- Eu posso ficar em um hotel. - sugeri.
- Não, não deixarei ficar em um hotel, sendo que tem lugar para ficar. - falou séria. - Por favor. - implorou.
- Arrrg! Ok! - falei, bufando.
Que droga! Por que eu tenho que ficar na casa daquele ser? Merda!
...
Três Dias depois...
- Tchau mãe. - beijei seu rosto. - Vai com Deus.
- Se cuidem... Vocês dois. - intercalou seu olhar entre mim e Justin.
- Vou cuidar dessa pirralha. - Justin disse, puxando a cintura dela. - E você, cuidado. - falou, selando seus lábios.
- ECA! - exclamei, virando de costas para eles.
- Anne! - minha mãe chamou, rindo.
- Acabou a troca de saliva?
- Nunca beijou? - Justin perguntou, sorrindo malicioso.
- Cala a boca. - mandei.
Minha mãe riu da nossa pequena implicância.
- Anne, nenhuma surpresa, OK? - perguntou.
Ela não aprovou nenhuma das tatuagens, e, muito menos, o piercing, ela quase me matou, mas Justin ajudou um pouco, dizendo que era normal, e que ele mesmo tinha algumas tatuagens, e que era pra ela aquietar o fogo no rabo. Ok, ele não falou assim, mas em fim... É impressionante o poder que ele tem sobre ela.
- Claro. - sorri.
- Passageiros do voo 310, com destino a Alemanha, dirija-se ao portão quatro. - aquela voz chata soou, fazendo minha mãe e Justin soltarem-se.
Despedimos-nos, pela ultima vez, e ela embarcou.
- To com fome. - reclamei, enquanto saiamos do aeroporto.
- Conte-me uma novidade. - Justin disse, desativando o alarme da sua Ferrari.
Mostrei a língua, adentrando o carro. Minhas coisas já estavam na porta malas.
- Vou ficar naquele casarão? - perguntei, colocando os pés no painel do carro.
- Anne, graçinha, tira os pés do meu bebe? AGORA! - mandou bravo.
- Nossa ta certo. - fiz o que ele mandou.
- Obrigada. - agradeceu, sorrindo falso, e ligando o rádio e dando partida. - E... Não, não ficaremos na casa. - falou.
- E ficaremos aonde? - perguntei, abrindo o porta luvas. - Hm... Justin pirigueto (não sei se essa palavra existe, mas ok...)! Tem camisinha no porta luvas. - falei rindo, e mostrando a mesma para ele.
- Para de mexer! - mandou, estapeando minha mão, guardou a camisinha e fechou o porta luvas. - Nós vamos ficar no meu apartamento.
- Quantas casas você tem? - perguntei, brincando com meus dedos.
- Duas. - deu de ombros.
Depois disso o assunto morreu. Encolhi-me no banco e fiquei observando a paisagem, enquanto cantarolava o que tocava no radio. Logo estávamos nas proximidades do Central Park. Eu adorava aquele lugar. Justin adentrou um condomínio, e estacionou. Sai do carro e fiquei observando a garagem subterrânea. Apenas carros chiques, caros e bonitos. Assim que ele pegou minha mala, e eu minha mochila, caminhamos pelo lugar, ao som do meu salto encontrando-se com o chão, causando um barulho estridente e irritante, até o elevador. Justin chamou o mesmo, e logo ele chegou, saindo de lá uma loira peituda.
- Justin! - exclamou, sorrindo maliciosa. - Como anda? - beijou o rosto dele, ignorando minha presença.
- Bem, Mandy, e você? - retribuiu o sorriso.
- Carente, pelo que percebo. - respondi, no lugar da loira. - E louca para soltar a buceta. - sorri sarcástica para ela, que me encarou indignada.
Antes que aquela coisa falasse algo, puxei Justin para dentro do elevador e apertei qualquer botão, fazendo a porta fechar-se.
- Porque fez aquilo? - perguntou, apertando o botão do andar certo.
- Por que a menina é uma piranha. - dei de ombros. - Só faltava dizer, “Justin, me coma!” - fiz voz fina, tentando imita-la.
- Que ciumenta. - riu, e eu o olhei com as sobrancelhas arqueadas.
