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História Ferida Aberta - O contrato


Escrita por: littlelindy

Notas do Autor


Olá meus lovebugs, como vão?
Espero que estejam bem e que tenham uma ótima leitura <3

Capítulo 17 - O contrato


Fanfic / Fanfiction Ferida Aberta - O contrato

"Duas pessoas com um objetivo em comum podem conquistar muitas coisas. Duas pessoas com um inimigo em comum podem conquistar muito mais." - Once Upon a Time (2011)

 

Emma estava sentada na cama de Graham encarando a página de livro há mais de trinta minutos, totalmente em silêncio. Killian, por outro lado, já havia se distanciado e, aproveitando a oportunidade, levado Lily consigo, embalando-a em canções de ninar até fazê-la dormir.

Quando, finalmente, a garota adormeceu e Jones conseguiu colocá-la no carrinho, virou-se para a loira e seguiu em sua direção. E, pelo quarto ser localizado um degrau acima do espaço da sala de estar, ele pode ter acesso visual do papel por outro ângulo e surpreendeu-se com uma página completamente rabiscada.

— Emma?

— Sim?! - a mulher respondeu com a voz baixa, mas levantando o queixo para encarar o “namorado” que se aproximava.

— O que é isso aí atrás? 

E, assim que perguntou, viu Swan virar a folha e encarar a letra embolada em tinta preta. Os garranchos, provavelmente de Graham, pareciam terem sido feitos há muito tempo, mas graças à caneta utilizada, os traços ainda estavam firmes - diferentemente da marcação do lado oposto do papel, feita à lápis.

— É-- uma carta. - Emma disse um pouco assustada.

— Para quem? - Jones questionou ao sentar-se ao lado da jovem.

— Vevé. - replicou, encarando-o já com os olhos marejados.

— Quer que eu leia em voz alta para você?

A oferta de Killian era mais que generosidade e amparo, era o óbvio a ser feito já que, apenas com a menção do apelido que Graham a dera, os olhos de Emma encheram-se de lágrimas.

Mesmo sendo teimosa o suficiente para recusar a oferta, ela sabia que não conseguiria ler três linhas diretas. Além disso, desde que chegara em Storybrooke, aprendeu que a ajuda de outro alguém pode significar mais que o ato em si - pode significar zelo e preocupação. E, como Killian havia lhe dito uma vez, "aceitar ajuda não é vergonhoso".

Pensando nisso, a jovem passou o papel delicadamente para Jones e assentiu, dando-o confirmação para que pudesse iniciar a leitura.

— “Querida Vevé, alguns bons meses se passaram desde a última vez que nos falamos, não é? E eu continuo aqui, te observando e te cuidando de longe…” - Killian começou a carta sentindo todo o universo em seus ombros. As cartas que o amigo escrevia quando estava tarde da noite nas docas... Como ele podia ter se esquecido disso? E por quê logo essa não havia sido descartada como as outras? Ah se Emma soubesse o quanto Humbert a amou e dialogou com ela dessa maneira! - "[...] Você é melhor que qualquer acusação proferida por Neal, não se esqueça disso. E eu acredito que, um dia, você vai encontrar alguém que te dê o devido valor. Alguém que vá ficar ao seu lado, te apoiando e te fazendo sorrir até mesmo nas horas ruins (e especialmente nelas!). E, especialmente, que vá lutar por você, coisa que esse covarde não fez! [...]".

Lendo isso, Killian parou por um instante e encarou a loira. Não era sua intenção primordial chamar a atenção dela para aquela parte da carta em específico, queria apenas certificar-se de como estava, pois sabia que o "assunto Tassidy" ainda era algo que fazia suas feridas sangrarem.

E, para sua surpresa, ela estava bem. Swan o observava com um pequeno sorriso nos lábios, ainda que a visão, provavelmente, estivesse embaçada pelas lágrimas que segurava. 

Retribuindo o gesto afetivo, o homem prosseguiu com a leitura. Mas não muito tempo depois, quando Humbert sugeriu em uma das linhas que tinha "alguém em mente em Storybrooke" digno da loira, Emma o interrompeu brevemente, pegando-o de surpresa com um beijo na bochecha.

Ele apenas riu e chacoalhou a cabeça, abobado com o gesto da mulher, antes de finalizar os escritos da carta.

— "Desejo, por fim, então, que ao menos essa carta seja entregue à você. Só essa, Baby, por favor! Com amor, Graham Humbert”.

E lá estava Emma Swan chorando novamente. Mas, dessa vez, não eram lágrimas de tristeza, e sim felicidade. Era a confirmação de que ele realmente não tinha se esquecido dela, e era tudo o que ela precisava.

— Ele estava sempre escrevendo para você. - Killian contou, chamando atenção da jovem. - Mas sempre que terminava dava um jeito de destruir a carta. Estou surpreso de que esta sobreviveu...

— Por que nunca me disse isso antes?

