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História Find Your Purpose - The Ally Dawson's Diary


Escrita por: AllyDawsun

Notas do Autor


Então, é, oi? Muita raiva de mim? Presumo que sim. Eu não fiz por querer, eu juro. Eu não queria ter demorado tanto, eu odeio demorar, eu também sou leitora e sei como é chato esperar capítulo novo.
Sabe quando você quer fazer/escrever algo e simplesmente não sai bom? Fica um lixo? Então, eu passei por isso. Pra vocês terem uma ideia eu escrevi esse capítulo 9 vezes e todas ficaram HORRÍVEIS! Eu tava com um bloqueio bem chato... e tô sem celular ( de novo, valeu aí, samsung) eu tinha algumas ideias e citações anotadas nele e não tenho mais como ver, e não lembro de quase nada porque já faz um certo tempo, o que piorou tudo.
Enfim, quero agradecer os maravilhosos reviews do capítulo passado, eles são meu maior incentivo para escrever então se eu ainda tô aqui, é por causa deles. Obrigada!
Eu os amo! E também obrigada pelo favorito na fic, Jooh-Jooh! Chegamos aos 16 favoritos!!!!!!!!!!!!!!!!!!! tuts tuts tuts
(Tradução do título: "O Diário de Ally Dawson.")
Esse capítulo é basicamente todo Ally. Espero que gostem.
BOA LEITURA!

Capítulo 8 - The Ally Dawson's Diary


Pov's Ally


— Por que? - Perguntei tentando manter minha voz firme, falhando inutilmente. 
— Você ainda pergunta? - Devolveu se aproximando de mim e eu recuando, tentando manter-me o mais afastada possível.
— Óbvio, você me abandonou, literalmente. — Disse olhando dentro dos seus olhos, segurando as lágrimas. Lembrei da minha promessa, eu não a quebraria, eu não as derrubaria, não de novo. Eu não seria fraca. Penny desviou.
— Sabe que não é bem assim.
— Ah, não? Então qual é o nome que se dá quando sua mãe vai para África sem pensar duas vezes, deixando para trás sua própria família. Um casamento feliz e sua filha, a que tanto te amava. - Gritei alterada.
— Você só vê seu lado da história. - Acusou.
— Agora a culpa é minha? Não tente colocá-la em mim. Eu sofri. Mas você não se importa, não é? Eu sei que não. - Dei um passo para frente.
— E como sabe que não? - Me imitou.
— Você nunca demonstrou. - Retruquei.
— Você não sabe como foi para mim, como eu me senti. - Tentou defender-se.
— Não tente se fazer de vítima. Essa história só tem uma culpada, e é você. E sabe disso.
— Não-
— Nem tente se justificar. Sabe o que é crescer sem aquela que seria seu porto seguro? Aquela que explicaria tantas coisas, das melhores as mais assustadoras, que te contaria das suas experiências, aquela que te proibiria de fazer tantas coisas, você ficaria irritada, mas depois tudo ficaria bem, porque vocês se amam. Você não faz ideia da dor e vazio que você me provocou. Eu senti sua falta, mas eu sabia que você não se importava. - Desabafei olhando em seus olhos, ela olhou para o chão, inquieta. Era como se ela ficasse incomodada de me encarar, como se enxergasse todas as verdades através dos meus olhos. Parecia doer. Eu sei que doía, e isso era bom, mas não podia ser comparado a minha dor. Ela ainda está aqui, ela sempre esteva. Mas agora, com ela aqui, é como se toda dor, angustia e raiva que eu senti tivesse voltado, e dessa vez está mais forte do que nunca.
 — Há anos atrás, combinamos de você me ligar ao menos uma vez no começo do mês. Que era quando você ainda não estava tão ocupada. Você por acaso achava que eu esquecia disso? Eu nunca esqueci. Mas quantas vezes você esqueceu de mim? Eu já perdi as contas. Seu trabalho sempre esteve em primeiro lugar. Quantas vezes eu perguntava para alguém dessa casa se você tinha ligado, falado algo, deixado uma mensagem, recado, qualquer coisa? Foram inúmeras. Quando ligava, não ficava mais que dois minutos comigo. E parecia fazer isso por obrigação. Todos me olhavam com pena. Eu notava, eu sentia. - Disse como um sussurro.

