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História Flores de Inverno (Jerza) - Me Preocupo Com Você


Escrita por: Andynyxx

Notas do Autor


Oiiii genteeeeee (✿◠‿◠) demorei um pouco, mas bem menos que o previsto alsjkdaklsdjklasjdasjl finalmente consegui meu teclado novinho de volta <3 *3* ainda to com alguns problemas, mas estou resolvendo aos poucos.
eu amo tanto essa fic, sempre fico feliz em atualizar ela, amo todos vcs, serio <3
Ah, quero dar um abraço e um beijão internetástico na Neko e na Rachel por terem comentado no ultimo capitulo, porque ele foi realmente muuuuuuuuito especial pra mim <3 amo vcs suas lindas
em fim, esse cap ta cheio de coisas fofinhas e é aquela calma lindinha que sempre vem antes da treta nhe :') asdhjkahdajsdajs
em fim, já enrolei demais, então boa leitura *u*

Capítulo 9 - Me Preocupo Com Você


Fanfic / Fanfiction Flores de Inverno (Jerza) - Me Preocupo Com Você

 

 

Erza olhou em seu celular pra conferir que já eram 14:06, seu horário de almoço havia começado agora, mas já perdera seis minutos no trânsito e isso era muito tempo pra alguém como ela, cujo tempo era uma raridade. Hoje especialmente ela tinha muita coisa pra fazer, e havia saído uma hora a mais que o habitual, já que Natsu precisou sair às pressas para buscar o pai no hospital e ela jamais negaria ajuda ao senhor Igneel, que a tinha tratado de maneira mais gentil que seu pai jamais tratou. Então tudo bem, agora precisava re-planejar alguns horários, mas isso não mudaria muito.

 Parou em uma vaga próxima a entrada do Opala Aimi, de manhã pegara seu carro na Oficina e ele já estava totalmente consertado, o serviço foi ótimo, embora o mecânico tivesse inconvenientemente questionado sobre seus olhos inchados e como ela parecia meio cansada.

Ela queria ter dito que sim, estava cansada, cansada de tudo, havia chorado por uma boa parte da noite e quando acordou de manhã, graças a deus, Jellal não estava mais lá. Não sabia como teria agido se ele estivesse. Então teve que aguentar Annelise perguntando sobre o pai a cada dois minutos e ainda conseguir convencer Lucy de que ela estava bem, por favor, só leve essa coisinha irritante pro Colégio e depois aturar sua própria cara inchada no espelho, tudo por causa dele, então sim, ela estava mal e ele não precisava lembra-la disso. 

Mas é claro que ela só sorriu e pegou as chaves do carro.

Então agora estava aqui, no Opala Aimi, sua cara um pouco melhor, mas não muito, esperando pra falar com Mirajane Strauss, a professora de música de sua filha. A mulher tinha cabelos platinados que batiam no meio das costas, tinha sempre um sorriso gentil e era doce com todos que conhecia. Confiava mais nela do que em qualquer outro professor que Lise tinha, já que ela era uma boa observadora e sempre deixava Erza a par de qualquer mudança suspeita na menina. Acabaram se tornando amigas, já que Lise estudava música desde os três anos e meio com ela, e Mira sabia muito bem como era cuidar de uma criança sozinha, havia engravidado aos dezoito anos, embora infelizmente sua bebê não tivesse vivido muito mais que seis meses, em decorrência de uma pneumonia. Talvez por isso ela fosse muito apegada a Lise, mas qual fosse o motivo, Erza não estava disposta a quebrar o laço das duas, então acabou se tornando sua amiga também.

-Erza, o que te traz aqui? -Ela sorriu e ambas se abraçaram, ali fora mesmo, já que ela estava no intervalo. -Tudo bem com você? E Lise? Aconteceu algo a ela? -Mira assumiu uma expressão espantada e soltou a fumaça do cigarro que havia acendido.

-Não, não, está tudo bem, calma! -Ela inspirou e assentiu, aliviada. -Na verdade vim aqui pedir um favor. -Ela ergueu a sobrancelha, instigando-a a falar. -Lembra que te contei por telefone sobre o pai da Lise? -Mira assentiu- bom, ela contou a ele sobre as aulas de música e em especial sobre a apresentação de piano. -Erza suspirou e negou com a cabeça quando Mira a ofereceu uma tragada. -Então, agora os dois estão infernizando minha vida pra que ele possa ir também.