— Eu disse. - ele replicou rapidamente - Quer dizer, disse sem dizer se é que isso é possível... Eu sabia que Graham não tinha te esquecido, e muito por essas cartas também, mas não quis ser específico porque ele sempre as jogava fora e--

— Você não quis me dar falsas esperanças. - Emma completou, interrompendo-o. E Jones, por um momento, achou que ela ficaria brava com sua omissão, mas tudo o que encontrou na face da mulher foi um sorriso fraco, além da compreensão em seus olhos. - Obrigada por isso.

— Sempre. - ele replicou, levando o polegar até o queixo de Emma e o levantando suavemente para encará-lo. Quando o fez, Jones ofereceu-a seu melhor sorriso e ele esperava que, com o gesto, Swan pudesse ver que ele faria tudo de novo. Que estaria sempre um passo à frente para evitar qualquer dano ou ameaça. Para ela ou Lily.

E, naquele momento, ele teve a realização de que iria até o fim do mundo pelas duas. Ou do tempo.

— Acho que temos mais um ponto a nosso favor, Emma. - continuou, tentando mudar de assunto o mais rapidamente possível.

— Qual?

— Graham disse que não se orgulhava de usar dos contatos do pai e que ele não os usava da forma correta. Talvez essa carta seja algo extra para apresentar no tribunal.

— Não acho que será tão vantajoso assim, Killian… - a jovem disse ao tomar o papel em mãos novamente - Ele só disse que Dylan não utilizava os contatos de forma útil, nada além disso.

Jones bufou em reprovação.

— Mas será possível que esse homem não deixa uma brecha? Só uma… - o xerife replicou passando uma das mãos pelo cabelo, bagunçando-o.

— Vamos ter que esperar para ver, Jones.

— E o contrato? Você chegou a dar uma olhada? Talvez tenha algo útil lá, alguma pista. - o moreno disparou - Acho que deveríamos lê-lo por completo, pode ser que não tenha nenhuma falha, mas podemos encontrar outra direção!

— Ei, calma! - Emma começou ao pegar uma das mãos de Killian e acariciá-la. - Sabe, alguém muito especial um dia me disse que tudo ficaria bem. Ele também me disse que eu me preocupava demais e que com certeza ter a guarda de Lily comigo era a melhor opção. Eu não estou mais sozinha nessa disputa, mas duvido muito de que essa nova adição seja algum empecilho.

— O que você quer dizer com isso? - Jones questionou sem entender, embora estivesse certo de que a loira estava se referindo a ele.

— Nada, só achei que essa pessoa precisava ouvir as mesmas palavras que me ofereceu. Nós vamos conseguir, Killian. - Emma garantiu e, da mesma forma que o moreno fez um dia, ela o encarou com um sorriso no rosto. - Confia em mim?

E lá estavam os lábios do moreno imitando os dela novamente, espelhando o contentamento com aquela inversão de papéis. Quantas foram as vezes que ele havia pedido a confiança dela?

— Eu confio. - Jones respondeu sem hesitação.

Então os dois perderam-se no olhar intenso que trocavam. Ele hipnotizado pelo brilho da íris esverdeada, e ela mergulhando profundamente no azul encantador.

— Essa é a parte da conversa em que você me beija, Jones. - a mulher disse, finalmente, após desprender-se minimamente do transe, mas apenas alterando o foco para a boca do xerife.

— Como desejar, Swan.

Sem pensar duas vezes, ele se inclinou para selar seus lábios com os de Emma. Uma de suas mãos parou na cintura da loira, segurando-a delicadamente, enquanto a outra tomou direção até a nuca. Assim que Killian aprofundou o beijo, recebendo o aval da loira para a passagem de sua língua, ela entrelaçou seus braços no pescoço dele.

O casal perdeu completamente a noção de tempo, voltando à realidade apenas quando o ar fez-se necessário. Terminando o beijo com pequenos selinhos, Jones colou sua testa na de Emma, aguardando, novamente, para que ela tomasse iniciativa do próximo passo. Ele, com toda certeza, iria adiante com as carícias, mas morreria se tomasse alguma atitude que fosse má interpretada.

E então ele esperou. Mas não por muito tempo, pois logo Swan colou seus lábios nos dele mais uma vez.

Ele não sabia quando ou como, mas, durante a nova sessão interminável de beijos lânguidos, acabou deitando-a na cama de Humbert e ficando por cima dela. Emma, entretanto, não pareceu se importar, pois moveu rapidamente uma de suas mãos para as costas do homem, acariciando-a.

E ter o corpo da loira contra o seu, além de perceber o investimento e prazer de Swan em estar ali, fez com que ele emitisse um baixo gemido contra os lábios dela. A jovem apenas sorriu e o beijou em retorno, mas segundos depois foi traída pelos reflexos de seu corpo e fez o mesmo que Killian. Ele respondeu da mesma maneira.

