1. Spirit Fanfics >
  2. Freak Out >
  3. Procura-se um Fantasma!

História Freak Out - Procura-se um Fantasma!


Escrita por: sammye

Notas do Autor


Hoy! Tudo bom? Estou repostando esse capítulo por motivos de que fiz burrada e estava nervosa, aí preferi excluir e recomeçar do que seguir adiante morrida de nervosismo, certo? Certo. ~respira~
Desculpem-me pela demora, não que a Samy tenha esquecido que era dia de postar sabe cof cof Mas é que minha mente anda tão abarrotada que quando fui passar a fic pra outro lugar percebi que havia "6 dias" desde a última atualização ~na minha cabeça era só na terça~ e aí fiquei desesperada que nem barata tonta para corrigir e atualizar ;-;

Enfim, desejo uma boa leitura! 💛

Capítulo 17 - Procura-se um Fantasma!


Fanfic / Fanfiction Freak Out - Procura-se um Fantasma!

Estava sentada na escada novamente enquanto conversava com Evan, era seu penúltimo dia na cidade antes de viajar e isso o fez vir me visitar. Perguntou o que aconteceu nesses últimos dias, não sabia por onde começar com tanta coisa — Ah, Deryck veio aqui esses dias – relembrei, passando a mão pelo cabelo e alisando uma mecha.

Franziu o cenho virando em minha direção — O que ele queria?

— Veio com papo de que ainda somos amigos para me convidar para o seu casamento. Conhecendo-o bem, aposto que ainda é noivado...

— QUÊ? Ele teve a coragem de fazer isso? – perguntou indignado, assenti soltando uma gargalhada com a careta que ele fez — Mas que...

— Aff – resmunguei — Garotos são tão idiotas.

— Ei, ei! Não generaliza!

Dei de ombros — Deryck já não me importa mais, eu só achei engraçado isso tudo agora pensando nesse assunto novamente – comentei, caindo no riso novamente. Era engraçado e nem ele podia negar, pois riu juntamente comigo — E você, o que conta?

Sorriu inquieto — Eu conheci alguém...

— Está namorando?! Quem?

— Você não conhece.

— Isso é uma afirmação?

Fez uma careta — Uma espécie de admiradora.

— Uma fã?! – agora gritei sem querer — Evan safado!

Se recompôs — Não é nada disso! Fomos conversando e aí a conversa fluiu, sabe?

Assenti, rindo maliciosa — Aham, continue.

— Deixa isso pra lá. Voltando ao assunto, vejo que ainda está um pouco desanimada, você não esconde com clareza, viu? É por causa de Michelle? – mudei o semblante, fechando a cara. Assenti — Venha, eu tenho uma surpresa para você!

— Surpresa?

— Uma festa!

Balancei a cabeça negativamente, ele tentava me puxar pela mão — A última festa que você me recomendou não deu muito certo!

Deu de ombros — Eu lá tenho culpa? Venha Avril, por bem ou por mal! – retrucou, puxando-me novamente até me fazer deslocar do degrau.

Levantei, decidi dar uma chance. Peguei o carro e fui dirigindo para onde era conduzida, paramos em frente ao boliche. Por ser fim de tarde as luzes de neon estavam apagadas. Evan cobriu meus olhos com suas mãos e foi me guiando por entre o local, ouvi um murmúrio que não soube identificar. Disse-me para ter calma e fechar os olhos, quando falou “Pode abrir”, retirou as mãos e um grito em uníssono me fez dar um salto para trás.

Arregalei os olhos atônita piscando rapidamente várias vezes. Minhas amigas, Matt e até mesmo os caras da banda se encontravam ali ao redor de uma mesa farta de doces comemorando sabe-se lá o que. Todos à minha espera, só faltava Michelle.

Sorri fraco um tanto desconcertada, depois torto por não saber como reagir — Olá maninha, gostou da surpresa? – questionou ele vindo em minha direção e removendo o cabelo de minha face, beijando minha testa sutilmente — A ideia foi dele! – apontou para meu amigo que riu.

— Adorei! Esses doces são meus?

— Ei, ei. Calma, assim vai ficar fora de forma – disse alguém distante, virei buscando a direção da voz.

— Randy! – corri em sua direção e ao invés de me abraçar o infeliz me pegou no ar, levantando-me — Me põe no chão agora! Matt faça alguma coisa! – exclamei impaciente, se me derrubasse eu iria surtar ali mesmo.

— Mais alto – Matt falou apontando para cima e seu amigo me jogou dos ombros para o alto, berrei furiosa sentindo minhas bochechas arderem. Estapeei tentando descer, mas nada de me colocarem no chão.

