Abro a porta do meu apartamento, e entro, logo em seguida Hinata também. O sol se encontra escondido entre tantas nuvens carregadas de chuva.
Olho para meu lado esquerdo e percebo seus olhos azuis analisar minuciosamente minha sala de estar.
— Nossa, seu apartamento é enorme. — Diz por fim.
— É... eu também acho. — Digo e caminho em direção a cozinha. Minha garganta precisa sentir o familiar gosto de álcool. — Quer beber algo? Uma cerveja?
— Sim, por favor. — Responde com um aseno. — Para um homem solteiro, você até que é organisado.
— Nem sempre. — Falo lhe entregando uma latinha de cerveja. — Nas minhas folgas, gosto de passar o dia enteiro deitado, sem fazer nada. Por isso um dia antes arrumo toda a bagunça.
— Bem, é uma boa ideia. — Diz e logo em seguida da uma golada na cerveja. — Tipo, você se livra do seu problema um dia antes, para ter seu dia de folga do seu jeito.
— Uhm... — Também tomo uma boa golada da cerveja em minha mão. — Itachi me disse que você mora na Europa, posso deduzir que é inglêsa. Como fala tão bem japôneis?
— Bom, na verdade eu morei muito tempo sim na Europa. Inglaterra pra ser mais exata. Mais tenho descendecia japonesa, meu pai nasceu e cresceu aqui, minha mãe é que era inglêsa de sangue. — Mais outra golda. — Meu pai sempre que podia ensinava japônes para nos. Mais diria que não sou tão boa assim.
— Para quem não mora aqui, sim você é boa. — Digo, e em seguida vejo por mais uma vez seu belo sorriso. — Sua irmã não vai ficar chateada com você?
— Provavelmente, mais não estava tão avontade em meio a varias pessoas desconhecidas. — Diz e caminha até minha direção e entrega a latinha seca.
— Eu também sou um desconhecido. Mais mesmo assim, você parece avontade comigo.
— Você não é um desconhecido, já tinha ouvido falar de você. — Ela diz e caminha até o sofá e senta no mesmo. Caminho até a sua direção e sento no outro sofá. — Seu nome é Sasuke Uchiha, tem 21 anos, quase 22, é fotografo e cunhado da minha irmã mais velha. — Diz e sorri.
— Uau, você sabe mais de mim do que eu imaginava. — Falo retribuindo o sorriso. — Não sei nada sobre você, só seu primeiro nome.
— Agora quem está surpresa sou eu. Você diz que não sabe nada mais falou da minha faculdade, do curso que eu fiz, até do país em que eu moro. Fora que chutou eu ser inglêsa.
— Isso é verdade, mais não sei a sua idade e seus ideais. — Digo olhando fixamente para a mesma.
— Meus ideais? — Me olha confusa. — Nunca parei para pensar nisso. — Diz. — Talvez eu não precise deles, apénas de sonhos.
— E quais seriam eles? — Pergunto curioso, pelo pouco tempo em que estive perto de Hinata, pude sentir que ela desperta uma serie de duvidas, questionamentos, e curiosidades em mim, e tudo isso em um tarde banal de sábado.
— São sonhos, diria que normais. — Fala e passa sua mão em seu cabelo.
— Com normal você quer dizer; achar um cara bacana pra casa e ter varios filhos, comprar uma casa enorme com vista para o mar em algum lugar com paisagem tropical, abrir seu proprio negócio e juntar dinheiro suficiente pra bacar a faculdade de todos os seus filhos. E quando chegar na idade de 50 anos se aposentar e terminar o resto dos seus dias viajando o mundo inteiro com seu marido em um cruseiro da terceira idade? — Falo tudo em um único folego, e só depois percebo a merda que falei. Ela deve está pensando que sou um idiota que pensa besteiras, e sim, eu sou um idiota que pensa e fala de mais!
— Nossa, essa passou longe! — Doz sorrindo abertamente. — Meus sonhos não são tão gananciosos assim. O maximo que eu quero é poder comprar um carro.
