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História Feita de vidro - Capítulo 3


Escrita por: Just_littlegirl

Notas do Autor


Bom, está aí. Espero que gostem.
Eu vou postar um novo provavelmente no fim da semana.
Boa leitura.

Capítulo 3 - Capítulo 3


Fanfic / Fanfiction Feita de vidro - Capítulo 3

POV April

Paro na frente do bar encarando seu letreiro aceso e respiro fundo.

Ia dar tudo certo.

Eu repetia constantemente, mas no meu íntimo eu sabia que estava errada.  De alguma maneira, eu sabia que algo acabaria desandando. Balancei a cabeça totalmente frustrada com aqueles pensamentos e entrei no bar.

O lugar fedia a cigarro e era extremamente abafado. Suspirei e segui até o balcão, onde o barman distribuía bebidas.

-Olá, você poderia me dar uma informação? – perguntei um pouco mais alto do que o normal para me fazer ser ouvida, enquanto me sentava em um banco livre.

Ele parou de conversar e atender os caras a sua frente quando me viu. Aquilo me deu um calafrio, já bem conhecido.

Desviei o olhar e comecei a encarar minhas mãos que tremiam. Que droga! Calma April! Não é nada.

Ele veio até mim e se apoiou no balcão me analisando curiosamente.

-Qualquer uma, gata.- ele flertou e fiz careta.

- Eu poderia falar com o Troyan?-  tento soar o mais direta possível, mesmo sentindo que minha voz estava prestes a falhar. Ele revira os olhos e passa a mão pelos cabelos.

-Que novidade.- disse bufando, enquanto ficava ereto. -Vou chama-lo

Não tive tempo de agradecê-lo, ou falar qualquer outra coisa. Ele simplesmente saiu e o observei desaparecendo por uma porta que muito provavelmente levava aos fundos do bar.

Fiquei encarando o mar de bebidas atrás do balcão, enquanto tentava apenas focar na música animada que tocava e que as pessoas dançavam apinhadas no centro do lugar. Aquele tipo de lugar me dava calafrios, tão conhecidos por mim. Tentei ignorar aquele fato e não demonstrar, fazendo cara de paisagem, mas não sei se realmente estava dando certo.

-Oi?- havia ficado tão absorta em pensamentos que nem se quer notei o cara alto e de braços tatuados se aproximar. O olhei e seus olhos verdes me encaravam em busca de alguma resposta e certa curiosidade, enquanto seus cabelos caiam em cascata até seu ombros. - Você estava me procurando, certo?

-Ah. Sim. Sim - começando a juntar as coisas comecei a organizar meus pensamentos antes que eu pudesse falar alguma bobagem. Notando minha confusão ele me lançou um sorriso com covinhas, que poderia fazer com que qualquer garota daquele lugar derretesse.

-E?- ele arqueou a sobrancelha.

-Então, Debbie disse pra que eu perguntasse de você a respeito de um lugar para alugar.- apontei para trás, como se ele pudesse saber de quem eu estivesse falando mesmo que ela não estivesse lá, e para meu alivio ele assentiu.

-Entendi e devo admitir que por um instante você me deixou preocupado.- ele se apoiou no balcão e me ofereceu sua mão em forma de cumprimento. -Sou Troyan e você como se chama?

-Por quê?- acabei soando muito na defensiva e ele ergueu suas mãos se rendendo.

-Calma garota, você vai alugar um quarto do meu estabelecimento, só preciso do seu nome.- o encarei ainda incerta e ele se escorou no balcão novamente se aproximando de mim, o que me deixou a beira de um ataque de nervos. -Eu juro, que não darei em cima de você.- ele me ofereceu seu mindinho e me lançou um sorriso tranquilizante. Suspirei um pouco mais calma e selamos seu juramento.

-Fico mais calma, obrigada.- ele dá de ombros e serve um copo de água para mim.- Meu nome é April, aliás. E me desculpe, só não tenho uma boa relação com o sexo masculino.

-Tudo bem, muitos babacas nos dão tal reputação e eu entendo você.- ele espera enquanto tomo quase todo o liquido do copo e continua. - Então, o que faz por aqui? - lhe lanço um sorriso forçado e dou de ombros. Ele não insiste mais. -Ok, eu vou até meu escritório pegar a chave do quarto para te mostrar. - assim que assinto, ele desaparece como o barman alguns minutos atrás.

Tomo o resto da água e ouço risadas. Me viro para o grupo de rapazes que antes eram atendidos pelo barman, que agora flertava com algumas garotas, eles riam e falavam coisas obscenas me olhando algumas vezes, passo a encarar o balcão, onde minhas mãos repousavam e finjo prestar atenção nelas.

Assim que olho novamente, mas dessa vez de canto para o grupo, sinto a falta de sangue circular em meu rosto quando noto que um deles está parado em minha frente e o cheiro de álcool se faz presente.

-Oi gatinha.- ele puxa meu rosto para encara-lo e pousa sua mão livre em minha coxa, a acariciando onde o vestido deixa a pele exposta. Engulo em seco, sem conseguir me mover ou respirar. -Você é tão linda e... gostosa pra caralho.- ele cospe as palavras enquanto encara minhas pernas.

Eu estava totalmente estática, comandava meu corpo a agredi-lo de todas as formas possíveis, mas ele não me obedecia. Era inútil. Não conseguia nem me permitir a respirar e o enjoo se apossava cada vez mais, assim como o pavor e o pânico me aterravam. Aquele cheiro. Aquele toque. A mão subia cada vez mais, assim como o volume da música e as conversas ao redor.

E quando eu finalmente consegui desviar o olhar daquilo, ela encarava a cena totalmente enojada em meio a multidão.



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