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História Fix Me (Malec) - Pedido em namoro


Escrita por: Dany_Malec

Capítulo 12 - Pedido em namoro


Fanfic / Fanfiction Fix Me (Malec) - Pedido em namoro

-Docinho, isso é algo... delicado-

-Estou disposto a ouvir- Retirou seu olhar do teto e encarou Alec assim percebendo uma coisa -Que aliança é essa em seu dedo?-

-Muitas coisas aconteceram, muitas. Eu preciso que tenha pasciência pois não posso contar tudo de uma vez-

-Alexander, eu acordei em um hospital, nem sei qual foi o motivo ou o por quê de meu pé estar machucado, meu amigo que eu não via à quase um ano estava aqui, meu pai eu nem sei por onde anda, você também está aqui e com uma aliança. Ninguém quer me contar nada, eu estou perdido Alec, perdido, então por favor...- recobrou a respiração -por favor, me explica pelo menos por que estou nesse hospital e qual a data atual-

-Você iria sofrer um acidente de carro, mas seu pai entrou na frente te empurrando com força na hora do desespero te salvando. Ele está bem, se recuperando em casa de repouso. Quando você caiu, bateu com a cabeça e isso causou uma perca de memória. Estamos em 4 de Janeiro de 2018-

Se calou e nada mais detalhou, apenas segurou a mão de Magnus que tentava não chorar mais foi inevitável impedir que uma única lágrima solitária percorresse seu rosto. Estava sendo forte, precisava ser. Ficou minutos e minutos encarando o teto, Alec em momento algum soltou sua mão, estava ali para qualquer coisa que seu marido precisasse.

-Obrigado... obrigado por estar aqui. Não vou negar que estou com raiva dessa aliança em sua mão, mas pelo que o médico me contou, você sempre esteve aqui. São poucos os amigos que nos apoiam em todas as horas, por isso agradesço muito a você e ao Ragnor-

-Não precisa agradescer- Alec não admitiu mas seu coração doía, doía por não poder o beijar, por não poder contar ainda que são casados, por ser tratado apenas como um amigo -Sempre que precisar, estarei com você-

-Obrigado. Quando receberei alta afinal?-

-Amanhã, mas precisará ir para minha casa. Seu pai está muito abalado pelo acidente e prefere que você não o veja machucado-

-O quê? Isso é ridiculo. Ele pode ter me batido e tudo mais só que não sei o que aconteceu nos últimos 5 anos, só sei que ele salvou minha vida e eu não me importo com isso de beleza. Seu marido também não iria me aceitar na casa de vocês dois e eu não quero ter o desprazer de conhecer ele. Talvez eu até já me tornei amigo desse cara mas enquanto minha memória parou em 2012, meus sentimentos também, por tanto, ou vou para a casa do meu pai ou vou para a casa do Ragnor-

-Meu marido está viajando já faz um mês e eu não sei quando ele volta pra mim. É como se... se ele não me reconhecesse mais, só que ainda tenho esperanças que ele volte. Quanto ao Ragnor, ele está em Nova Iorque a viagem hospedado em um hotel porque precisava estar te acompanhando também mas agora que você acordou ele irá voltar para a cidade dele. Seu pai já disse que lá você não fica, vai pra minha casa sim, não interessa os motivos-

-Teimoso-

-Estou fazendo isso pelo seu bem. Acredite em mim, pirracento-

-Algumas coisas não mudam com o tempo-

-Acredito nisso-

*Flashback de 09/12/2012*

Já fazia alguns dias desde que o primeiro beijo entre Magnus e Alec havia ocorrido, evitaram tocar no assunto sentimentos por medo, medo de um estar amando enquanto o outro apenas gostava, medo de não serem correspondidos com a mesma intensidade, medo de assumirem para si mesmos que aquilo iria virar um relacionamento e mais cedo ou mais tarde teriam de infrentar suas famílias, porém, se este era o preço para ficarem juntos, arriscariam, só faltava algum dos dois tomarem a primeira atitude e este alguém seria Magnus.

Chafariz, tudo ocorreu no famoso chafariz em que por várias vezes se encontraram para sentar e conversar, inclusive no dia daquele desfile de moda para deficientes fisícos. O chafariz ficava em um local extrenamente calmo do parque onde era muito raro alguém frequentar, poucos tinham conhecimento daquele local e mesmo assim o esqueciam, lá sim tinham paz e podiam rir sem medo de a qualquer momento Asmodeus chegar estragando tudo.