Enquanto a mão esquerda do moreno continuava a acariciá-la no quadril, a outra deslizava entre o pescoço e bochecha da mulher, alternando os toques com beijos. Ele não sabia, exatamente, como sanar todas aqueles desejos súbitos de tocá-la, mas a culpa da falta de raciocínio e reflexão dos atos ele culpava, essencialmente, as sensações causadas pelo atrito dos dois corpos. E Deus, aquela maldita fricção!

Ah se Swan tivesse alguma noção do que seu toque provocava no corpo de Jones… Mas quem ele queria enganar? Se tivesse a mínima noção de tais reações, ele mesmo controlaria seus atos.

Mas, aparentemente, aquele era apenas um momento de provação - do qual ambos falharam miseravelmente. Quando Swan tomava a impulsiva iniciativa de intensificar as carícias, envolvendo uma de suas pernas no quadril de Jones e aproximando os corpos ainda mais, Lily resolveu dar o ar da graça e preencher o cômodo com seu choro familiar.

Jones bufou ao finalizar bruscamente um beijo. Deixando sua cabeça na curva do pescoço de Emma, ele resmungou alguma coisa num sussurro, mas ela apenas riu.

— É pedir muito por um momento de paz?

— Ela está com fome, Killian. - a jovem disse sem tentar esconder o sorriso dos lábios, mesmo que estivesse empurrando-o no peito em um pedido silencioso para se levantarem.

— Eu sei, esse choro eu já consigo reconhecer. - ele respondeu, orgulhoso de seu conhecimento. Killian a puxou pela mão e, enfim, os dois saíram da cama.

— Bem vindo à paternidade, Jones. - Emma brincou ao caminhar em direção ao carrinho para pegar a mamadeira de Lily.

— Eu acho que já fui muito bem vindo nesse setor. - o homem falou, seguindo a mulher, mas parando para tirar a pequena Humbert das cobertas. Aproveitando a distração de Swan, pode conferir se estava minimamente apresentável, dando graças aos céus pela calça jeans conter o máximo possível de sua agitação. Recuperando a postura, e com a garota deitada em seu peito, prosseguiu com o diálogo da única maneira que sabia suavizar o ambiente: com brincadeiras. - Acho que você deveria me introduzir à vida de casados, não?!

E aquela maldita sobrancelha arqueada!, Emma o amaldiçoava mentalmente.

— E deve ser assim mesmo, não é? - ela replicou com uma risada e, assim que sentou-se no sofá, esticou as mãos pedindo pela garota.

Killian prontamente passou a criança para os braços dela e acomodou-se ao seu lado, observando Lily tomar a mamadeira com seus dedinhos pequenos e sugar o conteúdo rapidamente.

Com um sorriso abobado no rosto, ele aproximou-se e começou a acariciar a barriga da mascote, encostando seu rosto no ombro de Swan.

— Olha só quem estava morrendo de fome! Está gostoso, mascote? - Jones dizia com a voz calma, porém repleta de entusiasmo ao conversar com a mini Humbert. - Desculpa o papai e a mamãe por te deixar com fome, tá bom? Não foi nossa intenção.

— Papai e mamãe, é? - Emma questionou, provocando-o com um sorriso travesso nos lábios.

— Eu disse que ela ia começar a aprender isso. - ele deu de ombros, e com um beijo na bochecha da loira, finalizou o diálogo.

Os dois pareciam compartilhar um único desejo naquele momento: ver Lily. E não, não era observar. Eles queriam ver a barriguinha da criança subindo e descendo com a respiração profunda; vê-la se alimentando sozinha; ver cada traço daquele corpo humano há tão pouco formado e que, da maneira torta e estranha da vida, acabou sob os cuidados daqueles dois adultos.

E se alguém, um ano atrás, dissesse à eles que isso aconteceria em breve, eles teriam rido.

[...]

— Eu quero ler o contrato. - Emma disse simplesmente.

Os dois permaneciam sentados no sofá, curtindo o confortável silêncio da floresta. Os pés da loira estavam sobre a mesinha de centro e sua cabeça encostada na parte de trás da almofada. Killian, entretanto, balançava o carrinho de Lily para frente e para trás ao niná-la com uma canção murmurada.

— Agora? - ele respondeu, virando sua atenção para a mulher.

— Se importa?

— Claro que não! Onde você colocou?

— Está na minha bolsa aí debaixo do carrinho. Pega para mim por favor?

E Jones prontamente atendeu ao pedido da loira e, sem maiores dificuldades, puxou o envelope pardo que quase caía da bolsa.

Emma agradeceu com um sorriso, mas não moveu-se, apenas encarou o objeto em suas mãos, alisando a superfície lisa que parecia estar prestes a ganhar vida própria e abrir por si só.

