1. Spirit Fanfics >
  2. Flor de Fênix >
  3. As lágrimas que ela jurou nunca mais derramar

História Flor de Fênix - As lágrimas que ela jurou nunca mais derramar


Escrita por: MlleRenard

Notas do Autor


Yo, tô de volta aqui trazendo esse capitulo.
Eu pretendo postar um por semana, mas como as coisas estão adiantadas no Nyah e não quero deixar desparelho, acelerei aqui também.
Espero que gostem, nos falamos lá embaixo.

(imagem totalmente ilustrativa hahaha)

Capítulo 3 - As lágrimas que ela jurou nunca mais derramar


Fanfic / Fanfiction Flor de Fênix - As lágrimas que ela jurou nunca mais derramar

Pov Hitsugaya

 

Conhecer os companheiros da Kurosaki foi no mínimo constrangedor, aqueles três eram muito diferentes do que imaginava como amigos dela. A garota era excêntrica, o outro era escandaloso e o terceiro, desinteressante.

Quando finalmente saímos daquele colégio amaldiçoado uma chuva torrencial nos espera do lado de fora. As vezes me perguntava porque tinha decidido me passar por estudante, mas desistia ao não compreender meus próprios motivos. Prefiro acreditar que foi apenas parte do trabalho que estava fazendo durante minha folga. De todo modo, Kurosaki não tinha um guarda-chuva, muito menos eu, então tivemos de aceitar a companhia dos amigos. A tal Shizuka deu-me seu guarda-chuva cor-de-rosa enquanto dividia um com o escandaloso Asura. Kurosaki tinha de andar muito próximo a mim, tão perto que conseguia ouvir sua respiração, era constrangedor, tanto que meu rosto esquentava só com a proximidade.

A garota de mechas ruivas tagarelava coisas sem importância enganchando o braço no de Asura, sem pudor algum. Tentei ignorar as bobagens que aqueles humanos falavam da mesma forma que Karin. Estava mais concentrado em caminhar sem tropeçar na garota.

Shizuka foi por outro caminho com Asura e disse que podíamos ficar com a sombrinha, Kurosaki despediu-se com um aceno da amiga que tinha os gritos abafados pelo som da chuva.

Seguimos caminhando em silêncio e nem percebi que Moeru Koji ainda nos acompanhava, até ele fazer uma pergunta surpreendente direcionada  mim.

- Hitsugaya-dono… - chamou em um sussurro, parei de andar e encarei-o com meu olhar frio. - Você é um Shinigami não é?

Primeiro uma reação de espanto e por fim surpresa. Como aquele garoto sabia sobre os Shinigamis? Olhei para Karin em uma pergunta silenciosa, ela negou com a cabeça, voltei-me para o moreno que esperava uma resposta.

- Sim. - fui direto. - Mas como…

Não consegui concluir a pergunta pois ele soltou um riso nervoso.

- Eu sabia. Você tem uma energia diferente. - o garoto passou a mão pelo cabelo enquanto tamborilava os dedos no cabo do guarda-chuva preto. - Sumanai. Eu sei, porque consigo ver os monstros.

Aquilo ainda não era a resposta certa. Ver Hollows não fazia diferença, não tinha como ele saber sobre nós, tinha?

- Eu também tenho poderes para combater os monstros. - esclareceu sorrindo timidamente.

- Que tipo de poderes? - perguntei curioso. Quem aquele garoto era? Talvez fosse ele o responsável pelo aumento de Hollows naquela área, além da Kurosaki é claro.

- Eu não sei. Moushiwake arimasen. - ele curvou-se polidamente. - Apenas consigo destruí-los usando minha katana umbrella! - explicou exibindo o próprio guarda-chuva.

Ele contou a história triste da morte da mãe, que fora em um dia tempestuoso como este, ela usava o guarda-chuva de cores escuras, que ele sempre carrega, quando morreu. Disse que desde então não se separou da relíquia pois esta lembrava a mulher. Disse também que participava do clube de kendo e por isso pratica com espada. Era-lhe um item muito precioso. Disse também que de um tempo para cá, desde que entrou em contato com Karin, sua sensibilidade aos Hollow aumentou, ele sentia o próprio Reiatsu envolver o guarda-chuva, assim, tornando-se uma katana. Aquilo me lembrava um pouco os fullbring, mas não quis comentar.

