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História Feita de vidro - Capítulo 4


Escrita por: Just_littlegirl

Notas do Autor


Primeiro eu quero indicar duas fics, de duas amigas minhas. E vou deixar os links nos comentários. A primeira é Eternal Disaster, caso vocês estejam interessados em um final diferente e cheio de emoção do livro Belo Desastre. A segunda é Stay With Me, é uma fic Camren para os interessados em muito drama, romance e um hot lésbico básico. (Eu não sei fazer isso, de indicar. Mas tá aí)
E por último, espero que gostem. Boa leitura.

Obs: música mencionada é Work da Rihanna e caso se interessem, escrevi esse capítulo escutando Let Me Love you do JB.

Capítulo 4 - Capítulo 4


Fanfic / Fanfiction Feita de vidro - Capítulo 4

POV Chloe

Saí do posto com um largo sorriso no rosto. Tinha sido fácil demais. Por mais que tivesse sido gostoso, eu queria algo mais. Algo diferente. Aquilo tudo parecia uma farsa no fim, não passava de prazer.

Olhei ao redor, as ruas estavam praticamente vazias, devido a noite que caia e as poucas pessoas presentes ali caminhavam apressadas. Respirei fundo e comecei a voltar por onde eu havia vindo, sem me preocupar.

Assim que parei em frente ao Street, ponderando se entrava ou seguia para casa. Caso eu fosse, ficaria sozinha e acabaria bebendo e se eu entrasse, acabaria ficando com Dy. Nenhuma das alternativas me deixava muito animada. Suspirei. Que se foda.

Adentrei o bar sorrindo. Por mais que as ruas estivessem basicamente vazias, o Street estava cheio, como de costume.

Ao fundo tocava alguma música da Rihanna, na qual eu não lembrava o nome e as pessoas se amontoavam na pequena pista, para “dançar”.

Assim que vi Dy, rebolando para um cara. Baixei a cabeça e segui para o bar, torcendo para que ela não me visse. Eu queria evitá-la o máximo possível.

Ao passar pela mar de corpos na pista para chegar até o bar, eu sorria alegremente. Aquele clima, aquele lugar. Eram meu lar. Meu lugar.

Depois que consegui me espremer por grande parte do caminho até o bar, meu olhar a encontrou pela segunda vez naquele dia.

Seria algo comum em lugares como aquele, aquela cena. Um cara flertando e passando a mão em uma garota em busca de uma noite de prazer, mas aquilo parecia perturbador. Apesar de não ter me aproximado tanto, eu podia ver a expressão em seu rosto. Ela era aterradora, desesperada, ela pedia socorro. E quando nossos olhares se encontraram, ela me pedia socorro.

Foi tudo muito rápido, comecei a empurrar as pessoas em meu caminho para chegar  até ela, como se algo dentro de mim inflasse e me dominasse.

-Ei, idiota?- o cara que fedia a bebida não se prestou a se virar para ver quem falava com ele e aquilo fez com que a minha raiva explodisse como um vulcão. O puxei pelo ombro e meu punho acertou seu rosto, o fazendo cambalear pelo impacto e susto. Me aproveitei daquilo e o empurrei, fazendo com que caísse sentado. E assim que dei por mim, já estava em cima dele desferindo socos em sua cara. Ele parecia não conseguir entender nada, estava perdido demais para pensar em revidar.

Em meio aquela confusão, braços surgiram me tirando de cima do babaca.

-Me solta!- gritei e assim que minha visão começou a ficar mais clara, notei que todos me encaravam, um tanto excitados com aquela distração.

-Chloe calma.-aquela voz tão conhecida sussurrava em meu ouvido. Revirei os olhos e tentei me soltar novamente, mas ele me prendia forte.

-Me solta, cacete. Vamos Troyan, eu estou bem.- ele pensou um pouco, ainda apreensivo, mas relaxou seu aperto e eu me desvencilhei dele. -O que estão olhando? Bando de idiotas.- olhei em volta em busca da garota e não a encontrei. Merda.

Fui até Silvan que estava escorado no balcão analisando toda aquela cena com um sorriso no rosto.

-Onde está ela? - apontei para o banco em que ela estava sentada anteriormente e ele me encarou confuso. -A ruiva, babaca.- ele fez careta.

-Foi para o banheiro.- ele apontou em direção dos banheiros femininos.-Mas por.....

Não deixei com que ele terminasse, simplesmente segui correndo pra lá, algo de alguma maneira não estava certo.

Assim que entrei correndo no banheiro, a busquei com o olhar e a encontrei perto da pia, agachada no chão. Ela estava branca e seus lábios que antes eram rosados, agora pareciam azulados. Me aproximei dela e me agachei ao seu lado.

-Respire.- pedi calmamente e ela tentou, mas pareceu não conseguir muito bem. A olhei nos olhos e ela me encarava me implorando ajuda, pela segunda vez naquele dia, enquanto tentava falar algo. -Shh.- fiz sinal para que ela se acalmasse, eu sabia o que estava acontecendo. Julia passava muito por isso... Que merda Chloe esse não é o momento para isso. Pense.

