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História Feita de vidro - Capítulo 2


Escrita por: Just_littlegirl

Notas do Autor


Primeiramente, eu acho que decaí bastante, o que me leva a não gostar desse capítulo. Mas eu tinha que fazer essa parte. Em segundo, eu acabei conseguindo escrever hoje porque tive um tempinho extra. Em terceiro, a música que é mencionada é How I'll Always Be- Tim McGraw
Uma boa leitura.

Capítulo 2 - Capítulo 2


Fanfic / Fanfiction Feita de vidro - Capítulo 2

POV April

Anoto alguns horários de ônibus em meu bloco, enquanto bebo meu suco de framboesa. Quando termino, fecho o jornal que antes se encontrava em minha frente e o alcanço para o senhor que está ao meu lado.

-Muito obrigado.- lhe lanço um sorriso simpático e ele faz o mesmo, deixando seus poucos dentes a mostra.

Me endireito no banco, um tanto desconfortável,  para voltar as minhas anotações quando uma música gostosa começa a tocar.

Olho para a simpática garçonete de cabelos grisalhos, ela limpa o balcão e cantarola no ritmo da canção. Sorrio.

Aquelas simples coisas do dia-a-dia , eram lindas de se observar. E eram nessas simples coisas e em seus mínimos detalhes que víamos de fato a beleza da vida. Quem dera eu estivesse com a minha velha Polaroid em mãos para poder registrar aquele momento.

Respiro fundo ao lembrar onde ela realmente estava. Agora não April. Respire fundo. Respire fundo . Na tentativa máxima de me manter sã e presente começo a contar até 10, mas as imagens me atingem inevitavelmente...

-Você está bem?- a garçonete me desperta pegando minha mão e deixo escapar um suspiro. -Sua mão está tão fria...- recolho minha mão e a repouso em meu colo mais rápido do que devia.

-Sim.- lhe lanço um sorriso torto na tentativa de convencê-la disso.

-Docinho, você está branca.-ela parece não se convencer e a preocupação se faz presente em seu olhar.

-Eu estou bem.- ela parece não acreditar em mim e eu realmente não podia culpa-la. -É sério. - tento reconforta-la e isso de alguma forma parece bastar, porque ela sai e desaparece atrás das portas que suspeito levarem até a cozinha.

Suspiro um tanto aliviada e pego minha caneta para começar a fazer as contas do dinheiro que havia me sobrado, quando a garçonete deposita um prato com um pedaço de torta na minha frente.

-Não, eu...

-É por conta da casa e vai te fazer se sentir melhor.- ela me lança um sorriso afetuoso e eu fico sem saber como negar.

-Obrigado Debbie.-agradeço silenciosamente pela plaquinha em seu avental e começo a comer.

E ela tinha razão, eu me sentia um pouco melhor e a torta era deliciosa. Assim que ela se afasta, começo a fazer as contas e começo a ficar meio desesperada. Eu só tinha dinheiro para mais uma noite em um Motel barato de estrada. O que eu faria? 

Olho em volta em busca de um banheiro pra vomitar por causa do desespero. Calma. Respiro e expiro algumas vezes, tentando me manter calma. Não queria um ataque de asma e chamar atenção. Era tudo o que tinha evitado até agora.

 Procuro Debbie e a encontro conversando com um garota a alguns bancos de mim. Cogito ir até lá, mas desisto. O que eu iria dizer? Ei, desculpe interromper o assunto de vocês que parece bem divertido aliás, mas eu gostaria de saber se estão contratando por que preciso de um emprego e um lugar para dormir tipo pra ontem. Faço careta para mim mesma. Não seja idiota April.

Assim que Debbie se afasta da garota e começa a vir em minha direção, desvio o olhar para que ela não note que eu estava prestando atenção em sua conversa. Tudo o que eu não precisava naquele momento.

 -Ela fala isso para todas.- ela confessa para mim, voltando a olhar para a garota e rio baixinho tentando parecer normal. Tudo o que eu não era. Reviro os olhos internamente.

Começo a me sentir estranha, como se eu estivesse sendo observada e viro para olhar do que se trata, rezando pelo melhor.

A garota que antes conversava com Debbie e a quem ela havia se referido. Me encarava, como se eu fosse o ultimo copo de água da cidade. Me remexo no banco e ela me lança um dos sorrisos mais cafajeste e ao mesmo tempo fofo, que eu já havia visto na vida. Não que eu já tivesse visto muitos.

Arqueio a sobrancelha e ela dá de ombros piscando para mim, se despede de Debbie e vai em direção a saída, me deixando frustrada com aquele episódio.

Após passar um tempo conversando com Debbie, começo a tomar coragem de falar com ela e assim que ela termina de reclamar de alguns clientes que eram mal educados, aproveito a abertura.

-Debbie, vocês estão contratando?- pergunto mais calmamente que consigo, tentando não deixar a apreensão tomar conta de mim. Ela sorri e dá de ombros.

-Não.- ela me olha seriamente e quando começo a amolecer, ela continua.-Mas posso abrir uma exceção, se estiver interessada.

Eu basicamente salto do meu lugar para abraça-la por cima do balcão e ela dá palminhas em minhas costas.

-Quando posso começar? -pergunto animada, enquanto me ajeito.

-Amanhã, as 13h. Tudo bem?- acho que eu provavelmente estava parecendo uma maluca balançando a cabeça freneticamente em resposta, pois ela começa a rir -Tudo bem. Agora não é melhor ir para casa? Precisa descansar. Aqui não tem muito descanso.-  ela faz gesto para as coversas que agora estavam mais altas. Acabo fazendo uma careta ao me lembrar que eu não tinha onde ficar.

-Bem.. você não sabe me dizer onde teria algum quarto para alugar por aqui?

-Sim, mas você pode ir lá pra casa, se quiser.- ela fala gentilmente e sorrio.

-Eu agradeço, mas a senhora já fez demais por mim hoje. Não quero abusar.- ela faz careta quando a chamo de senhora.

-Só Debbie, querida. E você não vai me incomodar.- assim que ela vê que balanço a cabeça negativamente, se antecipa.-Tudo bem. Entendo. Você pode seguir a esquerda sempre reto, a uma quadra daqui tem um bar chamado Street. Pergunte pelo Troyan.

-Muito obrigado Debbie e me desculpe se passei a ideia errada. É só que me sinto mal em você fazer mais isso por mim.

-Tudo bem, não se preocupe. Vá lá e até amanhã.- sorrio em resposta e antes de sair lhe deposito um beijo em sua bochecha.

Sigo para fora da lanchonete que parece ficar mais movimentada e começo andar sobre a calçada. Eu teria um longo e movimentado dia amanhã, mas valeria a pena. Quanto mais longe, melhor. Certo? Ele não podia me achar.

 As coisas iam dar certo, April. Pense positivo, garota. Foque nisso.


Notas Finais


Eu aceito críticas, se tiverem.


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