-Sério? -Mira não demonstrou muito entusiasmo (sentimento totalmente compartilhado com Erza) - Mas por que o interesse?

-Bom, ele também toca piano, até bem, provavelmente ela herdou o talento ou algo assim, mas de qualquer maneira, já deixei claro que talvez você não tenha mais vagas e ele não possa vir. Se quer saber, eu preferia que ele não viesse, mas...

-Mas Lise vai ficar desolada...

-Provavelmente. -as duas soltaram um suspiro idêntico, talvez estivessem com o mesmo receio, o que quer que fosse, Erza Não sabia como lidar com isso, só sabia que por mais que não quisesse muito Jellal por perto, também não queria Lise triste.

-Tudo bem, consigo colocá-lo na lista dela, mas sério, espero que ele venha mesmo, ou vou arrancar o saco dele por magoar minha gatinha. -Mira disse num tom que não parecia realmente uma brincadeira já que até seus olhos azuis brilhavam, mas Erza começou a rir.

-Ah, pode ter certeza que eu já quis muito fazer isso.

 -Huuuuum. -Ela apagou o cigarro e soltou a fumaça de vagar, olhando nos olhos da amiga. -O que exatamente isso quer dizer? -O tom malicioso fez Erza entrar na defensiva e ficar uns segundos sem resposta.

-Bo-Bom, Ah Mira, para! Sabe muito bem que eu não penso nisso!

-Ahaaaam. O que eu sei é que você é uma mulher jovem e por mais que tente esconder, toda romântica... -Ela riu, fazendo Erza revirar os olhos. -Então por mais que você tenha ficado com algumas pessoas. -ela enfatizou ''pessoas'', no intuito de deixar bem claro o duplo sentido da palavra. -Você sente falta de se relacionar com alguém.

-Olha só, Mirajane, a última coisa que eu quero é me ''relacionar'' com o Fernandes, eu tenho muito mais com o que me preocupar.

-Awn, você ta até chamando ele pelo sobrenome, que gracinha, você parece uma adolescente... só que já é uma velha de 26 anos.

-Pra começar, é 25 e se eu sou velha, você é idosa, quem é aqui que tem 30 anos hein? Ta criando teia já, de tão velha. -Erza fechou a cara, fazendo a amiga rir dos insultos que eram pura birra, depois de alguns minutos assim, ela prendeu o cabelo e pôs as mãos nos ombros da ruiva.

-Vou fazer o que me pediu, amiga, e se precisar pode sempre conversar comigo, ok? Estou aqui! Agora vai, vai resolver sua vida. -ela deu um empurrãozinho e um tapa nas costas de Erza. Quando já estava no carro, Mira gritou. -Só cuidado pra não delirar com o Fernandes, ta!?

**********

Às vezes Mira conseguia ser assim, odiosa, mas conversar com ela foi relaxante, diferente de Lucy que sempre dava seus palpites fervorosos, Mira ouvia e aconselhava, ou mesmo que só irritasse, sempre irritava de um jeito relaxante, se é que isso existia. Não teve coragem de contar sobre a briga ou o beijo, mas talvez Mira soubesse tudo o que ela precisava era não ser questionada, então não questionou. Mas, de alguma forma, ela meio que estava certa.

-Para de pensar nisso, pelo amor de deus! -Erza gritou pra ela mesma, tendo sua voz misturada ao som do motor desligando. Abriu a porta e os saltos baixos de sua bota fizeram barulho ao tocar na calçada. Alexandrine Clay era uma escola pública, havia decido que só pagaria os estudos de Lise quando ela estivesse no ensino médio, já que o fundamental era ótimo ali, ela preferia pagar apenas os cursos extracurriculares. O que acabou sendo uma boa decisão, Strawberry Paradise rendia um bom dinheiro, mas ela não recebeu nenhuma herança de seus pais, então não era rica, de qualquer maneira. 

-Boa tarde. -Ela disse, ao entrar na secretaria da escola.

 -Boa tarde... -Uma moça simpática a olhou por um momento, talvez sem entender o que ela fazia ali.

-É... Eu vim tirar uma criança mais cedo, ela é do segundo ano...

