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História Feita de vidro - Capítulo 6


Escrita por: Just_littlegirl

Notas do Autor


Bom, eu quero pedir desculpas pela demora para postar, mas eu não tive uma semana nada boa na semana passada, somando o fato de que no inicio dessa semana tive que fazer alguns trabalhos para a faculdade.
Também, vou me adiantar e pedir desculpas antecipadamente porque nas próximas duas semanas, eu provavelmente não irei postar por causa das semanas de prova.
Agora, falando sobre esse capítulo, quero dizer que gosto muito da relação Chloe e Tom, e espero que vocês também.
Eu tentei focar mais na Chloe para explicar a história dela, então provavelmente os próximos capítulos sejam de mais enfoque dela.
Obs: sobre esse gif, é como eu imagino o Tom e foi o único gif que eu achei mais adequado.
Agora, espero que tenham uma boa leitura e que gostem.

Capítulo 6 - Capítulo 6


Fanfic / Fanfiction Feita de vidro - Capítulo 6

POV Chloe

A luz invadia o quarto não me deixando dormir. Suspirei irritada e finalmente abri os olhos me dando por vencida e ao me virar não encontrei a doce ruiva com quem eu havia dividido a cama na noite anterior. Me levantei em um pulo e praticamente corri até a cozinha. Revistei o pequeno lugar, mesmo sabendo que ela não estaria ali. Onde ela havia se enfiado, havia fugido? Balancei a cabeça negativamente. O que eu havia feito de errado dessa vez?

Fui até a pia para me servir de um copo de água, para acalmar os ânimos quando notei um papel sobre a bancada. Um bilhete.  

Me aproximei e o abri.                                                                                                        

Desculpa ter saído sem avisar, mas já passava do meio dia e você parecia estar no melhor do sono. Eu estou na lanchonete trabalhando, volto as 21.                                                                                                                                                                                                                   Xoxo April.

Ela ia trabalhar com Debbie? Por que eu não sabia disso? Por que ela não me contou? Já passava do meio dia?

Passei a mão pelos cabelos e me encostei sob a bancada. Eu havia praticamente entrado em coma, para não ter notado ela sair. Olhei para o relógio na parede acima da pequena mesa que ocupava a cozinha e engoli em seco. Já passavam das 16 horas. Meu Deus. Eu realmente tinha desmaiado.

Corri até o quarto e encarei a cama, onde antes estava deitada em busca do que fazer a seguir. Fui até ela e peguei meu celular que vibrava, fazendo uma careta ao ver de quem eram as mensagens.

Onde você se enfiou? Por que não me atende?

Diana havia mandado ao total umas 10 mensagens de texto e ligado umas 5 vezes, revirei os olhos e respondi.

Me pergunto isso desde que te conheci, não é coincidência? Não quero te atender, essa é a explicação mais sincera que posso te dar. Obs: Não estou afim hoje, D. Nos falamos amanhã.                                                                                                                                                                 XOXO Chloe.

Atirei o celular sobre a cama e fui até meu armário, onde havia uma mistura de roupas emboladas. Eu tinha que arrumá-lo, mas a verdade? Eu não queria. Dei de ombros, catando uma camiseta cinza de manga curta em gola v, uma skinny e lingerie preta. Fui em direção ao banheiro e me olhei no espelho, as olheiras eram notáveis e estavam cada dia mais visíveis. Suspirei pesadamente e me apoiei sobre a pia. O que eu estava fazendo, afinal? Era a pergunta mais decorrente dos últimos anos.

Aquela garota ali em frente, parecia durona, capaz de começar uma guerra por apenas uma ofensa, de conquistar terras e suas rainhas. Mas a verdade era que no fundo daqueles olhos castanhos, se encontrava alguém frágil demais para aquele mundo em que vivia. Uma lágrima rolou sobre seu rosto, ao lembrar da culpa que carregava e ao ouvir o toque tão conhecido a alguns passos dali ela assumiu a postura babaca que estava costumada a vestir, dia após dia.

Bufei, voltando ao quarto e pegando o telefone. Diana não sabia ouvir não.

- O que você quer?- engoli em seco, assim que ouvi um suspiro pesado no outro lado da linha, já sabendo de quem se tratava.

- Quero saber se irá na homenagem da empresa?- Clarke falou tomando cuidado.

-Que homenagem cara? Eu já falei que não quero ter nada haver com esse lugar. Você sabe disso.- revirei os olhos e me atirei na cama.

-Chloe, você se lembra que dia é hoje não é?- ele parecia pisar em ovos. O que esse idiota estava fazendo? Revirei os olhos e me dei por vencida.

Não. Eu não fazia ideia que dia era. Eu era totalmente desligada dessas coisas, mas claro que não ia dizer isso. Afastei meu celular e procurei a data, para poder saber o que ele falava.

