notar a água que escorria da banheira, o líquido já havia molhado uma boa parte da toalha que estava em seu corpo, ele a jogou em um canto e desligou a torneira jogando um sal de banho na água, entrou na banheira apoiando a cabeça na borda emborrachada, fitou o teto branco que parecia rodar, sentia o corpo quente por dentro, um tremor nas pontas dos dedos, mas logo tudo passou e sentiu seu corpo amainar, a respiração voltou ao normal, sentiu as pálpebras pesarem e, as fechou levemente, deixando a água quente tomar conta do seu corpo.

 

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Uma hora depois a Sra.Byun entrou no quarto do filho chamando pelo menino, havia ligado para ele uma centena de vezes, depois que viu uma chamada perdida dele em seu aparelho.

-Baek? - Ela bateu na porta do closet, mas ninguém falou nada então ela entrou, o cômodo estava vazio, ela deixou duas batidas na porta do banheiro e, nada também, abriu o mesmo e, o filho estava deitado na banheira coberto até às clavículas com a espuma branca. Ela se aproximou apreensiva ao notar os lábios e sua pele meio arroxeados.

-Baek? - Chamou e, tocou em seu ombro, se assustando com a pele gelada do menino, ela levou a mão até a água, e fez uma careta ao sentir a água gelada.- Baek? - Ela falou mais alto preocupada enquanto o chacoalhava.- Anda! Acorda Baekhyun!- Falou estridente, balançando o corpo do mais novo.

Baek abriu vagarosamente os olhos, enquanto se sentava na banheira, sua mãe o encarava atônita, ele estava com a visão um pouco turva e ainda se sentia meio tonto, a voz da mãe parecia soar muito longe, fazendo-o ficar em dúvida se ainda estava dormindo.

-Filho o que aconteceu? - Ela segurou seu rosto. Ele forçou um pouco a vista para ela e percebeu que estava acordado.- Fala alguma coisa! - Pediu com a voz trêmula.

-Calma mãe...estou bem. Falou pausado em um sussurro.

-Não, você não está. Ela pegou uma toalha seca no balcão em baixo da pia e se aproximou de novo da banheira.- Se levanta. Pediu calma, o puxando pelo braço.

Ela enrolou uma toalha pela sua cintura e o guiou até a cama, Baek andava meio incerto, o corpo estava pesado, ele olhava meio disperso como se não reconhecesse o lugar onde estava. Os olhos da mãe marejaram ao ver o estado do filho, não sabia o que havia acontecido, o que ele havia tomado, ela o sentou na cama, e procurou por algum vestígio em seu corpo, mas nada além dos arranhões em sua nuca e alguns leves em seu pescoço, queria saber se ele havia  feito algum uso de drogas intravenosa, mas não achou nada, então poderia ter sido por uso oral ou inalante, concluiu.

-Baek está sentindo alguma coisa querido? - Perguntou enquanto enxugava seu cabelo com a toalha. Ele apenas acenou que não, a mãe balançou a cabeça em negação, pois ele ainda estava um pouco dopado, com certeza não entendia direito o que ela falava. Ela foi até o closet dele e pegou algumas peças de roupas, colocou as na cama e fitou o filho a sua frente, sentiu uma leve hesitação em trocá-lo, afinal já fazia tempo que nao fazia isso e, agora seria muito estranho.

-Mãe..pode deixar, eu faço isso. Falou a voz baixa e meio falha.

-Tem certeza? Você consegue? - A mulher acariciou seu rosto.

-Eu estou bem, só com um pouco de sono. Falou vestindo a camiseta branca.

-Tá..tudo bem. A sra. Byun falou meio incerta.- Eu já volto. Ela caminhou para fora do quarto.

Baekhyun soltou um suspiro cansado e começou a se trocar vagarosamente enquanto minuto ou outro se perdia em outro mundo, depois de vestir sua calça ele se jogou na cama, estava um pouco melhor agora que a temperatura do seu corpo havia se normalizado. Sua mãe adentrou o quarto novamente.

-Baekhyun se levanta. Ela Puxou novamente ele pelo braço.- Vamos sair. Ela foi para o closet e voltou com um tênis na mão, para que este o colocasse.

-Sair? - Baek perguntou entre um bocejo, ele calçou o tênis, enquanto a mãe o analisava aflita.- Para onde vamos? - Sua voz já estava mais firme, porém ele ainda parecia meio desligado.

