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História Flor de Fênix - Desejo do coração


Escrita por: MlleRenard

Notas do Autor


Yoo Minna, estou de volta com mais um capitulo de Flor de Fênix. Estou postando hoje pra deixar tudo parelho postando aqui e no Nyah, e como lá já havia postado esse cap, pensei em posta-lo aqui também o mais rápido possível.
Renard espera que gostem. Tem alguns OCs neste capitulo.
Betado por mim, se passou algum erro, queridos, me avise.
Até lá embaixo. o/

Capítulo 2 - Desejo do coração


Fanfic / Fanfiction Flor de Fênix - Desejo do coração

Pov. Hitsugaya

 

Levei-a para Urahara Shop onde sabia que ela estaria segura e seria tratada. Tessai rapidamente foi tratar a ferida de Karin enquanto Urahara e Yoruichi faziam seu pequeno interrogatório para compreender o que havia acontecido. Contei-lhes tudo que sabia sobre aquele Adjucha, que de fato não eram muitas coisas.

— Entendo. - começou Urahara abanando-se com seu leque, os olhos sérios por debaixo da aba do chapéu listrado. - Mas o que lhe trás ao mundo humano Hitsugaya-taichou?

Boa pergunta. Por que estava no mundo humano afinal? Algo dentro de mim gritava que a resposta era óbvia, mas se era assim tão simples, porque não conseguia entender?

Baixei a cabeça pensativo encarando meus punhos cerrados sobre o tampo da mesa baixa enquanto me encontrava sentado sobre os calcanhares tendo ambos ex-taichous a minha frente.

— Kyouraku-soutaichou me mandou. - menti pois não tinha uma resposta para aquela pergunta. - Com a ausência de Kurosaki Ichigo, alguém deveria ficar de olho na cidade de Karakura. Foi pedido a mim que viesse.

Kisuke fechou o leque em um baque e assentiu, não parecia disposto a prolongar o interrogatório, esticou a mão e pegou o copo com chá bebendo um gole vagarosamente. Estava preocupado. Preocupado demais com uma garota humana que havia apenas visto duas vezes. Também estava com algumas dúvidas, lembro de ter visto Karin usando um Kidou, mas como ela desenvolverá tais técnicas?

— Sei que você deve ter algumas dúvidas. - começou Yoruichi tomando minha atenção. Encarei a mulher de cabelo escuro que parecia ter lido minha mente. - Vamos esclarecer algumas coisas para você, já que é amigo da Karin-chan.

Olhei para o relógio que se encontrava na parede de trás da sala, marcava seis horas, Kurosaki ficou inconsciente por muito tempo, o que só me deixava mais nervoso de um modo que não compreendia.

— Fale. - pedi voltando a encarar o casal a minha frente.

— Quando Ichigo perdeu seus poderes de Shinigami, Kurosaki-san veio até aqui, seguindo Yoruichi em forma de gato. - começou Urahara dando um demorado gole no chá. - Tivemos uma conversa rápida sobre reishi, reiatsu, Shinigamis e Hollows e ela pediu para receber treinamento.

— Ela é muito talentosa nas artes demoniacas. - alegou Yoruichi com orgulho na voz. - aprendeu rápido a forma básica da execução dos Kidou, e tornou-se extremamente rápida para um humano. - fez uma pausa olhando para um ponto atrás de mim, como se lembrasse dos dias passados. - tudo pelo desejo de seu coração, de não querer ser carregada pelos outros. O desejo de ajudar o irmão.

Então era assim que a Kurosaki se sentia. Já havia percebido que ela não gostava de ser considerada frágil, por isso agia como agia, valente e durona. Eu gostava disso nela, não era como as outras garotas.

— Ano… - ouvi a voz suave da jovem funcionária da loja. Seu nome era Ururu, se não me engano. Ela curvou-se respeitosamente e ao receber um aceno da parte de Urahara tornou a falar. - Kurosaki-san está despertando.

