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História Find Your Purpose - Am I wrong about you?


Escrita por: AllyDawsun

Notas do Autor


Ano novo, capa nova! Gostei muito dessa, bem diferente da outra, mais dark. Obrigada, Amanda (@mwranos)!
Então, nesse capítulo Austin e Ally estão começando a se conhecer melhor, a relação tá começando a se desenvolver, do jeito que vocês querem? Não, mas tudo tem seu tempo e aqui não seria diferente né?! Mas eu prometo não enrolar vocês até porque eu também não gosto de enrolar tanto, eu sou mais direta. Tentei deixar o mais interessante e curioso possível então espero que gostem!
Seguinte: eu sempre coloco os títulos em inglês e ninguém nunca reclamou, mas eu achei melhor colocar a tradução caso alguém não entenda algo, eu coloquei nos capítulos passados também então se você não entendeu alguma coisa, é só olhar lá!
(Tradução do título: "Eu estou errado sobre você?")
Obrigada a todas que comentaram o capítulo passado! Super amei todos os reviews e obrigada também a GabyRogers, rjaque19 e RebecaML que favoritaram a fic! ♥
BOA LEITURA!

Capítulo 7 - Am I wrong about you?


Pov's  Ally
 
Não conseguia ver absolutamente nada através do vidro que formava o box, por causa do vapor e da espuma que cobriam tudo. Sim, espuma. Eu gosto de me divertir no banho. Quem nunca, não é mesmo?
Deixei a água quente do chuveiro em contato com meu rosto sem me importar se estava ou não molhando completamente meu cabelo, isso era bom. Relaxante, eu diria. Também aproveitei para retirar todos os resquícios da minha maquiagem.
A água que caia, ia diretamente para o ralo, acompanhada de um pouco de tinta azul, já que retoquei as mechas apenas três dias atrás e essa era a primeira vez que eu fazia isso.
Amadurecer é bom, mudar é bom e eu experimentei isso nessas férias. Ganhar mais atitude, ser confiante e saber o que você quer para você. E radicalizar meu visual me ajudou nisso. Sinceramente, nunca me senti tão leve.
Depois de algumas insistências pela parte do loiro idiota, eu aceitei vir ao seu apartamento. Era melhor do que ficar vagando pela cidade sozinha à noite com frio ou ter ficado no banco de uma praça qualquer com um mendigo dando em cima de mim ou ainda pior que isso.
Depois de terminar meu banho, sai do box de seu banheiro. Eu tinha usando os produtos dele, seu sabonete, seu creme, seu shampoo e seu condicionador. Eu estava com seu cheiro. Cheiro de um loiro idiota. Cheiro de Austin. Não que eu esteja reclamando. Afinal, ele cheira maravilhosamente bem.
Em cima da cômoda, do lado do seu espelho, tinha roupas para mim, ele me ofereceu e eu aceitei. Era melhor do que continuar com esse vestido preto super curto e manchado, além de que era desconfortável.
Uma calça de moletom cinza longa, uma blusa branca simples acompanhada de um casaco (gigante para mim) preto. Peguei o casaco e o coloquei, ficou mais como um vestido que ia até metade das minhas coxas. Por baixo estava usando apenas minha calcinha, para ir na boate, eu usei tampões nos seios e quando eu acordei perto do bar, o barman estava com os dois na sua face, preferi não os pegar de volta. Consequência: totalmente sem nada por baixo. Sorte: seu casaco era grosso então não estava tão perceptível.
Sai do banheiro que ficava em seu quarto e o observei, o que não tive tempo de fazer assim que cheguei, já que fui direto tomar um banho.
