Cansada de implorar a Tauriel que me deixasse trocar de roupa resolvi me concentrar nos detalhes dos enorme palácio. Tudo era incrivelmente magestoso e imponente que é impossível imaginar alguém não se impressionar.
Quando começamos a caminhar em um corredor aberto congelei com a visao de um enorme jardim com flores de todas as cores e de todos os tipos, era exatamente o tipo de coisa que em nada lembrava os perigos que se encontram do outro lado dos portões.
- É lindo não é - a voz da chefe da guarda me fez dispertar.
- Sim - suspirei e encontrei os olhos azuis de Legolas me fitando - É lindo - percebi que isso o fez corar.
Como estávamos sendo esperados para um importante audiência tivemos que nos apressar. O silêncio contrangedor que se instalou já estava começando a me deixar inquieta.
- Tauriel por favor não me obrigue a usar esse vestido ridículo - pedi e a vi revirando os olhos cansada de todo meu drama.
- Lyra se você não parar de reclamar eu vou cortar a sua língua - o príncipe se manifestou mas seus olhos mostravam divertimento.
- Faça isso, quero ver se seu pai vai querer um herdeiro careca - sorri divertida ao vê-lo suspirar.
- Chega vocês dois - Tauriel disse assim que chegamos em frente aos portões que me levaria a presença so rei.
Um sentimento de nervosismo se apoderou e senti minhas mãos ficarem molhadas. Minhas pernas começaram a formigar e instintivamente acabei recuando um passo quando Legolas fez a menção de abrir passagem.
A chefe da guarda e o príncipe me encaravam preocupados enquanto eu continuava escorada em uma parede tentando normalizar minha respiração.
Quando se passa mais de cinquenta anos vivendo em florestas e isolada da sociedade acabamos nos esquecendo de como as pessoas podem ser cruéis e eu já conheci o pior lado das pessoas.
- Não posso fazer isso - minha voz saiu entrecortada pelo nervosimos.
- Porquê? - Tauriel perguntou me olhando com ternura e preocupação.
- Eu não quero machucar ninguém - senti minha pele começando a esquentar absurdamente em sinal claro de perigo.
- Vai ficar tudo bem - Legolas se aproximou e me envolveu em um abraço apertado.
Fiquei em choque, pelo que me lembro a última vez que alguém me abraçou foi quando minha mãe ainda estava viva e isso já faz muito tempo.
Depois de alguns segundos passei a retribuir. Passei meus braços por seus ombros o puxando para mais perto e sorri quando senti um de seus braços envolvendo minha cintura nos aproximando ainda mais.
- Desculpe interromper os pombinhos mas temos que ir - ao ouvir isso senti meu rosto esquentar.
Nos separamos ambos envergonhados. Encarei Tauriel que parecia se divertir com a cena constrangedora e murmurei um eu te odeio que acabou a fazendo rir ainda mais.
- Eu vou estar do seu lado o tempo todo - Legolas sussurrou baixinho em meu ouvido e um estranho arrepio me atingiu em cheio ao sentir seu hálito quente bater em meu rosto.
Acenei em concordância e assim os portoes foram abertos me dando a visão de um enorme e magestoso salão. Enormes pilares esculpidos a mão evidenciavam o quão rico era o povo desse reino.
O piso branco de mármore refletia nossas aparências assim como o espelho mais limpo dessas terras e por um momento agradeci por estar usando aquele maldito vestido.
Mais a frente se encontrava a figura intimidadora do rei em seu esplêndido trono, com apenas um olhar era possivel sentir sua áurea forte, corajosa e acima de tudo com marcas profundas de dor e culpa.
Ao seu lado estava Galdalf o branco, segurando seu poderoso cajado. Ao contrário de Thranduil, ele permanecia calmo embora continuasse com um enorme sorriso no rosto.
Mas o que mais me chamou atenção foi a elfa que literalmente parecia brilhar. Nem mesmo se todas as estrelas do ceu resolvessem se juntar jamais brilhariam como ela.