-Ao Dr.Kim! - A mãe falou alto por estar brava com o filho, Baek fez uma careta e balançou a cabeça em negação.- Nem pense nisso Byun Baekhyun! Você vai sim!

-Mãe eu estou bem, não gosto daquele lugar. Falou melancólico.

-Pensasse nisso antes de fazer o que fez.Ela se sentou ao seu lado na cama e fitou o chão pensativa.

Baek a olhou confuso.

-Mãe o que eu fiz? - Perguntou.

-Você ainda pergunta.. Respondeu com a voz entristecida

Ele a interrompeu.

-Só porque estava dormindo na banheira…

Ela o interrompeu.

-Baek, não me faça de boba. Falou com olhos marejados.- Eu avisei seu pai que algo estava errado.As lágrima cairam em seu rosto.Baek sentiu o coração se apertar com aquela cena, não queria que ver sua mãe sofrer por sua culpa.- Por favor vamos ao Dr. Kim! - Pediu com os olhos brilhantes pelas lágrimas.

Baekhyun engoliu a seco, não gostava daquele lugar, mas não queria ver a mãe sofrer daquele jeito.

-Tudo bem. Ele sussurrou abraçando-a de lado.

Ela segurou seu rosto e o analisou, seus olhos estavam meio avermelhados e, tinha algumas olheiras em volta, a pele pálida e os lábios meio arroxeados.

-O que você usou? - Perguntou com a voz triste, pois nenhuma mãe gostaria de ver seu filho nesse estado, por causa de uma porcaria de droga.

Ele abaixou o olhar e apertou os lábios.

-Nada. Murmurinhou, a mãe fechou os olhos com força e soltou um suspiro longo.

-Por favor Baek? Você não pode usar essas coisas, isso vai estragar sua vida querido. Ela o encarava aflita, sentia o peito doer a dor eo desconforto de perder o filho para esse mundo cruel era grande.- Eu  e seu pai sempre conversamos com você sobre isso e, você sempre nos disse que jamais usou algo e nunca usaria...então por que?

-Mãe?....Só vamos ao Dr. Kim. Ele se levantou e foi até closet. A mãe fitava o chão com o rosto avermelhado pelo choro, se sentiu uma péssima mãe por não saber que o filho usava esses tipos de coisas, Baek sofria de ansiedade vivia fazendo tratamento, mas até que enfim ele melhorou, bom, assim ela achava. Também sofria de Tricotilomania que foi desencadeada pelo transtorno de ansiedade, a dor de arrancar alguns fios de cabelo o fazia acalmar, fazia sua ansiedade diminuir.

Os pais viviam preocupados com os transtornos do filho, pois isso poderia se intensificar e acabar levando-o a fazer alguma besteira, já que o menino já havia se machucado de forma agressiva, deixando algumas cicatrizes em seu corpo.

Sun Hee manteve a calma, ela não podia deixar o filho mais irritado, então ela iria fazer as coisas com calma do jeito dele. Algun minutos depois Baek voltou com vestindo uma blusa de moletom preto.

-Pronto. Disse calmo.

A mãe se levantou e entrelaçou seu braço ao dele, sorriu de forma carinhosa para ele, queria mostrar que ela sempre estaria ali para ele.

-Você vai melhorar. Disse com a voz doce e depositou um beijo em seu rosto.

 

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Ao entrar na clínica psiquiátrica Baek sentiu o estômago revirar dentro de si, não gostava daquele lugar, as paredes brancas, os móveis brancos pessoas vestidas de branco, tudo aquilo o deixava em completa agonia, ele já pensou em seguir a profissão da mãe, mas será que o deixariam usar um jaleco preto? Acho que não.

A mãe seguiu até a recepcionista que levantou assim que os dois se aproximaram, ela sorriu para eles.

-Boa noite! Em que posso ajudá-los? - Perguntou cordialmente.

-Boa noite! Eu sou Byun Sun Hee, tenho um horário marcado com o Dr. Kim.

-Ah sim, ele pediu para levar-la assim que chegasse. A moça usava vestido branco e sapatilhas no pé, ela deu a volta no balcão e caminhou ao lado da sr.Byun. Baek olhava para o lugar com desdém, ele iria fazer de tudo que a mãe pedisse para nunca vir parar num lugar desses, afinal ele nem se importava em tomar os remédios que o doutor passava, já estava acostumado a tomar qualquer tipo de droga sem prescrição médica.

