-Você conhece boates do ocidente, as as coreanas não minha querida… - diz sua prima, iniciando seu monólogo “O melhor da Coreia do Sul”.
Realmente, ela fala isso por que não foi à Ibiza.
Apesar de morar na Coreia do Sul a mais de um ano, Helena Moon não tinha tido a experiência de uma noite com amigos. Passava os dias concentrada em sua carreira bem sucedida, que não lhe trazia nenhum pouco de satisfação.
Trabalhando como tradutora em grandes emissoras e empresas de entretenimento, dava uma segurança e alegria a seus pais. Mas com a sua grande paixão, que era escrever, só ia de mal à pior.
- Se divertir, arejar a cabeça, é disso que você precisa, seu bloqueio vai sair correndo. Mas como você vai escrever sobre pessoas se divertindo se você mesma não faz isso?? Tenha paciência né Helena. - disse sua prima, enquanto pagava a entrada delas na casa noturna.
Helena deu uma espiadinha dentro da casa noturna e pensou em quão escuro estava lá dentro, e de fato, quando entrou, precisava aproveitar o máximo dos flashes das luzes coloridas para poder se guiar em meio à escuridão.
- Eun Tak! Eu realmente preferia estar em casa, tenho um monte de papelada para revisar e entregar daqui a dois dias - gritou em meio a música alta.
-O quê?? Eu não entendi, espera aqui que eu vou pegar umas bebidas, você precisa disso. - gritou de volta, e Helena apenas pensou ter visto sua prima rir.
Quando Eun Tak voltou com as bebidas, Helena tomava em goles pequenos, esperando, lá no fundo, que o álcool fizesse algum efeito.
Na boate não notou nada de TÃO diferente de uma boate ocidental. Jovens, na grande maioria, bêbados, dançando sem coordenação motora e gostando daquele estado. E aos poucos Helena começou, com incentivo do álcool, a entrar no ritmo das músicas, se é que tinham ritmo.
Começou um remix de Danger de Taemin, e misturando um pouco da própria coreografia da música, e outros movimentos nem tão bonitos assim, Helena dançava e sentia seu sangue esquentando nas veias.
Helena se virou e encontrou um par de olhos fixados nela, aparentemente um homem. Os olhos do desconhecido conseguiam muito bem ser distinguidos, apesar da escuridão. E eles estavam convidando-a para dançar, ou tinha ficado louca de vez.
O desconhecido se aproximou - muito - até ter os lábios na orelha de Helena.
-Espero que queira dançar… - começou a falar, mas Helena não deixou ele terminar.
-A noite toda, se possível.
Os movimentos do homem estavam em plena sintonia com os dela. Ele guiava, ao mesmo tempo que parecia submisso ao ritmo que Helena estivesse disposta.
-Eu não costumo fazer esses tipos de coisas. Digo, dançar com desconhecidos e tudo mais.
-Nem eu, mas vamos fazer uma exceção essa noite.
Enquanto tocava Experience, Helena absorvia a atmosfera.
O estranho segurou sua nuca e guiou os lábios de Helena para os seus. Aquele beijo acabou representando mais do que um simples contato físico. E sim, trouxe, pelo menos à Helena, uma saciedade e ao fim trouxe uma sensação de abstinência.
Ela queria mais. Queria mais do que uma gota d’água. Queria mergulhar na fonte. E sair encharcada.
Em algum momento não específico, Eun Tak veio à mente de Helena, que se perguntou por onde estaria andando a prima. Logo, esses questionamentos foram embora e voltou sua atenção ao desconhecido.
Os dois dançaram mais duas músicas até ele a puxar para fora da boate.
Sim. Ela sabia que coisas desse tipo são perigosas, sair por aí com estranhos. Mas a sensação de ânsia não passava, e ela queria ver até onde ia dar. Estava pagando para ver.
"Meu Deus" - arfou quando o desconhecido a prensou contra a parede e impôs sua boca contra a dela, e manteve assim até surgir a necessidade de oxigênio.
Ao se afastar, sussurrou:
- Apesar de não querer, eu posso parar a qualquer momento, até onde você quer ir?
Aquela pergunta estava muito carregada, e por um momento Helena quis ir para casa no mesmo instante.
-Até o fim.
E era isso que bastava para o desconhecido a puxar pela mão até um carro preto e a levar, através da escuridão da noite para sua casa.
Quando os dois entraram, não houve tempo de pensar ou respirar, era agir. A necessidade e o desejo andavam de mãos dadas naquele momento e nada poderia parar aquilo.
Quando já estavam no quarto do estranho, não havia mais roupas como obstáculo, a suave luz da lua que emanava para dentro do quarto,excitou ainda mais Helena que tinha uma leve visão do homem sensual que estava junto à ela.
À medida que o beijava aumentava o calor de seu corpo e Helena sentia no ar a própria luxúria. Ela respondeu com vibrações novas em cada polegada de sua pele, a toque em seu corpo, era uma sensação nova, uma temperatura diferente, um som diferente era produzido.
Ele a beijou no pescoço entre suas investidas, numa velocidade causticante, deixando um traço de desejo por onde passava. Ela precisava de mais.
O estranho começou a sair de dentro dela e distribuiu beijos pelo seu corpo até chegar em um ponto específico. Usando o calor dos dedos e dos lábios, levava Helena quase à loucura. Quando sentia chegar ao precipício, o estranho voltou para dentro dela, da maneira mais profunda possível. Puxou-lhe o cabelo, obrigando a expôr seu pescoço, deixando-a ainda mais vulnerável; Helena agarrou-se ao estranho, passeando suas mãos pelo corpo dele, apertando sua bunda e incentivando que ele fosse mais fundo.
-Eu disse, até o fim - sussurrou no ouvido dele.
-Nós vamos até lá, meu anjo. - ele respondeu mudando a posição e a colocando por cima.
Helena seguiu o ritmo que queria, e pensou estar sendo egoísta ao procurar apenas sua própria satisfação. Seu movimento ficou mais feroz quando sentiu nada mais que o incentivo dele.
Silenciosamente, pediu que as paredes do apartamento dele fossem bem grossas.
Num último arremate, voltaram à posição inicial, e enquanto tinha seus sentidos desnorteados, percebeu que o estranho permanecia por cima dela. E daquela forma ficaram até o sono falar mais alto.
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