— Foi mal, as vezes digo coisas idiotas. — Falo e no mesmo instante um barulho estridente se é ouvido. Um raio, o céu finalmente entrega tudo de sí. Sem nem ao menos pensar levanto do sofá e caminho até a varanda do meu apartamento e fico a admirar a chuva cair pelas ruas e certamente pegar muitas pessoas desprevinidas.
— Sabe de uma coisa. — Olho para meu lado onde encontro ela se aproximando do parapeito e olhando para o céu. — Eu vim para cá com a intenção de esquecer um pouco dos meus problemas, e de uma pessoa. — Diz e sorri amargamente.
— E essa pessoa seria seu namorado? — Pergunto.
— É... — Inspira profundamente e vira em minha direção. — Eu adoro a chuva, mais ultimamente tenho há odiado. Me faz lembrar dele.
— Sei como se sente. — Digo, e isso não mentira, pode ter passado 1 ano desde a traição, porém ainda consigo sentir a dor que me passou no dia, mesmo que não com tanta frequência. Doi saber que mesmo você dando tudo de sí em um relacionamento, ainda sim não era o suficiente para a outra pessoa. E isso é o que eu mais odeio no ser-humano, nunca se contenta com o que tem, é ganancioso e as vezes acaba machucando quem menos devia.
— Sabe, doi. Doi tanto que as vezes nem consigo respirar. — Sua voz é um misto de raiva e dor, olho para seu rosto e vejo uma lagrima solitaria descer pelo mesmo.
— O que aconteçeu? — Questiono.
— Quando eu entrei na Juilliard há quase 4 anos, não conhecia ninguém, nem mesmo tinha noção de como era Nova York, foi assustador me ver em um lugar totalmente diferente do que estava acostumada, sem contar que tinha acabado de me torna legalmente responsável por mim. — Enchuga a lagrima e respira pesadamente. — Ele foi a primeira pessoa que conheci, ele era dois anos mais velho que eu. Por mais maluco que pareça, ele por alguma razão falou comigo uma semana depois de começar as aulas. — Sorri e passa novamente sua mão em seu rosto, enchugando novas lagrimas. — Ele sempre foi muito chato, e pegava sempre no meu pé, durante esses 3 anos, sempre faziamos os trabalhos em dupla juntos, quase todos eu fazia sozinha. Ele tinha um estranho apelido pra mim, sempre que me via me chamava de ameixa. Nunca entendi isso. Se eu podesse descrevelo em uma única palavra seria tatuagem! — Diz e a olho.
— Por isso essa sua tatuagem secreta? — Falo.
— Ele sempre gostou de tatuagens, eu diria que sempre foi sua verdadeira forma de se espressar. O seu ditado favorito era de que; a arte é uma explosão que se expande em todas as formas possíveis, no sue caso eram as tatuagens. No dia do seu aniversário de 23 anos, ele pediu que eu acompanhace ele enquanto fazia um nova tatuagem, eu não imaginava que o mesmo iria me obrigar a fazer uma também. — Estende o pulso e passa seus dedos sobre o simbolo do infinito tatuado no mesmo. — Nessa mesma noite fomos para o meu apartamento, tinhamos bebido e aconteçeu. — Vira de frente para a paisagem, o céu aos poucos escurece e desta vez é a noite que se aproxima, o vento forte vem de encontro a nos dois, mais raios e a forte chuva continua a cair, mais isso não me enteressa agora. — Durante o aconrecido, ele se declarou pra mim, disse que sempre sentiu algo forte por mim, confesso que não acreditei no momento, estavamos bebados e talves fosso coisas ditas no calor do momento. Mais eu estava enganada, na amanhã seguinte quando acordamos no meu quarto, percebe que tinhamos feito besteira, mais ele não parecia arrependido ou com algo do tipo, ele simplesmente me olhou e sorriu, um sorriso que nunca ví nunguem dar igual ao dele. — Seus cabelos vooam com mais outra forte rajada de vento.
