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História Find Your Purpose - 3 condition... friends don't kiss


Escrita por: AllyDawsun

Notas do Autor


Eu só quero agradecer pelos comentários do capítulo passado, vocês são incríveis e eu amo vocês pra caramba! ♥ eu li todos, mas não respondi porque não deu tempo mesmo, mas eu vou responder assim que der!
Obrigada natashaemilly por favoritar a fanfic! <3
Tradução do título: " 3º condição... amigos não se beijam." Bem sugestivo, não?
Auslly se revelando, só digo isso (:
BOA LEITURA!

Capítulo 10 - 3 condition... friends don't kiss


Pov's Ally

 

Durante todo o trajeto, Austin não me perguntou absolutamente nada, nós não trocamos uma palavra sequer. Talvez ele estivesse respeitando meu espaço, eu preferia acreditar que sim.
Soltei um suspiro, meio irritado/triste, sem querer. Isso é uma droga. Sabe a vida? Então, é uma droga. E sobre a minha vida? Uma droga ainda pior, com certeza. Eu deveria estar deplorável, imagino. E tenho quase certeza que o loiro está com pena de mim, o que me deixou mais triste, eu acho? Mas qual é, eu também teria pena de mim se estivesse em seu lugar.

— Você quer sei lá, desabafar? - Questionou, quebrando o silêncio que reinava entre nós.
Sinceramente, eu não sabia se queria falar. Apesar de tudo, ele ainda é um estranho. Mas também não aguentava mais sofrer calada.
— Problemas familiares. - Disse apenas e dei de ombros, como se não fosse nada demais. Mas era, e muito.
— Típico.
— Pior que sim.
— E você quer falar a história?
— Você não vai querer me conhecer. Sou um pouco triste.
— Ninguém é 100% feliz, mechas azuis.
— Mas e se alguém for 100% infeliz?
— Isso não é tecnicamente possível.
— E por que não? - Indaguei.
— Porque lá no fundo, bem lá no fundo dos seus mais profundos sentimentos, existe algo diferente, mesmo que mínimo. É felicidade. - Em todo momento, Austin olhava para frente, mas ao completar essa frase, o mesmo olhou para o céu, e sorriu. Um sorriso triste, melancólico. Ele não estava mais com sua pose destemida, parecia frágil. E nesse momento, tudo o que eu mais queria era abraçá-lo.
— Talvez algum dia eu te conte. - Pisquei o olho direito. Mudei de assunto porque o clima estava começando a ficar tenso, e isso era a última coisa que eu precisa, mas eu estava definitivamente louca quando disse isso. Contar para ele? Até para Trish e Cassidy eu tenho dificuldade de falar sobre essas questões.
— Tudo bem. - Ele disse e abriu uma porta, só então percebi que tínhamos chegado ao tal lugar.
— Espera! - Disse parando nós dois antes de entrarmos no pequeno bar á nossa frente.
— O que? - Perguntou, claramente impaciente.
— O que somos? - Perguntei à ele, confusa.
— Não sei, amigos? - Disse, coçando a nuca, me encarando.
— É, acho que pode ser.
— Ótimo. - Disse voltando a andar em direção a entrada.
— Mas... - Ele me olhou entediado.
— Condições, loirinho. - Disse o alcançando, bagunçando seu cabelo.
— Sério, Dawson? - Assenti.
— Tá, que seja.
— 1º Não me chame mais de Dawson. Aliás, achei que tínhamos terminado esse assunto. - Dessa vez eu o olhei entediada.
— Contando que você pare de me chamar de idiota. - Concordou.
— Combinado. 2º Eu não sou uma garota mimada ou patricinha, então, se é pra isso aqui funcionar, mude sua opinião sobre mim.
— Achei que você teria que mudar minha opinião sobre isso, mechas azuis. - Disse sorrindo.
— Eu irei. Mas já basta todo o campus com essa opinião de mim.
— Mais alguma coisa?
— 3º... não... é, acho que é só isso mesmo. - Disse, meio atrapalhada.
— Finalmente. - Disse, aliviado e pegou meu braço, o puxando junto à ele, e assim, entramos.

O lugar era confortável e aconchegante, apesar de pequeno. Mesas no centro, alguns sofás e puffs pretos um uma parede, uma enorme janela na parede esquerda do estabelecimento, que ia do teto até o chão, dando uma ótima vista da cidade; mais à frente tinha um mini palco para competições musicais e é claro, o bar. O real motivo de estarmos aqui.
Só vejo uma cabeleira loira passar na minha frente, indo em direção ao barman, o segui.

