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História Find Your Purpose - I'll quit drinking when somebody makes me happier than it


Escrita por: AllyDawsun

Notas do Autor


Oi, docinhos! Voltei exatamente 1 mês depois de ter postado o último capítulo. Sei lá, é só uma coincidência que eu queria falar. O motivo? Não sabemos. E é com essa introdução mais ridícula que eu volto (:
Algumas leitoras ficaram confusas com o capítulo passado, o que aconteceu foi: basicamente 2 dias depois da conversa do Austin e da Ally, numa noite chuvosa a Penny volta (por um motivo ainda não revelado) e aí começa a conversa e o resto vocês sabem. Se alguém ainda tá confusa, me fala que explico melhor!
Muito obrigada pelos comentários do capítulo passado, eles são muito importantes!
Obrigada lorenna_alves, GabiRauratic e VictoriaHarris por favoritarem a fic! <3
(Tradução do título: Só largo a bebida, quando alguém me fizer mais feliz que ela.'')
Eu gostei desse capítulo, e espero que vocês também gostem
A letra da música desse capítulo é Save Myself do Ed Sheeran
BOA LEITURA!

Capítulo 9 - I'll quit drinking when somebody makes me happier than it


Pov's Austin    


       I gave all my oxygen to people that could breathe
       I gave away my money
       And now we don't even speak
       I drove miles and miles
       But would you do the same for me?
       Oh, honestly?

                            

A noite caia pela janela, escura, nublada e fria, como quase sempre, quase uma característica própria sua a qual eu amava e observava geralmente, quando possível.
Num quarto escuro, eu estava sentado na janela, com um cinzeiro ao meu lado, já um pouco usado, completamente sozinho sem ligar para o fato de que eu poderia cometer qualquer descuido, nem que seja um mínimo descuido e sofreria consequências serias, como acabar caindo de uma altura de mais de 30 metros, eu morreria. Não era seguro, e eu gostava disso.
É um relaxamento, uma terapia, uma espécie de meditação, na minha opinião. E é bom.
Quando sozinho madrugada a fora, apague as luzes e veja quão lindo se torna o brilho das estrelas em um momento de solidão. A beleza do céu estrelado existe, para não cairmos no erro de olhar somente para nós próprios.
Principalmente quando se está no fundo do poço. Só damos importância a um simples céu estrelado, quando estamos no fundo do poço.

 

Offered off my shoulder just for you to cry upon
        Gave you constant shelter
        And a bed to keep you warm
        They gave me the heartache
        And in return I gave a song
        It goes on and on

 

Nesse momento, uma frase me vem a cabeça, "Meus pensamentos são estrelas que eu não consigo arrumar em constelações." Tão previsível, tão cara de filme, tão A Culpa é das Estrelas.
Encosto minha cabeça numa madeira gelada que faz parte da minha janela, sua altura é mais ou menos até me pescoço, me ajeito e olho para cima, virando totalmente, sentindo parte do meu sangue ir para minha cabeça e eu não pensava em mais nada. Mas isso durou pouco.
Um número desconhecido estava me ligando, protelei não atender, mas a curiosidade foi mais forte. Um erro.

 

Life can get you down so
        I just numb the way it feels
        I drown it with a drink
        And out-of-date prescription pills
        And all the ones that love me
        They just left me on the shelf
        No farewell


Por alguns instantes tudo estava em silêncio, e eu já estava desligando a chamada quando sua voz se revela.
— Sentiu a minha falta, filho?- Senti todos os pelos do meu corpo se arrepiarem e meus olhos se arregalarem ao ouvir sua voz. Uma voz amargurada, infeliz e raivosa. Não um arrepio de medo, mas sim de pura surpresa e espanto. Logo me recompus e voltei com a minha postura de sempre.
— Orá, orá, orá, se não é o poderoso Mike Moon, a que devo a honra de sua ligação? - Disse com uma voz irônica e dei um sorriso sarcástico, estava bem presente quando conversávamos, o que é um pouco raro. Há anos.