Naquele dia em especial Magnus fez questão de ir, natural. Estranho, não é mesmo? Sempre se maquiava, passava horas em frente ao espelho e se tornava um sacrifício escolher qual roupa vestir, se enchia de acessórios, glitter e um bom perfume. Não despendou o seu cheiro de sândalo naquele dia, mas dispensou maquiagens e todo resto, trajava calça jeans e uma blusa preta de manga cumprida dobrada na altura dos cotovelos; estava pronto.

Pegou a cesta de pequenique e se olhou em frente ao espelho como de costume, costume esse que nunca perderia. Limpou a garganta, tentou treinar suas falas mas nada vinha em sua cabeça, teria de improvisar, foi o que decidiu.

Naquele dia seu pai chegaria em casa as 23:00 da empresa devido a uma reunião que foi marcada bem tarde, ou seja... tempo não os faltavam, iriam comprar os ingressos adiantados para assistir algum filme a noite no cinema por volta das 19:00 até as 20:00, mas enquanto este horário não chegava, iria fazer o pedido durante a tarde mesmo e esperava que tudo desse certo.

Ao chegar no chafariz, estendeu uma toalha sob a grama e colocou a cesta em um canto, sua sorte é que naquele local não havia formigas e isso os deixaria a vontade para comer.

Nervosismo, talvez isso o definisse naquele momento, e se Alec não aceitasse? E se ele tivesse confundido as coisas? Foram dois beijos no mês passado e depois seguiram com suas amizades, claro que teve um beijo ou outro naqueles dias em que algum deles estivesse triste com algo ocorrido em casa, na família etc, parescia mais uma tradição de beijo como consolo, mas não queria que fosse assim, desejava mais e torcia para que Alec também.

Seu coração saltitou quando viu de longe o moreno caminhando em sua direção, botas, calça preta e blusa azul clara combinando com seus olhos, lindo como sempre.

O brilho do olhar de Alec iluminava seu dia e o sorriso dele matava Magnus aos poucos, mas era uma morte boa, a morte em que levava apenas suas dores embora e não todo o resto.

-Oi Mag-

-Eu já estava com medo pensando que você não iria vir- Se sentou mais na beirada deixando Alec sentar ao seu lado.

-Desculpa, Izzy tentou me interrogar, digamos que é dificil fugir dela-

-Eu entendo, Ragnor faria a mesma coisa-

-Ainda bem que ele não está junto com Izzy-

-Deus me livre, deixe ela com o nerd- Ambos riram e se olharam.

-Você... cadê a maquiagem? Os anéis, os glitters, digo...-

-Hoje prefiro que você me veja naturalmente, é importante, pelo menos talvez seja só pra mim-

-Magnus, do que está falando?-

Nem abriram a cesta, mal respiraram e mal deram inicio a conversa, Mag decidiu fazer o pedido. Mas será que estava na hora certo? Seria muito indiscreto pedir logo de cara? Ele era novo com essas coisas de relacionamento, já havia beijado muitas garotas em festas do colegial e até outras festas em que foi escondido de seu pai, mas em questão de namoro, isso era novo e ele não sabia muito bem como fazer o pedido, achou que talvez uma das boas formas seria ir natural sem toda maquiagem e o resto, encarar Alec sem qualquer tipo de máscara, deixar ele o ver como é e apenas abrir seu coração, chegou comprar um presente o qual pensou seriamente se Alexander acharia estúpido, mas não podia evitar que gostou do que comprou, mesmo que não soubesse se Alec gostaria e isso contribuisse para seu nervosismo e desespero.

-Alec, eu... bem...- respirou fundo -Não sei por onde começar, olha... obrigado. Obrigado por tudo, seu apoio, seu carinho, sua honestidade, por sempre desejar o meu melhor e fazer isso acontecer, por sempre estar ao meu lado em tudo e consolar meu choro assim como eu quero estar ao seu lado cada vez em que precisar de mim e até mesmo quando não precisar- Arrancou um pequeno sorriso do Lightwood que o olhava com atenção e as bochechas um pouco coradas -Dias atrás quando você me convenceu a largar aquela arma no chão, você não impediu um suicida de se matar, você o fez enxergar que realmente ainda existia um verdadeiro motivo para viver e batalhar para conquistar o que tanto quer, e é o que estou tentando fazer, quero lutar por você-