Os olhos de Killian repousavam na mulher, enquanto uma de suas mãos acariciava suas costas, transmitindo o conforto usual de seu toque. A tranquilidade dele diante do momento era invejável, ela deveria admitir. Por mais que também desejasse ler o conteúdo dos papéis, ele estava ali reprimindo essa sensação apenas para dá-la suporte - como sempre fazia, apoiando-a em todas as decisões que tomava e aguardando-a em todos os momentos para não ultrapassar limites. E, claro, embora não concordasse com tudo, Jones jamais fazia imposições, apenas expunha sua opinião, oferecendo-a outras (e novas) opções como qualquer bom amigo faria.

Restabelecendo sua coragem e força, Swan lentamente retirou os papéis e começou a examiná-los. E logo na primeira página pode visualizar um nome conhecido: Dylan Humbert.

Claro que aquele infeliz ia se envolver com isso…

— Alguma coisa? - Killian questionou ao ver que a loira passou um tempo mais longo em uma das linhas.

— Hm, só a confirmação do que já sabíamos, Graham mentiu para você e para David sobre os pais. - a jovem respondeu rapidamente, mas somente depois levou o olhar para o moreno. - As assinaturas do Dylan e da Starla estão aqui, fantasmas não assinam contratos.

Jones não disse nada, apenas suspirou aborrecido. Ele jamais imaginou que o amigo mentiria para ele. Não que essa informação já não tivesse sido ratificada de alguma forma, mas, novamente, algumas realizações nos pegam desprevenidos e assustam...

A loira, então, prosseguiu com sua leitura dinâmica pelas páginas do contrato até que ela se deparou com algo inesperado - e aterrorizante. Depois de reler, verificando se não era nenhum devaneio, encarou o homem de maneira incrédula.

Aquilo, definitivamente, não poderia ser verdade.

— Emma?

— Dylan e Starla são só os responsáveis financeiros na compra da cabana…

— Sim, você já tinha dito isso antes. - o homem comentou, preocupado ao ver Emma com o olhar assustado e as mãos trêmulas. - O que você achou de novo?

Mas ela não respondeu, apenas abaixou-se para apoiar os cotovelos no joelho, enquanto repousava as mãos na cabeça. Mais uma reviravolta na história e ela já não aguentava mais...

Sem sua explicação, Jones pegou o contrato das mãos da loira para encontrar o que havia a deixado em pânico daquela forma.

Não havia barulho algum no local, exceto pelo som das páginas viradas por Killian, que também não entendia nada e parecia buscar mais informações nas entrelinhas de cada fragmento ou cláusula.

— Filho da puta! - Jones sussurrou.

— É, filho da puta… - Emma concordou quase inaudivelmente, sentindo as lágrimas finalmente se formarem e o nó na garganta a impedir de proferir novas palavras.

Ela não sabia até onde ia a capacidade humana de produzir e manter mentiras, mas estava começando a se espantar com o que havia descoberto até agora.

Como ele pode ter feito isso?

Killian a envolveu num abraço apertado, fazendo-a praticamente deitar-se em seu colo. A cabeça da loira descansava na curva do pescoço do moreno e ele preocupava-se apenas em oferecê-la o máximo de carinho possível. Emma não se importou de chorar naquele momento, deixando toda sua angústia sair de seu corpo em forma de lágrimas e pequenos soluços.

— Como ele teve coragem, Killian?

— Eu não sei, Emma. Juro que não tenho uma resposta agora…

— Eu odeio ele. Odeio!

O contrato exigia duas testemunhas para que fosse efetivada a transferência do imóvel: Amber Leah Cooper, mãe biológica de Lily, e Neal Cassidy.

Aparentemente o idiota responsável por destruir a vida de Swan (não somente amorosa) não se deu por satisfeito e precisou ir além. Considerando a data da compra, os dois amigos não só estavam brigados, como ela e Neal estavam planejando o maldito casamento.

Enquanto Cassidy a via sofrer e chorar pelo distanciamento com Humbert, ele continuava mantendo contato com o homem e sequer se deu ao trabalho de tentar reverter a situação entre a noiva e o melhor amigo. E, ainda mais, mesmo após a morte de Graham, Neal ainda sustentava uma falsa imagem de saudade que parecia não ter outro objetivo além do desejo de alimentar o luto de Emma.

Após um tempo de silêncio, o choro da loira cessou, mas o rosto inchado denunciava os longos minutos que desmoronou no colo de Killian. E ele continuava lá, abraçando-a como se estivesse a protegendo, dizendo-a sem palavras de que estava ao seu lado e que não sairia.

E ela acreditava nisso.

Neal pode ter destruído toda sua confiança nas pessoas e, especialmente, nos relacionamentos amorosos, mas Jones provava o contrário todos os dias. Não que a loira tivesse esperanças de ter algo real com o xerife ou que soubesse os limites do real e do teatro naquela situação, mas ela sabia que, pelo menos, sairia com uma grande amizade dessa aventura. Talvez uma tão pura quanto a que ela tinha com Graham - e, pela primeira vez, ela não se preocupava com rótulos de substituições, pois ela sabia que as pessoas eram diferentes.