" Agradeço a gentileza criança " - uma voz feminina soou em minha mente e a sem perceber me aproximei de Legolas apertando seu braço em busca de apoio.
- O que foi? - perguntou confuso mas sorrindo com a aproximação repentina da moça.
- A elfa brilhante falou na minha mente - sussurei ainda assustada mas tudo que recebi foi sua risada alta chamando atenção de todos - Seu idiota eu deveria te usar como comida de orcs - disse irritada por ser motivo de piada.
- Gostaria de ver você tentar - senti quando a raiva começou a me dominar mas antes que avançasse em sua direção Tauriel segurou minha mão transmitindo calma e seus olhos imploravam que eu não fizesse nada estúpido.
- Ainda acabo com você elfo idiota - disse para logo após me virar e seguir andando em direção ao rei.
- Majestade - ambos disseram juntos fazendo uma reverência em sinal de respeito enquanto eu apenas fiquei olhando tentando conter o riso mas Tauriel me deu uma cotovelada me obrigada a imitar o gesto.
- Soube que me filho a trouxe para os dominios de meu reino. O que tem a dizer? - confesso que fiquei um pouco intimidada ao ouvir a voz grossa e a feição séria do rei.
- Seu filho não me trouxe ele praticamente me sequestrou - digo o encarando atônita diante desse enorme absurdo.
- Você caiu nos meus braços. O que esperava que eu fizesse? - Legolas se defendeu e embora aquilo fosse verdade ninguém precisava saber disso.
- Você só teve sorte - resmunguei o encarando furiosa.
- Talvez você não seja forte o bastante - o maldito sorriu quando me viu abrir a boca em choque pela ousadia.
Resolvi ignorar esse comentário desnecessário já que estava diante do rei. Mas quando me virei percebi que todos sorriam diante de nossa discussão tola e infantil e acabei corando.
- Meu filho ficou impressionado com suas habilidades e agilidade - novamente o rei assumiu assumiu sua máscara se frieza enquanto me encarava de cima a baixo como se aquilo fosse um absurdo.
- Com todo respeito majestade mas seu filho se impressiona muito fácil - digo sorrindo ao ver Tauriel que até então estava quieta arregalar os olhos ao ouvir tais palavras.
- O que quer dizer? - Gandalf pela primeira vez se pronunciou.
- Que não há nada de impressionante quando apenas se pula de uma árvore - todos franziram o cenho diante disso.
- Aquela árvore tinha mais de 50 metros de altura - novamente o príncipe se defendeu.
- Vai me dizer que você nunca fez isso ? - perguntei o encarando como se ele fosse louco.
- Nenhum elfo faz isso - respondeu como se fosse uma coisa óbvia e que todos deveriam saber.
- Talvez você não seja forte o bastante - usei suas mesmas palavras e ouvi quando ele trincou seu maxilar enquanto me olhava furioso.
- CHEGA VOCÊS DOIS - Thranduil aumentou a voz fazendo com que todos se assustassem - OU FICAM QUIETOS OU MANDO TRANCA-LOS NA PRISÃO - somente a idéia de ficar presa me assustou e acenei concordando assim como o jovem príncipe.
- Você sabe quem são seus pais criança? - Galandriel perguntou me fitando com expectativa.
- Sou filha da rainha Luna - respondi amarga ao lembrar de como nosso reino foi destruído.
- E seu pai? - Galdalf agora demonstrava interesse.
- A única coisa que sei é que ele se chamava Smug mas deve ser algum elfo bêbado e perdido por ai - respondi com a voz embargada.
- Espera - o príncipe me olhava confuso - Você é uma princesa? - tive que me controlar para não xinga-lo já que não queria ser presa.
- Sim - respondi se má vontade.
- Temos muito o que conversar filha do fogo - Thranduil disse me olhando de forma curiosa e fascinada.
Pelo jeito essa seria uma longa conversa e espero que Eru não me faça arrepender de ter pisado naquela maldita flpresta negra.
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