A recepcionista bateu na porta e avisou que a senhora Byun estava ali.

-Pode entrar. Disse calma para a cliente.

-Obrigada. Sun agradeceu enquanto puxava Baek para dentro da sala, com medo deste fugir.

O dr.Kim cumprimentou eles com um aperto de mão e se sentou em sua cadeira, indicando que os clientes se sentassem nas poltronas a sua frente. Enquanto eles conversavam Baek ficou olhando para os cartazes pendurados na parede, ficou por um certo tempo fitando um cartaz azul que havia dois cérebros, ele encarava a figura como se aquilo fosse algo muito interessante, mas na verdade, ele estava distraído, tudo tinha a facilidade de o destrais, estava tão entretido que não ouvia as perguntas do doutor, até que sua mãe tocou e braço e o chamou. Ele se virou para ela e a mesma indicou o doutor com a cabeça, ele se virou para o médico que já conhecia muito bem, pelas milhares de vezes que visitou.

-Como está se sentindo Baekhyun? - O dr.Kim o encarou.

-Estou bem. Falou rápido.

O doutor arqueou a sobrancelha e analisou o rosto do menino que o encarava sério e pouco se importando com o que estava fazendo ali.

-O que você usou? - Ele analisava cada linguagem corporal do menino, cada expressão em seu rosto.

Baek engoliu a seco, não queria falar, mas também não queria piorar as coisas, caso sua mãe tomasse atitudes drásticas de o internar ali.

-Não sei. Falou de cabeça baixa.

-Baekhyun? Você sabe que seu quadro não é um dos piores e nem um dos melhores, então você não pode fazer uso de nenhuma droga, isso só piora seu quadro clínico. O doutor explicou.- Sem falar que se você usar essas coisas ao mesmo tempo do tratamento pode acontecer alguma reação muito grave.

Baek mordeu o lábio por dentro, sua mãe o olhava, rezando para o filho falar logo o que havia usado.

-Eu realmente não sei. Ele falou com a voz mais firme.

-Como você conseguiu ela?

Baek encarou a mãe, ela o olhava esperando uma resposta. Ele balançou a cabeça e passou as mão pelos olhos.

-Como era? Cor, Formato, Tamanho? Comprimido, inalante? - O doutor perguntou.

-Branco-redondo-pequeno-comprimido. Baek falou rápido e encarou o doutor sério, sentava de forma desleixada na poltrona, enquanto remexia nas mãos e observava as coisas do consultório como se fosse uma criança.

A mãe soltou um suspiro pesado de raiva pelo filho não estar levando a sério, com certeza não nascera para ser psiquiatra, não teria essa paciência.

-Tem feito algo depois das aulas?

-Não.

O médico o analisou bastante e, viu que o menino não iria falar nada.

-Sra.Byun peço que volte o tratamento com o Dr.Mura. Acho que será bom Baekhyun voltar a conversar com um terapeuta. Ele encarou a mãe, tentando passar algo a mais para ela com o olhar, pois com certeza ela notara a falta de atenção do filho.- Quero que faça alguns exames. Falou enquanto fazia as prescrições para os mesmos.

-Exames? - Baek perguntou aflito.

-Sim, irá fazer um Hemograma completo, Exame de urina e por último exame de DSTs. Falou entregando os papéis para a responsável.

-DSTs? - Baek perguntou com o cenho franzido.- Eu me cuido tá, não tenho nenhuma DST. Falou sério para o doutor.

-Tudo bem Sr.Byun, isso é o que os exames irão dizer, eu gostaria de falar com você a sós Sra.Byun.

-Baek me espere lá fora. ok?

Baek revirou os olhos e saiu da sala, olhou para o corredor longo e caminhou até porta de correr no final dele, conforme ia se aproximando as vozes iam se aumentando, ouvia risadas, gritos, ele atravessou a porta e deu de cara com um monte de pacientes, todos vestidos de branco, ali parecia ser uma sala de estar, tinha vários sofás, poltronas e até alguns puffs, varias enfermeiras. Alguns dos pacientes estavam jogando xadrez outros conversando, ele olhava para o local que dava arrepios em seu corpo, não queria ficar ali nunca. Havia pessoas idosas e pessoas mais novas, ele caminhou até outra porta que continha dois vidros na parte de cima, ele olhou por ali e viu mais uma sala de estar, mas essa tinha menos pessoas e, mais enfermeiras, enfermeiros na verdade, pois a maioria eram homens, ele tentou abri-la, mas estava trancada.