Sem esperar qualquer resposta, levantei-me e fui até o quarto em que a mesma se encontrava deitada sobre o futon, abrindo os olhos lentamente. Seu braço ferido estava enfaixado e agora livre de todo o sangue seco de antes. Ajoelhei-me ao seu lado esperando que me notasse.

— Toushirou… - murmurou coçando os olhos com o dorso da mão. - É você mesmo? Pensei que fosse uma ilusão antes da morte. - ela riu amargamente. Não achava aquela brincadeira nem um pouco engraçada. Ela olhou em volta tentando reconhecer o local, talvez. - Onde estamos?

— Na Urahara Shop. - respondi em um sussurro. Então nossos olhos se encontrar, vi seu semblante despreocupado, aquilo me incomodou. - O que deu em você de enfrentar um Hollow daquele nível sozinha? - exige a resposta desta vez elevando a voz. As palavras havia fugido de minha boca com surpreendente preocupação, deixando-me nervoso.

Primeiro ela arregalou os olhos surpresa com meu ato depois enrugou a testa franzindo o cenho visivelmente ofendida e irritada. Seu rosto se contorceu de raiva.

— E quem é que foi que pediu a sua ajuda? - respondeu rude, em alta voz. - Eu posso muito bem me cuidar sozinha.

— Ah, claro que pode. Acho que aquele Adjucha não estava prestes a te devorar quando cheguei! - deixei a discussão fluir, apenas não conseguia parar. Porque aquela tola não podia entender que estava errada?

— Por que veio então, Taichou-sama? - perguntou venenosa. Meu sangue gelou assim como o ambiente a nossa volta que, por causa do meu humor, estava parcialmente coberto por uma fina camada de gelo.

— Por que você precisava de mim. - respondi sem pensar. Ela corou e baixou a cabeça para não me encarar. Minha face também esquentou e virei o rosto para outro lado.

— Ne, Toushirou… - chamou ela com a voz mais suave. A olhei no momento que ergueu a cabeça com as bochechas rosadas. - Arigato.

Senti algo aquecer dentro do meu peito e tive de desviar o olhar, o sangue fugiu para minha face, deixando-me rubro, uma reação nada normal. De soslaio a observou. Estava diferente, mais bonita. Seu cabelo negro solto estava comprido, pouco abaixo dos ombros, seu rosto não tinha mais o traço infantil de antes, mas seus olhos ônix continuavam os mesmos, naquele tom negro impossível de escapar, olhos ardilosos que capturavam minha atenção facilmente. Seu corpo também havia mudado, as curvas bem acentuadas mostravam a mulher que Kurosaki Karin estava se tornando. Aquele pensamento me fez corar mais e balançando a cabeça afastei qualquer pensamento impuro.

Kurosaki me encarava deliberadamente, rindo.

— O que foi? - perguntei arqueando uma sobrancelha. - Do que está rindo?

— Você. - foi apenas o que respondeu e continuou a rir por mais alguns instantes, enfim esclarecendo. - Está mais alto do que eu. - e bagunçou meu cabelo.

— Pare com isso. - pedi com algumas veias salientes de irritação espalhadas pela testa. - sou um taichou.

— Hunf. - ela afastou a mão da minha cabeça e olhou no fundo dos meus olhos. A camada de gelo já havia evaporado do quarto. - Ne, Toushirou. Tem onde ficar?

— Vou ficar na casa da Haru-baa-chan. - respondi frio como sempre. Ela assentiu meio decepcionada.

— E quando vai voltar? Digo, para a… - procurou a palavra certa. - Soul Society. Quando vai voltar para lá? - perguntou observando o braço enfaixado com dor nos olhos.

— Provavelmente quando seu irmão voltar. - menti. Na verdade teria de voltar antes, quando o tempo de minha folga expirasse, mas não poderia dizer-lhe isso, pois nem sabia qual o real motivo de estar ali. Melhor era manter a mentira e pedir ao Soutaichou pelo regresso apenas quando o Kurosaki-fukutaichou estivesse de volta.

— Ichi-nii. - resmungou de cabeça baixa. - Estou fazendo o trabalho dele por aqui, destruindo alguns Hollow. - levantou a cabeça rápido me encarando. - Mas o que era aquele monstro que enfrentei? Era muito mais forte.