E ela amava Jones e Humbert em suas individualidades igualmente.

— Quer ir para casa? - ele questionou assim que a ouviu suspirar.

— Hotel, Killian. - Emma o corrigiu com um sorriso fraco nos rosto. Todas as vezes que ele dizia “casa” se referia à dele e, por alguma razão, passou a contar sempre com a presença dela lá. - Acho que preciso ficar sozinha por um momento.

— Tudo bem, mas hm… Pode me acompanhar em um lugar antes? - o homem questionou cauteloso.

— Onde?

— Aqui do lado no rio, se quiser podemos deixar Lily dormindo mesmo, não vamos demorar mais de dez minutos. Eu prometo. - ele garantiu.

— Certo, vamos lá.

Ela suspirou, tentando renovar-se ao menos até Killian deixá-la no hotel da Vovó e, enfim, poder voltar a chorar copiosamente.

Antes de sair, porém, a loira verificou a situação da mascote no carrinho. Com o cobertor ajustado e a certificação de que não havia necessidade de trocar a fralda, Swan segurou na mão de Jones e a deixou ser guiada para fora da cabana.

Ele fez questão, entretanto, de trancar o imóvel para não terem maiores problemas com a pequena Humbert - não que fosse necessário, ele a tranquilizava, aquilo era apenas precaução.

Em pouco tempo, os dois estavam diante de um enorme paredão rochoso que os contemplava com uma linda cachoeira despejando água em uma lagoa. Não que o barulho não tivesse dado-a uma ideia prévia do que iria ver, mas ao deparar-se com a paisagem, não pode deixar de ficar encantada.

O terreno em que estavam parecia ser “a metade do caminho”, já que não estavam nem no topo do paredão ou na beira da lagoa, que ficava há alguns metros para baixo de onde o casal observava.

— Isso era de Graham também?

— Ham? Claro que não, Swan. - ele respondeu rindo e sentando-se na borda de um pequeno deque feito de madeira por cima da água tranquila da lagoa e logo de frente para a queda d’água. - Isso é uma reserva florestal, só a cabana é dele. Venha, sente-se aqui, por favor.

— Killian, eu vou cair lá embaixo!

— Oh, claro, porque você realmente está igual uma baleia e assim que pisar aqui tudo vai desmoronar. - Jones replicou divertindo, revirando os olhos impaciente. - Ande logo, Lily está nos esperando!

— Tá bom… - ela retrucou, sentando-se ao lado do homem, mas claramente aterrorizada com a altura. - O que estamos fazendo aqui?

— Eu não vou te matar, Emma. - Killian brincou e se orgulhou por vê-la sorrindo verdadeiramente pela primeira vez desde a “bomba Tassidy”. - Lembra quando eu te disse que Graham me ajudou com a morte de Milah?

— Sim.

— Ele me trouxe aqui um dia... Me diga, Emma, o que você está vendo?

— Na paisagem? - Swan questionou e o moreno assentiu em resposta. - Ali em cima do paredão, provavelmente, tem algum rio que faz a água cair e formar a cachoeira. E lá embaixo uma lagoa, ou um riacho… Não sei definir.

— Excelente, Emma. - Jones disse, fazendo-a revirar os olhos. - O importante você pegou. O que quero te mostrar é que existem dois rios ligados por uma queda d’água. Graham me ensinou a pensar nessas águas como uma metáfora. Cada gota dessa cachoeira é uma lembrança ou um momento passado que desce para lagoa, que é a nossa mente. Lá em cima, é onde o seu futuro está--

— Onde novas memórias estão se formando, certo? - Swan completou com um sorriso fraco nos lábios.

— Exatamente. E Neal está lá embaixo. É como se ele fosse uma gota insistente que já evaporou e formou uma nuvem, mas ao invés de seguir seu caminho e “chover” em outro lugar, ele ficou por aqui, invadiu sua criação de memórias lá em cima só para virar memória de novo. - Jones continuou a explicar, apontando para a paisagem e alternando o olhar para encará-la. - Acontece que ele não é apenas uma gota, muitas outras que estão ali em baixo e na nuvem tem ligação com ele.

— E como eu faço para ele ir embora?

— Você construiu barreiras ao redor do seu coração, Emma. Colocou uma cúpula nesse lugar e que impede não somente que essa nuvem vá embora, mas que outras cheguem. E isso não é culpa sua, ele mesmo a convenceu de que isso é o melhor a ser feito. A tempestade que ele trouxe foi horrível o suficiente, mas você não sabe se conseguiria superar outra, não é?

Ela assentiu um pouco espantada com a forma que ele sabia exatamente como ela se sentia.

— Destrua esse seu bloqueio, deixe entrar o vento e novas nuvens. Deixe chover novamente e enriquecer sua cachoeira, ao contrário, ou ela secará--

— Ou a água será sempre a mesma.