-Ahn, você é irmã?

-Não, não, sou Mãe.

-Ah. -ela não fez nem questão de esconder a surpresa, o que sempre deixava Erza um pouco desconfortável. Sim, acontecia bastante. -Qual nome da criança?

 -Annelise Scarlet, é do Segundo-A.

-Hum, ok. -ela verificou os arquivos e depois olhou pra cima. -Preciso dos seus documentos. -Erza revirou os olhos, a segurança é maravilhosa, mas também é um saco.

-Qual o motivo de vir tirar a criança? É algo importante? - um homem com um crachá escrito ''Gerald-Inspetor'' desferiu um olhar intimador a mulher, que ajeitou o cinto da calça jeans e devolveu o mesmo olhar a ele.

-Importante o bastante pra Mãe dela vir tira-la.

-Tsc. -Gerald saiu resmungando. -Essas mães desnaturadas...

-Hum, desculpe. – a menina murmurou assim que o homem grisalho saiu. -Senhor Gerald não está em um bom dia. E

rza pensou em inúmeras respostas cínicas que podia dar, mas a mocinha que aparentemente se chamava Dayanara, não tinha culpa, então apenas suspirou e sorriu.

 -Posso ver minha filha?

*

-Mamãe!!!! -Lise veio correndo e gritando, com o cabelo, outrora preso num rabo de cavalo perfeito, meio solto e desgrenhado, o uniforme azul claro consistia em uma saia azul, com um short por baixo e uma camiseta branca, com as bordas também azuis, entretanto agora ambos estavam amarrotados e amarelos de tanta areia.

-Deus do céu, Annelise, foi atropelada por um caminhão? -Erza parou e a olhou de cima a baixo, a garotinha riu e abraçou a mãe, deixando vestígios de areia em sua roupa.

 -Não mamãe, hoje foi dia de parquinho.

-Ok, essas roupas vão direto pra lavadora. -Elas andaram abraçadas de lado e quando chegaram ao carro, ela pegou a camiseta do uniforme reserva e um short Rosa (esse Lise botou ali por conta própria) e vestiu na menina, no Banco de trás mesmo, se virando pra que as pessoas na rua não vissem a menina pelada que ria enquanto tentava escapar da mãe.

-Annelise, você ta impossível, põe logo esse short, que eu tenho horário e nós temos que sair!

-Ah é mamãe! -Lise finalmente deixou que Erza colocasse o short, agora o único vestígio de sujeira era os tênis rosa da Marie, com os solados cheios de terra, já que até o cabelo fora preso firmemente pra trás. -Onde vamos?

-Lembra daquela loja do shopping que fomos procurar sua roupa nova pra apresentação...? Me ligaram dizendo que os modelos do seu tamanho chegaram.

-Uaaaau! -Ela gritou, com os olhos brilhando enquanto Erza ligava o carro. -Vamos comprar minha roupa?!

-Vamos sim, amorzinho. Mas você se decida, hein, filha. Não quero que fique indecisa entre vinte vestidos e depois acabe chorando por não gostar do que escolheu. Sabe que pode escolher o que quiser desde que não me infernize depois. -Erza dizia enquanto Lise olhava as árvores na rua, ela estava muito eufórica pra sequer dar ouvidos a sua mãe. A pequena adorava comprar roupas pra apresentação, eram sempre vestidos lindos que ela depois usava pra ir a festas ou pra ir ver sua avó, a quem ela amava.

-Filha, está me ouvindo?

 -Ahm, estou sim mamãe.

-Então, como foi na escola?

-Tudo bem, brincamos de vôlei, foi lega, mas eu gosto mais de futebol. Depois eu pintei uns desenhos, mas a professora disse que preciso ser mais cuidadosa e não pintar fora.

-Cuidadosa? Por acaso ela quer que você seja Leonardo Da Vinci aos oito anos?

 -O que mamãe? -Erza observou o olhar de estranhamento que a pequena lhe lançou e apenas fez um sinal pra que continuasse. -Ai a gente comeu e depois a gente ia pra natação e não sei depois oque mais... -a pequena pôs um dedo no queixo, pensativa. Erza suspirou, a escola era ótima, fora o horário normal de aula, das 8h às 13h ainda oferecia cursos, alguns pagos outros não, mas todos eram ótimos pra completar o horário que precisava ficar fora de casa, e até sexta-feira que a escola fechava depois da aula, ela tinha Mira e a escola de música, então tudo estava ótimo.