Já cheguei até aqui, irei continuar. Estava cansada de guardar tudo apenas para mim por anos, esse é o momento de desabafar tudo o que passei. E eu faria isso.
— Honestamente, eu somente estava esperando o dia que eu finalmente seria tratada como uma prioridade ao invés de apenas uma opção. Eu tinha essa ilusão. Acontece que eu demorei para entender que não vale a pena se destruir por quem não te constrói. E por muito tempo eu não demonstrei, mas demonstrar não significa não sentir.
— Você é uma prioridade, minha querida.
— Não, eu não sou. Não minta, não de novo. E não me chame assim.
— Você... v-você se e-esqueceu de mim? - Perguntou, a olhei, um brilho em seus olhos e poucas lágrimas escorrendo pela sua face. Como se ela tivesse finalmente notado as consequências de suas ações passadas.
— Eu gostaria. - Fui sincera. — Eu não queria mais lembrar de você, mas infelizmente, existe uma grande diferença entre esquecer e não querer mais lembrar. 
Eu falava ao mesmo tempo que olhava tudo ao redor, seu rosto principalmente. Penny, que estava bem diferente, sua aparência principalmente, estava bem mais magra do que me recordo, alguns fios
brancos eram visíveis e olheiras bem profundas chamavam atenção. Ela tinha uma expressão surpresa e arrependida. Mas era tarde, o passado é passado, e ele não se pode mudar. O que sentimos e vivemos está vivo em nossa memória e para sempre estará.
— Eu já imaginei esse "reencontro" várias vezes, sabia? - Ri sem humor, olhando a forte tempestade que se formava a minha frente, pela janela do meu quarto. — Imaginei de diferentes formas, no começo era um reencontro emocionado, a gente se abraçaria, falaríamos o quanto sentimos falta uma da outra e do quanto nos amávamos, eu ainda seria criança. Porque na minha cabeça, você não demoraria tanto. Mas eu estava enganada, mais uma vez. E com o tempo passando, isso foi mudando drasticamente, a esperança se esvaindo lentamente e depois de algum tempo, era totalmente o oposto e mais
para frente ainda, eu não queria mais que isso acontecesse, simplesmente porque não valia mais a pena. - Virei e fiquei de frente para ela.
— As pessoas falam que com o tempo, nós conseguimos esquecer tudo e perdoar. Comigo não. Eu nunca esqueci. Tudo estava sempre presente, cada sentimento. Eu apenas aprendi a viver com eles. Não foi bom, não foi fácil. - Estávamos cara a cara agora, eu podia sentir lágrimas querendo sair e eu fazendo força tentando impedi-las. Penny ouvia tudo calada.
— Também falam que não é bom guardar tudo para si, que não faz bem. Pode até ser que não faça. Mas certas pessoas não merecem outra chance e eu estou olhando para uma nesse exato instante.
— Você não sente minha falta? - Perguntou com os olhos cheios de esperança.
— Eu sinto sua falta. Não, deixe-me corrigir isso, eu sinto falta da antiga você. Sinto falta da antiga você que se importava verdadeiramente comigo e me tratava tão bem, como seu bem mais precioso.
— Ally, eu preciso falar sobre algumas coisas. Ouça-me, por favor. - Pegou minha mão, levemente.
— Não. Não tente se redimir. O que você fez não tem perdão. - Disse e puxei meu braço grosseiramente.
— Você está diferente.
— Tudo mudou. Eu, principalmente.
— E isso é minha culpa. - Constatou.
— Não, não é. Pelo menos não totalmente. Não somos algo baseado no que aconteceu conosco. Nós somos o que escolhemos ser depois do que aconteceu conosco. Eu escolhi ser assim.
— E você está bem assim?
— Acho que sim. Tenho boas pessoas ao meu lado. Como meu pai e Bethy. Bethy foi o que você não foi para mim, uma mãe. E eu sou muito grata por isso.
— Você me substituiu.
— O que? Eu sou apenas grata pelas pessoas que nunca me deixaram, diferente de você.
— Eu não te abandonei.
— Eu não quero discutir isso. Não sei porque está aqui, porque voltou, mas também não quero saber. Apenas saia da minha vida.
— Mas Ally, eu p-
— Você perdeu. Me perdeu. Para sempre. - A cortei falando seriamente.

Fui até minha cama, peguei minha bolsa e sai do quarto em passos pesados e largos. Desci as escadas correndo e fui em direção a porta, abrindo-a.

— Ei, aonde você tá indo? - Spencer me perguntou enquanto comia uma fatia de pizza, deitado no sofá. Não conseguia vê-lo totalmente porque a luz estava desligada. Nem tinha o notado ali na verdade.
— Só sair, não venha atrás de mim, por favor. - Falei tentando manter minha voz estável e fechei a porta.
— Mas Ally, está tarde e chovendo. - Ouvi sua voz abafada e baixa, mas não me importei, apenas segui pelo caminho a minha frente, me molhando totalmente, sem direção e com mil pensamentos na cabeça e mais confusa e perdida do que nunca.

 

(...)