- Eu? Ciúme? - perguntei. - Não. - ele riu.
O elevador parou, no andar que eu apertei para me livrar da loira, e um cara entrou. Forte, olhos azuis, cabelos bem loiros, branquinho, boca fina, mas chamativa e convidativa, alto, mas um pouco menor que Justin. Sorri para ele.
- Oi. - cumprimentou, sorrindo.
- Oi. - sorri meiga.
- Robert. - estendeu a mão.
- Anne. - a apertei.
- Justin. - Justin se apresentou, se enfiando no nosso meio. - Marido.
- Desculpe. - o garoto desculpou-se, sem graça, e eu fuzilei Justin, que sorriu maroto.
- Não, ele não...
- Nosso andar, amor. - Justin interrompeu minha frase, puxando-me para fora do elevador.
- Viado! - o estapeei.
- Quites. - sorriu, parando de frente a uma porta.
Olhei tudo ao redor e havia apenas mais uma porta no andar, do outro lado do corredor. O elevador ficava n meio. Justin destrancou a enorme porta branca, me dando passagem. Adentrei o local, um apartamento grande, claro e aconchegante, piso de madeira, decorado com móveis claros e delicados, com certeza não fora ele que decorou.
- Sua mãe decorou? - perguntei, ele apenas assentiu e, com a cabeça, fez um gesto, pedindo para que eu o seguisse.
- Aqui é a cozinha. - apontou para a mesma, que estava com a porta aberta. - Biblioteca. - apontou para outra porta, que estava fechada e ia do chão ao teto. - Ali é a área de serviço. - Apontou para uma porta mais escondida, abaixo da escada, perto da cozinha. Antes de subir as escadas, olhei novamente à sala. Branca, gélida e aconchegante. No meio havia uma parede de pouca largura, o bastante para caber uma TV de 50 polegadas, e atrás havia um local com uma lareira. - Lá em cima tem os quartos, banheiros e afins. - falou subindo, e eu continuei o seguindo. Seguimos uma um grande corredor, cheio de portas. - Seu quarto. - Justin abriu uma das portas, entrando e parando na entrada. - Gostou?
- Sim, é lindo. - sorri, virando-me para ele.
- Bom, eu vou descer. Qualquer coisa é só chamar. - falou, deixando as malas no canto e saindo do quarto.
Caminhei até a cama, livrando-me da minha jaqueta, e sapatos, e caindo na mesma logo em seguida. Fechei os olhos, e mesmo não querendo, acabei dormindo.
...
Pisquei algumas vezes, e me sentei na cama. Passei as mãos pelo meu cabelo, e cocei meus olhos. Devo estar parecendo um panda. Levantei e, ainda tonta pelo sono, caminhei até o banheiro. Despi-me e entrei no Box, ligando o chuveiro. Deixei a água quente relaxar-me por longos minutos e logo sai. Enrolei-me na toalha branca que havia ali, junto a varias outras, e voltei ao quarto. Peguei uma lingerie, um shortinho jeans, e uma regatinha branca na minha mala, e me vesti, prendi meu cabelo em um coque mal feito, e sai do quarto.
- Você não pode fazer isso comigo! - escutei uma mulher gritar. - Já tenho idade para sair com quem eu quiser Bieber!
- Jazzy, para de fazer birra! Você não vai sair com esse cara, eu não o conheço. - a voz firme de Justin ecoou.
- Você não manda em mim, não é meu pai! A mamãe me deixou sair com ele, e eu vou. - a mulher gritou mais alto.
- Chega! Você esta na minha casa, minhas regras! E aqui, você não tem idade o suficiente para sair com marmanjo nenhum. - Justin conseguiu, por incrível que pareça gritar mais alto que a menina.