- Entendo. Mas como conhece os Shinigami? - perguntei franzindo o cenho.

- Encontrei o irmão da Kurosaki-san em uma ronda quando estava atrás do monstro que matou minha mãe. Ele me falou um pouco sobre os Shinigamis. - respondeu constrangido. - Sinto muito se lhe causei algum problema Shinigami-san.

- Aquele lingua solta. - resmunguei baixinho. - está tudo bem Moeru-san, apenas tome cuidado com os ‘monstros’. - então voltei-me para Kurosaki. - Você sabia disso? - indiquei o rapaz.

- Sim. - ela assentiu indiferente. - Shizuka e eu estávamos voltando do Shopping quando vimos Moeru-kun lutando contra alguns Hollows. Dai conversamos um pouco. Mas não sabia que ele tinha encontrado meu irmão. - dei de ombro, se aquele garoto não atrapalhasse não havia problema nenhum deixá-lo destruir Hollows havia?

- B-bem. Eu preciso ir. - curvou-se mais uma vez e começou a se afastar. - Jaa ne.

- Jaa ne. - respondeu ela acenando para o amigo.

 

Naquele exato momento senti uma forte pressão, como a daquele Adjucha de antes. Encarei Kurosaki que tinha um olhar determinado, seus olhos diziam que ela queria enfrentá-lo novamente. Peguei a Soul Candy que mantinha no bolso e engoli sendo expulso imediatamente do Gigai. Empunhei Hyourinmaru em sua forma Asauchi, estava prestes a desaparecer no shunpo quando Karin me impediu segurando a manga de meu shihakusho.

- Eu vou com você. - falou convicta, com um olhar determinado. Encarei seu braço machucado, ela não conseguiria lutar naquele estado.

- Não. Você vai para um lugar seguro. - voltei-me para o gigai que já portava uma alma substituta. - Leve-a daqui e a proteja.

- H-hai! - assentiu o Gikon segurando o braço da Kurosaki para leva-la embora.

- Não. - protestou ela puxando o braço de volta. - Eu vou! - gritou pois a chuva abafava sua voz.

- Kurosaki não seja tola, se for assim só vai atrapalhar. - falei aquilo sem pensar, não havia calculado quanto tais palavras a machucariam.

- Você realmente acha isso? - perguntou, uma sombra lhe cortava a face.

- Karin… - deixei escapar seu primeiro nome, nunca a havia chamado assim. Ela fechou os punhos com força e levantou o rosto me encarando. Suas orbes ônix carregavam decepção o que me deixou intrigado.

- Eu sei que estou incapacitada. Vou me recuperar em breve… - começou gritando em plenos pulmões. - Mas preciso que saiba que não sou fraca. Treinei com Urahara e Yoruichi-san e não preciso de proteção. - ela baixou a cabeça novamente, um soluço baixo escapou de seus lábios deixando-me aflito. O que acontecia com ela? - Eu só… Eu só… - tornou a erguer a cabeça, seus olhos cheios de água, com um brilho de tristeza inexplicável, sua face tomava um rubor suave. - Toushirou… Apenas confie em mim… - pediu ela derramando as lágrimas que jurou nunca mais derramar.

Por impulso levei minha mão ao seu rosto e afastei a lágrima teimosa. Era dolorosa vê-la daquele jeito, tão… Frágil. Karin sempre foi forte e valente, enfrentava tudo e todos com destreza, sem se abalar com nada. Mas sabia que ela sentia tristeza e que jurara, após o luto de sua mãe, nunca mais derramar lágrimas, e naquele momento ela estava derramando suas lágrimas de tristeza, por culpa minha.

Lembrei-me do que a vovó do Rukongai me disse uma vez, que o pior pecado de um homem era fazer uma mulher chorar. Não queria vê-la chorar nunca mais, era doloroso.

- Karin… - seu nome saiu como um sussurro, fazendo-a abrir os olhos lentamente. - Eu confio em você, e sei que vai tomar a escolha certa. - conclui acariciando sua bochecha com o polegar, sem nem perceber que o fazia.

Ela baixou a cabeça mas assentiu seguindo para casa com a alma substituta que habitava meu Gigai. Dei-lhe uma última olhada por cima do ombro antes de desaparecer no shunpo.

