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História Feelings - First Kiss


Escrita por: Giovanna_viana_

Capítulo 8 - First Kiss


''Você não é muito de falar, não é mesmo?''-ele diz enquanto concentra seu olhar na estrada.

''Não muito''-murmuro''Ainda falta muito?''-pergunto.

''Não. Afinal, já chegamos''-ele aponta para um edifício assustador, digamos assim, de tão enorme que ele seja, eu daria vinte e cinco andares para ele a imensidão dele realmente me assusta.

''Uau!''-escapa da minha boca.

''O que foi?''

''É enorme e...''-procuro palavras.''Lindo?''-franzo rosto e do canto do meu olhar vejo ele dando uma leve risada discreta.

''Sim é...''

Ele passa pelos guardas, que não dão muita atenção para o seu carro e entra no estacionamento, entre tantas voltas o Harry acha o número 336, que é número da sua vaga. Ele desliga o carro e eu com cuidado vou tirando o cinto de segurança que desde o caminho até aqui veio arranhando o colo do meu peito. Pego a minha bolsa no banco de trás e ele tranca o carro. Vou seguindo ele até o elevador e percebo que o enorme edifício tem vinte e um andares quando dirijo meu olhar ao seu dedo que aperta o número treze. Demoramos cerca quarenta segundos para chegar até o décimo terceiro andar do prédio, quando chegamos no andar haviam duas portas, a que estava com o número vinte e cinco era a sua! Quando ele abre a porta me vem uma leve brisa com seu cheiro, não que não seja agradável, pelo contrario, o seu cheiro é maravilhoso, andei reparando nisso quando estávamos no carro, com as portas trancadas e os vidros das janelas fechados, o cheiro de seu perfume não tinha escapatória.

''Pode ficar a vontade.''ele tira seu casaco  o pendurando no cabideiro perto da porta. Entro e fecho a porta por trás e vou andando até o hall da sala. A sala é enorme para um apartamento, o apartamento é enorme para ser um apartamento! Geralmente apartamentos costumam serem pequenos.''Quer alguma coisa? Um suco? Uísque? Cerveja? Uma água?''-ele me oferece, não acredito que ele tenha tudo isso aqui.

''Uma água!''-sorrio e me sento no sofá e vejo ele com toda empolgação indo até a cozinha.

A demora dele me faz refletir sobre a sua sala o que me faz percorrer meus olhos sobre ela, há quadros e pequenas esculturas raras de arte, mais distante posso ver uma estante cheia de livros, o que me deixa mais surpresa é que dizem que os homens são todos desorganizados e preguiçosos, olhando bem, se Harry não tiver nenhuma empregada, ele não é como todos. Vou caminhando em passos não tão apressáveis até ela, é incrível como está em absoluto alinhamento, por ordem alfabética do autor, passo meus dedos sobre cada um eles até que paro em um que me chama a possível atenção  Joseph Conrad. O livro que meu professor pediu para que lêssemos  O Coração Das Trevas. Mas é claro que ele tem esse livro, ele fazia o mesmo curso que eu e com o mesmo professor, era suposto ele ter coisas em comum a mim, coisas do tipos estas. Ele não tem sua espessura muito grossa, o que não vai me ajudar muito, eu gosto de ler coisas com a espessura um pouco acima de trezentas páginas, porque por incrível que pareça espessuras finas me dão preguiça de ler, são coisas que me fazem dormir facilmente.

''Me avise quando quiser começar a aula''- me assusto com a voz dele que vem por trás de mim.

''Oh, que tal agora?''-vou andando até ele carregando o livro junto a mim e quando fico frente a ele, ele me oferece o copo de água que ele havia prometido trazer e com a outra mão o seguro. 

Harry vai até o sofá e praticamente se joga por cima dele eu apenas sorrio tímida e me sento na sua poltrona. Eu não me entendo pelo fato de eu estar aqui, metade de mim quer me dizer alguma coisa e a outra metade também, mas ambas querem me dizer coisas diferentes, eu realmente estou com medo do que possa acontecer, pois não sou aquela pessoa de ceder facilmente, e estou com medo do destino que me trouxe até aqui.