— Me vê a bebida mais forte que você tiver. - Austin disse, sentando-se no banco, perto da mesa.
— E você, senhorita? - Disse dando uma piscada para mim. Apenas ignorei.
— O mesmo que ele. - Disse ríspida, me sentando.

 

(...)


Com nossas bebidas em mãos, um líquido num tom azulado, demos o primeiro gole, sentindo descer queimando. Wow. Aquilo era realmente forte! Fechei os olhos algumas vezes, piscando freneticamente.
Minha cara não devia estar das melhores, pois ele estava rindo.

— Nunca bebeu, não? - Disse na lata, enquanto dava mais uma golada. Como ele aguentava isso?
— Claro que sim, ridículo. Mas isso aqui está horrível! - Exclamei, colocando o copo de volta na mesa.
— Está uma maravilha, você que não aguenta. - Disse sarcástico.
— Óbvio que aguento.
— Prove. - Disse, me testando.

Sem pensar duas vezes, peguei o copo novamente e fechei os olhos. Aquilo não seria a coisa mais agradável do mundo, mas seu olhar duvidoso me motivou. Bebi todo o líquilo que se encontrava no copo - sentindo uma ardência sem igual antes - em poucos segundos. Abri os olhos e vi seu copo em sua mão, a bebida estava na metade. O peguei e fiz o mesmo processo, dessa vez mais rápido. No instante em que terminei, abri meus olhos.

— Você sabe que não vai demorar e estará bêbada e amanhã quando acordar, terá uma puta ressaca, certo? - Apenas dei de ombros.
— Não é como se isso nunca tivesse acontecido antes. - Disse como se não fosse nada, a coisa mais natural do mundo. Não era, mas ele não precisava saber desse detalhe.

Continuei bebendo um pouco, parece que quanto mais você experimenta, se torna menos pior, porque agradável aquilo estava longe de ser.

— Sabe qual o erro? - Austin me perguntou, enquanto levava o copo em direção à sua boca, o virando completamente. Ele já estava em seu quarto copo. Quer dizer, agora seria o quinto.
— Não, qual? - Questionei, confusa.
— Não se bebe como se estivesse ingerindo algo cotidiano do dia-a-dia, mechas azuis. Você bebe para esquecer. Essa é a função. Pense em algo ruim da sua vida, certamente existe, você estava mal quando nós nos encontramos hoje, não me interessa o motivo, mas pense nele. Pense no que ele te faz sentir e quando você fizer isso, esqueça de todo o resto. Não existe limite.  - Austin falava baixo, mas nessa última frase, em especifico, ele praticamente sussurrou, eu apenas o ouvia porque o mesmo estava perto, muito perto, perto até demais. Sua boca estava a centímetros de distância do meu ouvido. E aquilo me desconcentrava. Droga. E eu não sei o motivo. Mas o fiz.

Olhei sorrateiramente ao redor, a procura de um garçom, assim que avistei um passando ao lado da nossa mesa, peguei três bebidas da sua bandeja sem ele perceber, obviamente. Não me importava com o sabor, com o gosto, com nada. Eu só queria esquecer. Esquecer problemas, situações e a confusão em que minha mente se encontra nesse momento.

Eu estava cansada, cansada de ser a garotinha perfeita, aquela que nunca erra, aquela que aguenta todos os dramas da família há anos sozinha, aquela que não aguenta mais se firmar, mas  sua maior vontade é desabar, aquela que todos tem uma visão errada sobre, aquela que todos pensam que vive um conto de fadas, mas que a realidade é o oposto.

Completamente esgotada.

Não existe limite. Sua última frase me veio a mente.

Olhei a bebida a minha frente. Tudo bem, vamos experimentar isso.


15 minutos depois...


Pov's Austin

 

Tudo bem, estou há cerca de 5 minutos igual um retardado atrás de uma garota completamente chapada fazendo sei lá o que, sei lá aonde. Esse lugar é tão grande e está tão lotado dessa maneira ou é só impressão minha? Já devo ter dado quatro voltar nesse bar e não a acho, e não aguento mais esbarrar em pessoas e essa música alta já está me dando uma forte dor de cabeça. E eu nem sei por que estou fazendo isso. Eu podia simplesmente ir embora e a deixar aqui.

