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História Feita de vidro - Capítulo 7


Escrita por: Just_littlegirl

Notas do Autor


Bem, eu quero dizer que acho que esse capítulo tá meio tipo pombo, mas eu gostei de escrever ele, então espero que gostem.
Quero dizer também, que agora já passou as provas quero tentar voltar a postar como antes.
Música do capítulo: Father-Demi rainha
Uma boa leitura.

Capítulo 7 - Capítulo 7


Fanfic / Fanfiction Feita de vidro - Capítulo 7

"Father, I'm gonna say thank you

Even if I'm still hurt

Oh, I'm gonna say bless you

I wanna mean those words"

 

Acordei um tanto incomodada, sentindo um olhar sobre mim. Me levantei e acabei me assustando.

Papai estava sentado na ponta da cama nos observando e quando viu que me assustei, fez sinal para que me acalmasse.

-Ei querida, calma. Sou apenas eu, seu velho pai.- um sorriso cansado se fez presente em seu rosto e relaxei.

Ele trabalhava tanto. E eu não o culpava. Foi essa a maneira que ele encontrou de se manter nos trilhos depois da morte da mamãe, e apesar disto ele ainda tentava se fazer presente para nós.

-Como foi seu dia hoje?- perguntei, enquanto me levantava com cuidado para não acordar Tom.

-Entediante como sempre?- ele riu fracamente e eu revirei os olhos.

Assim que me levantei, o peguei pela mão e o guiei até a cozinha, sem muito esforço. Fiz menção para que ele sentasse e peguei um prato com massa que havia preparado para ele.

-Coma.- me sentei a sua frente e sorri quanto ele arqueou a sobrancelha.

-Mamãe é você?- fiz careta com a comparação a minha avó e ele riu realmente se divertindo com aquilo. Após algumas garfadas, ele me olhou fundo nos olhos, pegou minha mão e sorriu carinhosamente. -Você se parece tanto com a sua mãe.

Engoli em seco e senti uma lágrima escorrer sobre meu rosto. Baixei o rosto e observei sua mão sobre a minha, ele a apertou levemente como consolo.

Eu sabia que para ele era algo difícil tudo aquilo, era algo recente demais. E como se não bastasse mais nada, ele ainda tinha que me ver todos os dias, depois de um cansativo trabalho, e enxergar mamãe em meu rosto. Em meus olhos, na minha boca, nas minhas mais simples expressões. E eu me odiava por isso, por causá-lo tanta dor.

-Me desculpe.- voltei a encara-lo e lágrimas escorriam sobre seu rosto. Ele balançou o rosto e eu me afastei. Era a única coisa que eu podia fazer.

Subi as escadas correndo, indo em direção ao meu quarto e me sentando na cama, abraçando meu próprio corpo e comecei a chorar violentamente.

Chorei pela mamãe, por ele não ser tão presente e por essa dor que crescia cada vez mais.

Só notei que ele havia me seguido quando senti seu peso sobre a cama. O encarei. Seu rosto estava úmido e ele me olhava, como se sentisse culpado e entendesse tudo aquilo. Ele limpou meu rosto carinhosamente.

-Querida, você não tem pelo o que se desculpar. Você não tem culpa nenhuma, o único culpado aqui sou eu. .- eu ia lhe responder, mas ele não permitiu- Deixe-me terminar. No último ano eu não tenho sido presente, eu sei.- ele observou meu quarto, como se aquelas paredes tivessem grandes histórias. -Essa casa e vocês me lembram muito ela é verdade. Mas isso não é culpa de vocês, entendeu?. -ele me puxou para um abraço e o alivio se fez presente. Aquele abraço, a paz e o conforto nele que a tanto tempo eu não sentia se fez presente e relaxei.

-Você tem sido forte demais por nós e eu a admiro muito por isso.-ele se afastou um pouco para me olhar nos olhos.- E a agradeço profundamente, mas agora está na hora de eu assumir isso, está na hora de eu acordar. Vocês precisam de mim.- as lágrimas voltaram a escorrer e ele as limpou. -Eu sou seu pai e eu te amo, nunca se esqueça. Apesar de tudo, não se esqueça. Prometa?

Acenei positivamente e o abracei forte.

-Eu prometo.

Acordei e a luz adentrava o quarto entre as persianas. Me levantei e vi que papai ainda estava deitado ao meu lado. Peguei meu celular e algumas mensagens se acumulavam. Sorri.

Juh estava pirando. Já se passavam das 13 horas e eu ainda não havia aparecido na aula.

Ei, gatinha. Está tudo bem. Mais tarde a gente se fala.

XOXO da sua amiga maravilhosa.

Assim que ela se acalmou larguei o celular e olhei para o lado, papai parecia tão relaxado. Como se sua vida não fosse todo aquele caos. Suspirei satisfeita.

-Mana- escutei Tom chamar sonolento na porta de meu quarto e fiz menção para que se juntasse a nós.

Ele se arrastou até ficar entre eu e papai, se aninhando ali. Papai acabou acordando e sorriu ao ver Tom.

-E aí carinha, como você está?- ele perguntou depois de um longo bocejo.

-Bem,- Tom sorriu e perguntou com expectativa.- Você não vai trabalhar hoje, papai?

-Bem..- ele se virou, abraçando Tom e me lançou sorriso. -Hoje não, hoje eu vou ficar com vocês. O que acha?

Tom se levantou e começou a pular de alegria, nos fazendo rir.

-Então vamos nos arrumar, hoje você decide o roteiro baixinho. - ele se levantou e pegou Tom, quando o mesmo pulou em seu colo o levando para fora do quarto.

Suspirei alegre e fui em direção ao banheiro para me arrumar, para o que seria o melhor dia de nossas vidas. Para o nosso recomeço.



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