-Que ótimo, filha. Se divertiu? –ela perguntou, mais por costume mesmo, já que estava entrando na avenida que levava ao shopping, cujo movimento era aterrador.

-Aham! Mas eu quero mais ir com você no shopping mamãe, quero comprar meu vestido!!! –Ela grudou no banco do carona e tentou olhar pra Erza, que só olhou o retrovisor e suspirou,

-Annelise, você ta sem cinto, põe o cinto. Vou te colocar na cadeirinha de novo hein!

-Ah não mãããe! Eu já tenho oito anos, não quero mais cadeirinha!

-Então põe o cinto, vamos chegar jajá. –Obedecendo (a contra gosto) a mãe, Lise ficou quieta no banco de trás e voltou a observar sua mãe entrando no shopping, enquanto Erza tentava ficar calma e achar uma vaga no estacionamento. Assim que conseguiu, depois de muito respirar e inspirar, ajudou a pequena a descer do carro e pegou sua mão.

-Se comporta, amor. –Lise assentiu, dando pulinhos.

 Ir ao shopping era particularmente divertido pra Lise, que amava de paixão cada loja daquele lugar e queria entrar em todas, o que sempre fazia Erza gastar um pouco mais do que deveria. Não que ela fosse muito diferente, olhar produtos e principalmente compra-los era relaxante, mas não hoje, não com ela tendo apenas uma hora e meia de almoço.

-Mamãe, vamos poder ir em alguma loja?

-Não sei meu amor, depende de quanto demoramos com seu vestido. E, aliás, depois do almoço você vai ter que ficar sozinha em casa, vamos almoçar agora e se sentir fome mais tarde, ainda tem biscoitos e pão no armário e frutas!!! -ela enfatizou a última palavra, dando um puxãozinho na orelha da menina. -Sei que vai fuçar no sorvete, mas não quero você se entupindo de doce, entendeu?

-Sim, mamãe.

-Pelo amor de deus, Annelise, são só algumas horas, não vá se meter em confusão! E não fique pulando nas escadas, ok?

-Ta bom mamãe. -As duas acabaram ficando desconfortáveis... Desde o incidente com Jellal, Erza havia perdido parte da confiança em Lise, e a pequena sabia disso, então só ficou calada, seguindo sua mãe.

-Onde era mesmo...? -ela resmungou com seu péssimo senso de direção e com Lise fazendo barulhos repetidos com os tênis no chão, chamando a atenção das pessoas em volta, mas não a dela mesma, já que se preocupava em olhar as lojas do segundo andar.

-Ah, lembrei! -Ela puxou a menina em direção às escadas rolantes, e como Lise (mesmo que não admitisse) tinha certo desconforto com escadas rolantes, Erza a abraçou de lado, para mantê-la firme.

-Mamãe, estou com calor... -Ela resmungou, ainda na escada. Erza comprou um suco de caixinha numa máquina pouco antes de entrarem na Classic Julie-D., a loja onde costumava comprar as roupas formais de Lise, quando não podia encomendar que fizessem unicamente pra ela, porque geralmente isso acabava saindo bem caro.

Julienne Devinaire -a dona da loja e suas filiais- raramente estava la, mas hoje era um desses dias. Era uma mulher no alto de seus cinquenta anos, exageradamente elegante -por deus, ela estava usando echarpe e luvas de seda em plena quinta-feira! -mas de qualquer maneira, muito atenciosa, estava sempre tentando passar boas maneiras e etiqueta a Lise, o que não dava certo, já que a azuladinha preferia enfiar um pão inteiro na boca e fazer gargarejo com o suco de maçã, mas Julienne tentava.

-Hum-hum, mas se não é a senhorita Anne! -Julie disse com seu sotaque provavelmente francês e sua mania de chamar Lise pelo apelido que ela menos gostava.

 -Oi... -Lise resmungou, jogando a caixinha de suco no lixo.

 -Boa tarde, Julie. Viemos ver os vestidos.