— Eu também já me apaixonei por alguém, e as vezes parecia tão louco o fato de gostar tanto de uma pessoa sem nem ao menos saber se a mesma sente algo por você, só o simples fato dela te conhecer, te deixa feliz. — Falo e lembro da minha frustada paixão infantojuvenil por Karin.
— Duas semanas depois ele me pediu em namoro, na frete de dois amigos nossos. E foi naquele momento que eu senti que as vezes o amor está onde você menos espera. — Sorri. — Eu aceitei, e namoramos por uns 4 meses. Admito que foi um pouco estranho no começo, nos tratavamos como amigos e o fato de nos beijar-mos era um tanto surreal.
— Posso dizer que já tive um pequenissima esperiencia frustada, com uma amiga de infância. Eu sentia algo muito forte por ela em meus plenos 10 anos, imagina só, enquanto meus amigo estavam brincado eu ficava pensando nela. Até que um dia roubei um beijo seu, mais não foi como eu tinha imaginado, ela disse que não me via do mesmo jeito que eu, para ela eu era como um irmão. E cara, como foi uma droga! Me senti um babaca completo. — Sorrio, e olho para Hinata, seus olhos ainda permaneciam perdidos no céu já totalmente escuro. — Itachi não perdeu a oportunidade de me encher o saco.
— Deve ter cido um saco mesmo. — Diz com seus olhos fixos nos meus. — Sabe, no dia da nossa formatura eu estava tão feliz, enfim tinha terminado a faculdade e logo iria visitar meu pai e a Mey. Eu sabia que depois da mesma cada um iria seguir seu caminho, mais... De manhã, quando acordei, não o encontrei do meu lado, a unica coisa que encontrei foi sua jaqueta de couro encima do sofá. Tinhamos cobinado de nos despedir direito, mais ele não compriu a promessas. — Passa suas mãos mais uma vez em seu enorme cabelo preto.
— Se apaixonar é uma droga! — Susurro, mais ainda sim acho que ela escultou, pois seu olhar veio de encontro a minha face. — Você tem alguma noticía dele?
— Não, mas acho melhor assim. — Diz seca, cada um tem seus problemas. Eu entendo o a sua vontade de não querer saber nada sobre esse cara, já vivi isso, e posso dizer que a distância é o melhor rémedio pra curar uma droga de ferida.
— Eu concordo, nada melhor do que um tempo pra pensar. — Digo e viro em direção a sala novamente, o vento ainda forte continua a soprar lá fora.
— Você parece bem experiente em dramas amorosos. — Hinata fala quanto chega perto da porta da varanda.
— Não diria experiente. Acredito que todo mundo já viveu algum drama amoroso. — Sorrio. — Alguns mais do que os outros.
— É... se apaixonada é mesmo uma droga. — Diz e sorri, caminha até a mesinha de centro onde havia colocado sua pequena bolça, pega a mesma. — Acho melhor ir embora.
— Está chovendo forte.
— Não me encomodo com a chuva. — Sorri. — Além do mais, seria deveras estranho ficar na casa de um desconhecido.
— Não foi você mesma que disse que não era um extranho?
— Ainda que saibamos o nome um do outro, isso não deixa de nos torna desconhecidos. — Caminha até a porta, mais para vira e olha pra mim, senti seus grandes olhos azuis me olharem. — 20. — Diz.
— Que? — Pergunto sem entender o que a mesma diz.
— Você perguntou minha idade antes, tenho 20, quase 21 anos. — Sorrio e passo a mão em meu rosto. Hinata abre a porta e antes de sair de vez do meu apartamento diz. — Tchau estranho.— E feixa a porta.
Caminho de costas com meus olhos ainda fixos por onde ela acabou de sair, e caio deitado no sofá. Mais um estrondo se é ouvido e uma forte luz entra atravez das janelas e varanda. Olho para o teto, certamente essa conversa foi de um todo enteresante.
Bom, não. Não tanto quanto olhar para ela.
Merda, o que está dizendo Sasuke? Parece que existe um botão que se ativa perto de mulheres, que só ne faz falar besteiras!
— É, realmente é uma droga se apaixonar!
CONTINUA...
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.