-Não podemos entrar-lá. Um senhor falou ao se aproximar dele, Baek levou um susto com a voz do homem.

-Por que não? - Baek perguntou com a voz baixa.

-Você saberá quando vier morar aqui. Falou sorridente.

Baek engoliu a seco e sentiu náuseas com aquilo.

-Eu não vou ficar aqui. Baek respondeu para o senhor, que riu como se o adolescente estivesse contando alguma piada.

-Eu também achava que não ia quando meus filhos me trouxeram da primeira vez. Ele pegou no pulso de Baek.- Mas eu estava enganado. O senhor aparentava ter uns sessenta anos, usava um  suéter cinza e luvas nas mãos que Baek julgou desnecessárias, pois ali dentro estava bem quentinho.

Baek trincou os dentes e engoliu em seco, o medo de vir para nesse lugar o deixou com um arrepio incômodo ele olhou ao seu redor com os olhos trêmulos, as pessoas sorriam todo minuto, mas Baek não via um sorriso sincero, pois com certeza a maioria estaria dopada pelos remédios fortes que tomavam, já que ele sabia muito bem como ficavam seus  sentimentos quando tomava os mesmos.

-Com licença. Uma enfermeira alta de cabelos preto se aproximou dele.- Você veio visitar alguém?

-Ah..n-não. Baek falou com a voz falha.

-Então não pode ficar aqui. Ela o encarou com seus olhos negros.- Por favor você deve se retirar. Ela se aproximou do senhor e pegou em seu braço.

-Colocou essas luvas de novo Sr.Lee! - Falou com a voz calma.- Vem vamos, está na hora do seu medicamento. Ela saiu com o braço entrelaçado ao do senhor. Baek soltou um suspiro e saiu dali em passos rápidos e firmes. Sua mãe vinha em sua direção assim que este adentrou o corredor, soltou o ar que havia segurado sem perceber  e, ali parecia outra atmosfera, pareceu conseguir respirar melhor.

-A onde estava? Já ia ligar para você. A mãe falou preocupada apertando o smartphone com as mãos. Os lábios dela se curvaram num sorriso triste.

-Tá tudo bem. Ele encarou o rosto da mãe apreensivo, imaginando se ela tinha coragem de deixá-lo ali, com aquele monte de malucos.- Só estava dando uma olhada. Ele desviou o olhar e a puxou pelo braço. - Vamos?

Ela sorriu de forma simples, ainda estava magoada com o filho, mas ela não queria o deixar mais triste, por mais que não soubesse o que o estava deixando assim, mas ela descobriria, custe o que custar.

 

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Já em sua casa, Baek saiu da garagem rapidamente, ao entrar na casa deu de cara com o pai.

-Onde estava? - O homem perguntou austero.

Baek o encarou sério e abaixou a cabeça, fitando seu queridos all star pretos.

-Estava comigo. Sun Hee respondeu se aproximando do marido. - Fomos ao Dr.Kim, ela o examinou, queria ver sua reação já que o mesmo achava desnecessário. O marido a encarou, soltou um suspiro cansado e retraiu o maxilar.

-Por que? - Perguntou com a voz grave. Baek o olhou de soslaio e caminhou em direção ao quarto, não queria presenciar uma discussão dos pais.

A mãe esperou até que o filho sumisse por completo, não queria que ele ouvisse a conversa, sua cabeça costumava dramatizar tudo, em um ponto realmente e perigosamente exagerado.

-Ele não está bem. Falou triste se sentando no sofá, ela encarou o marido com os olhos marejados, o advogado se preocupou instantaneamente e se sentou ao lado dela.

-O que aconteceu? - Perguntou acariciando seu braço.

Os lábios dela formaram um linha fina conforme ela os apertava, tentava segurar o choro.

-Está começando...tudo de novo. Falou com a voz falha e trêmula.

Kwan apertou as pálpebras em cima dos olhos com força, não queria que aquilo voltasse acontecer, se lembrou da época em que isso aconteceu e foi um grande tormento para a família, foram dias totalmente ruins, Baek estava sempre disperso, ficou muito longe deles, teve crises alimentares, crises de pesadelos, várias noites Kwan e Sun levantavam as presas de madrugada pelos gritos do filho, na maioria da vezes ele demorava para voltar à realidade, tinha bastante insônia, teve que tomar remédios para poder dormir, mas foi difícil os pais o convencer de tomá-los, já que este tinha medo de dormir, pelos terríveis pesadelos que vinha tendo.

