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História Feelings - Amber


Escrita por: Giovanna_viana_

Capítulo 12 - Amber


Encaro minha cômoda sem algum tipo de coragem para tirar minhas roupas de dentro dela. É péssima essa angustia que estou sentido. O aperto no coração não me deixa negar de que falhei com a minha própria família. Minhas lágrimas estão como gelo. Estão frias, e saem sem controle, não consigo as controlar. A sensação ruim que eu tanto temia, finalmente chegou até mim. Ser rejeitada pelos meus pais não era nem a última coisa que eu desejava no mundo, eu também estou magoada por isso. Se eu olhar para trás vou ver todos os momentos que vivi com eles, sendo feliz, o sorriso que estava sempre estampado em nossos rostos, nada daquilo era fingido, não éramos como um fingimento de uma família que apenas esbanjava alegria em uma fotografia. Quero dizer que se alguém um dia me surpreendesse dizendo que eu algum dia seria jogada fora de uma forma desprezada, eu jamais, jamais acreditaria.

Sou realmente uma pessoa fodida de certeza. Eu não quero magoar ninguém, mas sempre que não tento, acabo mesmo magoando.

"Hey"-vejo a Gemma na porta assim que a olho.-"Tirando o meu irmão, todos olhos lá em baixo estão me fuzilando."

"Não era para ser assim. Quer dizer. Eu sabia que seria assim, eu apenas não estava pronta! Você... você me desculpa?"-eu choro.

"Você não-"-eu não a deixo terminar.

"Estou pedindo desculpas por tudo. Se eu te fiz sofrer alguma vez, me desculpe. Me desculpe por cada verbo que eu disse e que te magoou. Me desculpe por estar te obrigando a estar aqui aguentando tudo isso. Eu te amo, eu te amo demais e nunca desejei te ferir uma vez sequer."-soluço as palavras, quero que ela saiba que mesmo com tudo isso, eu quero estar ao seu lado, sempre.

"Eu... isso não é nada, eu acredito em você, e eu. Eu também te amo, Amber."-ela sorri e posso ver sua única lágrima desviar de seus lábios, escorrendo até seu queixo.-"Você quer ajuda?"-ela pergunta tentando trocar o assunto.

"Sim"-murmuro e ela caminha até a cômoda. A primeira roupa que ela pega para começar é o meu moletom cor-de-rosa. Vou até meu guarda-roupa, sei que lá tem uma mala que não uso desde os meus dezesseis anos.

"Sua irmã... ela é tão..."-ela parece ficar tempo demais pensando em alguma palavra para a descrever.

"Gemma..."-eu a chamo e ela vira seu olhar atentamente para mim.

"Acho que ela planejou isso. Ela me pressionou de uma forma tão estantânea"-ela serra os olhos.

Logo sinto meu corpo ferver. Por que esse tempo todo eu fui tão idiota a ponto de nunca dizer nada? Ela não é nada e nem ninguém para ser superior a mim! Por que eu nunca pensei em me vingar ou ameaça-la antes? Não é medo e eu sei. Saio de pressa do quarto e vou pisando fundo por cada degrau da escada chamando a atenção de todos, inclusive a dela. Vou com passos apressados até ela e minha mão voa repentinamente em seu rosto o fazendo virar. Com o canto do meu olho vejo minha mãe se levantar do sofá em forma de desespero. Samantha cobre o lado vermelho do seu rosto e o massagea.

"Por que você me odeia tanto?!"-grito para ela e minha vontade de chorar vem novamente.-"O que foi que eu te fiz? Me diz o que eu te fiz, por favor. Me diz!"

"Que droga, você está louca?"-ela pergunta criando seu lado falso inocente.

"Por que você fez isso? Eu só quero saber. Eu não me lembro de ter feito algum mal a você. Por que você está sempre jogando o papai e mamãe contra mim."-eu não estava me enxergando, mas sei que estou vermelha de raiva.

"Você merece! Uma hora ou outra a verdade ia aparecer, amberley!"-ela grita na minha cara.