— Adjucha. - respondi e ela fez careta, com um suspiro pesado continuei. - É uma classe de Menos. Sabe o que são?

— Menos são aqueles Hollow abobalhados, do tamanho de um edifício? - indagou ela com certa curiosidade.

— Esses são os Gillians, uma espécie de Menos. - disse erguendo a mão indicando três dígitos. - existem três espécies de Menos. - tornei a indicar um dígito com os dedos. - O primeiro é o Gillian, não tem consciência e são bem perigosos. - após indiquei dois dígitos. - O segundo é Adjucha, aquele que você enfrentou. São muito mais fortes e rápidos que os Gillian. - indicando os três dígitos novamente tornei a falar. - E por fim o mais perigoso. Vasto Lorde, o mais poderoso dos Hollow. É pequeno, tem o tamanho de um humano, mas é muito poderoso. Por sorte não existem muitos. - minha expressão tornou-se sombria. - Estes podem bater com um taichou do Gotei 13.

Os olhos de Karin se esbugalharam de surpresa e um resquício de medo no olhar.

Nenhum de nós disse mais nada, apenas ficamos dividindo aquele silêncio. Yoruichi entrou e disse que seria melhor se ela descansasse por ali mesmo, mas teimosa como sempre, Kurosaki retrucou que deveria voltar para casa ou sua gêmea entraria em pânico.

— Tudo bem Karin-chan, tome cuidado. - a mulher de olhos âmbar deu um forte abraço na garota que saiu cambaleando do aperto. - Hitsugaya-kun poderia acompanhá-la. - sugeriu empurrando-me para a saída junto da Kurosaki.

 

— Você não precisava mesmo me acompanhar. - disse ela quando saímos dos limites da loja.

— Então não quer minha companhia? - perguntei cruzando os braços. O vento balançando o haori de capitão, assim como meu cabelo e as pontas do cachecol verde-água que usava. Ela apenas mostrou a língua e seguiu andando, com o braço sustentado por uma tipoia.

O caminho foi tranquilo e silencioso, não haviam muitas pessoas na rua e a lua surgia no céu rapidamente seguida por suas fiéis súditas estrelas. Kurosaki parou em frente a porta e agradeceu-me com um sorriso, entrando e ouvindo os choramingos preocupados da irmã.

Já estava na hora de ir também.


 

Pov Karin

 

Yuzu ficou toda preocupada, fazendo perguntas, chorando. Mas não poderia responder nada. Ela não compreenderia. Apenas disse que um cachorro louco estava solto no parque e me atacou, não foi uma mentira tão absurda e ela acreditou, dizendo que prepararia meu prato favorito.

— Não me leve a mal Yuzu, - comecei bocejando e seguindo até as escadas enquanto ela me observava da cozinha com seu avental cor-de-rosa. - apenas quero descansar. - e subi para meu quarto.

Não queria magoá-la, apenas queria mostrar-lhe que estava tudo bem. Também estava distraída demais e não ouviria nada que ele tivesse para me falar.

Joguei-me na cama do jeito que estava, a manga da minha blusa estava rasgada e com algumas manchas carmesim. Fechei os olhos e os cobri com o braço bom, rapidamente meus pensamentos foram ao baixinho que me salvará novamente. Meu rosto aqueceu. Ele estava mais bonito, não tinha mais o rosto infantil, estava mais alto que eu, o cabelo branco rebelde estava com um penteado diferente, mas os olhos ainda eram os mesmos, aqueles belos olhos azul-turquesa que espelhavam a própria alma, ela lindo. Ele estava charmoso  com aquele cachecol, e parecia mais forte, mais musculoso… Meu rosto fervia com aqueles pensamentos, mas foi pensando no jovem capitão que adormeci.

O dia que se seguiu foi um tédio. Yuzu não me deixava sair por causa do braço e me fez ficar a tarde toda assistindo televisão. Mas o que mais me intrigava era sentir a constante presença de Toushirou, como se ele estivesse me vigiando. Não que eu não gostasse da companhia dele, mas era irritante saber que ele não confiava em mim nem na segurança da minha casa.