Desci as escadas, e parei na porta da cozinha, onde ele e uma garota linda se encaravam mortalmente. A garota tinha cabelos cor de ouro, como os de Justin, mas um pouco mais escuros, com mexas roxas, seus olhos eram um castanho, meio caramelado, mais puxados para o verde, seu rosto era delicado, como o de uma princesinha, só que marcado por uma maquiagem pesada, lápis preto, bem carregado nos olhos, e uma boca cor de vinho, que combinava perfeitamente com a sua pele branquinha. Seu corpo era perfeitamente simétrico, nada a mais, nada a menos. Usava uma regata branca, fina e transparente, que deixava seu sutiã, preto, a mostra, e uma calça jeans preta, com alguns detalhes rasgados e com correntes. E para completar um coturno. Seus acessórios eram de roqueira, bem fiel ao look dark.
- Justin. - chamei, fazendo os dois voltarem à atenção para mim. - Algo de errado?
- Tudo de errado. - a garota falou nervosa. - Você pode sair com quem quiser, eu não? - perguntou indignada.
- Jazzy, eu sou homem. - ele falou.
- E o que isso tem a ver? - me intrometi.
Sei que é assunto de família, pelo que eu vi, mas ele esta sendo machista.
- É Justin... O que isso tem a ver? - a garota perguntou, sorrindo sarcástica.
- Ahh! O que vocês mulheres querem de mim? - perguntou, intercalando seu olha entre nós duas.
- Eu quero que você me deixe sair com o Brian! - a garota bateu o pé.
- E eu quero entender o que esta acontecendo. - falei, alto demais.
- Meu querido irmão é um homem das cavernas, não quer deixar que eu saia com ninguém. - a garota disse nervosa. - Ahh, meu nome é Jazmyn, mas pode me chamar de Jazzy. - apresentou-se.
- Anne. - sorri. - E Justin, pare de fogo no rabo. - virei-me para ele, que me olhou indignado. - A garota já é grande o suficiente para sair com quem quiser. - falei. - Você é grande o suficiente né? - perguntei baixo, virando-me para ela, que riu assentindo. - É... Ela é!
- Ela tem 17, não ta com idade para sair com ninguém. - ele disse.
- Ahh, claro. E você, com 17, não comia ninguém? Era o santo. - falei sarcástica. - Poupe-me Bieber.
- Já disse eu sou homem.
- E nós mulheres. Agora me conte, o porquê somos diferentes? - apoiei-me na bancada, esperando a resposta dele.
- Anne, colabora, por favor. - pediu, me fuzilando.
- Jazzy, pode sair sim. - me virei para ela, que sorriu abertamente e mostrou a língua para o irmão.
- Eu mando aqui. - ele disse, puxando meu braço.
- Eu sei Jus. - falei próximo a seus lábios. - Agora, você vai mostrar que é um bom irmão, e vai deixa-la sair, OK? - tentei fazer a voz mais sexy que eu conseguia.
- Anne... - fechou os olhos, sorri com o efeito causado, e fiz sinal, com as mãos, para Jazzy subir e se arrumar.
- Por favor. - pedi manhosa, beijando o canto de sua boca, e pousando minha mão no seu membro, o pressionando de leve. Sei que estou apelando demais.
Ele soltou um gemido baixo, e assentiu de olhos fechados.
- Obrigada Bieber. - falei, saindo correndo logo em seguida.
Escutei ele bufar, me fazendo rir. Sai à procura do quarto de Jazzy.
- Entra. - ela gritou, assim que eu bati na porta certa.
- Prontinho, ele deixou.
- Cara, você é a primeira namorada dele que eu amo! - falou me abraçando.
- Não sou namorada, sou enteada. - falei e ela arregalou os olhos.
- Cara, e o que foi aquilo? Safada você. - sorriu maliciosa.
- Nós já ficamos. - falei vaga.
- Bom, agora eu preciso achar algo para vestir, em menos de uma hora. - ela disse, entrando no closet.
- Vai tomar um banho que eu pego uma roupa. - falei e ela me olhou desconfiada. - Sou estilista. - sorri, tentando passar confiança.
- OK. - sorriu, e correu para o banheiro.
Comecei a olhar entre suas roupas, eram todas pretas, pouquíssimas peças coloridas. Gostei do estilo dela. Optei por pegar um vestido, bem curto, preto, uma jaqueta de couro, e um coturno. Ajeitei tudo em cima da cama, e quando estava voltando para o closet, para procurar algum acessório, Justin entra, parecendo um furacão, no quarto.
- Você tem problemas? - ele perguntou, pegando em meu braço.