Seu quarto era grande, um armário preto com detalhes brancos embutido na parede direita, uma cama de casal no meio, o que eu também gosto e acho bem melhor do que a de solteiro. As paredes eram pretas e uma branca, nessa branca tinha um enorme mural no centro que continha diversificadas fotos e poloaroids e do lado uma prateleira com algumas câmeras e uma mesa de leitura com uma luminária em cima.
Senti um cheiro de cigarro, olhei pela janela e o vi, sentado na escada de incêndio olhando a paisagem. E sim, eu sei que ele fuma, o vi no campus outro dia fumando sentado encostado em uma árvore.
Fui até lá, sentei na janela, passei uma perna para cima e depois a outra para em seguida colocar as duas na escada preta e me soltar. Sentei ao seu lado e ele finalmente me notou ali, mas nada disse e eu também não. Apenas encarei a paisagem magnifica a minha frente. Nova Iorque é simplesmente maravilhosa e eu amo viver nesse lugar.
— Aceita um? - Ele disse ainda sem me encarar, me oferecendo um cigarro.
Dei de ombros e o peguei, não é como se eu nunca tivesse feito isso antes de qualquer forma. Não, eu não sou viciada, mas em festas ou às vezes apenas por querer mesmo, eu faço.
— O que você está fazendo aqui? - Perguntei ainda mirando a paisagem.
— Como assim? - Ele devolveu arqueando a sobrancelha, fazendo uma cara confusa enquanto soltava a fumaça lentamente e observava ela se esvair.
— Você sabe, aqui. Eu conheço o Dez e ele me falou sobre um amigo de fora que viria morar com ele e eu já vi vocês juntos várias vezes. - Disse dando minha primeira tragada, não é uma das melhores sensações do mundo, mas suportável, já que não faço isso com frequência.
— Me espionando, Dawson? - Ele disse divertido, apenas revirei os olhos.
— Sabe, a vida é como um livro. Às vezes ficamos parados em certas folhas, como se estivéssemos presos, podem ser folhas em branco, sem sentido algum. Ou escritas e rabiscadas, como o meu livro, fazendo merdas ou qualquer outra coisa do gênero. Ambos tem uma coisa em comum: uma hora percebemos que não podemos continuar desse jeito. E sentimos como se devêssemos mudar esses capítulos.
— Eu sei como é isso. - Realmente, eu sei e me identifico. - Pode parecer o fim do mundo.
— Quando você é jovem tudo parece o fim do mundo. Não é. É apenas o começo. - Retrucou.
— Mas você é jovem. - Disse não o entendendo.
— Exatamente. - Ele disse sorrindo.
— E se eu não quiser continuar para descobrir? - Chutei.
— Nós não temos escolha, só temos que aceitar e fazer valer a pena. - Ele disse dando de ombros.
— É complicado. - Disse por fim.
— Muitas coisas são complicadas, Ally. E não é por isso que você tem que desistir delas. - Ele disse pela primeira vez me olhando.
— Eu sou uma idiota. - Disse lembrando dos meus problemas.
— Bem, você que está dizendo. - O olhei cerrando os olhos. - Mas nós não somos as mesmas pessoas que éramos um ano atrás, um mês atrás, ou uma semana atrás. Estamos constantemente mudando. Experiências não param. Isso é que é a vida.
— E como sabe disso?
— Talvez eu esteja passando por isso. - Ele disse voltando seu olhar para a paisagem á nossa frente.
— É, acho que eu também. - Disse fazendo o mesmo que ele.
 
O silêncio prevalecia agora, não que isso fosse uma coisa ruim. Digo, estava sendo agradável. Até eu o quebrar, novamente.
 
