Summer POV
- Trouxe comida para você. - Coloquei uma bandeja em seu colo. Ele mexeu os braços para pegar os talheres, segurei-os para ficarem no lugar. - Eu dou para você. Está machucado, Zayn.
- Eu não quero dar trabalho para você, Sum.
- Eu dei trabalho para você por cinco meses, agora deixe-me retrubuir. - Espetei uma fruta com o garfo, ele abriu a boca e coloquei na mesma. - Zayn.
- Hm? - Ele falou de boca cheia.
- Estava pensando... Você tem vontade de morar sozinho? - Ele engoliu a comida e pensou.
- Sozinho, sozinho ou sozinho com você?
- Comigo. - Coloquei outra fruta em sua boca. Ele me olhou sorrindo e assentiu com a cabeça. - Vou comprar um apartamento para nós. E outro para Doniya e o Thomas.
- Não! Você irá gastar muito dinheiro. Não vou permitir. - Dei risada. Ele arregalou os olhos. - Você por acaso já fez a compra? - Assenti rindo. - Era só o que me faltava.
- Eu sei que você está feliz. - Ele sorriu. - Consigo ver em seus olhos.
- Estou feliz por ficarmos juntos, e não por você gastar quase um milhão de reais com isso. - Dei mais comida para ele.
***
Zayn havia pegado no sono. Estava o olhando dormir há três horas. Levantei da cadeira e chamei o médico. Iria até minha casa para pegar uma troca de roupas, já que passaria a noite lá no hospital.
Peguei um táxi na rua, na hora que entro recebo a mensagem da compra concluída do apartamento. Sorri ao ver o torpedo, e após isso, desliguei-o e guardei-o na bolsa. O táxi parou em frente á minha casa, paguei o taxista e entrei em casa.
Todas as minhas funcionárias dirigiram-se até mim correndo. Bufei, e olhei para elas.
- Seu pai foi preso, Summer. - Margaret comentou. Isso significava que ele estava vivo. - Como está ele?
- O Zayn? - Ela assentiu com a cabeça. - Mal. Fraturou as costelas, e uma perna. Mas ele está reagindo bem.
- Que ótimo. - Margaret soltou o ar. Foi até o balcão e pegou um potinho. - É para ele. Fiz com carinho. É bolo de chocolate.
- Obrigada, Margaret. Ele vai ficar feliz, tenho certeza. Agora vou lá para cima pegar uma troca de roupas. Já volto.
Subi até meu quarto e peguei um vestido do armário.
Guardei-o em uma bolsa, junto com o bolo que Margaret fez para o Zayn. Ouvi uma pedrada na janela. Fui até a janela e não acreditei em quem vi subindo a árvore.
- Eu não quero ver sua cara. - Comentei olhando em sua cara. - Pode sair do meu quarto.
- Eu vim conversar.
- Dylan, o que você quer? Vai me estuprar?
- Vim pedir desculpas. - Fechei os olhos para não dar-lhe um soco. - Fiquei sabendo que seu pai foi preso. Precisava do dinheiro, por isso fiz aquilo. Desculpa, Summer.
- Se eu te desculpar você para de me encher?
- Fiquei sabendo o que houve com o Zayn. - Olhei para baixo, odiava lembrar disso. - Aqui. - Ele me deu várias notas de dinheiro amarradas em um elástico. - Todo dinheiro que ele me pagou fingindo ser seu namorado.
Vendo o dinheiro e olhando fundo em seus olhos, dei um sorriso fraco e o abracei. Lembrei de suas palavras, lembrei do Zayn. Molhei sua blusa com minhas lágrimas.
- Eu estou com medo, Dylan. E se acontecer algo com ele? Eu fico lá olhando ele dormir, cada movimento que ele faz, ele está mal. E se algo acontecer?
- Se acontecer, é porque tem que acontecer. - Ele fez carinhos em minha cabeça. - Ele vai lutar por você. Ele te ama, Summer. Vai dar tudo certo com ele.
- Eu não sei o que fazer. Ele está com um olhar triste.
- Faça um agrado á ele. - Me separei dele, encerrando o abraço. Limpei as lágrimas. - O que ele mais gosta?
- Eu nunca perguntei á ele. Ele curte grafitar, desenhar, e essas coisas. Mas ele não pode fazer isso pelo estado dele.
- Então, vamos pensar. - Assenti com a cabeça. - Vocês estão namorando? - Assenti novamente. - Moram juntos?
- Comprei um apartamento para nós, já está reformado, só falta transportar as coisas.
- O quarto de vocês está pronto? - Neguei com a cabeça. - Vamos á uma loja, leve esse dinheiro. Já sei o que fazer.
***
- Quer tirar o Zayn da maca, e colocá-lo em uma cadeira de rodas? - Assenti com a cabeça. - Summer... Não pode demorar, ouviu?
- Sim, doutor. Em duas horas no máximo estarei aqui, é uma promessa.
Sentei na sala de espera, pouco tempo depois, doutor apareceu com o Zayn em uma cadeira de rodas, saindo da sala que ele estava internado. Sorri ao ver a cena, ele estava um pouco melhor. Ele acenou para mim. Ri. Tomei a cadeira de rodas do doutor, e saí do hospital.
- O que você aprontou agora? - Ele perguntou dando risada.
- Você vai ver.
Andei dois quilômetros com o Zayn na cadeira de rodas, até chegar a um prédio lindo, ele olhou e sorriu. Entrei dentro do elevador com ele, e parei em nosso andar, o piso estava pronto, e as paredes também.
- É enorme. - Ele comentou. - Mas para que me trouxe aqui?
Dirigi a cadeira de rodas até o nosso quarto, que tinha as paredes inteiras brancas. Ele olhou para as latinhas de spray que tinham no chão, as luvas e a máscara. Ele sorriu.
- Vamos dar um pouco de cor á esse quarto, o que acha? - Ele me puxou para perto dele, me dando um beijo na bochecha.
- Te amo.
Peguei as latinhas, ele pegou uma e começou a pixar a parede. No começo, parecia terrível, mas depois, virou uma obra de arte. Ele fez o por do sol na parede, com a sombra de um casal nele, que ele diz ser nós dois.
- Ficou lindo.
- Obrigado, Sum. Você sabe mesmo como me deixar feliz.
- Precisamos voltar para o hospital agora, Zayn.
- Sum?
- O quê?
- Mal posso esperar para morar aqui com você.
- Eu também, meu amor. - Fui tentar beijá-lo, mas não tinha jeito. - Acho que vamos ter que esperar um pouco para...
- Ssh. - Ele me colocou sentada em seu colo. Passei o braço por seu pescoço, e coloquei o outro em sua nuca, e juntei nossos lábios. Ele pediu passagem para a língua, e eu cedi. Era inexplicável a sensação de beijá-lo. - Agora podemos voltar.
Saí de seu colo, e empurrei a cadeira para fora do cômodo. Fui embora do prédio, e percorri aquele caminho todo empurrando a cadeira, tudo para deixá-lo feliz.
Ao chegarmos ao hospital, já tiraram ele de mim, e o colocaram na maca da sala que ele estava internado.
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