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História For Love a Life - Delena - II - Trust in my eyes


Escrita por: LivQueen

Notas do Autor


Voltei como havia dito (Ou não) no capítulo anterior,já dá pra ver ai na capa do capítulo mais ou menos o que vai rolar hj não é mesmo?
Amizade da Care e da Lena pra mim é uma das melhores coisas da série só que acabei achando que não exploraram muito esse lado da história (embora o reencontro delas tenha sido muito mais emocionante do que da Elena com o Damon),focaram muito mais em Elena e Bonnie que sempre se sacrificava pela Gilbert e tals,mas passou tô bem recuperada disso '3' Amo a Bon e ainda acho que ela não recebeu o final que merecia infelizmente.Mas mesmo assim <3

Título do capítulo: Acredite em meus olhos.
Boa leitura,espero que gostem!

Capítulo 2 - II - Trust in my eyes


Fanfic / Fanfiction For Love a Life - Delena - II - Trust in my eyes

Já haviam se passado umas duas horas desde que aquela loira tinha entrado naquela sala e se tornado um mistério pra mim,Damon não desgrudava dela e decidi buscar assim que lembrei informações sobre a esposa daquele homem na recepção,mas a resposta foi partida do Salvatore que disse que aquele era Bill Forbes o pai de Caroline,e tal mulher era Elizabeth a matriarca da família e uma grande mulher.

E agora eu tinha entendido o porque dele não estar atendendo a mulher com o caso que particularmente pra mim não parecia ser algo grave até descobrir que ela sofria de um câncer grau 2 no cerébro,uma fase um tanto avançada de doença pra uma senhora de quarenta e tantos anos,mãe de dois médicos.A filha dela parecia muito triste tão ou até mais do que antes e eu percebia seu interno que chorava por dentro e se despedaçava a cada instante do mesmo jeito que aconteceu comigo um dia.

— Com licença doutor Salvatore. — Um médico que presumi ser um interno por seu nervosismo apareceu o chamando com uma voz enclausurável,parecia ter bolado essa frase antes mesmo de aparecer em minha vista. — Tivemos um problema na UTI,duas paradas cardíacas seguidas de um derrame cardiovascular.  — Era grave...Muito grave e qualquer médico que se preze saberia o que significa isso.

— Não!Eu preciso vê-la,Damon.

— Você não pode,loira.Não nesse estado,não agora,está muito alterada,mas assim que se acalmar vou permitir sua presença na sala de cirurgias,a propósito siga o procedimento de reavaliação na sala de cirurgias,e me chame se houver mais algum problema,Joshua.Não comecem sem mim,entendido?!

— Sim,senhor. — Com isso ele correu e dentro de instantes pude ver uma maca passando com uma mulher enquanto o moço seguia e ia em direção da sala de deduzi ser a de cirurgias.

— Não posso deixar que atenda essa mulher. — Assim que o vi deixando a garota em prantos na cadeira,percebi que logo partiria pra lá então logo tratei de impedi-lo me colocando a sua frente impedindo sua passagem.

— Como é?Quem pensa que é pra me proibir de alguma coisa,Gilbert?

— Sou a mulher que perdeu a irmã e o sobrinho por uma dessas suas crises de proteção,Damon,não vou permitir que aconteça de novo! — Gritei exaltada,enquanto ele se encolhia e me ouvia calma e claramente parecendo me dar razão em algum momento. — Já sou uma interna formada em neurologia acho que sou mais capacitada pra esse caso do que você.Se o problema é o tumor não tem problema conheço ótimos oncologistas que podem me ajudar com isso.

—  Faça! —  Pude escutar uma voz suave e abalada,era daquela mulher sentada ali tão perto mesmo parecendo tão longe. —  Faça o possível e o impossível pra salvar minha mãe,Elena. —  Eram incontáveis as vezes em que já escutei isso durante minha carreira,mas dessa vez me permiti pensar que ela também já passara por isso várias vezes e de alguma maneira agora  parecia ter desistido de tudo. —  Eu assino o que for necessário ou até obrigo meu pai à isso,só...faça,o que estiver ao seu alcance,confio em você! —  A mesma se levantou e pousou uma mão em meu ombro logo depois se afastando com a desculpa que precisava de um ar.