 

No centro, próximo às lojas encontrava-se uma larga garganta aberta, saindo dela vários Hollows menores e até mesmo um Gillian rugindo alto, mas o que me chamou a atenção foi o Adjucha, Deima, este estava sobre o ar, diante do portal, observando a cidade com desprezo e rosnando ordens para as demais criaturas que o seguiam. A chuva se tornava feroz, já não era uma tempestade comum, ocultava a Reiatsu deixando tudo muito confuso.

Saltei do prédio que me encontrava em direção ao Hollow mais próximo dividindo-o em dois, continuei cortando-os sem liberar a shikai de Hyourinmaru, seguindo em direção ao Adjucha que apenas ria da destruição de seus companheiros. Quando repousou os olhos heterocromáticos em mim exasperou-se arreganhando os dentes e enrugando a testa.

- Kisama. - rosnou, próximo a garganta, relutante em recuar.

- Desta vez não vais fugir de mim Adjucha! - gritei para que ele pudesse me ouvir. Seus olhos azul e roxo brilharam de irritação.

O Gillian que estava sob suas ordens abriu a boca e carregou uma energia vermelha, lançando um fatal e poderoso Cero em minha direção.

- Souten ni saze Hyourinmaru. - despertei minha zanpakutou fatiando o raio vermelho ao meio avançando até alcançar o menos, com um corte em horizontal decepei-lhe a cabeça. - Agora é sua vez. - cortei o ar de cima a baixo lançando o dragão-serpente de gelo em direção a Deima, este apenas rosnou e saltou para a garganta que logo se fechou. - Covarde…

E fui cercado por um grande grupo de Hollows.

- Tensou… - ergui Hyourinmaru para o alto girando-a algumas vezes, acumulando as gotículas de chuva à sua volta  - Juurin… - cortei o ar a minha volta lançando a água acumulada, que se uniu tornando-se estacas de gelo que atravessaram as máscaras brancas de todos os Hollows, fazendo-os sumir em instantes.

A chuva cessou, as nuvens se dissiparam dando lugar ao sol vivido que brilhava o céu formando assim um largo e belo arco-íris. Um pouco cansado, desci até o terraço do prédio mais próximo e embainhei minha zanpakutou suspirando pesadamente.

- Se aquele Adjucha continuar fugindo, será difícil destruí-lo. - resmunguei para mim mesmo. - É melhor volta e ver se Karin está bem…

Usando o shunpo me movi rapidamente até onde sentia sua Reiatsu. Ela estava sentada nos degraus de entrada da casa enquanto a alma substituta que habitava meu Gigai encontrava-se de pé segurando a sombrinha da tal Shizuka.

- Toushirou. - ela levantou-se e correu em minha direção e, talvez por puro impulso, me abraçou. - Você demorou…

- Mas voltei. - resmunguei e ela se afastou constrangida, talvez percebendo que estávamos muito próximos. Desviei o olhar.

- Quer entrar? A Yuzu está preparando o jantar. O Oyaji logo chega. - disse ela despretensiosa.

Ela queria que eu conheceu o pai? E por que aquela ideia me parecia extremamente aterrorizante? Educadamente recusei.

- Desculpe, preciso mesmo ir. - falei antes de voltar para o Gigai e guardar a Soul Candy no bolso.

- Tudo bem, fica para a próxima. - falou soltando um riso travesso. Sorri espontaneamente antes de me afastar. - Toushirou! - quando ela gritou meu nome, voltei-me em sua direção. - Você lembra do que eu disse?

Meu sorriso se alargou. Não era muito de sorrir ou exibir tais sentimentos, era por isso que carregava a alcunha de capitão de gelo. Mas com ela eu não conseguia manter esta máscara, com ela eu não precisava.

- Vou confiar em você. - respondi. Ela corou espontaneamente.

- Daisuki, Toushirou! - ela jogou as palavras ao vento, mas consegui ouvi-las claramente. Antes que pudesse responder qualquer coisa a Kurosaki entrou dentro de casa fechando a porta com uma batida.

- Daisuki, Karin… - devolvi o sussurro indo embora com um sorriso impossível de desfazer nos lábios.


Notas Finais


Yo, o que acharam minna? Eu quis dar uma explicada sobre o Koji-kun com poderes fullbringer por que de alguma forma vou usar ele mais para frente.
Deixem um comentário para a alegria da raposa aqui. E até semana que vem, se tudo der certo.


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...