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História For The Love Of a Daughter - Little Me


Escrita por: mclaraaaaaaaa

Notas do Autor


Nome do capitulo: Pequena eu.

Até amanhã, manas!
Leitores fantasmas, apareçam!! Estou de olho em vocês hgfdsgfd

Espero que gostem.

Capítulo 32 - Little Me


Ravena andou devagar até a cama do quarto de hóspedes e se deitou sem se preocupar em colocar um pijama. Ela não conseguia parar de pensar no que Eleanor tinha feito, e só ficava mais nervosa a cada minuto que se passava. Aquilo não podia estar acontecendo.

- Você vai ficar bem? – Mutano perguntou, puxando os cobertores para cima do corpo dela. Ela concordou com a cabeça e fechou os olhos com força. Seu braço estava doendo por conta do choque contra a parede, e não demoraria para ficar roxo. – Se quiser... Eu posso dormir aqui com você hoje. Não tem problema.

- Não precisa – Ravena sussurrou com os olhos vidrados. – Eu estou bem, não se preocupe.

- Ravena... Eu sei que você não está bem. Na verdade, nunca te vi tão abalada em toda a minha vida.

- Não me chama de Ravena! Só... Me deixa sozinha, Garfield. Por favor. Eu preciso de um tempo para pensar e processar tudo isso.

Mutano suspirou e concordou com a cabeça.

- Por que você acha que o Damian veio aqui? – ele perguntou, sentando-se na beira da cama. – Ele estava tão nervoso...

- EU NÃO SEI!

- Não precisa gritar, Rachel. Só não quero te deixar sozinha. Estou preocupado.

- Eu sei me cuidar, ok? Eu vou ficar bem. Eu estou bem.

- Rae, a Eleanor te jogou em uma parede! Você bateu o braço com muita força... Eu sei que está doendo. – Mutano revirou os olhos. – Não precisa se fazer de durona para mim.

Ravena respirou fundo e chorou baixinho. Mutano engoliu em seco e se deitou ao lado dela, puxando-a para perto. Ele a abraçou e acariciou seu cabelo.

- É tudo culpa minha – ela murmurou. – Se eu não estivesse aqui... Nada disso estaria acontecendo.

- O quê? Não é culpa sua! Mais cedo ou mais tarde ela demonstraria algum tipo de poder... Rae, nós somos super-heróis! É óbvio que a nossa filha também teria algum talento... Especial.

- Talento? Você chama isso de talento? Garfield... Ela vai carregar esse peso nas costas pelo resto da vida. Ela nunca vai ter paz!

Mutano deu um beijo na testa dela e segurou suas mãos com força.

- Nós vamos dar um jeito nisso. – ele deu de ombros. – Você conseguiu controlar todos esses poderes... Olha só para você agora. Não precisa se preocupar com as suas emoções...

- Eu levei anos para conseguir isso! – Ravena o interrompeu. – Você não tem noção de como foi difícil juntar todas as partes de mim em uma única... Ravena. Não tem noção do quanto eu precisei lutar para deixar os meus poderes para trás... Eu... Eu não posso usá-los. Não tive escolha.

- Se você conseguiu... A Eleanor também consegue controlar tudo isso. Ela é uma parte de você, Ravena.

- Não. Você não entende? Ela não pode passar o resto da vida tendo que lidar com esses poderes! Ela precisa se livrar deles o mais rápido possível.

- Essa é uma escolha que só ela pode fazer. – Mutano suspirou.

- O quê? Você vai deixar que ela continue com isso? Será que você não percebe que ela não tem o mínimo de controle sobre si mesma? Ela é um perigo, Garfield! Não para mim, não para você, nem para qualquer um dos outros Titãs. Não. A Eleanor é um perigo para ela mesma. Tenho certeza que ela não está preparada para lidar com isso. É forte demais!

- Rav...

- Não me chama de Ravena!

- Rachel... Nós precisamos esperar para ver. Eu não entendo nada sobre esses poderes... Você...

- Não sei como você está levando isso tão bem. – Ravena chorou.

- Acredite, não estou tão bem quanto pareço. – Mutano deu de ombros.

- Ela tem os meus poderes... Ela...

- Ela se parece muito com você. Não só por causa dos poderes, mas... Sempre pareceu.

Ravena encarou as próprias mãos, envergonhada. Não tinha motivo para Mutano estar sendo tão compreensivo e carinhoso com ela.

- Você devia ir conversar com ela, Garfield.

- Eu não sei se ela quer falar comigo agora. – ele falou triste.

- É claro que quer. Na verdade, é tudo que ela quer.