"Olha só para você! A garota que não tem absolutamente nada. Nem mesmo um diploma do ensino médio concluido. A garota que vive dos próprios pais, que nunca trabalhou, mas que tem todo o amor deles. E eu?! Eu não... não saia com os meus amigos para aproveitar meu tempo isolada no quarto estudando dia e noite para uma prova que talvez nem valesse nota, mas eu estava lá. Só quero saber o por quê. Você tem tudo e eu não tenho mais nada dos meus pais. Então por que aje como se tivesse inveja de mim? Por que, samantha? Olha o que você fez. Meus me querem como uma estranha a partir de hoje por sua causa."-eu quase não consigo dizer pela imensidade de ar que aculo em meu peito.

"Você não sabe?!!"-ela pergunta, dessa vez, olhando no fundo dos meus olhos. Eu apenas lhe digo que não com a cabeça, e espero que ela me responda.-"Simplesmente porque eu te odeio. Agora saia da minha frente. Pegue a rídicula da sua namorada e suma daqui."-eu podia suportar tudo, menos que ela pronunciasse o nome da Gemma juntamente com uma ofenssa.

Minha outra mão voa para seu rosto e ela olha para mim com os olhos vermelhos recheados de ódio. Sinto suas mãos chocar contra o meu peito me fazendo cair para trás. Penso que se ela quer brigar, ela vai brigar. Minhas unhas arranham se rosto e ela faz o mesmo. Com tanta pressão em nossos corpos acabamos caindo no chão. Eu não sei muito bem, apenas escuto meu nome e o nome da Samantha sendo chamado e coisas de vidro sendo quebradas enquanto estamos trocando tapas e arranhadas pelo chão coberto pelo tapete. É claro que eu sinto mãos me puxando, mas eu as ignoro. Ela sobe encima de mim e em um movimento rapido suas mãos estão rodeando e apertando meu pescoço.

"Ela não vai querer te matar em pleno o jantar. Quem faria isso?'' A voz da Gemma aparece em minha mente. Ela me disse isso no mesmo dia em que minha mãe marcou o jantar.

Sinto meu coração palpitar ao sentir meus pulmões incharem de dor, minha mente foi ficando escura. Eu tinha que fazer algo, as pessoas que estavam em nossa volta não ia conseguir tirar ela de cima de mim. Aos poucos com a dificuldade fui virando meu rosto, eu já estava sem forma e conseguir fazer aquilo já era um milagre. Meus dentes apertam seu pulso, ela aguenta até o último minuto e solta meu pescoço e corre para apertar seus pulsos. Sinto uma forte tontura ao tentar me levantar. Gemma pega meus braços me ajudando.

"Vem. Vamos embora."-ela sussurra perto de mim.-"Harry"-ela o chama.

Ele vem caminhando até nós e eu me viro para ela.

"O que foi?"-Sua voz soa preocupada.

"Nós já vamos. Me ajuda a levar as malas, por favor?"

"Claro."-na minha mente ele sorri. Eu não sei, pois estou de costas para ele.

Me recuso a olhar para o meu pai e minha mãe que estão ajudando a Samantha. Só quero sair daqui.

Caminhamos porta a fora até o carro. Harry estava nos aguardando. Abro a porta do carro e me sento no banco da carona, eu sei que ia dirigindo, mas não sei se vou conseguir.

"coloca algum juízo na cabeça dela. Não a deixe odiar uma pessoa por ser ela mesma."-ouço a voz de Gemma dizendo para Harry.

"Sim. Eu vou tentar. Vai com cuidado"

"pode deixar. Boa sorte."-ela diz tirando seus salto, antes de entrar e fechar a porta do carro.

Gemma liga o carro e demora alguns minutos para sair dali. Vejo Harry caminhando de volta para a casa que agora não é minha.

Quem disse que eu não sou capaz de me vingar. Destiny Samantha Collins, tenha cuidado. Eu posso te machucar mais do que qualquer coisa.

A partir de agora...


Notas Finais


Instagram: @giovanna_viana__


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