-Magnus, o que você...-

-Por favor, me deixa terminar- se virou fazendo Alec também se virar e ficarem de frente a frente sentados -Eu comprei algo para você- Retirou da cesta um colarzinho que tinha como pingente um frasco de vidro com uma rosa vermelha dentro -este colar é estilo "A bela e a fera", pode até pesquisar na internet e irá achar colares semelhantes, o fato é, muitos enxergavam a fera como um monstro, um ser terrível, um ser insensível e que não merecia ser amado, eu cresci me achando assim e muitos também me consideram desta forma, mas a Bela foi a única pessoa que conseguiu enxergar o humano dentro dele, o ser frágil e carinhoso, o ser carente que no fundo só queria ser amado. Foi o que você fez comigo Alec, você foi o único que enxergou o verdadeiro humano dentro de mim e assim como a Bela, seu coração é puro e sua beleza é algo majestoso- A essa altura Alexander segurava o colar com cuidado acariciando o pequenino frasco enquanto seus belos oceanos transbordavam lágrimas encarando os pequenos olhos de seu amado -Alec, em tão pouco tempo você se tornou uma pessoa tão especial para mim. Eu posso não ser o cara dos seus sonhos, sou um alguém medroso com o próprio pai, covarde, rebelde as vezes, que já bebeu mais garrafas de uisque na vida do que consegue contar, e... pegou muitas pessoas também em festas, não vou negar, não posso mentir para você e nesses meses de amizade eu acho que até já contei isso para você. Só que ninguém, absolutamente ninguém me dispertou o que você conseguiu dispertar, é algo tão forte que dói não ser correspondido, talvez você também sinta isso ou talvez sou apenas mais um iludido na vida. O fato é, eu te amo Alexander, e essa enrrola toda que causei era para te perguntar.... Aceita namorar comigo?- A última frase foi dita com mais emoção do que todas outras que também foram emotivas, mas esta, esta frase em especial fez com que Magnus derrubasse lágrimas junto com Alec que não conseguia acreditar no que estava havendo.

-Só se me prometer uma coisa- Conseguiu finalmente dizer mesmo que com dificuldade.

-O quê?-

-Teremos revanche na sinuca, eu não aceito o fato de ter perdido semana passada-

Viu Magnus revirar os ohos e sorrir -Está falando sério?-

-É claro que não-

-Então isso quer dizer...?-

-Que os esforços de Izzy valeram a pena- O puxou pela camisa e o beijou intensamente, um beijo cheio de amor e ternura, cheio de arrepios e corações acelerados, interromperam os beijos após um tempo sem respirar e se encararam, olhando um no fundo dos olhos do outro -É claro que eu aceito, Mag, eu aceito- se aproximaram novamente e voltaram ao beijo, definitivamente namorados.

Poderia ter sido algo com música romântica, em baixo das estrelas, ou em algum restaurante, viagem, poderia ter sido de mil maneiras diferentes, mas foi ali em um pequenique que nem havia começado, ao lado do chafariz que foi testemunha de muitas tardes juntos e em baixo da sombra calma de uma árvore naquela tarde cujo sol não estava tão quente, clima fresco e corações quentes assim como seus lábios que perderam a conta de quantas vezes se encontraram, memorizaram cada detalhe, cada lágrima, os tons de vozes embargados pela emoção e o toque generoso de Magnus em sua pele quando colocou o colar no pescoço de seu namorado, tão sonhado namorado.

*Fim do Flashback*

-Do que se trata este colar em meu pescoço? Ele é da Bela E A Fera, certo?- Magnus perguntou curioso.

-Sim, certa vez o ganhei de uma pessoa muito importante da minha família e este colar me deu sorte, decidi deixar com você até se recuperar do acidente, quem sabe ele te dê sorte também-

-Quem sabe, torceremos por isso-

-Concordo-

-Ele me paresce famíliar, é como se... eu já tivesse o visto em outro lugar sem ser na internet, mas não me lembro onde. Talvez tenha sido em seu pescoço mesmo-

-Provávelmente, foi-

-Quem seja que o deu, tem bom gosto-

-Sim, ele tem muito bom gosto- Deu um pequeno sorriso -Agora tente dormir, você precisa de repouso para sair daqui amanhã, tudo bem?-

-Tudo-

Não demorou para dormir, estava cansado, foram muitas informações desde que acordou e ainda estava fraco, isso iria requer muito repouso e cuidado, cuidados estes oferecidos por seu marido que acariciou seus belos cabelos negros enquanto o indonésio dormia.


Notas Finais


Ps: Amo vocês 💘


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