 

Depois de mais de uma hora andando a pé pela cidade com uma forte tempestade decidi parar, meus pés imploravam para eu parar, doíam, mas não mais que minha cabeça.
Me sentei na frente de uma loja qualquer, já estava fechada, provavelmente era 2:00 da manhã mais ou menos, mas ela me protegia da tempestade.
Peguei minha bolsa, na intenção de achar meu celular, acabo encostando em algo grosso e duro, o peguei.
Meu diário. The Ally Dawson's Diary escrito ainda era visível na capa antiga. Tantas emoções e desabados escritos durante boa parte da minha vida estavam ali. Resolvi o abrir.

 

07 de Janeiro de 2009 - Nova Iorque

 

Meu pai me deu esse diário porque disse que sou muito fechada sobre tudo, até mesmo com ele. Então, ele acha que escrevendo em você, algo que ninguém nunca vai ler além de mim, isso melhore.

Então vamos lá. Quando eu precisar de você, volto.

 


       31 de Dezembro de 2009 - Nova Iorque

 

Eu sinto sua falta, mamãe. Como pedido de ano novo, eu só quero que você volte logo. Eu e o papai estamos com muita saudade.

 

 

20 de Outubro de 2012 - Nova Iorque

 

E mais uma madrugada acordada, tudo culpa das minhas paranoias que não me deixam descansar. Não me culpe por duvidar do seu amor e por ficar pensando se você gosta mesmo de mim, ou se está fazendo isso apenas para me subordinar. Como antes. Me desculpe por ser tão insegura. A vida me obrigou a isso, sabe? As pessoas estão cada dia mais frias e cruéis, e por mais que eu saiba que você é especial, importante para mim, e mesmo me conhecendo, ainda sim, eu desconfio, porque outras mulheres fizeram isso e não aparentavam ser assim. Por que com você seria diferente?

 

 

05 de Maio de 2013 - Nova Iorque

 

Promete para mim que não é como certas outras, faz eu me sentir culpada pelo seu amor, e assim, do nada, num passe de mágica, como todas as outras, vai embora. Isso é o que você mais sabe fazer, não é? Estou cansada de ouvir promessas impossíveis. Se me ama, não prometa ficar comigo para sempre, não tenha a audácia de prometer algo que não tem a intenção de cumprir, ou que simplesmente não pode cumprir, apenas fique. Fique comigo enquanto der, o quanto quiser, só fique.

 


        30 de Agosto de 2014 - Nova Iorque

 

Você não faz a mínima ideia de como está sendo crescer sem você, aqui, comigo. De como fez falta. Do quanto eu sofri. Chorei. Gritei. No dia das mães eu não tinha para quem fazer meu presente na escola, como todos os outros. Não tinha uma mãe para puxar minha orelha quando tirava notas baixas. Não tive uma mãe para me ajudar quando fiquei mocinha. Não tive uma mãe para me aconselhar na primeira vez que gostei de um garoto. Você nunca estava lá. Eu lembro de um ditado que você me contou uma vez, quando pequena, na sua despedida, você me disse que tudo passa. Que com o tempo tudo passa. Eu discordo. Não passou. E não vai passar.

 

 

18 de Janeiro de 2015 - Nova Iorque

 

Eu não aguento mais ver meu pai sofrer por causa dela. Ver ele sempre deixando um lugar na mesa para ela, se acabando de trabalhar para tentar não pensar nela, mas nem ao menos percebe que isso
nos afasta um do outro, de me dizer que está indo dormir, mas eu escuto seu choro do meu quarto. Me machuca. Ele me olha pensativo as vezes, provavelmente pensando em você. Por que você fez
isso conosco? Eu nunca vou te perdoar. Nunca.

 

 


Encostei minha cabeça na parede atrás de mim e fechei o diário, eu não conseguia mais ver ou ler absolutamente nada, as malditas lágrimas escorriam livremente por todo o meu rosto se misturando com a água da chuva. Eu permiti, não aguentava mais as segurar e me fazer de forte.
Me levantei e olhei em volta, apenas escuridão e um silêncio total, o que é extremamente estranho em Nova Iorque.
Voltei a andar, sem rumo, novamente e olhando para o chão a todo momento. Flashs de tudo o que eu passei vinham a minha mente.
Em um certo ponto da rua, tinha uma fraca fonte de luz, levantei a cabeça confusa e uma forte luz de farol de carro me cegou por instantes, apenas ouvi o barulho de um forte freio, mas era tarde demais.
E novamente, um acidente.


Notas Finais


Gostaram? Ainda tá ruim? Dá pro gasto? Conhecendo mais a Ally, o que acharam? Ela tá certa em fazer isso com a Penny? Aliás, como Penny voltou? Por que? Afinal, tem mais de um motivo... E quem atropelou a Ally? Hmm, muitas perguntas, se querem as respostas, comentem. Beijinhos e até alguma hora (:


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