— Isso. Sei que é reconfortante ver uma tempestade, como a de Neal, e saber lidar com ela, mas você mesma acabou de ver quem nem os habituais problemas são tão previsíveis. Sofrer com uma tempestade totalmente nova pode ser menos doloroso e produtivo do que com a alteração repentina de algo já conhecido.

— Mas o que isso tem relação com o que acabou de acontecer?

— Eu vi o pânico nos seus olhos, Emma. Não deixa ele te dominar de novo, não deixa o Neal te derrotar mais uma vez. Você ouviu Graham e eu confirmo, você é muito melhor que qualquer coisa que aquele cara diga ou pense. Ele te traiu? Sim, e nós vamos montar esse quebra-cabeças para encontrar as respostas, mas não deixe que isso seja um motivo para te enfraquecer. Você não está mais sozinha nisso e nem eu ou seus novos amigos vamos deixar que ele lhe faça algo ruim de novo. Eu prometo. Mas nos deixe entrar, nos deixe fazer parte da sua cachoeira, por favor.

O olhar de Jones suplicava pela permissão para ajudá-la e, desde que se afastou de Graham, Emma nunca se sentiu tão amada e acolhida como naquele momento. O agradecimento e resposta dela veio com outro beijo, mais calmo e suave. Entretanto, nada muito demorado, pois ela não queria nenhuma sessão de carícias, queria apenas agradecê-lo.

E, por alguma razão, daquela maneira.

[...]

— Como foi na cabana? - Ruby perguntou, pegando o chaveiro das mãos de Emma.

Para a alegria de Swan, a garçonete fez uma pausa no trabalho para sentar-se junto com ela em uma das mesas. Aproveitando que Lily estava com Killian na casa dos Nolan, a loira resolveu para devolver as chaves para amiga e, finalmente, ter algum tempo sozinha.

— Ah, uma montanha russa de sentimentos e descobertas, mas até que foi bom. E você não me contou nada sobre a cabana e nem que continuava a ir lá…

— Como você sabe que-- Ah, esquece! Está na cara não é? - a morena questionou, mas não esperou pela resposta, já que era óbvia. - E, sendo sincera, da última vez eu não disse nada sobre Graham… Sinto muito.

— É, tem isso… - Emma replicou com um suspiro, mas logo fez um gesto de dispensa com uma das mãos e prosseguiu. - Deixa isso para lá, tudo bem? Todos nós temos um segredo, estou aprendendo muito disso recentemente…

E com a última adição feita num tom mais baixo, Emma tomou um gole do chocolate quente com canela que estava em sua frente. Ah, Vovó iria para o céu somente por essa maravilha!

— Eu sei, só não sinto que foi correto. - a mulher comentou. - Aliás, por falar em segredos, pode ir me falando sobre você e Killian!

E Emma congelou.

— C-como assim?

— Ora, Emma, eu quero saber tudo sobre vocês dois! Não venha me dizer que não é nada porque eu tenho olhos, querida. - Ruby disparou. - E nem pense em guardar tudo para você, eu quero detalhes, sem segredo nenhum. Fale logo!

Oh…

— Ah, esse tipo de segredo… - a loira comentou com uma breve risada. - Hm, não tem muito o que falar e eu não sei fazer isso. Killian vai ficar com Lily hoje para me deixar pensar em algumas coisas e relaxar um pouco.

— Não é esse tipo de informação que eu quero!

— Eu disse que não sabia fazer isso! Mas antes que você surte, vamos fazer assim: você pergunta e eu respondo, pode ser?

— Você não tinha muitas amigas em Nova York, não é?

Embora a pergunta tivesse uma origem e significado tão triste e pessoal, Emma não pode deixar de notar o olhar genuinamente preocupado da mulher. E, mais que isso, a compreensão.

— Não…

— Eu sei como é… Por mais que eu tenha Belle, Snow e Regina, tenho que encarar o fato de que todas elas são casadas agora. - ela comentou, tomando uma das mãos de Swan e acariciando por um breve momento. Mas ela era Ruby Lucas, nenhum momento triste era duradouro… - Agora, vejamos, a minha primeira pergunta…

— Oh, lá vem… - Emma replicou, já arrependida de sua proposta.

— Qual dos dois teve iniciativa do primeiro beijo?

— Hm, foi o Killian. Quer dizer, tecnicamente nós dois…

— Onde foi e quando? Ai meu Deus, isso é tão emocionante! - ela disse entusiasmada.

— Céus, Ruby! Você parece uma criança. - Swan replicou rindo. - Foi no hospital quando Lily teve febre.

— Então quer dizer que aquele dia que saímos juntas e nós vimos vocês na rua, não era nada do que pensamos?

— Claro que não! Eu disse que não tinha nada com Jones.