-Oh, sim, claro! -ela sorriu. -Onde está, Anne... ? -ela saiu de trás do balcão de atendimento e foi procurar os vestidos no estoque, nos fundos. A loja em si consistia em Branco, Dourado e flores. Seja lá qual for a paixão de Julie por flores, elas estavam em todos os lugares, desde vasos naturais a decoração dos alicerces.

-Olha mamãe, tia Julie comprou aquelas flores azuis de novo.

-Não mexe, Lise... -Erza murmurou, mas ela continuou a mudar as plantas de lugar. Os outros poucos funcionários olhavam de canto, mas não chegavam a falar nada. As coisas até estavam bem calmas. Até que...

-Buuu!!! -Erza deu um salto, antes de ver um borrão azul agarrar sua filha pelas costas e pega-la no colo, fazendo-a soltar um gritinho e depois risadas.

A questão é: O que ele estava fazendo aqui?

-Ah, sério, você anda me seguindo? –ela jogou as mãos pra cima e bufou, chamando a atenção dos funcionários em volta, que a olharam feio. Jellal parou de fazer cócegas em Lise e a colocou no chão.

-Foi você que chamou o Jellal, foi mamãe? –Lise rodeou a mãe, saltitante, daquele jeitinho que fez a ruiva se irritar.

-Claro que não! É só uma infeliz coincidência. –Ela semicerrou os olhos e cruzou os braços pra ele.

-Não é exatamente uma coincidência, se quer saber. Eu estou trabalhando aqui no shopping, vai abrir uma nova loja e eu fui chamado pra projetar. –Ele mexeu na mesma Linum que sua filha mexera há pouco. –Deus, quantas flores tem nesse lugar?

-Ta fazendo aquilo que falou outro dia... ? Arqui... Ar-qui... –Lise tentou se lembrar, mas ainda não conseguia falar sem se enrolar, o que fez Jellal rir.

-Sim, meu anjo, eu disse que sou arquiteto, lembra? E vocês, o que fazem aqui?

-A gente veio comprar o vestido pra minha apresentação de piano!!! Ah, mamãe, a tia Mira já falou se Jellal pode ir também? –embora tenha se sentido tentada a negar, ela assentiu, sorrindo pra menina.

-Mira disse que vai conseguir um lugar, mas que vai ser realmente difícil, então é bom que alguém não resolva faltar.

-Claro que não, eu não perderia isso por nada. –Ele estava de bom humor, e tentava ignorar as provocações de Erza, já que sabia que a noite passada havia sido difícil pra ela, e depois de saber que iria ver sua pequena tocar, ele não imaginava nada que estragasse sua felicidade.

-Aqui está, Anne, querida, sinta-se a vontade para... 

–Julie vinha do estoque empurrando um carrinho branco cheio do que Erza presumiu serem os vestidos, mas parou no meio do caminho e abaixou os óculos pra olhar Jellal de cima a baixo.

-E o senhor...?

-AH MEUS VESTIDOS! –Lise pegou o carrinho das mãos de Julie e se sentou no chão mesmo pra abrir os pacotes.

-Vai com calma, filha, ve se não estraga ou você vai ficar sem, porque não vou sair daqui com mais de uma peça, ouviu?

-Jellal, vem ver! –ignorando totalmente a mãe, ela começou a abrir pacote por pacote e retirar cada peça de dentro. Jellal pegou um puf pra se sentar ao seu lado.

-O que é isso? –Julie ajeitou os óculos, apontando pros dois absortos nas roupas, Erza suspirou, derrotada.

-Ele é o pai dela.

-Pai???? –A senhora se exaltou, mas tanto pai quanto a filha nem olharam pra elas.

-É uma longa historia, Julie. A questão é que agora os dois estão assim, como se conhecessem desde sempre, então, por favor, te peço um pouco de paciência com a bagunça dessa menina.

-A há, minha querida... –Julienne riu, e pôs a mão no ombro da ruiva. –As vezes penso que Anne já é um caso perdido, mas não posso deixar de ao menos tentar por classe nessa adorável garotinha... Mas deixe ela, parece estar feliz com o pai.

-É, ela está sim... –Erza encostou-se ao balcão, com uma pontadinha de ciúme por ter sido deixada de lado tão rápido. –o sininho da porta tocou (o que era engraçado, porque não havia tocado com Jellal) e um casal entrou e olhou em volta, procurando por atendimento. Como os outros funcionários estavam ocupados, Julie suspirou e endireitou o corpo, pronta pra atende-los, mas antes de sair, olhou pra Jellal e Lise, depois pra Erza, e piscou, ajeitando a echarpe. Seja lá o que ela quisesse dizer, Erza estava cansada demais pra se importar.