—  Sempre tentando se intrometer não é Gilbert?Claro,você é a perfeita,a invejada,a boa samaritana,a que sempre tenta se sobre sair por cima dos outros. —  Ele cuspiu as palavras com ódio,talvez eu já esperasse que isso fosse acontecer.

—  Cale a boca,você não sabe nada sobre mim. — Ignorei meus instintos implorando pra xingá-lo de todos os palavrões possíveis e mantive a lucidez.

— Eu sei o bastante pra não confiar em você.

— O que quer dizer com isso? —  Antes mesmo que pudesse receber alguma resposta o mesmo interno de antes apareceu com o semblante ainda mais desesperado correndo diante de nós tentando recuperar o fôlego.

—  Mais complicações senhor,o efeito da anestesia está acabando, não podemos aplicar outra e... —  Sem que ele terminasse ouvi os passos acelerados de Damon pelo corredor e então decidi o seguir,afinal de contas aquele era meu trabalho agora,não é?Salvar o máximo de vidas possível independente dessa "vida" ser da mãe de seu ex-cunhado culpado pela morte de sua irmã.

O acompanhei a passos largos até o ver entrar em uma sala ampla e bem colorida,que deduzi ser a preparação da cirurgia,lá dentro provavelmente seria um breu como em outros hospitais...Luvas,máscaras,camisas e calças verdes ou azuis como deve e sempre foi,mas estava enganada,tudo lá dentro parecia ter sido planejado,devia ter demorado anos pra algo assim tão perfeitamente apresentado.

As paredes revestidas por um papel de parede clássico e bege com alguns ladrilhos escuros assim como o piso que me lembrava um pouco da clínica que meu pai residia no interior de Mystic Falls.

— Se quer mesmo fazer isso melhor se apressar. —  Sua voz grave e rouca agora parecia mais amena e calma como se fosse outra pessoa,se não estivéssemos numa situação dessas eu certamente diria que ele tem graves distúrbios de bipolaridade,ou talvez apenas tenha aceitado a realidade de que só eu pudesse ajudar a mulher que ele tanto admirava.

Me troquei rapidamente ignorando tudo e apenas me vestindo corretamente o mais rápido que pude,sem deixar escapar um único detalhe. —  Vamos! —  O apressei mesmo que desnecessariamente já que ele parecia mais ansioso que criança um dia antes do natal.

Ainda não sabia nada sobre o local por isso apenas decidi escoltá-lo até a sala restrita de cirurgias,ali sim era um breu e eu sempre rezava mentalmente antes de adentrar uma sala como essa.Eu sabia que não era nem a primeira nem a última vez que  participaria de algo assim,mas nada me tirava da cabeça que aquela era a pior parte da minha profissão,ali era definido o futuro ou não de uma pessoa,e acabava por me sentir responsável seja qual fosse o resultado.

—  Essa é a doutora Gilbert,hoje ela nos mostrará se está realmente capacitada pra o cargo de chefe da neurologia como lhe foi concebido. —  Percebi ali claramente desmerecendo seu comentário,dois residentes e três residentes que pareciam completamente perdidos em todo o percurso.

—  Deixe-me ver o resultado da tomografia. — Um deles logo se apressou à atender meu pedido colocando em minhas mãos um envelope no qual tirei os resultados. —  Esse tombo...Ele prejudicou de mais a situação,é uma operação de risco,mas temos que fazê-la.

—  Qual é o grau de risco? —  Aquele moreno de olhos azuis e incrivelmente estúpido disse por minhas costas diretamente ao meu ouvido me provocando reações inesperadas.

— Pense que...O sucesso é decorrente de uma boa batalha,e não da razão.Milagres podem acontecer,Damon. —  Me distanciei e corri os olhos até a mulher ali deitada naquela maca,aos poucos ela se esforçava pra abrir os olhos,querendo dizer algo sem sucesso —  Por favor senhora,descanse.Poderá dizer tudo quando acordar... —  Olhei pra trás e a figura daquele homem que pra mim já não tinha mais alma me comoveu,mesmo com o rosto quase inteiro por completo notei uma lágrima escorrendo. —  Apliquem-na outra anestesia. —  Ordenei convicta de meus pensamentos.