- Como você pode ter certeza disso?

- Se eu tivesse um pai como você, gostaria que ele me ajudasse.

Mutano abriu um sorriso sem graça e concordou com a cabeça. Rapidamente, ele saiu de cima da cama e se despediu de Ravena, indo para o quarto de Eleanor.

- Els? – ele a chamou, batendo na porta. Ninguém respondeu. – Eleanor? Você está aí?

- Pode entrar – ela falou baixinho. Mutano entrou no quarto e esperou seus olhos se acostumarem com a escuridão do ambiente. As cortinas estavam fechadas e a luz apagada. Eleanor estava deitada na cama, debaixo de vários cobertores. – O que você quer?

- Você está bem?

Ela não respondeu. Seus soluços tomaram conta do quarto e Mutano umedeceu os lábios com a língua, sem saber direito o que fazer.

- Eleanor... O que está acontecendo? – ele perguntou com a voz rouca. – Por favor... Eu sei que não tenho sido o melhor pai do mundo nos últimos dias, e venho te perguntando isso com certa frequência, mas eu estou mesmo preocupado.

- Eu não sei o que está acontecendo! Eu não sei! Por favor... Eu não sou um monstro, papai. EU NÃO SOU UM MONSTRO!

Mutano arregalou os olhos quando percebeu que vários objetos do quarto estavam flutuando. Ele engoliu em seco e tentou pensar em alguma coisa que acalmasse Eleanor.

- Ei, ei, ei... Você não é um monstro – ele a abraçou com força. – Está longe de ser isso. Você precisa se acalmar, Els.

- Eu não queria machucar a Rachel, eu juro! Eu não queria! – o abajur que ficava ao lado da cama explodiu, fazendo-a chorar ainda mais. – O QUE ESTÁ ACONTECENDO COMIGO? Eu não sou um monstro, não sou, não sou...

- ELEANOR! Você precisa se acalmar agora. Tenta, sei lá, não pensar em nada... Ou pensa em alguma coisa que você goste muito.

Eleanor respirou fundo e fechou os olhos com força. Aos poucos, sua mente foi sendo preenchida por várias lembranças de quando ela era pequena. Os objetos do quarto pararam de flutuar e tudo ficou no mais perfeito silêncio.

- Papai... – ela sussurrou antes de abraçá-lo. – Eu não quero machucar mais ninguém. Por favor, me ajuda.

- Nós vamos dar um jeito nisso. Não se preocupe.

- Mas...

- Ei, você precisa dormir um pouco. – Mutano sorriu, abraçando-a com mais força. – Amanhã a gente conversa, pode ser? – ela concordou com a cabeça e deitou a cabeça no peito dele. – Pode ficar tranquila... Eu tô aqui, e não vou a lugar nenhum.

- Você promete que não vai ir embora?

- Prometo.

- Mesmo que eu não consiga controlar essa coisa?

- Eu vou ficar sempre do seu lado, Els. Sempre.

 

Ravena levantou apressada da cama e foi até o guarda roupa, tirando todas as roupas de dentro do mesmo. Ainda não era nem meia-noite e ela não estava com sono. Na verdade, ela sabia que não conseguiria dormir por um bom tempo. Seus olhos estavam marejados e ela lutava contra as lágrimas, impedindo-as de cair.

Não podia chorar. Não iria chorar. Seu maior pesadelo estava se tornando realidade bem diante de seus olhos, e não tinha nada, nada que ela pudesse fazer. Eleanor tinha puxado seu lado demoníaco, e agora, ela teria que lidar sozinha com toda aquela força.

- Inferno – Ravena praguejou, recostando-se na porta do guarda roupa e escorregando até o chão. Ela abraçou os joelhos e escondeu o rosto, deixando as lágrimas caírem livremente. – É tudo culpa minha... Tudo culpa minha...

- Rachel? – ela escutou a voz de Asa Noturna do lado de fora do quarto de hóspedes. – Você está bem?

- Estou. – ela mentiu. Rapidamente, se levantou do chão e secou as lágrimas, voltando sua atenção para o guarda roupa.

- Posso entrar? – ele perguntou.

- Claro.

Asa Noturna entrou no quarto sendo seguido de perto por Bruce Wayne. Os dois observaram Ravena mexendo nas roupas e se entreolharam sem entender.

- O que você está fazendo? – o líder perguntou confuso.

- As malas. – Ravena respondeu seca.

- O quê? Por quê?

- Porque eu estou indo embora. Vou pegar o primeiro avião para Nova York amanhã de manhã.

- Pensei que você fosse ficar até sua assistente chegar. – Bruce falou desconfiado.