Ele deu a volta comigo suspensa para enfim me devolver ao piso, ameacei acertar um soco e ele desviou rindo e se afastando, Matt bagunçou meus cabelos num cafuné e Evan continuou perdido comendo em algum canto.

Ouvi um chamado, olhei para o lado e avistei ela vindo apressada correndo por entre as pessoas. A pele um tanto pálida, madeixas desgrenhadas e com uma notória afobação. Michelle passou por mim sem nem ao menos me olhar e foi direito ao meu irmão — Achei você! Estava lhe procurando, vem comigo – tocou em sua mão para o conduzir.

Desvencilhou-se apressado — O que foi? Estou com a Avril agora.

Olhou-me de soslaio com tamanha indiferença — Ela pode esperar. É mais importante!

Arqueei a sobrancelha, ela sabia que eu estava ali ao lado?!

— Avril vem cá – ele me puxou para o seu lado de frente a ela — Mich, você também. As duas não podem ficar assim com essa frescura.

Franziu o cenho — Está falando com quem? Cadê? – virou a face “buscando” por mim — Não vejo ninguém.

Cerrei o punho, grunhindo enfurecida e avançando em sua direção. Eu iria acertar uns tapas com gosto nessa mulher irritante, ela estava pedindo! Matt me segurou e Michelle recuou apontando para mim — Parem com isso!

— Está vendo, ela só sabe ser hostil!

— Me solta Matthew! – ordenei irada — Essa garota está clamando por minha mão na sua cara!

— Ouvi um animal gritando, vocês ouviram isso?

— Achei que fosse você falando – retruquei.

Matt me soltou — Chega disso, as duas!

Deu de ombros — Depois conversamos. – murmurou me encarando com desdém, como se isso a repugnasse. Depois deu as costas e saiu sem sequer olhar para trás, o que me deixou mais nervosa ainda.

Minha visão estava embaçando, passei as costas da mão no rosto limpando a lágrima. Eu não queria chorar, porém mal conseguia conter a angústia. Isso doía, era como pontadas em meu peito, farpas envolta do coração ou um empurrão para um buraco negro.

Evan surgiu em minha frente, tocando em meus braços e me tirando dali aos prantos. Tapei os olhos com as mãos, o vento soprava gélido no lado de fora no terraço. Passou a mão por minha cabeça, afagando-me — Sinto muito por isso, Avril. Nunca vi Michelle tão cruel assim – comentou, me aproximando para um abraço caloroso.

Torci sua camisa, erguendo o olhar turvo e tentando balbuciar, contudo as palavras não saiam. Fechei os olhos, pousando a cabeça em seu peito e tornando a chorar por um longo tempo.

Agora sentia raiva, a ira emanava por meu corpo fazendo o sangue ferver. Ela queria jogar comigo? Pois então vamos brincar. Não serei idiota ao ponto de correr atrás daquela ingrata.

Sentei num cantinho apoiada na parede conversando com meu amigo, ele tentava me acalmar e ao mesmo tempo me fazer rir. Embora a comemoração tivesse desmoronado, lá embaixo sei que rolava alguma coisa e não queria deixar minha tristeza contaminar as pessoas que eram tão queridas para mim.

O celular apitou, o retirei do bolso e analisei a tela de proteção. Uma mensagem. Quando a abri, era Damien avisando que encontrou Daren Hawes, o amante de Aubrey e que iriam investigar o desconhecido — Queria estar lá. – sussurrei chateada, fechando o recado e guardando o celular no bolso mais uma vez.

— Por que não vai?

Elevei o olhar em sua direção — Ah me desculpe, não foi isso o que quis dizer... A sua festa e tudo mais, sabe?

— E o que tem isso? Vai lá! – sorriu amigavelmente, instigando que eu fosse até lá.

— Certeza? – assentiu — Ok. Irei perguntar à Misty que senão o detetive não me deixa ir.

Enviei uma mensagem para a consultora e em minutos recebi o endereço de volta. Levantei num pulo, limpando a calça da poeira do chão e me despedindo de Evan. Sentiria saudades dele, estava agradecida pela boa intenção com a surpresa. Ele me abraçou e disse que nos veríamos em breve, depois abriu passagem para que eu fosse encontrar os investigadores.

 

...

 

Sentia-me um tanto tola por ter chorado daquela maneira, mas o que poderia fazer? Era minha irmã ali dizendo que não me enxergava, isso era muito torturante de se ouvir!