Já na segunda-feira fui me arrumar para ir a escola. O Oyaji encheu o saco por causa do meu braço, dizendo que não fazia mal ficar em casa quando se está machucado, apenas recebeu um belo chute na cara da minha parte antes de sair com Yuzu.

— Bye bye Otousan. - despediu-se ela acenando várias vezes. O Oyaji apenas chorava ao batente da porta, chamando-me de filha ingrata.

Yuzu andava animadamente ao meu lado, com seu uniforme escolar sailor de saia azul-marinho idêntico ao meu. O caminho para a escola não era longo, apenas tínhamos que caminhar pela estrada próxima ao córrego e seguir por um caminho estreito e pouco movimentado. Yuzu me contava sobre alguns garotos bonitos da turma dela - já que não estudávamos juntas - eu apenas ouvia distraidamente.

Ao chegarmos despedi-me dela, que foi ao encontro das amigas, e fui caminhando lentamente para minha sala no fim do corredor. Quando passei pela porta fui atacada por um abraço de urso de uma garota alta.

— Karin-chan! - disse manhosa me apertando, mas ao notar meu braço machucado se afastou. - gomennasai. - desculpou-se com uma voz infantil.

Shizuka Koyama era uma amiga da turma, bem, ela chegou até mim um dia e disse que seríamos amigas. É uma garota muito bonita, todos os rapazes são caidinhos por ela, tem cabelo longo, liso de um tom preto-azulado com as pontas ruivas, grandes olhos ametistas e pele clara, além de ter um belo corpo. Mas sua personalidade infantil não condiz com a aparência madura.

— Yo Shizuka. - respondi acenando com o braço bom. De trás dela surgiram dois rapazes, um de cabelo escorrido e bagunçado da cor de chocolate e o outro com cabelo espetado e negro. - Asura-kun, Moeru-kun. - comprimeitei-os também.

— Nani? - berrou Asura com os olhos cheios de água. - A gata da Kurosaki-san se machucou? - então começou a berrar desesperado. - Não consigo acreditar. Mulheres lindas assim não deveria se ferir. - falava dramaticamente. Cerrei o punho da mão boa e dei-lhe um soco no meio da testa fazendo-o cair para trás choramingando mais.

— K-Kurosaki-san, já disse que pode me chamar de Koji. - disse Moeru com sua típica timidez. - S-somos amigos afinal. - e sorriu gentilmente.

— Apenas se começar a me chamar de Karin. - exige como fazia todos os dias, mas sabia que ele não me chamaria pelo nome, nunca saberia porque. Ele enrubesceu.

— Kurosaki-san. - chamou Asura de forma séria levantando-se do chão e levando a mão ao rosto. - O que aconteceu com seu braço?

— Isso? - indiquei a tipoia com a outra mão, os três assentiram curiosos. - Nada de mais, me machuquei treinando. - menti.

— Tadinha da Karin-chan. - Shizuka iria me abraçar uma outra vez mas desistiu ao lembrar-se do braço ferido.

— Oh não. - Asura voltou a lamentar. - Vamos perder nossa melhor volante. - enxugava as lágrimas com a manga do casaco.

— Para com isso. Eu me recupero rápido. - disse com um sorriso presunçoso. No mesmo instante a professora chegou.

— Minna. - chamou a sensei enquanto voltávamos para nossos lugares, quando a sala ficou em silêncio ela tornou a falar. - Temos um novo aluno na turma. Sejam bonzinhos com ele. - ela indicou a porta e o aluno novo entrou.

Prendi a respiração quando todos pareciam admirados. O baixinho de cabelo branco entrou trajando o uniforme escolar, escreveu seu nome no quadro em vertical e curvou-se polidamente.

— Me chamo Hitsugaya Toushirou, prazer em conhecê-los. - disse ele fazendo meu sangue gelar. O que Toushirou pensa que está fazendo? Será perseguição?