— Coisas ruins acontecem com pessoas boas, não é justo, mas é a vida e ela não é justa também. Eu sei. E eu sei também que todos passam por problemas, uns piores que outros, mas quando é comigo, a minha única vontade é desaparecer. - Desabafei.
— Nós às vezes pensamos que queremos desaparecer, mas o que realmente queremos é ser encontrados.
— E você se encontrou?
— Ainda não, mas estou trabalhando nisso. - Disse dando uma piscadinha. Não do tipo, "me cantando", mas sim do tipo, "ei, eu finalmente estou conseguindo". E parecia sincero.
— É como uma batalha com nós mesmos, todo dia, a todo instante. Uma parte quer finalmente vencer, mas a outra te puxa para baixo novamente. E eu perco. - Disse indignada.
— O importante não é vencer todos os dias, mas lutar sempre.
— Tem hora que parece que estou sozinha, que passo as dificuldades sozinhas, que luto sozinha. Todos a minha volta estão felizes e eu não.
— Se tem uma coisa que eu aprendi nessa vida é que a maioria das pessoas fingem ser felizes simplesmente porque sorrir acaba sendo mais fácil do que explicar aos outros porquê estão tristes.
— Ou incompreendido. - Lembrei, complementando.
— Sim, e não é divertido como nós sentimos tantas coisas diferentes e não dizemos uma palavra sequer, nós estamos gritando por dentro, mas não podemos ser ouvidos.
— Meu professor no primário costumava falar que a vida é como um quebra-cabeça, perfeito com todas as suas peças. Seguindo essa lógica, o meu falta algumas peças e outras estão quebradas.
— Pessoas vem e vão e eu sei que é difícil, mas a vida é assim.
— Você já passou por muitos problemas?
— Mas do que você possa imaginar. - Disse ainda misterioso.
— Quais? - Eu estava curiosa agora.
— Muitos.
— Você não vai me responder, não é?
— Eu estou respondendo.
 
Antes que eu pudesse reclamar, ouvi um gemido, na verdade, estava mais para um gritinho. E tenho certeza que Austin ouviu também, já que olhou na direção do som, assim como eu. Um cara alto e ruivo prendia uma morena baixinha de cabelos ondulados num carro enquanto se agarravam sem parar. Quando se viraram de lado, para ficarem numa posição melhor e sim, tem malícia nisso, podíamos ver seus rostos. Se tratavam de Dez e Trish. A sorte deles era que a rua estava vazia.
 
— Estão bêbados. - Comentei.
— Isso é fato. Não sei você, mas eu não estou afim de ver até o final. - Disse se levantando e pulando a janela, indo para dentro.
O segui, mas obviamente antes de ir, tirei algumas fotos do provável novo casal, nunca se sabe quando vai precisar.
 
Assim que coloquei meus dois pés no seu quarto e me virei, o vi sentado, escrevendo algo em um caderno, super concentrado. Como se tivesse esquecido do mundo. Como sou curiosa, me aproximei lentamente e parei ao seu lado, ainda em pé e olhei. Ele estava desenhando a paisagem que estávamos observando minutos atrás.
— Você manda bem. - Disse quebrando o silêncio e o assustando, o fazendo me encarar.
— Valeu. - Ele disse voltando a se concentrar no desenho, o aperfeiçoando.
— É isso que você faz? - Perguntei me sentando na cama também.
— O que? desenhar? - Apenas assenti.
— Não, é bacana e tudo, mas não. É mais como um hobby. - Ele disse dando de ombros.
— E o que você faz?
— Eu estudo fotografia, você?
— Música, quer dizer, a partir de agora é música. Antes eu estudava designer gráfico.
— Eu gosto de música, apesar de não saber quase nada, e é uma grande mudança de gostos.
— Na verdade, é o que eu sempre quis. Eu percebi que invés de agradar os outros, eu tinha que me agradar, fazer algo que eu goste, então eu fiz. Enfrentei meu pai e pronto.
— Sabias palavras, Dawson. Sabias palavras. E confesso que fiquei até surpreso.
— Por que? Eu não pareço fazer esse tipo de coisa? Do tipo, arriscar?
— Você parece ser meio que patricinha, que não liga pra isso. Daqueles tipos de garota que só liga para status, roupas de grife e beleza. - Disse com uma voz de tédio, como se já tivesse visto muito disso.
— Você tem uma visão errada de mim.
— Será? - Disse levantando uma sobrancelha.
— Com certeza. - Disse convicta.
— Então me prove o contrário. - Disse me desafiando.
— Com prazer. - Disse dando um sorriso de canto. 


Notas Finais


Quero pelo menos 5 comentários nesse capítulo! Favoritem ou recomendem se vocês acharem que a fic merece. E é isso aí, até a próxima, bj (:


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