Estacionei na esquina seguindo a rua escura sozinha com as mãos no bolso da blusa de frio e capuz sobre a cabeça. Aproximei lentamente, os dois estavam parados em frente à entrada conversando sobre algo — Oi? – chamei, fazendo-os pular de susto — Ei, que isso?!

— Quer nos matar do coração, salário mínimo?

— Lenhador de bonsai! – ralhei de volta, ele grunhiu pronto para retribuir o elogio quando sua irmã o interrompeu pedindo silêncio. Mordi o lábio — O que estão fazendo?

— Acho que tem gente aí mas não sabemos.

Os dois estavam curvados grudados na porta com o ouvido próximo a fechadura. Aproximei fazendo o mesmo e ficando torta tentando ouvir algo, meu corpo pendeu para frente assim que levei um susto de alguém se aproximando. Escorei em Damien, que se apoiou em Misty e então nós três caímos para frente no piso grudento no instante que a porta se abriu.

Apoiei no detetive para me mover, erguendo o olhar para cima e avistando um rapaz nos encarando surpreso com uma caneca em mãos — Mas o que é isso?! – perguntou com o timbre de voz alterado e irritado.

— Saí de cima de mim – ordenou Damien. Forcei a mão em suas costas para levantar.

— Oi? – sorri forçado tentando parecer simpática.

— Vamos direto ao ponto, Daren. O que você sabe sobre Everly? – questionou de supetão a consultora sem rodeios, seu irmão a ajudava a se recompor.

Arregalou os olhos — Espera, Daren? Eu sou Kevin, o irmão dele.

Franziu o cenho — Gêmeos?

Assentiu — O que aquela praga fez dessa vez? Quem é Everly? Eu disse para ele não namorar garotas de menores, droga!

— O quê? Não! – balançou a cabeça negativamente, aturdida — Pode nos dizer onde ele está?

— Saiu tem – olhou para trás em direção ao relógio da parede — Uns quinze minutos. Foi pegar o trem das 22h15.

Olhei para a tela do meu celular, faltava vinte minutos — Se corrermos ainda dá tempo! – avisei afobada.

— Vamos, vamos! – ela foi correndo na nossa frente apressada em direção ao veículo enquanto seu irmão vinha atrás avisando que não podia fazer esforço pois estava se recuperando. Misty nem sequer deu ouvidos, continuou rapidamente.

Deixamos o cara plantado para trás com cara de tacho sem entender nada, ainda continuava parado na porta buscando compreender a situação e afirmando que pagaria a fiança do irmão se fosse preciso, bastava apenas dar um toque.

Abri a porta do meu carro, girando a chave e ligando o automóvel. Dirigi logo atrás dos dois, o trânsito estava um tanto movimentado e por sorte não pegamos um congestionamento.  Estacionei, correndo logo atrás de ambos que desciam a escadaria para o metrô às pressas, apoiei no corrimão e fui descendo.

Percorri a estação olhando ao redor e girando o corpo em busca do gêmeo fugitivo. Avistei o trem prestes a sair, apressei os passos em sua direção e passei pela porta conforme encarava cada pessoa. Pela janela, observei os detetives, acenei em sua direção caminhando até a porta. Porém, a mesma se fechou e o trem deu partida. Arregalei os olhos contemplando Misty gesticulando e gritando algo que não pude ouvir pois a cada instante ficava mais distante.

Virei para os passageiros procurando em cada um alguma semelhança ao tal de Kevin. Passei por quatro vagões e nada de encontrar alguém. Próxima parada, o trem cessou o movimento, mas quando fui tentar andar o aglomerado de pessoas vindo em minha direção me impediu de tentar qualquer coisa. Esbarraram em mim, depois levei uns empurrões e ainda pisaram no meu pézinho!

Grunhi, baixando os olhos e pendendo para frente quando voltou a andar. Corri com o impacto e quase dei de cara com um senhor, ele abaixou o jornal e me fitou com os olhos esbugalhados. Esbocei um sorriso torto de volta tentando não parecer uma louca.

Tornei a buscar pelos vagões, recebendo uma mensagem da consultora. Avisei que desceria na próxima estação e pegaria o trem de volta para eles. Fechei os olhos, respirando fundo e sentando num dos bancos vagos curtinho o restante do trajeto.

 

...

 

— Avril! Como foi lá? – perguntou ela assim que me viu descendo penosamente do vagão como se estivesse arrastando a corrente.

Suspirei — Nada... Parece que ele não estava lá.

Damien exclamou — E se ele nem tiver pego esse trem?