       Life can get you down so
       I just numb the way it feels
       I drown it with a drink
       And out-of-date prescription pills
       And all the ones that love me
       They just left me on the shelf
       No farewell

 

— Você sabe muito bem que odeio quando fala comigo nesse tom irônico.
— E é exatamente por isso que eu sempre falo assim. - Meu sorriso só aumentava.
— Você é mesmo um negligente. - Na sua voz continha nojo, algo que já se tornou frequente quando se referia a mim.
— Não espere de mim mais do que recebo de você.
— Eu sou o que você sonha ser. Você é um nada, Austin. - Isso só podia ser piada.
— Nunca quis e nunca irei querer ser o que você se tornou. - Minha voz saiu séria, pela primeira vez.
— Eu tenho o que você almeja ter, eu sei. Sempre fui seu herói. Seu exemplo a ser seguido. E desde que aquilo aconteceu, você começou a querer chamar atenção e se perder.
— Eu me perdi, sim. Não tenho vergonha de admitir isso, mas foi por sua culpa. Você nunca estava lá para mim.
— E você acha que eu conseguiria fazer isso? Eu estava acabado por dentro e por fora.
— Era seu dever como pai. E você falhou.
— Você que não foi forte o suficiente.
— Eu estava sozinho. E ainda consegui lidar melhor do que você.
— Você tinha apenas 11 anos, garoto. Não fale idiotice.
— Idade é um número. Maturidade é uma escolha. Agora, se você ligou para me falar essas merdas, eu vou desligar.
— Você é exatamente como ela.
— O quer dizer com isso?
— Se acha o dono da razão, Mimi era assim também. Petulante.
— Não ouse falar da minha mãe dessa forma, seu imundo.
— Ambos me largaram, no final das contas, vocês dois se merecem.
— Que? Por acaso você está entendendo o que está falando agora? Mimi não tem culpa nenhuma nessa história, agora eu ter me afastado tem sim um culpado, e é você. Eu nem deveria estar perdendo meu tempo com um verme como você. Não me procure mais. Adeus. - Falei, exaltado enquanto me levantava rapidamente, não me importando com a altura e segui para dentro. Eu estava irritado, isso não é novidade. É o sentimento mais comum depois de uma conversa com Mike. Eu precisa extravasar de alguma forma.


      So before I save someone else
      I've got to save myself

 

Pego minha jaqueta, abro meu armário e pego a primeira bebida que vejo na frente e sigo para fora do apartamento, indo em direção a garagem, ligando meu carro e saindo de lá rapidamente, cantando pneu. Tenho a impressão que Dez ainda vai me xingar muito por isso, mas esse era meu menor problema no momento. Eu precisava esfriar a cabeça. Estava em alta velocidade, minha janela estava completamente aberta, eu podia sentir o forte vendo, acompanhado de uma certa nevoa ir de encontro a minha face, bagunçando todo o meu cabelo, mas eu não me importava.  A conversa de apenas alguns minutos atrás ainda estava em minha cabeça. Ele me culpa por essa história, também. Antes eu considerava isso uma hipótese, mas agora era 100% verdade. E o pior é que eu tentei salvá-lo.
Acho que ele não queria ser salvo. Algumas pessoas quando se perdem não podem ser reconstruídas de novo, por mais triste e doloroso que isso seja.

 

I gave you all my energy and I took away your pain
        'Cause human beings are
        Destined to radiate or drain
        What line do we stand upon
       'Cause from here it looks the same
       And only scars remain


Era nisso que eu estava pensando quando vejo um carro desgovernado vindo em minha direção, na contra mão. Rapidamente desvio jogando o carro para o lado oposto da avenida a qual ele passava, o que foi um pouco difícil, considerando que a pista estava escorregadia por causa da forte chuva que se instalava ali. Ouço um baque forte contra meu veículo e um grito abafado, assustando-me.
Olho pelo retrovisor e vejo o carro saindo em disparada. Então, eu não bati contra o carro dele? Bem, aparentemente, não. Mas bati em algo. Abro a porta e saiu do minha Bugatti e vou para frente do mesmo, encontrando uma garota de mechas azuis caída. Não qualquer garota de mechas  azuis, era A garota de mechas azuis.

Puta merda.

— Que ótimo, ferrei meu tornozelo de novo, e você? Vai me ajudar a levantar ou continuar me olhando igual um retardado mesmo? - Pelo menos dessa vez ela não desmaiou. Mas seu tom de voz estava diferente. Não era irônico, sarcástico ou irritado. Era baixo, frágil e abafado.

 

Life can get you down so
        I just numb the way it feels
        I drown it with a drink
        And out-of-date prescription pills
        And all the ones that love me
        They just left me on the shelf
        No farewell

 

A ajudei a levantar, seu rosto estava molhado, assim como ela toda, e bem, eu também, devo dizer, mas não sabia distinguir se era pela chuva ou lágrimas, mas deixei quieto. Eu não tenho com isso, de qualquer maneira.