Me sentei ao seu lado e puxei ela até mim e a inclinei um pouco para frente.

-Agora calma, respire calmamente.- ela tentou e um chiado ecoou baixo de seu peito. Tentei manter a calma e pensar. -Ok, eu quero que me mostre através de um gesto se tem alguma bombinha.- ela balançou a cabeça vagarosamente, enquanto ainda repirava com dificuldade. -Onde ela está?- ela apontou para a bolsa que estava jogada no chão a sua frente e a peguei. A encostei em meu peito e a ajudei a aplicar seu medicamento.  Após termos feitos suas bombinhas e alguns minutos terem se passado, enquanto estávamos naquela posição. Troyan adentrou o banheiro com a expressão preocupada.

- O que aconteceu?- agora ele parecia confuso, devido a nossa posição. Mas eu não sabia se ele se referia ao que tinha acontecido no bar ou ali. Arqueei a sobrancelha.

-Você não deveria estar aqui.- apontei para a porta, enquanto lhe lançava um olhar debochado. Ele revirou os olhos e se aproximou, se ajoelhando a nossa frente.

-Você está bem?- ele falou com a ruiva que parecia ter adormecido em meu colo, mas agora se afastava. Ela balançou a cabeça positivamente.

-Não, ela não está. Acabou de ter um ataque de asma.- falei e a vi me olhar feio. Me levantei, assim como Troyan e me encostei em uma das pias.

-Então precisamos leva-la ao hospital.- o cara tatuado falou preocupado e me encarou, mas ela pegou sua mão e buscou seu olhar, apreensiva.

-Não, eu estou bem.

-Mas...

-Por favor? - ele me olhou em busca de ajuda e franzi a testa. Do que ela tinha medo?

-Gata, você precisa de um médico. Isso é sério.- a encarei séria e ela deu um passo para trás e passou a mão pelos cabelos. Ela parecia aterrorizada com aquela ideia. Me aproximei.

-Você está bem?- ela se encostou na parede e encarou o chão.

-Eu estou bem.- vi uma lágrima escorrer por seu rosto e me reaproximei novamente.

-Tudo bem, Troyan ela está bem.- a encarei nos olhos em busca de uma resposta para aquele medo, mas não a encontrei. Ela parecia perdida, enquanto uma parte sua me implorava por misericórdia. - Vamos voltar para o bar, ela precisa de um copo de água e comer alguma coisa.

A peguei pela mão e a trouxe até mim, passando meu braço ao seu redor e a levei de volta ao bar, antes que Troyan pudesse discutir.

Depois que a ruiva havia comido ela parecia estar recobrando a cor em seu rosto, a encarei e sorri.

-Agora você parece melhor.- ela me lançou um sorriso contido e sustentou meu olhar por alguns segundos, antes de Troyan chegar.

-Aqui está. - ele balançava uma chave na frente da garota e eu o olhei sem entender.

-Obrigado.- ela falou fracamente e quando foi pegar, eu segurei sua mão e fiz careta para Troyan.

-Isso é o que eu estou pensando?- ele acenou e eu o olhei incrédula. -Sério? Naquela pocilga? Por favor né Troyan.- balancei a cabeça sem acreditar. Ele queria enfiar a garota naquele lugar nojento, que Silvan trepava com as garotas toda hora. Idiota. Percebi que os dois me encaravam sem entender nada e revirei os olhos. -Esquece.- disse para Troyan, apontando para a chave. -Você vai ficar lá em casa.- falei para a garota de olhos cor de esmeraldas, que agora me encarava estranho, como se eu estivesse louca. O que não deixava de ser verdade. O que eu estava fazendo?

-Para sua casa, Chloe?- Troyan zombou.- Essa é boa.

-Melhor que a merda que você arranjou.- o fuzilei e arqueei a sobrancelha.-Você sabia que seu funcionário usa aquele quarto?-  ele me olhou confuso e irado ao mesmo tempo, eu sabia que ele não estava ciente daquilo e que Silvan iria ouvir bastante. Dei de ombros, o babaca merecia.

-Você deveria ir com Chloe, ela é uma boa pessoa. - ele falou por fim para a garota ao meu lado e depois me lançou olhar de aviso, caso eu fizesse algo com ela. Pelo amor de Deus, o que ele achava que eu fosse? Levantei as mão como me rendesse, mas ele ainda me encarava.

Olhei para a garota que nos olhava quieta, parecendo ponderar a situação.

-Tudo bem.- ela finalmente falou.- Mas não é por muito tempo.- assenti e estendi minha mão para ela.

-Sou Chloe.- lhe lancei um sorriso e ela me lançou outro, apertando minha mão.

-Me chamo April.- ela falou docemente e eu mordi o lábio, com um amargo pressentimento daquilo.



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