História Fights for a destination - New boss, bitches!

Havia se passado um dia desde o enterro, a dor que sentia pela morte de meu pai se tornou ódio, e a vontade de saber o que aconteceu só crescia em mim. A ideia que o jatinho simplesmente caiu me intrigava, sei que poderia acontecer, mas meu pai tem uma das melhores equipes de aviação a seu favor e falaram que faltava cabos nos motores. Eu sabia que alguém tinha sabotado, só precisava da confirmação do perita individual do meu pai. E só conseguia pensar em um nome, Bieber. 
Depois de ler aquele testamento dizendo que agora eu sou dona da gangue me sentia mais forte, vou continuar o que meu pai começou. Ele era o melhor e, mesmo que não esteja aqui, sei que está me acompanhando de longe e quero que tenha orgulho de mim. Senti uma força crescer por dentro.
Antes de tudo preciso ter alguém que realmente confio do meu lado e, Sophie é a única que sabia do rumo que meu pai seguia, mesmo com um pé atrás de lhe envolver nesse mundo, eu preciso dela do meu lado. Pego o celular e disco seu número, o primeiro toque mal faz barulho e escuto sua voz:
_O que aconteceu? Está tudo bem? -Ela disse preocupada.
Eu rio de seu desespero.
_Estou bem, calma. Será que pode vim aqui em casa, preciso conversar com você. -Respondi.
_Me dê dois minutos. -Não deu tempo de responder, já que ela desligou antes.
Troquei de roupa pois estava de pijama praticamente desde ontem, colocando uma calça jeans de cintura alta, um cropped vermelho de manga curta e um salto preto. Fiz uma maquiagem leve, passando apenas um gloss dando brilho aos meus lábios.
Desci para a sala e pedi que Tia Márcia fizesse um chocolate quente para que eu tomasse enquanto esperava.
Passado um tempo, vi pela janela os portões sendo abertos e o carro rosa entrando. Sophie estava com um short branco, blusa colada preta e um tênis também preto. Entrou com um sorriso e me deu um abraço que, sem dúvida, era o melhor que tinha recebido em meses.
_O que aconteceu? -Perguntou.
Sem enrolação, falei:
_Você sabe a vida que meu pai levava. Ontem o advogado dele veio aqui e me entregou seu testamento, meu pai deixou sua gangue na minha mão.
Ela ficou olhando pro chão, não falando nada.
_Deus existe, deixei Sophie Hitten sem palavras. -Zombei tentando aliviar o clima.
_E você vai aceitar? -Ela perguntou finalmente olhando para mim.
_Claro, em qualquer lugar que meu pai esteja eu sei que ele está me vendo, quero lhe deixar orgulhoso. E quero que você seja meu braço direito, por favor, preciso de alguém de confiança do meu lado. Queria que tivesse outra pessoa, mas tem que ser alguém que confio, e a única que conheço é você. -Falei olhando para ela com medo de sua reação.
_Claro que vou te ajudar, acha mesmo que iria te deixar pegar o cargo de chefona sozinha. -Ela disse pulando em mim e rindo.
Eu não queria assumir, mas me deixou surpresa com sua reação. Eu amo mais que tudo essa menina.
_Meu Deus, eu te amo. -Eu falei rindo.
_Qual nosso primeiro passo chefe? -Sophie falou como se fosse uma militar em treinamento. 
Ri da sua postura e falei:
_Primeiro precisamos juntas todos e dar a notícia, não sei como irão reagir, espero que bem. E depois iremos para a boate, já que cuidava dela antes mesmo, preciso ver como estão as coisas lá.
Por incrível que pareça, eu estava feliz por ter a gangue em minhas mãos, fechei os olhos e falei com meu pai em um sussurro, como se o mesmo pudesse me escutar.
_Eu vou vingar o que fizeram com você papai, eu te prometo. Nem que eu morra com isso.

Depois da minha conversa com Sophie saímos para comer e avisei para Kevin reunir todos da gangue e os seguranças para quando eu voltasse. 
Quando voltei vi que todos estavam lá, dava para ver que estavam abalados. Subi para o alto da escada para que todos conseguissem me ver, e falei:
_Sei o quanto está sendo triste para todos mas não podemos ficar assim para sempre. Sei o que meu iria querer, e nos iremos nos vingar. Seu advogado veio aqui e me deu o testamento que deixou para mim, dizia que deixou a gangue para mim, então, a partir de hoje eu assumo o posto do meu pai. Espero que me aceitem de braços abertos, quem não aceitar, peço que saia. -Não podia demonstrar fraqueza, sei que meu pai estava orgulhoso de mim, aonde quer que ele esteja.
Todos ficaram olhando em volta para ver se alguém se movia, ninguém se mexer.
_Obrigada por me aceitarem, isso realmente me deixa feliz. Já cuidava da boate de meu pai e sei que agora minhas responsabilidades aumentam, mas estou disposta. Quero anunciar também que Sophie -disse apontando para ela. -a partir de hoje irá assumir o meu posto quando eu não estiver aqui, ela será meu braço direito e o Kevin meu braço esquerdo. Todas as ordens que eles derem, obedeçam.Estão dispensados. -falei com a voz mais forte que consegui. 
E antes que eu me desse conta eles estavam me aplaudindo. Meu olhos ficaram embaçados, e eu apenas dei um sorriso, vendo todos circulando.
Tudo estava indo bem, até que Kevin me disse que o perita estava me esperando na sala.