— Hitsugaya-kun, pode se sentar ao lado da Kurosaki-san. - pediu a professora. É claro que ele iria sentar ao meu lado, era a única carteira disponível. Com uma concordância educada ele veio em minha direção.

— O que está fazendo aqui? - sibilei baixinho mas expressando meu descontentamento.

— O que se faz em uma escola, Kurosaki? - respondeu com uma pergunta sarcástica. A professora lá na frente resmungou.

— Sei que estão querendo ser amigos, mas poderia guardar as conversas para outra hora? - pediu ela diretamente para nós, toda a classe nos encarou segurando o riso.

Apenas lancei um olhar mortal para Toushirou e voltei-me para frente ouvindo a professora falar sobre a materia de matematica.

O sinal para o intervalo tocou e levantei-me puxando Toushirou pela mão, impedindo que qualquer garota fizesse o conhecido “interrogatório para garotos bonitos”. Passei por Shizuka que sorriu erguendo o os polegares em aprovação.

— Kurosaki-san!! - choramingou Asura no corredor quando deixei-o para trás.

 

Subi as escadas levando Toushirou até o terraço do prédio principal da escola. Abri as portas duplas com um chute fazendo-as bater para trás e fui até a grade mais próxima olhando para o pátio interno do colégio.

— Kurosaki… - resmungou ele. Ao perceber que ainda segurava sua mão, soltei-a rapidamente me afastando.

— Por que está aqui Toushirou? O que isso significa? Por acaso está me perseguindo? - perguntei inicialmente brava, cruzando os braços, o encarei. Ele usava o mesmo cachecol verde-água sobre o uniforme escolar.

— Oe, eu já disse é Hitsugaya-taichou. - corrigiu sem muito ânimo. - E que ideia absurda. Não estou te perseguindo, apenas fazendo meu trabalho.

— Ah, fazendo seu trabalho é? - perguntei sarcasticamente, lançando-lhe meu melhor olhar de desconfiança. - E qual seria o seu trabalho nesta escola afinal?

— Há humanos com potencial para atrair Hollows aqui, o melhor é ficar de olho. - respondeu frio, desviando o olhar.

— Entendo. - concordei olhando para o céu. As nuvens vagarosa moviam-se pelo painel azul bem diante dos meus olhos. Mesmo implicando ficava feliz por ter a companhia daquele albino baixinho. - Senti sua falta… - deixei escapar enquanto ainda observava o céu. Ao perceber o que disse, imediatamente o sangue do meu corpo subiu para as bochechas, e o fato dele me olhava igualmente constrangido me deixava ainda mais vermelha. - Digo… Você foi embora e não voltou mais… Pensei que não lembrasse mais de mim. - ri coçando a nuca em uma tentativa de amenizar a tensão no ar.

— Não tem como esquecer de você Kurosaki… - resmungou virando o rosto para outro lado. - Mas se quer saber, senti sua falta também. - O resultado foi um largo sorriso da minha parte. Por que aquelas palavras me deixaram tão feliz?

— Ne Toushirou. - chamei e ele balançou a cabeça para que continuasse. - Quer comer comigo? Digo... Comigo e meus amigos… Na cantina…? - perguntei toda enrolada. Acho que ainda estava nervosa pelo que disse antes.

— Não vejo problemas. - respondeu. Então voltamos para a classe esperando o segundo intervalo.

Shizuka ficou fazendo um monte de careta quando retornei com Toushirou, mandando beijinho e coraçõezinhos, simplesmente constrangedor. Na hora do intervalo fomos todos para a cantina e meus amigos queria logo interrogar Toushirou.

— Então Toushirou, veio de onde? - Asura foi o primeiro a perguntar enquanto sentávamos a mesa com as bandejas do lanche. Apenas Moeru-kun e eu trazíamos o próprio lanche de casa.

— Centro de Tóquio. - respondeu frio mexendo a salada do prato com o garfo.

— Sugoi! - Asura parecia empolgado, com os olhos brilhando.

— Quanto tempo vai ficar por aqui Histu-chan? - foi a vez de Shizuka perguntar, colocando uma cereja na boca.