-Mamãe, mamãe, vem ver esse!

-Hum? –Ela olhou, ainda meio distraída. –Ah, já escolheu?

-Não mamãe, Jellal tem um péssimo gosto, ele quer que eu use laranja.

-Ah, laranja é uma cor bonita! –Ela olhou os dois, se encarando com o mesmo bico, ambos sem querer ceder, e começou a rir, sem nenhum motivo aparente.

-Meu deus do céu! –Ela chegou perto, tentando controlar a risada. –É sério isso, vocês não conseguem se virar um minuto sem mim? E, laranja, Jellal? Pra uma apresentação de piano, Jellal???

-Eu gosto de laranja!

-Vocês são terríveis pra escolher roupa. -ela ainda ria. - E pro resto também. – suspirou, olhando a bagunça dos pacotes pelo chão. –Ok, vamos lá, Annelise, acho bom se decidir!

**********

-Essa menina é difícil, hein... –Jellal resmungou, ao lado de Erza, enquanto Lise ajustava o velcro do tênis rosa e logo voltava a dar pulinhos na frente deles. Finalmente haviam escolhido o vestido, depois de muita indecisão e trocas de roupa e tudo o que Erza queria era morrer, mas isso não seria possível, pois tinha que voltar ao trabalho em uma hora.

-É, pois é... Annelise, não corre! Meu deus, essa menina... –ela suspirou, revirando a bolsa. –Aliás, você não deveria estar trabalhando?

-Também almoço, sabia? Além do mais, eu não estou sozinho, Gray ficou resolvendo as coisas por lá.

-Uou, Gray está aqui? Aquele sangue suga realmente não saiu das suas costas, né? –Ela riu, com suas lembranças, embora Jellal apenas tenha ficado calado. Erza reprimiu o impulso de pedir pra vê-lo, mas Gray também sabia onde ela morava, tirando o fato de ser amigo de Lucy, já que em oito anos ele não se preocupou em vê-la, ela não iria atrás. Embora isso realmente a magoasse, eles eram grandes amigos na adolescência, mas depois de algumas experiências Erza percebeu que acreditava demais nas pessoas erradas.

-Hey, vamos almoçar? Seja lá qual foi o motivo que te trouxe aqui, acredito que não foi em vão... –ele usou aquele tom canalha-sugestivo que provavelmente só ele tinha no mundo, o que fez Erza soltar um risinho sarcástico.

-Fernandes, eu venho aqui desde que minha filha começou a se apresentar. Eu morava em Clyde Hill, não na China, e Lise sempre estudou no Opala Aimi, então eu fazia muitas coisas por aqui. Ou seja, não foi o ‘’destino’’.

-Chame como quiser, só vamos logo, eu to com fomeeee. –ele gemeu, como se fosse uma criança da idade de Lise (que aliás estava se pendurando em um banco) e procurou com o olhar por uma lanchonete ou algo assim.

-A praça de alimentação é logo ali... Annelise, vem aqui, sua coisa! –ela chamou num tom que faria qualquer um gelar, ainda que Lise a tenha ignorado. –Em fim, eu e Lise sempre comemos lá.

Ele assentiu, e depois de arrastar Lise pelo braço, eles desceram a escada pra chegar até a praça, como já era de se esperar, Lise pediu qualquer porcaria pra comer, como batata frita e bife, mas pelo menos pegou brócolis refogado (Erza suspeita que ela seja a única criança do mundo que gosta de brócolis, mas era bom, de qualquer modo) e algum refrigerante porcaria, mas ela estava cansada demais pra debater. Jellal, como ela se lembrava, pediu um prato do dobro do tamanho dele e comia, totalmente absorto. Foi Lise quem percebeu que ela mal tocara no prato.

-Não vai comer, mamãe? 

-Hum? Ah, vou, vou sim amor. 

-Vai se atrasar, você estava com tanta pressa antes... -Lise logo voltou ao seu prato, mas agora quem tinha parado de comer era Jellal.