—  Tá ficando maluca?Não podem aplicar outra anestesia,ela não vai suportar.

—  Essa mulher quer viver,ela está lutando mesmo depois que você desistiu dela.Estou dizendo pra aplicar,agora! —  Os punhos dele se fecharam com toda força que imaginei que ele pudesse sentir.Os outros se entreolharam várias vezes antes de me obedecer.

—  Se algo acontecer...

—  Eu não sou você. —  Respondi com a voz brava e firme,me colocando perante sobre a cabeça da mulher um tanto manchada pelo sangue,examinei a região e logo cheguei a conclusão que não poderia fazer isso sozinha. —  Preciso de um oncologista agora,não posso fazer isso sem um especialista,o tumor é realmente grande,não podemos retirá-lo mas temos a chance de diminuí-lo.

— Não temos nenhum oncologista presente hoje,doutora.

—  Temos sim. —  Logo me lembrei de Caroline,ela era um máximo pelo que Katherine me disse antes de me acusar de não cuidar do meu pai e levá-lo pra longe usando a desculpa que cuidaria dele bem melhor que eu havia sequer pensado em feito.

—  Nem pense nisso,ela não está em condições.

—  Chame a doutora Caroline Forbes por favor,Josh.Diga que é uma emergência e que precisamos que ela se mantenha calma. —  Certifiquei fingindo não notar sua presença e seus xingamentos.No mesmo instante Joshua Rosza já não estava mais lá o que deduzi que já havia acatado minha ordem. —  Vamos,seja forte.Lute contra isso... —  Falei com ela que permanecia quieta e imóvel pela anestesia que haviam a aplicado novamente. — Você me lembra um pouco minha mãe,uma guerreira,forte e destemida.Acreditaria se eu dissesse que ela já serviu o exército?

A mulher sorriu e pareceu calma diante de toda a situação. —  Onde está minha filha? —  Essa foi a única coisa que ela disse em tempos,logo em seguida Damon se aproximou.

— Doutora Gilbert,pediu a ajuda dela pro seu probleminha,Liz.Espero que não se importe com essa...Imprudência. —  Acusou com os dentes cerrados,me fuzilando com os olhos,eu sabia que em sua mente ele maquinava mil maneiras de me matar.

— Mamãe? — Caroline entrou parecendo preparada pra tudo e ao encontrar a mãe pálida e cheia de olheiras,meneou com a cabeça positivamente pra mim.Nos posicionamos,e ali ela parecia uma outra pessoa,totalmente diferente da quase garota que vi lá fora. — Bisturi!

[...]

Damon

Horas passavam e nada...Nada de Caroline,nada de Elena,nada de nada.Já estava desesperado,e embora não pudesse fazer nada levando em conta minha formação em cardiologia,observei atentamente cada passo que elas tomavam,desde um dos residentes limpando seu suor até algum corte que desregulava seus batimentos.

Aquele momento foi crucial pra mim,me senti desse jeito apenas quando vi Katherine morrer diante dos meus olhos,pouco a pouco...Sofridamente.

— Eu amo você! —  Segurava forte sua mão mas as forças foram se reduzindo e aos poucos só pude sentir seus dedos finos e macios se desvinlinchando-se dos meus despencando...O barulho estrondoso da máquina apitando sem parar confirmava o inevitável...

—  NÃO!Não,você não pode ir.Preparem a máquina de choque. — Ignorei todos eles me impedindo e me tirando de perto,já sabendo que parte de mim tinha ido com ela.Comecei uma massagem cardíaca mas nada parecia adiantar,então deslizei até o chão ao seu lado e me permiti afogar nas lembranças...

— Damon,Damon! — Ouvi gritos por meu nome,e só então pude notar o porque daquele sonho parecer tão real,a máquina realmente estava apitando,os batimentos estavam caindo freneticamente,me desesperei por um segundo antes de voltar a realidade e ordenar que tivesse espaço pra retomar a normalidade de seu coração.