-O que ele fez? - Perguntou calmo enquanto afagava o cabelo castanho da esposa.

-Ele tomou um comprimido...alguma droga, não sabe o que é. Sua voz ainda estava trêmula.

-A onde ele conseguiu isso? - Kwan se afastou um pouco para capturar o rosto da mulher.

-Não sabemos, ele não quer falar nada. Ela balançou a cabeça em negação.

-Precisamos fazer ele nos contar, não podemos deixar essa pessoa a solta, fornecendo drogas para um menor. Falou alto, apertando as mão formato de punho.

-Por favor? Não faça  ele se irritar mais. Pediu com a voz chorosa. - O dr. Kim acha que ele pode estar piorando.

-Como assim!? - O marido perguntou estridente.- Faz um bom tempo que isso não acontece e ele mesmo nos afirmou que Baekhyun estava bem.

A mulher passou a costa da mão pelo nariz, enquanto se obrigava a manter a calma.

-Eu sei, mas… Ela apertou a mãos em cima do colo.- O dr. o achou muito distraído, disse que ele parece estar mais confuso e está agindo feito uma criança. Isso não aconteceu da outra vez. Baek não está nem aí, não quer se ajudar  e está tomando essas coisas escondido, o que mais ele pode ter acesso? Não é como da primeira vez, onde ele estava com medo e pediu ajuda, ele queria melhorar, agora ele nem se importa. Kwan passou as mão pelos cabelos pretos e soltou um suspiro.

-O que vamos fazer?

-Ele tem que fazer alguns exames e, voltar  às  consultas com o Dr.Mura, precisamos saber como anda a cabeça dele primeiro, antes de tomarmos qualquer atitude. Ela engoliu a seco e pegou na mão do marido.

-Tudo bem. Mas temos que dar um jeito de vasculhar o quarto dele, passar um pente fino, para saber se ele esconde mais alguma coisa em casa. A mulher assentiu que sim.

-Eu vou ligar para os amigos dele, para saber se eles sabem de mais alguma coisa.

-Ok, eu vou trocar de roupa e tomar um banho. Ele depositou um beijo na testa da mulher e saiu. Lá em cima, no último degrau baek se levantou as pressa e correu para seu quarto, estava ali o tempo todo ouvindo a conversa.

Ele passou correndo pela porta e foi até seu closet, pegou a caixinha preta e foi até o banheiro. Jogou todas aquelas porcarias no vaso e apertou o botão de descarga, arrancou os adesivos em cima da tampa da caixa e jogou-os no lixo, voltou para o closet e devolveu a caixa para seu lugar. Voltou para o quarto e se sentou na beirada da cama, os olhos percorriam o cômodo com curiosidade, ele sentia como se não conhece mais aquele local, parecia não o pertencer.

Olhou para a bancada de madeira a sua frente com uma enorme TV, a escrivaninha ao lado com seu computador branco, Olhou para a parede da esquerda pintada de cinza, onde tinha um quadro de Beatriz Milhazes, era bem colorido, cheios de círculos, tinha algumas flores, ele lembra do dia que, praticamente obrigou os pais a gastarem milhões em um leilão para comprar aquele quadro, gostou do mesmo, pelo fato de ter dificuldade em entendende-lo, parecia estar olhando para si mesmo, buscando se entender, o quadro se chama sinfonia nordestina, obra de uma pintora Brasileira.

Olhou para a cabeceira preta  da cama, ao seus lados dois criados mudos, portando  abajures amarelos. Mais acima o papel e parede em formato de tijolos num tom escuro, como se estivessem desgastados, havia alguns nichos amarelos, contendo seus troféus e medalhas que havia ganho em suas competições, também tinha alguns enfeite, bonequinhos de animes e personagens favoritos de filmes. Ficou os observando por um longo tempo até que porta do quarto foi aberta. Atras da porta branca Luhan e Tao apareceram sorridentes eles hesitaram um pouco em adentrar o quarto analisando Baek, mas assim que o amigo sorriu, eles tomaram coragem e entraram no cômodo, ambos carregavam enormes mochilas em suas costas.

-O que estão fazendo aqui? - Baek os encarou com o cenho franzido.

Ambos se entreolharam e ficaram calados, jogaram as mochilas em cima da cama e se sentaram ao lado do amigo.