-O que está havendo? -Ele pôs o garfo sobre o prato e limpou a boca com um guardanapo. -Você disse que sempre come aqui. Está estranha desde que mexeu no celular.

-Ahn? Não, eu não mexi!

-Mexeu sim mamãe, quando nós dois voltamos você estava guardando ele na bolsa.

-Annelise, não se mete!

-Lise, já terminou? -a menina assentiu.

-Então vai ali na fila do sorvete, eu te pago um.

-Seeeerio? -os olhinhos até brilharam, ela se virou, pedindo permissão pra mãe.

-Claro, pode ir lá amor. -Assim que Lise saiu, Jellal fez um sinal pra moça da sorveteria, dizendo que ele é quem ia pagar, mas não demorou e seu olhar inquiridor caiu sob a ruiva novamente.

-Ah, tudo bem... -ela suspirou. -Minha mãe me mandou uma mensagem... -ela suspirou e remexeu o prato mais uma vez. -Meu irmão vai vir pra casa esse fim de semana, e minha mãe quer que eu e Lise vamos pra lá. Pra tudo estar perfeito, pro meu irmão perfeito... É bobo, mas isso me irrita. Ademais, Lise adora minha mãe, mas não vai muito com a cara do meu pai. Não que eu a condene por isso... Só que eu não queria, sabe? Nunca me dei bem com meu irmão e Lise já não gosta dele, mesmo o conhecendo só por fotos. Isso vai ser problemático.

Jellal estava com o rosto retorcido de desconforto, não tinha irmãos, Mas imaginava como deveria ser se sentir rebaixado por preferência dos pais.

-Olha, sei que isso te abala, mas não pode deixar de comer, você vai ficar mal e sei que ainda precisa voltar ao trabalho.

-Jellal, sério, não quero...

-Por favor... -ele segurou seu rosto com uma mão, e sentiu sua pele arrepiar em resposta, ele amou isso, amava cada vez que a fazia reagir a um toque seu... -Estou te pedindo, me preocupo com você. Não quero que fique mal, ok? -ela segurou sua mão, um toque leve e até carinhoso (meio involuntário) e foi baixando até deposita-la na mesa.

-O-Ok... - Ela começou a comer de vagar, nenhum dos dois queria entregar os pontos, desviar o olhar, quebrar a conexão, até que Jellal começou a rir.

-Isso mesmo, não vá deixar de comer por causa do seu irmão viking

-A HÁ HÁ -Ela deu uma risada cínica, que depois se tornou verdadeira e tentou não engasgar com a comida. -A última coisa que meu irmão é, é viking. Ele faz mais o estilo playboy loirinho, arrumadinho bleh!

-Loiro? Seu Irmão pintou o cabelo de loiro pra parecer mais playboyzinho é? Duvido!

-É sério, Jellal. E não, ele não pintou o cabelo. Na verdade eu sou a única ruiva da família, provavelmente algum gene recessivo da minha avó ou algo assim. -ela ainda ria, agora mais animada. -Olha só! -ela pegou o celular da bolsa e mexeu na galeria, a procura da foro de seu irmão. Quando virou o celular pra Jellal, o sorriso sumiu de sua face.

-Laxus? Ele é seu irmão?

-Anh? Conhece ele? - o espanto marcava a face dos dois, ambos sem entender nada, ambos querendo respostas.

-Sim e há muito tempo... Ele é sócio do meu pai.

-SEU PAI? MEU IRMÃO?

-Olha mamãe, comprei sorvete de brigadeiro! -disse Lise, que voltava pra mesa, saltitando.

Se Erza tinha qualquer fome, foi pelo ralo. Laxus e Thaddeu? Ela olhou pra Jellal mais uma vez, mas ele estava tão confuso quanto ela. Culpar alguém sem provas é até mesmo crime,as ela conhecia seu irmão e sabia que coincidência isso não era.

-Sabe, Jellal, acho que o destino anda brincando com a gente.


Notas Finais


viu? só fofurisse, eu falei
alias GENTE SEIS LERAM O MANGÁ? EU TO BEM MORTA Erza rainha parando Natsu e Gray na mão <3 fodac Ice-Demon Slayer e fodac E.N.D, quem manda nessa porra é a Titânia aaaaaaaaah <3 asdjlaskdjklasd
to brisada gente digulpa *v*


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