— ‘Hitsu-chan’? - uma veia já pulsava na testa de Toushirou. Cobri a boca para conter o riso.

— É. Não gosta do apelido? - perguntou ela fazendo biquinho.

— Não. - replicou carrancudo.

— Ótimo. - ela gargalhou. - Então vou chama-lo assim. Agora responda minha pergunta, Onegai.

Então não consegui mais conter a gargalhada, acompanhada por Asura que nem ao menos entendia o motivo da piada mas ria junto por diversão, o que só deixava Toushirou mais irritado.

— Vou embora logo. - limitou-se a dizer.

— Ah, que pena ne? - manifestou-se Moeru timidamente. - Seria legal conhecer melhor o Hitsugaya-san. - disse polidamente, fazendo uma mesura como fazia com todos que conhecia.

— De qualquer forma, é melhor nos apresentarmos ao Hitsu-chan. Tenho certeza de que quando voltar para Tóquio não irá nos esquecer. - Shizuka gargalhava abertamente com as mãos na cintura. - Sou Koyama Shizuka, prazer. - deu uma piscadela para Toushirou que me deixou meio desconfortável.

— E eu sou Matsui Asura-sama, o capitão do time de basquete. - apresentou-se Asura exibido, fazendo uma pose de triunfo, mas recebeu um forte soco no rosto vindo de minha parte. - Itai.

— Moeru… Moeru Koji, douzo yoroshiku onegaishimasu. - disse o moreno curvando-se várias vezes.

— Oe Koji-chan, não seja tão formal. - repreendeu Shizuka dando-lhe tapinhas nas costas.

— Sumimasen. - curvou-se uma nova vez. - Não consigo evitar. - deu um tapinha na própria testa rindo sem graça.

— Então esses são seus amigos? - perguntou Toushirou em um sussurro para mim. Assenti ligeiramente sorrindo. - Entendo.

— Então, Hitsu-chan… - chamou Shizuka bem alto, inclinando-se sobre a mesa, ficando com o rosto próximo ao dele. O que me deixou ainda mais desconfortável. - Você e a Karin-chan já se conhecem? - a pergunta soou maliciosa.

— A alguns anos. Jogamos futebol juntos. - respondeu ele indiferente. Agradeci pelo charme de Shizuka não funcionar. Ela se afastou suspirando.

— Sugoi, Sugoi. - Asura estava ainda mais empolgado. - Quer dizer que você conheceu a gata da Kurosaki-san quando mais jovem? Que inveja.

— Urusai Asura! - bradei lhe dando outro soco, o garoto caiu para trás batendo a cabeça no chão.

— Kurosaki-san malvada… - resmungou ele ainda no chão. Uma gota enorme se formou sobre a cabeça de Toushirou.

— S-somos muito barulhentos para você, Hitsugaya-san? - perguntou Moeru daquele jeito extremamente tímido.

— Ah, não. Conheço alguém muito mais barulhenta que vocês todos juntos. - disse antes de, finalmente, provar a salada.

— Matsumoto-san? - perguntei curiosa. Lembrava de tê-la visto e ouvido seu nome apenas uma vez, mas era impossível esquecer uma mulher tão excêntrica como aquela. Ele assentiu apenas.

— Uau, vocês se conhecem mesmo. - falou Shizuka rindo. - Parecem até um par de namorados. - corei imediatamente com a insinuação.

— Não somos namorados! - respondemos ao mesmo tempo o que apenas intensificou o rubor. Shizuka gargalhou.

E como sinal de um mau agouro começou a chover.


Notas Finais


Yoo, voltei.
Ichigo é fukutaichou o/ quem será o(a) capitão(ã) do moranguinho? Acho que vocês já tem alguma ideia não é?
Hitsu-chan na escola da Karin? Isso parece problema hihihi
Espero que tenha gostado, deixei comentários pra Renard, ela fica muito feliz, ainda mais com sugestões, ela gosta. ^3^

Kissu, Kissu da Renard ♥ e Jaa ne o/


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