- Mudança de planos, meu querido Batman. Já ouviu falar disso?

Ela continuou colocando as roupas na mala e não olhou para eles.

- Rachel – Asa a chamou. – Por que você está indo embora?

- Não é da sua conta, Dick. Não faço mais parte da sua equipe, não te devo satisfação.

- Mas... Eu pensei que você e o Garfield estivessem se entendendo.

Ravena bufou e encarou o líder.

- Não estou fazendo isso por causa dele. Eu só estou cansada, ok? Preciso da minha vida de volta. Preciso do meu noivo. Preciso da minha empresa.

- Até quando você vai continuar mentindo, Rachel? – Bruce perguntou. – Eu vou indo, Dick. – ele deu um abraço no filho e se virou para Ravena. – Boa viagem de volta.

Asa Noturna suspirou e a encarou com pena.

- Eu... – ela piscou algumas vezes para não chorar. Em vão. – Eu não aguento mais. Tenho que me fazer de durona, mas na verdade, não estou numa boa. É como se eu estivesse vazia por dentro.

- O que aconteceu, Ravena?

- Nada aconteceu, Dick. Nada. Por favor, me deixa em paz.

Quando ele saiu do quarto, ela se permitiu chorar mais uma vez. Lamentando o rumo que a vida de Eleanor tomaria dali para frente. Ela precisava de ajuda. Se Azarath ainda existisse...

“Robin abriu a porta com um sorriso e deu um abraço apertado em Bruce. A relação dos dois tinha melhorado bastante, principalmente depois que o mais velho se acostumou com crianças.

- Olá Titãs – Bruce sorriu, segurando o pequeno Damian nos braços. Tinha sido um choque para todo mundo descobrir que o morcego de Gotham tinha um filho pequeno. Damian tinha acabado de completar 1 ano de vida, e fora obrigado a ir morar com o pai depois de problemas pessoais de sua mãe. – Damian estava louco para voltar aqui.

- Damian! – Estelar exclamou, brincando com as mãozinhas dele. O bebê sorriu e bateu palminhas. Ela o pegou no colo e foram brincar. Mutano se aproximou dos dois, transformando-se em vários animais, deixando Damian ainda mais encantado.

- Ravena... – Bruce a chamou. – Devo concluir que você não gosta muito de crianças? – ele perguntou ao ver que todos os Titãs estavam no chão brincando. Ela estava no sofá, lendo seu inseparável livro sobre magia.

- Eu gosto... Só não tenho muito jeito.

- Todo mundo tem jeito com criança.

- Eu não. Você sabe... Eu sou um pouco assustadora.

Bruce riu e balançou a cabeça negativamente.

- Você não é assustadora. Aposto que o Damian vai adorar brincar com você. – ele saiu do sofá e pegou o filho no colo, entregando-o para Ravena. – É todo seu.

- Co-Como?

- Brinque com ele.

Ravena engoliu em seco e olhou para o bebê. Todo mundo a olhava, deixando-a ainda mais nervosa.

- Oi... Coisinha – ela sussurrou. – Eu sou a Ravena.

Damian piscou os olhinhos e sorriu, como se estivesse entendendo tudo.

- Você gosta de que brincadeira? Eu posso... – Damian soltou uma risada gostosa e escondeu-se debaixo da capa da empata, deixando apenas os olhos de fora. Ela sorriu e passou as mãos pelo cabelo dele. – Tudo bem... Acho que eu posso me acostumar com isso.”
 

Bruce entrou em sua mansão e tomou um susto quando viu o filho andando de um lado para o outro.

- Damian – ele chamou. – O que aconteceu?

- Nada, pai.

- Eu consigo sentir o seu nervosismo daqui.

- Não aconteceu nada. – Damian sibilou. – Onde você estava.

- Na Torre.

- Na To-Torre? – Bruce concordou com a cabeça. – E como estão as coisas por lá?

- A mesma coisa de sempre. A Rachel vai embora amanhã. Se você não tivesse aprontado com a Eleanor, podia ir se despedir dela.

- Eu não aprontei com a Eleanor, pai. Mas... Por que ela já vai embora?

- Não sei. Ela estava bem estranha.

Damian suspirou e deu de ombros.

- Ahn... Ela é estranha. – ele disse. – Vou dormir. Boa noite, pai.

 

Estelar bateu com força na porta do quarto de hóspedes e se segurou para não explodi-la. Cyborg e Asa Noturna se prepararam para segurá-la, caso tentasse alguma coisa mais violenta. Mutano tinha voltado para o quarto de Eleanor depois de contar para os amigos o que tinha acontecido. Todos estavam ficando loucos.