Começo a ouvir gritos masculinos, do tipo "Continua" e "Gostosa" atrás de mim, viro-me e vou até lá, dando passos rápidos. E o que eu imaginava, se concretizou.
Ally Dawson completamente bêbada, dançando em cima de uma mesa. Detalhe: seu vestido preto justo era curto.
A visão era extremamente sexy, eu não posso negar, mas nesse momento, eu estava puto. Olhei em volta e vi olhares masculinos devorando-a de cima a baixo e aquilo me deixou em alerta.
Meu foco era tirar a morena de cima daquela mesa. Apressei meus passos, empurrando os vários homens que estavam em sua volta, até chegar nela. Ally me viu, e sorriu sapeca, afastando-se de mim, indo para o outro lado da grande mesa, que estava com um pé quebrado bem visível, que ela não percebeu. Ally cairia.
Antes que isso acontecesse, a puxei pela perna esquerda, fazendo-a cair no meu colo por causa do susto que levou. Uma mão minha segurava sua cintura enquanto a outra, suas coxas, prendendo-a a mim.
Antes que um de nós falasse algo, ouvimos vaias dos homens que estavam ali, dizendo que acabei com a diversão deles. Mas eu ainda olhava a garota em minha frente, ela não parecia bem.
Fez uma careta e colocou a mão sobre seus lábios enquanto se soltava de mim e corria ou ao menos tentava, devido suas condições, em direção a uma porta de sanitário feminino. E eu corri atrás, novamente, ignorando todos ali.
Não me importei de entrar no minúsculo sanitário feminino, até porque estava completamente vazio, tirando eu e Ally.
Assim que passei pela porta, ouvi murmúrios e certos sons, ela estava vomitando tudo o que ingeriu uma hora atrás.
— Ally?
— Aqui. - Sua voz soou fraca, da terceira porta. Fui até a mesma, abrindo-a e encontrando Ally sentada no chão, de frente para o vazo. Agachei-me atrás dela e segurei seus cabelos para a ajudar.
Assim que terminou, levantamos e Ally foi em direção a pia, limpando-se.

— Eu nunca mais bebo aquela bebida azul. Não sei porque fui dar ouvidos ao seu conselho idiota, seu idiota. - Disse enxaguando sua boca.
— Qual é? - Disse me aproximando e encostando na pilastra, ao lado do grande espelho e dela. Estávamos frente a frente agora. — Poderia ter sido muito pior. Até que para uma iniciante você não foi tão ruim assim, Dawson.
— Arg, que gosto horrível. Parece que algum animal morreu dentro da minha boca. - Disse fazendo uma careta, encostando-se na porta atrás dela. Estávamos perto.
— Tome. - Disse tirando uma pastilha de menta da minha jaqueta preta e a entregando.
— Você carrega isso sempre com você? - Disse pegando a pastilha.
— Sim, mas não exatamente para o que você está pensando. - Ally revirou os olhos, entendendo o que eu quis dizer.
— Digamos que ainda tenho um pequeno trauma de uma garota com um hálito pior que o cheiro de estrume de vaca. - Ela gargalhou, e essa era a primeira vez que a via sorrir de verdade.
— E você sabe como é o cheiro de estrume de vaca? - Ela perguntou ainda risonha.
— Não. - E voltamos a rir, dessa vez eu a acompanhei.

Ela ficava linda assim, feliz. Seu sorriso era contagiante e eu nem ao menos percebi o quão perto estávamos de fato, mais do que antes. Eu podia sentir sua respiração quente em minha face.
Ao pouco os risos cessaram de vez, chamando o silêncio. Ela olhava em meus olhos, e eu não desviava dos dela. Grandes olhos castanho claro, como uma imensidão de chocolate e eu estava mergulhando neles. Agindo por instinto, inclino minha cabeça mais para frente. Meus lábios finos estavam a pouquíssimos milímetros de distância dos seus lábios carnudos convidativos cobertos por batom vermelho. Somente despertei quando a voz de Ally soou pelo ambiente.

— Austin? - Sua voz soou como um fraco sussurro.
— Hm. - Apenas murmurei, fechando meus olhos.
— 3º condição... amigos não se beijam.


Notas Finais


Comentem. Por favor, não sejam leitores fantasmas, isso não é legal.
Feliz Páscoa, amores! ♥


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