— Pode me chamar de criança o quanto quiser de novo, mas isso é tão maravilhoso! - e foi a vez da própria Ruby rir de suas atitudes. - Quero dizer, as meninas matam minha curiosidade sobre Robin, David e, por Deus, até mesmo Robert! Mas eu nunca tive ninguém para falar sobre o Killian e, bom… é o Killian. Com todo respeito, Emma, mas que homem!

E lá estava Emma Swan gargalhando no meio do Granny’s.

— Espera… Mas e Milah? - ela quis saber.

— Oh, hm… Ela não era uma de nós, entende? - a morena questionou, mas a loira logo negou com a cabeça. - Milah não era muito sociável… Como você deve imaginar, todos nós estudamos juntos e ela sempre teve a turminha dela, nunca quis conversar muito com a gente. Killian nem sempre foi esse pedaço de mal caminho todo, mas o charme estava lá e--

— Ela se interessou. - Emma completou.

— Exato, mas quem não iria? - a outra brincou, mas resolveu continuar ao notar o cenho da amiga franzir. Ahá! Ciúmes! - Acontece que Jones sempre foi muito educado com todo mundo e, às vezes, algumas meninas confundiam isso com flerte. Milah foi exceção disso, e nós ficamos felizes por ele, mas ela nunca quis muita proximidade.

— E ela era uma pessoa ruim? Digo, sempre que vocês falam dela é como se ela não fosse uma boa influência ou… Sei lá.

— Não sei te dar uma resposta fixa e justa para isso. - Ruby replicou com sinceridade. - A questão é que, independente do caráter dela, o que importava para a gente era Killian. Ele mudou um pouco quando começou a namorar com Milah, se afastou do grupo, deixou de sair com os meninos… Eu só não achava, não sei, saudável, sabe?

— Acho que sim. - a loira retrucou com um sorriso fraco nos lábios.

— O que está pensando, hein? Quando você fica calada e dando respostas simples assim eu já sei que tá acontecendo alguma coisa.

— Como-- Esquece… - Swan riu, desistindo de entender a percepção da amiga. Ela já deveria ter se acostumado, não era mais uma novata em Storybrooke, tinha feito amizades e construído laços ali, é claro que eles saberiam como ela se sentia. - É só… Eu estou fazendo a mesma coisa com Killian? Estou sendo uma nova Milah?

— Bate na sua boca antes que eu mesma faça isso, Emma! - Ruby disse exaltada. - Eu nunca vi aquele homem tão feliz e sorridente na vida! Na verdade, estava comentando isso hoje com a minha avó… Até ela percebeu o tanto que Jones está mais leve, sabe? Gostaria de dizer que é tudo graças a você, mas acho que a pequena Lily tem muito peso nisso.

— Oh, tem sim! Ele ama Lily mais que tudo nessa vida, dá para ver nos olhos dele o tanto que se afeiçoou por ela. - o comentário de Swan veio de maneira rápida, pois não havia o que duvidar de tal afirmação, era a verdade “nua e crua” como dizem. - Você precisava de vê-lo hoje conversando e cuidando dela, ele até cantou! Eu acho que a qualquer momento Killian vai derreter com a fofura dela.

— Ela é linda mesmo, me lembra muito Graham… - a mulher falou nostálgica.

— Oh, Ruby, me desculpa! Eu não quis--

— Não, Emma! Pare de pedir desculpas pelas coisas que você não é responsável. - a morena começou. - Graham e eu terminamos nosso relacionamento e ele escolheu seguir em frente com Amber. Eu já o perdoei por isso, até porque sei que ele ainda me amava, e espero que não me ache prepotente por isso, mas eu via isso nos olhos dele. De qualquer maneira, Lily foi fruto desse outro relacionamento dele e, surpreendentemente, isso não me machuca.

— Não?!

Ela chacoalhou a cabeça.

— Eu também fiquei surpresa. Quer dizer, meu coração apertou um pouquinho por saber que esse poderia ter sido o meu futuro, mas não durou muito. - ela tentou explicar.

— Você ainda sente falta dele? Quero dizer, com a mesma intensidade que antes…

— Às vezes sim. - replicou com um pequeno sorriso nos lábios. - Mas eu acho que é normal, não é?

— Acho que sim…

— Eu estou feliz que Lily terá você e Killian como pais. E tenho certeza que Graham não pensaria em pessoas melhores para tomar conta da filha dele.

E foi naquele momento que Emma sentiu suas bochechas queimarem e algumas lágrimas começarem a se formar em seus olhos. Mas ela se recusaria a chorar no meio do Granny’s!

— Obrigada, Ruby! - a loira replicou com um largo sorriso e logo tratou de continuar e tentar mudar um pouco o assunto, antes que ela se rendesse ao choro de vez. - Hm, já que você pediu todos os detalhes… Hoje Killian cismou, de novo, de que Lily tinha que aprender a nos chamar de “papai” e “mamãe”.