''Quer começar por onde?''- ele pergunta e eu coloco meu copo e o livro em minhas mãos, em cima da pequena mesa que se encontra na minha frente

"Hãm... eu não sei. Me diga você!"-murmuro e ele parece pensar.

"Você trouxe aquela folha que escreveu aquelas coisas que te trouxe até aqui?"-ele solta uma leve risada e eu riu com o seu humor. 

"Sim, eu trouxe."-me levanto da poltrona e vou até o sofá me sentando do seu lado e colocando minha bolsa em cima do meu colo, puxo uma pasta amarela que acredito que lá esteja a folha que tanto rascunhei, abro a pasta e a vejo, é a primeira folha que me deparo.

"Está aqui!"-entrego a ele e ele a puxa levemente minha mão, isso fez com que cada um de meus pelinhos do braço e nuca se arrepiassem. Odeio estar tensa ao seu lado, ele nem é uma pessoa estranha para mim, ele é o irmão da minha namorada,  meu cunhado, não sei qual é o meu problema.

"Como quer mesmo que seja a sua história? Acha que pode me fazer um resumo?"

"Quero que esta história não fuja muito da realidade. O nome da garota eu ainda não decidi.  Bom, o foco da história é que esta garota tem uma mão que abandonou a ela e seus três irmãos, e com isso, quem a criou foi apenas seu pai..."-ele me interrompe.

"Um pai solteiro? Ou ele consegue arranjar alguém?"

"Calma! Ele consegue sim. Tanto é que esta garota não gosta nada dela, ela morre de medo que a nova mulher de seu pai o machuque."

"Mas o que levou a você para escrever todas essas coisas? "-ele encara a folha com o rosto sem a expressão.

"E-eu não sei. Talvez o fato de que ela irá se mudar de Chicago para Oxford e conhecer novas pessoas e se envolver com as drogas, sexo... e coisas mais."-fico com vergonha ao dizer aquelas palavras, todas essa coisas que pensei para a minha história para ser criada eram apenas só para mim.

"Okay.  Eu já entendi"-ele se cala e não diz mais nada, começo a suspeitar de seu silêncio. Ele é temedor e tentador quando se olha no fundo de seus olhos, a sua íris verde parece o mundo apenas coberto por mares. Não sei se deveria estar pensando dessa maneira, mas acho que já sei do que estou com medo. Estou com medo de ficar com ele, de me apaixonar por ele. Isso seria impossível, sim, isso seria impossível. Eu sou uma garota e gosto de garotas assim como os garotos, certo? Sinto ele se aproximar de mim cada vez mais e começo a inalar seu perfume cítrico caro. Uma brisa de consciência e consequências começa a me bater,  mas não consigo me mexe para que isso não aconteça. Será que seria mesmo possível eu me apaixonar pelo Harry? Isso seria estúpido, eu sou lésbica e tenho certeza disso, nada disso faz sentido, nenhum garoto no mundo conseguiu me atrair! Porque de milhões,  Harry seria o único?. Começo a me deixar levar pelo seu perfume e sinto a ponta gelada do seu nariz se encostando no meu. Ele ligeiramente arranha nossos lábios, o seu lábio são macios, vou fechando meus olhos e sinto seu beijo levemente suave. Ainda fico em estado paralítico.  Isso não pode estar acontecendo, estou perdida entre seu lábio. Ele vai movimentando sua boca em forma carinhosa para pedir meu beijo, tento teimar a esta tentação,  mas sinto um calor veloz percorrendo sobre minha espinha, é uma sensação maravilhosa e deliciosa, e por isso acabo cedendo,  derrotando minha teima e acabo partindo para uma parte tão rápida que quando me dou conta estou com a minha língua encontrando a sua.


Notas Finais


Instagram:@giovanna_viana__


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