— Como assim? – indagamos em uníssono.

— Estive pensando aqui, irmão gêmeo? Então liguei para Aubrey enquanto Misty aguardava por você, a senhora disse que nunca ouviu isso dele.

Arregalei os olhos — Fomos enganados!

— Ele nos queria longe para dar tempo de fugir. O que estamos esperando? Vamos! – disse, apressando os passos para subir os degraus de volta.

Corri para o carro, seguindo para a casa do Kevin que agora descobrirmos ser o Daren. Os irmãos pegaram uma rua e eu escolhi outra sendo um desvio, estava irritada por ter sido ludibriada por aquele infeliz.

Cheguei antes deles, segui em direção à casa tentando arrombar a tranca da entrada, por que raios em filmes é tão fácil? Usei um grampo de cabelo e não adiantou em nada, então dei a volta na casa tentando abrir uma janela. Consegui na quarta tentativa, escalei a lata de lixo e ergui o vidro, adentrando cautelosamente ao local.

Era a cozinha, estava com a luz acesa mas sem sinal se movimento. Pisei no carpete dando cada passo com extremo cuidado e receio para não chamar atenção. Olhei para os lados conforme caminhava vagarosamente até pisar num salgadinho de batata caído ao chão, o que fez um ruído seguido por outro barulho. Chega!

Corri em direção a quarto, um vulto rápido passou me empurrando bruscamente em direção ao armário aberto. Caí dentro do closet, ergui o olhar para cima a tempo de ver o varão desprender lentamente e cair em minha direção, enroscando num canto e despejando um monte de cabide cheio de roupas na minha cabeça.

Gritei angustiada, estapeando todas as peças aos berros balançando os pés assustada com uma tartaruga de ponta cabeça. Virei um monte de roupa limpa, puxei tudo apressada jogando-as em qualquer canto e levantando dali furiosa, batendo o pé no chão e bradando irritada — Eu vou te encontrar e aí você vai ver só! – pronunciei num tom elevado, buscando por ele com o olhar.

— O que você quer comigo? – ouvi uma voz ao longe perguntar.

— Se não tivesse nada a esconder não teria nos enganado!

Apareceu em minha frente de supetão — Vá embora! – com uma rasteira, me levou ao chão. Acertei o braço no solo para evitar bater a cabeça, aturdida, levantei afobada tropeçando nas próprias pernas e tentando busca-lo pelos cantos da casa, entretanto a porta de entrada estava escancarada e agora em recepção havia Damien segurando Misty nos braços.

— Ele passou por nós num esbarrão. Vá atrás dele, Dam!

Relutou em soltá-la — Ele quase te derrubou!

— Estou bem, isso não importa. Corre!

A deixou com cuidado apoiada na parede e virou as costas correndo em direção ao breu. Ela veio escorando em minha direção, segurei nos móveis para ficar de pé e recompor a compostura. Estendeu a mão para me ajudar, o que me fez rir. Nós duas estávamos acabadas e ainda assim ela tentava ser gentil — Obrigada – agradeci, aceitando seu amparo.

Saímos da casa aguardando pelo detetive. Demorou alguns minutos para que retornasse, chegou quase sem fôlego engolindo as palavras que nem seu filho — Ele sumiu – falou, pousando as mãos nos joelhos tentando recuperar o ar perdido.

Ri exasperada — Não acredito que fomos enganados com essa mentira tão antiquada! – comentou a consultora indignada, suspirando. Minhas pernas estavam bambas e cada passo era um tropeço diferente — Ei, você está bem? – questionou me encarando receosa.

— Sim, agora já foi. Eu tentei, desculpe...

Damien fez uma careta — Não tem problema, ele foi esperto mas não o suficiente. Tem certeza que está bem?

Assenti, respirando fundo — Então acho que vou pra... Casa? – olhei ao redor, estava tudo embaçado.

Minha perna falhou, meu corpo estava muito trêmulo. Pendi para frente e Misty me conteve antes que fosse ao chão, segurando em meus ombros — Dam, pegue um copo d’água, rápido! – ordenou, conduzindo-me até a calçada e me fazendo sentar.

Ele saiu apressado e retornou com um copo em mãos — Beba, vai se sentir melhor – falou, entregando a taça.

Tomei a água quase num único gole. Agradeci — Acho que foi a adrenalina, no calor do momento minha pressão deve ter subido ou caído, sei lá – pronunciei rouca gesticulando com as mãos para cima, respirando fundo.

Eles assentiram — Vou lhe dar uma carona até sua casa – disse ele, sorrindo gentilmente.