Assim que aqueles números me encontraram, algo se rompeu novamente dentro de mim. Algo que estava adormecido, voltou a me devorar. Aquela culpa que eu tanto queria esquecer e temia em lembrar. Ela me envolveu como areia movediça e tudo começou a desabar novamente.

****flashback- um dia antes-********

-Qual é Juh, sério?- perguntei me deitando em seu colo. -Ela vai e você sabe o quanto isso é importante pra mim, certo? – ela fez careta e tomou um gole de seu suco, como mal se importasse com a minha manha.

Estávamos sentadas no gramado da escola, após eu ter sido convidada por Lizie para sair com uma galera. Era minha chance. Eu não poderia deixar ela simplesmente escorrer sobre meus dedos. Já estávamos prestes a nos formar e ir para faculdade e blablabá. Todo aquele papo clichê de sempre. E eu poderia não ter mais chances depois daquela.

-Juh? Por favorzinho? Você pode deixar pra ir no final de semana, os vestidos de formatura não vão fugir. Juro que não te peço mais nada até a formatura.- sorri deixando que minhas covinhas e olhar pedante fizessem o resto do trabalho e, como esperado ela suspirou e revirou os olhos.

Me levantei e a abracei, fazendo com que rolássemos no gramado. O que a fez gargalhar, me fazendo entrar no embalo devido a sua risada contagiosa.

Após mais uma tarde cansativa, cheguei em casa e fui até a cozinha.

-E aí pirralho, vai querer qual prato hoje no jantar? Massa com salsicha, ou salsicha com massa? Você escolhe hoje, mas vou logo avisando, amanhã é minha vez.-pisquei para o garoto que assistia Power Rangers, deitado sobre o sofá. Ele riu. Aquela risada que só uma criança é capaz de dar. Arqueei a sobrancelha, rindo também. -E aí, o que vai ser?

- Salsicha com massa.

-Ahhh, assim você me decepciona.- falei me sentado e colocando sua cabeça em meu colo.

-Mas é bom.- ele tentou explicar e eu ri de sua careta.

-Ta bom, eu me rendo. Comeremos salsicha com massa.- acariciei seus cabelos e comecei a ver desenho com ele.

Depois da babá ter ido embora, me levantei e comecei a fazer o jantar. Assim que terminei, servi Tom. Ele comia afobado, só não sabia se era por ser seu prato favorito, ou por que o próximo episódio de Power Rangers estava prestes a começar.

-Vá com calma aí, caubói.- falei, enquanto pegava sorvete no congelador e colocava sob a bancada.

-Posso comer?- perguntou ainda de boca cheia, apontando para o pote que eu abria. Seus olhos brilhavam.

-Claro.-pisquei pra ele, que me encarou desconfiado.-Falta pouco pra você terminar e o desenho já vai começar.

Segui para o sofá, com o pote de sorvete e duas colheres. Assim que o programa estava prestes a começar, Tom se juntou a mim sorridente.

-Eu sou o verde.-falei assim que havia acabado e recebi um olhar indignado da criança de seis anos, que antes estava aninhada em mim.

-Não, eu sou.-falou ele sério e se sentou me encarando. Sorri daquilo internamente, eu sabia onde aquilo ia terminar.

-Não, eu sou.- dei de ombros, peguei as coisas e levei até a pia. Ao me virar, Tom estava de braços cruzados e fazendo bico.

-Eu sou, você sabe disso. Você pode ser o azul.- me agachei em sua frente e tentei lhe dar um beijo, mas ele se afastou.

-Mas eu quero ser o verde.- já estava prestes a rir da miniatura a minha frente, quando seus olhos ficaram marejados. -Ei, baixinho.- peguei-o no colo e ele passou os braços em volta de meu pescoço. -Não chora, eu só estava brincando. -me sentei no sofá com ele ainda no colo e o afastei para olhar em seus olhos. -Me desculpa?

Ele limpou as lágrimas que haviam escorrido e assentiu. Sorri e comecei a fazer cosquinhas nele, que começou a gargalhar daquele jeito contagioso que só ele conseguia.

Assim que me dei por vencida, depois de ser atacada por aquele gnomo, ficamos deitados no sofá, enquanto passava na TV Digimon.

 Estava totalmente distraída, pensando em coisas aleatórias quando notei que Tom havia adormecido.

O peguei no colo e subi as escadas, o levando para sua cama. Assim que eu havia o aninhado e ajeitado ele sobre as cobertas, ele abriu os olhos.

-Você nunca vai me abandonar, não é?-ele esfregou os olhos, sonolento.

-Nunca.- falei e lhe lancei um sorriso.

-Promete?- ele agarrou meu braço e eu me sentei ao seu lado na cama.

-Prometo baixinho, nada e nem ninguém vai nos separar.-me deitei ao seu lado e comecei a fazer cafuné em seus cabelos.

A última coisa de que me lembro antes do breu tomar conta de mim, foi de que eu queria que mamãe estivesse viva.



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