Ela deu alguns passos para trás, sentando-se e eu acompanhei, não tinha lugar melhor para ir no momento. Me encostei na parede gélida que ficava atrás de mim, e a partir daquele momento o silêncio prevaleceu.
Depois de uns 5 minutos, eu me encontrava de olhos fechados, bebendo minha vodka, estava quente e o gosto ruim, mas era o que tinha no momento. Ouço um fungo, que vinha do meu lado esquerdo.

Abro os olhos e a olho, ela olhava para o nada ao mesmo tempo em que segurava um caderno marrom, com força, como se sua vida dependesse daquilo.

 

But if don't
        Then I'll go back
        To where I'm rescuing a stranger
        Just because they needed saving just like that
        Oh, I'm here again
        Between the devil and the danger
        But I guess it's just my nature
       My dad was wrong

       'Cause I'm not like my mum
       'Cause she'd just smile and I'm complaining in a song
       But it helps
       So before I save someone else
       I've got to save myself

 

— Isso é uma droga. - Afirmou, passando a mão no seu cabelo, pondo uma mecha teimosa atrás da orelha.
— O quê? - Franzi o cenho.
— Isso. - Gesticulou, fazendo um circulo com o braço. — É só... tanto sofrimento.
— Sabe a diferença entre dor e sofrimento?
— Não.
— A dor sempre existe, porque a vida dói pra caralho, certo? - Ela assente, apenas. — Mas sofrer é uma escolha. A dor é inevitável, mas sofrer é opcional.
— Então eu acho que gosto de sofrer. - Disse, rindo um pouco.
— É, eu também. Aceita? - Disse oferecendo-a a garrafa.
— Sofre pelo o quê? - Perguntou pegando-a da minha mão, virando-a em sua boca no instante seguinte, parecia não se importar com o gosto. Isso era uma deixa, eu sabia, mas não entendia porque
meu passado soava tão interessante para ela.
— É uma frase clichê, mas como todas as outras, é verdade. Sua vida pode mudar em um dia.
— Concordo. - Disse dando mais um gole.
— Aí a vida fica desse jeito aqui.
— Minha vida tá mais para um campo minado emocional. A diferença é que o meu é totalmente armado e em qualquer direção que eu vá, sou atingida por uma bomba.
— Falam que a vida é cheia de mudanças. As vezes, elas são dolorosas...outras vezes, são lindas...e, na maioria das vezes, são ambas as coisas. - Disse pegando a garrafa, que estava no chão e dei mais uma golada generosa. Sentia o líquido descer queimando por minha garganta.
— Na minha tem muitas dolorosas. Apenas.
— Sei como é.
— E é uma explosão de sentimentos lutando para saber qual será o número 1. Agora, é saudade e estou irritada, confusa, triste, angustiada. - Disse, suspirando.
— Saudade é o sentimento mais contraditório que existe. Você se lembra de bons momentos e se sente mal por isso.
— Sim, mas o pior sentimento de todos é quando você não sabe mais o que sente.
— Exatamente, uma explosão de sentimentos. - Disse sorrindo, feliz pela sua constatação. — Somos dois fodidos, Moon. - Disse rindo.
— Somos, Dawson. - Concordei, rindo também. O motivo? Eu não faço a mínima ideia.
— Não me chame pelo meu sobrenome. - Disse fazendo uma careta.
— E vou te chamar pelo quê?
— Pelo meu nome, afinal, você sabe qual é e todos chamam os outros pelos seus nomes. É pra isso que eles existem. - Disse óbvia.
— Não, eu não gosto de ser igual todo mundo. - Disse dando de ombros, analisando-a. — Já sei.
— E...?
— Mechas azuis.
— Quê? - Me olhou, franzindo o cenho.
— Esse vai ser seu apelido. Agora, eu quero achar algum bar, vai ficar aqui?
— Você não acha que já chega de beber por hoje, não? - Disse arqueando a sobrancelha direita.
— Só largo a bebida, quando alguém me fizer mais feliz que ela. - Disse, me levantando, sendo acompanhado por ela.

 

Life can get you down so
        I just numb the way it feels
        I drown it with a drink
        And out-of-date prescription pills
        And all the ones that love me
       They just left me on the shelf

       No farewell


Tínhamos aula amanhã, mas eu não poda estar mais foda-se para isso, e acredito que ela, também.

 

Life can get you down so
       I just numb the way it feels
       I drown it with a drink
       And out-of-date prescription pills
      And all the ones that love me
      They just left me on the shelf
      No farewell

 


Notas Finais


Só queria avisar que o próximo já tem uma parte pronta e o resto planejado, pra ele sair rápido só depende de vocês e acontece coisas que vocês vão gostar
Espero que tenham gostado. Comentem.


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