Comecei com a massagem mas não estava ajudando muito então tomei uma decisão que poderia mudar o rumo de tudo. —  Preparem o desfibrilador. — Contei no relógio de pulso os exatos cinco segundos,antes de exigir e depois de confirmar que não voltaria. — 1...2...3...Vai! — Sem sucesso... — Vamos de novo.1...2...3,agora! — Consegui!Eu realmente consegui mesmo com toda a pressão que senti sob minhas costas.

— Temos que continuar. — Caroline disse e franzi a sobrancelhas. — E antes que diga alguma coisa,lembre-se que EU sou a oncologista aqui,não se meta. — Não que eu questionasse seu trabalho mas...Ela não parecia bem pra algo assim,mas decidi hesitar e me recolher em minha posição de observador.

[...]

— Eu...Eu consegui! — Estava eu perdido de novo quando ouço isso,era a loira e parecia muito animada enquanto cumprimentava os outros que a parabenizavam...ela conseguiu!A abracei e expressei o quanto estava orgulhoso,sem deixar de olhar Elena que se afastou de todos sorrindo aos poucos.Acho que lhe devo um pedido de desculpas...Afinal sem ela nada disso teria dado realmente certo.Me afastei e sai da sala,e lá estava ela esterilizando as mãos e os braços,quando me aproximei com o pretexto de fazer o mesmo.

— Você foi muito bem hoje,confesso que fiquei impressionado.Tem...Muito talento.

— De nada,Damon. — A morena revirou os olhos e me deu as costas,eu realmente devo ter sido um estúpido com ela,mas...

— Desculpa...

— O que? — Ela se virou e me olhou com as sobrancelhas arqueadas com um semblante curioso.

— Você ouviu... — Continuou me encarando esperando que repetisse. — Desculpa,por te sido um idiota hoje e...Sempre.Só que...Merda,porque tem que parecer tanto com ela?

— Existem vários motivos dentre eles o fato de sermos gêmeas. — Sua obvialidade soou estranha e extremamente sarcástica,tanto que virei minha atenção à janela que mostrava que o dia já chegava o fim.

— Você pode tirar o resto do dia de folga,creio que isso já foi mais que o suficiente pra admiti-la por aqui. — Apenas respondeu ou agradeceu balançando a cabeça uma única vez com um sorriso forçado,escondendo uma mecha atrás da orelha antes de se virar em direção oposta. — Ei,pode dar uma carona pra Barbie?Vi seu conversível lá fora,parece um bom agrado à ela.

— Claro!Diga que a estou esperando no estacionamento. — Assenti sorrindo e voltando a minha higienização.

[...]

Elena

— Então é aqui que você mora? — Cheguei e me deparei com uma fachada simples mas aparentemente bem confortável,era a típica casa de alguém que queria paz e sossego.

— Pois é,lar doce lar. — Ela se sentou nos degraus e acabei por fazer o mesmo,observando o céu em um silêncio profundo e nada constrangedor. — Você quer me contar algo?

— Ah...O que,por exemplo?

—  Damon.Existe algo nisso que eu sei.Ele e eu moramos aqui juntos por seis anos e durante esse tempo ele nunca esteve tão nervoso desde esses dias em que soube que Elena Gilbert estaria voltando pra cidade.

— Você e ele....

— Ah não,credo!Somos quase irmãos,fizemos faculdade juntos,dividimos as contas e ele praticamente rouba minha mãe a maior parte do tempo. — Sorri gentilmente enquanto ela parecia segurar as lágrimas. — Eu não sei o que faria sem ela,Elena.Sabe o que é acordar e perceber que está praticamente sozinha?

Não respondi,apenas a encarei,me arrastei pra mais perto,a abracei de lado,e acabei por pensar que estava completamente sozinha no mundo.Sem exatamente ninguém....

Já dizia Josh Billings:

"Solidão: um lugar bom de visitar uma vez ou outra, mas ruim de adotar como morada."

 

 

 



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