- Eu? Não, por quê? - me fiz de inocente.
- Você me fez dizer sim. - falou bravo.
- Eu não fiz você dizer nada. Você disse por que quis. - falei, puxando meu braço.
- Mas você... Arrrg! Anne, isso não é justo. Você provoca e sai fora. - falou irritado.
- Eu não provoquei ninguém. - me defendi, voltando a ajeitar o vestido em cima da cama.
- Que merda de roupa é essa? - perguntou, chegando por trás de mim.
- Linda, não? Eu que escolhi. - sorri.
- Você quer me provocar, né? - perguntou, pegando forte em minha cintura, colando nossos corpos, e mordendo meu lóbulo.
- Justin, eu tenho que ajudar sua irmã. Por favor. - pedi, com a voz baixa.
Ele pressionou mais meu corpo no seu, me fazendo sentir sua ereção roçar em minha bunda.
- Anne, você me provocou. - sussurrou.
- Se você é fraco a culpa não é minha. Sai. - mandei, tentando me soltar.
Ele começou a beijar meu pescoço, me fazendo arrepiar.
- Que putaria é essa aqui? - Jazzy gritou me fazendo empurra-lo.
- Depois conversamos. - Justin me olhou, sorrindo malicioso. - E você também. - apontou para Jazzy, que sorriu meiga.
O mesmo saiu batendo a porta.
- Provocou demais. - ela riu.
- Ele é fraco. - dei de ombros. - E ae? Gostou do look? - perguntei.
- Adorei! - exclamou. - Agora, cabelo e maquiagem. - entortou a boca.
- Bom, eu fiz um curso de maquiagem, agora cabelo... - pensei. - Acho que deixa-lo solto, e fazer alguns cachos na ponta fica legal. - falei e ela assentiu.
Jazzy sentou-se na cadeira, e em poucos segundos eu comecei a maquia-la.
...
- Pronta! - falei, terminando de fazer o ultimo cacho.
Ela estava perfeita. A roupa tinha caído perfeitamente bem no corpo dela, a maquiagem tinha ficado ótima, e o cabelo estava lindo.
- Ele passa aqui daqui a uns 10 minutos. - ela disse sorrindo.
Seus lábios estavam bem vermelhos, e com aquela pele... UAU!
- Vamos descer! - falei puxando-a.
Descemos e Justin estava na sala, bebendo uma cerveja, parecia mais calmo.
- Perfeita, não é Bieber? - perguntei e ele virou-se para nós.
- Esse vestido esta muito curto. - falou.
- Sim, e esta perfeito. Sua irmã tem pernas lindas. - falei e ela riu. - E esse batom... Nossa, deixou a boca dela chamativa.
- Cadê esse moleque? Preciso falar com ele. - Justin perguntou.
- Ele não vai subir. - Jazzy disse. - Não sou louca.
Seu celular apitou, e ela sorriu.
- Vou indo. - sorriu. - Tchau Anne, obrigada. - beijou meu rosto. - Tchau maninho, te amo. - beijou a bochecha dele, deixando uma marca vermelha ali. - Não me esperem, não sei que horas volto! - Ela gritou já do corredor.
- Hey! Espera! Jazzy, volta aqui! - Justin tentou correr atrás dela, mas a mesma já tinha entrado no elevador. - Se ela não voltar até meia noite eu te mato. - falou nervoso.
- Eu? Por quê? Ficou louco? - perguntei.
- Foi você que me fez aceitar. - falou.
- Você é fraco, a culpa não é minha. - dei de ombros, sentando no sofá.
- Pensa que eu esqueci o que fez? - perguntou, chegando mais perto de mim.
- Justin, sai de perto. Já falei que não vou mais ficar com você. - falei, me afastando. - Eu gostava de Joe e... - fui interrompida por ele, que subiu em cima de mim, fazendo-me deitar no sofá.
- E...? - incentivou-me a continuar, mas eu esqueci o que ia falar.
- E... E... Que isso é errado. - falei baixo, sentindo-o descer beijos molhados por meu colo. - Para.
- Tem certeza? - perguntou, beijando meu queixo e apertando um de meus seios.
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