História Favorite Sin 2.0 - You messed with the wrong girl

"Eu achei que tinha sido machucado antes, mas ninguém me deixou tão ferido. Suas palavras cortam mais do que facas, agora preciso de alguém para me trazer a vida."  

  Ashley Somers  

Assim que estacionei meu carro no estacionamento do apartamento, soltei o ar, apoiando minha cabeça no volante. Conseguia escutar minha respiração completamente pesada. 

-Idiota. -exclamei, batendo no volante. - Eu te odeio, Paige Walter. Eu juro que eu te odeio. -gritei, sentindo as lágrimas molharem meu rosto.   

Apertei meu volante soltando todo o choro preso em minha garganta, sentia nojo, nojo de mim, nojo de Nolan. Eu sentia raiva, raiva de mim mesma por ter sido tão estúpida a ponto de achar que eu conseguiria viver em paz com Paige solta por ai.  

Paige era o problema, ela era todo o problema. E depois de meia hora chorando, me martirizando e me odiando, eu respirei fundo, levantando a cabeça. Me sentia leve, e motivada, eu estava completamente motivada...  

E era bom Paige estar pronta para mim.  

Justin Bieber 

Enquanto fitava aquele copo de whisky em minhas mãos, parecia conseguir ver meu reflexo no mesmo.   

Patético.  

Meu celular jogado no outro sofá parecia chamar meu nome, enquanto eu impedia qualquer ato que me levasse a pegar aquele aparelho e discar o número de Ashley.   

Ouvi o barulho do portão de minha casa se abrindo e respirei fundo, colocando aquele copo de lado.  

Vi três motos e um grande carro pararem em meu jardim. Me levantei e antes de seguir até lá, ouvi o barulho de Ryan e Caleb saindo do escritório, ambos estavam com armas em punho.  

Peguei minha arma e segui até a porta de minha casa, vi Caitlin assentir para mim e caminhei até próximo do carro. Vendo um homem descer do mesmo e vir até mim.  

-Justin Bieber. -exclamou.  

-Quem é você? -franzi o cenho.  

-Donovan Hall... -estendeu sua mão.  

Fitei a mesma por alguns segundos e então a apertei, vendo o mesmo curvar os lábios.  

-Suas garotas foram até mim. -disse. - Me contaram o que aconteceram... Meus pêsames. -assenti.  

-Você sabe o porquê está aqui, não sabe? -perguntei.  

-Faço uma ideia, senhor Bieber.  

-Ótimo. -exclamei.  

-Não vai me convidar para entrar? -perguntou, me fazendo soltar uma leve risada.  

-Você é um policial, fique em feliz em estar em meu jardim. 

-Claro... -riu. - É um privilégio.  

-Com certeza sim... -resmunguei. - Enfim, preciso que você responda algumas perguntas.  

-Contanto que seja tudo sobre Chaz, não vejo o porquê não as responder.  

Caitlin saiu do lado de sua mota e seguiu até o meu lado, fitando Donovan.  

-Vocês saíram para jantar uma semana antes de Chaz ser assassinado. -Caitlin disse. - Por quê?   

-Me lembro desse jantar. -balançou a cabeça. - Chaz me pediu um acordo.  

-Um acordo? -perguntei, vendo o mesmo assentir.  

-Conversamos por um longo tempo sobre você Bieber... E sobre Ashley Somers. -disse, me surpreendendo.  

-Me deixa adivinhar, ele pediu proteção á ela. -disse, vendo o mesmo assentir.  

-Exato! Ashley está em um contrato, ninguém da policia pode tocar nela.  

-Qual podre ele tinha seu para você aceitar fazer isso? -Caitlin perguntou, o fazendo rir.  

-Me desculpe, senhorita? Eu trabalho há anos na policia e eu conhecia o delegado Mario, pai de Ashley. -exclamou. - Eu entendo que ela tenha se envolvido com vocês, e não a julgo por isso! Essa garota já passou por muitas coisas e me surpreende saber que ela ainda tem uma ficha limpa.  

-Essa foi a única coisa que vocês conversaram sobre? -perguntei, e o mesmo assentiu.  

Bufei, vendo as garotas fazerem o mesmo. Odiava quando não conseguia o que esperava conseguir.  

-Tudo bem... -resmunguei. - Obrigado, mesmo assim. -apertei a mão do mesmo.  

-Bieber, tem mais uma coisa... -disse, antes que eu pudesse sair dali. - Chaz me contou sobre uma garota que estava infernizando a vida dele. Eu não tenho nomes e nem descrição de aparência, mas eu posso lhe garantir que essa garota a qual ele tanto falava foi quem fez isso com ele. -assenti.  

-É, eu tenho uma ideia de quem é essa garota. -disse. - Novamente, obrigado.  

-Não tem de que. -balançou cabeça, voltando até seu carro.  

O assisti sair de meu jardim e passar pelo portão. Senti Carla dar dois leves tapas em meu ombro, assim que passou por mim. Me virei para voltar até minha casa quando senti meu celular vibrar em meu bolso, logo peguei o mesmo, vendo um número desconhecido na tela.  

"De nada pelo pequeno favor, parceiro." -dizia a mensagem.   

Ashley Somers 

Entrei no apartamento sem fazer muito barulho, ouvi quando chutei algum pacote no chão. Pendurei meu casaco ao lado da porta e com o meu celular iluminei o chão, vendo um grande pacote laranja. Peguei o mesmo e acendi a luz da cozinha, pronta para o abrir.  

-Ash? -ouvi Nolan me chamar.   

-Oi... -o fitei, indo até o mesmo.  

-Não se deitou ainda?  

-Acabei de voltar, na verdade... -acariciei seu rosto. - Fui fazer algumas compras de mercado.  

-São quase quatro da manhã... -fitou o relógio, com um pouco de dificuldade.  

-Você sabe que eu funciono melhor durante a madrugada. -disse, o vendo assentir.  

-Tenho que sair em três horas... -resmungou.  

-Eu te acordo. -me abaixei, dando um beijo em sua testa.  

O mesmo se virou na cama e eu o cobri, saindo dali. Fechei as cortinas que envolviam o quarto e fui até a sala, ligando a televisão.  

Enquanto assistia ao filme que passava, fitava aquele pacote em cima da bancada da cozinha. Mexia minha perna freneticamente. Tinha uma boa ideia do que poderia estar ali dentro.  

Me levantei e fui até a bancada, novamente pegando o pacote em mãos. Respirei fundo e o abri, puxando as fotos que estavam dentro do mesmo.  

Pude sentir minha garganta secar no momento em que vi aquilo, observei cada foto sentindo a raiva por Paige crescer cada vez mais dentro de mim. Peguei todas as fotos e as coloquei de volta no pacote, indo até nosso closet e colocando o pacote entre minhas roupas.    

Antes de voltar para a sala, pude ver o uniforme de Nolan jogado no chão. Me abaixei e peguei o mesmo, soltando uma leve risada.  

O filho da puta não havia nem tentado esconder o cheiro da vagabunda.