- Você não pode ir embora! Não pode! – Estelar falou com os olhos cheios de lágrimas quando Ravena abriu a porta.

- Que porra é essa? – ela perguntou sonolenta. Os Titãs entraram no quarto e fecharam a porta com força. – O que vocês querem?

- O Garfield contou o que aconteceu – Cyborg falou.

- Você não pode ir embora, Rachel. – Asa disse sério.

- Eu não só posso, como vou. – Ravena falou. – Isso tudo é culpa minha, vocês não percebem? Eu sou um perigo para essa menina. Comigo aqui... As coisas só vão desandar.

- Não tente arranjar uma desculpa para ir embora! – Estelar exclamou.

- Eu não estou! É sério. Eu não posso ficar, não posso.

- Mas você vai ficar. – Asa exigiu.

- Sinto muito, Dick – Ravena deu de ombros. – Eu não vou. Confiem em mim.

- Nós não podemos confiar em você. – Mutano falou, entrando no quarto. Eleanor tinha dormido e ele estava claramente preocupado. – Ela precisa de você.

Ravena negou com a cabeça e engoliu o choro.

- Não precisa. Vocês conseguirão ajudá-la sem mim. Eu prometo.

- Por favor, Ravena – Cyborg pediu. – Não comete esse erro de novo. Você já foi embora uma vez...

- Não! Se eu soubesse naquela época o que eu sei agora... Juro que teria feito tudo diferente – ela olhou para Mutano e percebeu que ele estava quase chorando. – Eu queria poder voltar no tempo e escutar o meu próprio conselho, mas eu não posso! Não posso mudar o que já aconteceu. Sinto muito.

- Fica – Mutano pediu. – Por favor, Ravena.

Ela negou com a cabeça e pegou a mala que estava em cima da cama, saindo do quarto. Rapidamente, desceu as escadas e saiu da Torre. Ela já não aguentava mais chorar. Não sabia o que fazer. Não sabia o que falar. Eleanor precisava dela, mas se ficasse, as coisas piorariam.

- Você não pode ir embora. – Damian falou, pulando na frente dela.

- O que você está fazendo aqui? Pensei que estivesse proibido de vir aqui.

- Estou proibido de entrar na Torre. O senhor Logan não disse nada sobre ficar do lado de fora.

Ravena revirou os olhos e continuou andando.

- Ravena – o menino a chamou. – Você é a Ravena.

- Eu não sei do que você está falando.

- Sabe sim. Eu ouvi o garçom conversando com você na pizzaria. Você é a mãe da Eleanor. Você a abandonou... E agora está de volta. Mas por quê? Aposto que não planejou isso.

- Não é da sua conta, Robin. – ela debochou, usando o nome de herói dele. – Não se mete nisso. Vai ser melhor para você.

Damian soltou uma risada debochada e balançou a cabeça negativamente.

- Estou aqui para te fazer uma proposta, Ravena.

- Meu nome é Rachel.

- Eu não me importo. – ele deu de ombros. Para um menino de 14 anos, Damian Wayne era bem irritante. – Quer ouvir ou não?

- Não.

- Então eu posso contar para a Eleanor quem você realmente é?

- Você não faria isso. – Ravena sibilou.

- Quer pagar para ver?

Ela abriu a boca algumas vezes, mas não conseguiu falar nada.

- A minha proposta é a seguinte, Ravena – ele começou a falar. – Você fica e ajuda a Eleanor, e eu prometo que não vou contar quem você é.

- E se eu não ficar?

- Bom... Acho que você vai ter que começar a dividir os seus bens com a sua filha. Já pensou? A estilista mais poderosa do mundo, tendo que dividir seu império...

Ravena sentiu seu corpo gelando e respirou fundo. Ela não se importava com a Fearless. Mas se Eleanor descobrisse a verdade, se descontrolaria e poderia destruir o planeta todo. Maldito DNA de demônio.

- Tudo bem, Wayne. – ela concordou. – Mas como você tem tanta certeza de que eu posso ajudá-la?

- Você é a mãe dela, e o senhor Logan só se transforma em animais... Ela puxou esses poderes de você.

- Feito. Mas se você abrir a boca...

- Eu sei honrar minhas promessas, Ravena. – Damian sorriu. – Tenha uma boa noite.

A empata respirou fundo e voltou para dentro da Torre. Damian sumiu sem que ela pudesse ver, deixando-a sozinha. Os Titãs desceram as escadas correndo e a olharam apreensivos.

- Eu... – Ravena começou a falar. – Eu vou ficar. Vou ajudar a menina.


Notas Finais


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