-Sua mãe ligou pra gente. Tao falou calmo, observando a expressão  do amigo.

-Ela pediu para virem aqui?

-Não, nós decidimos vir. Tao e Luhan olharam apreensivo para o amigo, não sabia como ele realmente se sentia, pois o mesmo era difícil em demonstrar as coisas.- Estamos preocupado Baek. Tao segurou em sua mão.

-É Baek, nos preocupamos com você. Luhan acariciou o ombro dele.- Não precisa passar pelas coisas sozinhos, pode nos contar.

-Gente está tudo bem. Baek deitou no colchão.- Minha mãe exagerou um pouco.

-Baek o que você tomou? - Tao deitou a seu lado e Luhan repetiu o ato.

-Eu não sei o que era! - Baek bufou.

-Não pode ficar tomando essas coisa, você poderia ter morrido. Luhan deu um tapa leve em sua barriga. - Onde estava com a cabeça.

-Não sei. Baek suspirou pesadamente.- Aliás, o que são essas coisas. falou se sentando e apontando para as mochilas.

-Algumas roupas para festa de amanhã.Tao pegou a mochila.- Luhan ficou na dúvida, então decidiu trazer bastante coisa.

-Ata, agora sou eu. Luhan lançou um olhar bravo para o amigo.- Que eu me lembre, você ficou todo indeciso, perguntando, qual blusa ficaria melhor, qual combina mais com a calça preta? Luhan fez uma voz fininha, fingindo o jeito que Tao falava. Tao lhe acertou um tapa estalado no braço, Luhan emitiu um “ai “ e fez uma careta de dor. Baek parecia animado com os colegas, mas ainda assim algo parecia o incomodar. Duas batidas foram deixadas na porta.

-Entra! - Baek gritou. Sua mãe apareceu atrás da porta, ela sorriu para eles e se aproximou dos adolescentes que pareciam eufóricos, conversando sobre algo.

-O jantar já está pronto. Baek abaixou o olhar e mordeu os lábios, só ouvir falar em comida já o deixava com um nó na boca do estômago.- Sobre o que estão conversando?

-Sobre a festa de boas vindas amanhã. Tao falou animado.

-Festa é? - Ela encarou o filho.

-Pode deixar a gente cuida do Baek. Tao abraçou o amigo de lado, quase o esmagando pela força dos braços.

-Baek não pode ir, está de castigo. A mãe falou triste, não queria privar o filho, mas ele não podia ir para uma festa dessa, onde com certeza rolava um monte de coisas proibidas.

-Mas mãe! - Baek falou alto e contraiu o maxilar encarando a mulher.

-Baek, seu pai já conversou com você sobre isso. Ela falou calma, tentando não magoá-lo.- Alias seu aniversário é semana que vem, podemos fazer uma festa aqui em casa e chamar seus amigos. Falou contente tentando animar o filho.

-Mãe!...Não quero festa. Ele fez uma careta.

-Ah Baek, vai ser legal. Luhan falou contente.- Vai...vamos fazer? Eu e tao ajudamos a organizar.

Tao o encarou com uma cara de súplica.

-Topa? por favor! - Tao chacoalhou seu braço.

Baekhyun não estava muito afim, mas pela insistência dos amigos…

-Tá tudo bem...Mas sem muita gente.

-Yes! - Tao e Luhan comemoram tocando as palmas da mão. Sun Hee sorriu com a atitude dos meninos, ficou feliz, eles pareciam animar o filho, talvez pudessem ajudá-lo a se abrir mais.

-Ok, estou esperando você lá embaixo, não demorem. Sun mandou um beijo para o filho e saiu do quarto.

Tao e Luhan comemoraram de novo gritando um “Uhhh” e esmagaram Baek com um abraço triplo, super apertado.

 


Notas Finais


Espero que tenham gostado...
Desculpa caso haja algum erro...

Link capa de capítlulo:
https://br.pinterest.com/explore/papel-de-parede-preto/

Link tema " Tricotilomania":
http://www2.uol.com.br/vivermente/reportagens/arrancando_os_cabelos.html

Links outras fic minha:

-Me Chame de Seu - Hunhan E Taekook (Exo e BTS)

https://spiritfanfics.com/historia/me-chame-de-seu--hunhan-taekook-10310871

-Sétimo Sentido - Taeten (NCT U)

https://spiritfanfics.com/historia/setimo-sentido--taeten-10853673


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