— Eu ainda me impressiono com o quão babão Jones ficou depois que vocês duas chegaram em Storybrooke. - a morena comentou rindo. - E ele está certo, Emma. Os boatos correm por aqui, se vocês vão mesmo entrar em uma disputa judicial por ela, é melhor que Lily aprenda logo quem são os verdadeiros pais adotivos dela.

— Mas e se nós não ganharmos?

— Ela vai olhar para a cara daquele velho sapão e se recusar a chamar de “papai”. - Ruby respondeu. - E eu quero mais é que ele queime no fogo do inferno! Ele fez o próprio filho negar a existência dos pais e agir como órfão todo o tempo que ficou com a gente. E, depois disso, ele ainda quer estragar a vida da neta? Me poupa.

— Ugh, eu só queria que o juiz soubesse disso também…

— Eu odeio ter que falar isso, mas Belle estava certa. Por Deus, Emma! Pare de ser tão pessimista! Você veio para Storybrooke querendo respostas do Graham, certo? Acontece que seus planos mudaram e Lily é prioridade. Você conseguiu enlaçar um dos homens mais cobiçados dessa cidade inteira e que, aparentemente, é capaz de lamber o chão que você e a garota forem passar. Ele vai até adotar a criança com você! Tem como, por um momento, você olhar para o seu cenário atual e pensar alguma coisa feliz?

— Esse é o problema, Ruby! Eu estou feliz.

— O que há de errado com isso?

Talvez por que as chances de tudo dar errado são grandes? Ou por que começou a confundir o teatro com a realidade? Ou talvez por ter se dado conta de que foi uma péssima atriz e que em tempo recorde conseguiu nutrir sentimentos fortes por alguém que não a corresponderia jamais? Deus, a lista era imensa!

Emma então encarou o copo quase cheio em suas mãos, o líquido há muito abandonado já estava esfriando e o nó que se formou na garganta da loira recusaria qualquer tentativa de ingestão. Não que ela sentisse vontade de provar novamente da bebida, queria apenas uma distração para aquela pergunta…

Alguma desculpa para adiar a resposta, pelo menos.

— Tudo o que já me fez feliz nessa vida eu perdi. Eu não suportaria perder Killian… E eu não consigo sequer pensar na hipótese de perder Lily.

— E, enquanto você pensa nisso, o tempo está passando. Enquanto esses seus pensamentos ruins te dominam, você perde os momentos que você poderia passar com eles. - Ruby falou, oferecendo-a um sorriso encorajador. - Eu sei que você sofreu, todos nós sofremos, mas você não pode deixar que seu passado prejudique o seu futuro. Derrube essas barreiras insistentes, Emma!

E ela queria se dar um soco, já era a segunda vez naquele mesmo dia que a falavam para “seguir em frente” e “derrubar barreiras”.

Será que eu sou tão teimosa e fechada assim?

— E quem disse que eu tenho algum futuro com Jones?

Ruby bufou, claramente irritada com a teimosia da loira.

— Emma Swan… - ela começou, retirando a caneca das mãos da amiga e a encarando de maneira firme. - Você vai sair dessa lanchonete agora, vai até a casa dos Nolan e chamar o Killian para ir embora. Não me interessa para onde. Você vai colocar Lily naquele maldito carrinho que você comprou para ela e vai agarrar seu namorado e só soltar de madrugada quando a garota estiver chorando de fome, estamos entendidas?

— Ruby, eu tenho coisas para fazer e--

— E você não vai sair daquele quarto sem ter uma boa e picante história para me contar amanhã. - a morena continuou, ignorando Emma.

— Mas eu--

— Mas você vai gastar essa sua saliva com o seu namorado a noite inteira numa maldita duma cama e me dar informações preciosas sobre a vida amorosa de Killian Jones. Estamos entendidas? - a morena questionou novamente, mas Swan apenas a encarava horrorizada com as “ordens” da mulher. Impaciente, ela gritou o complemento. - Sai logo daqui, Emma!

A loira levantou-se apressadamente e pegou sua bolsa, saindo do estabelecimento com medo de olhar para trás e ver uma Ruby maníaca berrando novas instruções para sua “noite de amor”.

— Espera! - ela chamou a amiga antes que saísse definitivamente do Granny’s.

— O que é agora?

— Minha segunda pergunta, o Killian beija bem?

— Ah, vá para o inferno você, Ruby! - Swan respondeu impaciente, batendo a porta atrás de si sem responder a amiga.

Mas, involuntariamente, passou a língua pelo lábio inferior, relembrando todos os beijos que já trocou com o xerife, especialmente os da cabana...

Sim, ele beija muito bem, Ruby.


Notas Finais


E então o que acharam? Eu espero que tenham gostado! E ah, acho que de agora pra frente fica mais fácil postar capítulos porque eu ganhei um computador e não vou precisar ficar esperando o do meu pai...

E ah, MUITO OBRIGADA por todas as visualizações e comentários, vocês alegram meu dia!!!

Enfim, vejo vocês no próximo? <3


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