— Mas e eu? – perguntou a irmã.

Levou a mão à testa — Ah é verdade, você não sabe dirigir!

Arregalei os olhos — Sério?

Ela bradou — Sei sim! Só não tenho muita prática – falou, virando a face corada.

— Aham. Só levou todos os cones quando fez o teste...

— Calúnia!

Deu de ombros — De toda forma, iremos ficar aqui contigo aguardando até que melhore, ok?

— Mas e o Daren?

— Esquece isso, não é o mais importante no momento – forçou um sorriso amigável. Levei o copo aos lábios tomando o restante da água.

Ficamos ali jogando conversa fora por alguns minutos contando piadas ou rindo de nossos desastres. Toda vez era algo diferente, isso tornava a situação engraçada.

Não demorou muito para que notassem meu humor oscilante — Avril, você está bem? Parece mais abatida e sei que não foi apenas o susto. – comentou Misty, observando-me como se tentasse desvendar meus segredos.

— Eu só... Discuti com minha irmã e ela está chateada comigo.

— E o que tem? Sil e eu vivemos tendo nossas discussões.

— É mais que isso. Acidentalmente a derrubei da escada...

— Eu já derrubei o Dam da beliche, isso é normal.

Baixei os olhos — Mas eu dei um tapa nela...

— Eu já acertei um soco nele – apontou com o olhar para o irmão e eu arregalei os olhos incrédula. Ele assentiu — Foi sem querer, é claro.

— Culpa do Bene. A gente estava treinando e o pirralho chegou gritando, tirou nossa concentração e quem se lascou fui eu!

Bufei — Porém o meu caso foi proposital.

— E o que tem? Irmãos brigam também!

— Ela disse que eu não existo mais para ela – desabafei tentando conter as lágrimas novamente, sentia minha voz embargar toda vez que tocava nesse assunto, maldito sentimentalismo!

Misty pendeu a cabeça para o lado — Tenta conversar com ela mesmo querendo ouvir ou não.

Damien exclamou — E aquela história que era a melhor irmã do mundo? – voltou para sua irmã — Sabia que Avril disse que a irmã dela é melhor que você?

— O quê?!

Irritada, levantei a cabeça o encarando — Não foi bem nesse contexto! Apenas disse que na época eu tinha a melhor irmã do mundo!

Ela franziu o cenho — Desisto de entender o ritmo e enredo de vocês dois! – comentou fazendo uma careta — A questão é que brigar é normal, tente se desculpar e dizer a ela que está arrependida. Quando você ver, é Michele, é esse o nome? Que estará lhe pedindo desculpas, fica vendo! – aconselhou recebendo um olhar raivoso do irmão que cruzou os braços. Ela deu um sorrisinho torto malicioso que o fez reclamar.

Ri — Não sei se funcionará mas obrigada pela ajuda – sorri de volta.

Ela assentiu — O que quero dizer é que somos como uma corda, única mas com dois lados. E quando nos cortam, ganhamos mais faces e precisamos de um nó para nos remendar. Entende? Cada nó nosso é uma superação, faz parte de nossa história – explicou direcionando o olhar afetuoso ao irmão. Ele concordou — Posso brigar e me recusar a falar com Dam, mas sei que se eu por uma venda em meus olhos e seguir na beirada do desfiladeiro, assim que meu passo falhar ele irá me segurar antes de cair. Ou ir abaixo comigo.

Damien envolveu seu braço envolta do pescoço dela, abraçando-a — Tape seus olhos e caminhe sozinha na frente da sua irmã. Ela irá gritar para ser seus olhos – completou, contemplando a irmã.

Mal sabia como agradecer a assistência de ambos, tentei expressar o quanto suas recomendações me fizeram ter esperança. Mas por hora, eu apenas desejava fechar os olhos e sonhar que não havia feito nada de tão errado para receber tamanha ira em contrapartida.

Após alguns minutos me recompus e adentrei no carro pronta para voltar em casa e virar a página, criar um desfecho para minha briga com Michelle ouvindo o último conselho de Misty dizendo para apenas aguardar mais um pouco.

Iria surpreendê-la e mais que isso, faria com que esse fosse o nó mais apertado e seguro de todos.

 


Notas Finais


Cuidado para não sufocar nem estrangular com esse nó -qq

Pois bem, esse capítulo fora escrito juntamente com o outro (parcialmente) e aí saiu assim, mas saiu com todo meu carinho e empolgação, espero que tenham gostado <3

Obrigada a você que chegou até aqui, nos vemos no próximo, sim? 💖


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...