1. Spirit Fanfics >
  2. Friends By Choice >
  3. O encontro da Madduh

História Friends By Choice - O encontro da Madduh


Escrita por: Luz_dodia_

Capítulo 11 - O encontro da Madduh


Fanfic / Fanfiction Friends By Choice - O encontro da Madduh

•Madduh POV•

O dia tinha chegado. Quando pedi para Lucas fazer minha inscrição nas aulas de reforço de matemática, eu não estava brincando. Tudo bem que eu não precisava de ajuda nessa matéria, mas ficar duas horas na companhia de Arthur ja vale muuuuittto a pena. Não sabia quantas pessoas tinha na aula, mas torcia para não ter muitas.

Ja passava da hora da aula, estava atrasada. Por que? Eu posso até ser rápida, mas o universo não colabora. Passei pela sala da diretora correndo e abri a porta da sala de reforço sem nem pedir licença e nem bater na porta. Me surpreendi ao ver mais de vinte meninas e uns dez garotos na sala.
Realmente, eu teria que lutar muito mais por ele, se não essas vadias vão chegar na minha frente. Me sentei nas últimas cadeiras, já que as meninas(leia-se vadias) faziam questão de sentar na frente.

Era engraçado como ele ensinava as coisas. Franzia o cenho, gesticulava, erguia a sobrancelha esquerda e ainda tentava fazer a voz dele ficar mais grossa.

Sabe aquela frase de Peter Pan: Pensamentos bons te levam pra cima, pensamentos ruins te levam pra baixo? Realmente, eu estava definitivamente sendo puxada cada vez mais pra baixo, porque meus pensamentos sobre ele não era dos melhores e recomendados para menores. Ele explicou tudo o que eu já sabia e a aula foi acabando aos poucos. Como eu sabia que logo que a aula acabasse, as garotas iriam se jogar em cima dele, me adiantei e levei meu caderno pra ele ver uma das questões mais fáceis que tinha,mas que precisava de calma pra resolver.

- Oi, você pode me ajudar nessa questão? - Sorri

- Madduh! O que você está fazendo aqui? Opa espera, é a Malluh não é? Madduh nunca iria vir para uma aula de reforço de matemática. - Mostrou as covinhas

- É a Madduh mesmo. Eu resolvi aprofundar meu estudo, não é?

- Bom, em que posso ajudar?

Me ajoelhei ao seu lado e mostrei o exercício na mesma hora que o sinal para a aula da tarde tocou.

- Tchau pessoal, e não se esqueçam de fazer os exercícios.

- Tchau Arthur! - As meninas fizeram um coro de voz fina e saíram da sala suspirando.

- Bom,vamos ver - Olhou para a questão e começou a me explicar. Se eu prestei atenção? CLARO que não! - Entendeu? - Perguntou

- Ah, sim. Valeu - Me levantei e ele arrumou suas coisas na mesa. - Você tem que dar aulas ainda hoje?

- Não, mas amanhã meu dia estará repleto de aulas de reforço - Fechou a sala e colocou o molho de chaves na bolsa de costas preta.

- Como você aguenta? Quer dizer, você gosta de dar aulas?

- Não é uma profissão que eu queria exercer, mas eu gosto de estar frente ao público. - Agora sei porque a Malluh gostou dele. Ele fala tão bem que eu me perdi em suas palavras.

- O que você quer ser, então?

- Não sei, algo relacionado a matemática.

- Que legal!

- E você, Madduh?

- Engenheira ambiental - Chegamos no portão da escola. Não queria ter que me despedir dele. - A gente se vê amanhã? - Perguntei

- Por que não hoje a noite?

Franzi o cenho

- O que? - Eu precisava ouvir direito pra ter certeza que não era meu cérebro formando essa cena do nada.

- Não precisa ficar assim. Você quer sair comigo hoje a noite ou não?

- Amnhfjsh - Resmungei

- O que você disse?

- Ah é. Sim eu aceito, mas só se tiver comida - Ele riu. Isso não foi uma piada, eu realmente só vou se tiver comida. Mas não falei qual.

- Ótimo, mais tarde eu te ligo e a gente combina.

- Ok - Esse O.K não pareceu um O.K normal, pareceu mais um amsbgshy. Ele foi embora e eu fiquei olhando para o nada.

Sabe aquela cena no filme The Duff em que a Bianca finalmente convida o Toby pra sair, daí ela abri os braços e fogos se soltam atrás? Então, eu estava mesmo assim no portão da escola. Sem me importar, eu abri os braços e fechei os olhos com uma expressão de vitória.

- Ta drogada garota? - O tio que toca o sinal me perguntou bebendo café com leite.

- Talvez eu esteja, o senhor não quer uma pedrinha não?

- Avé Maria, menina! - Exclamou - Vai para igreja!

- Ah vá cagar! - Saltitei até a rua e fui andando pra casa. Geralmente eu odiaria ir pra casa a pé, mas minha felicidade é tanta que não me importo com isso. Só queria chegar em casa, esperar o Arthur me ligar, sair com ele e dar uns amassos.

- Malluh! Ei espera! - Ouvi alguém gritar atrás de mim. - Malluh!

- Puta merda, eu não sou a Malluh não, seu frango, sou a Madduh. Ta cego? Ou seu olho está...

- Calma aí Madduh - Vicent acariciou meu braço e eu lhe dei um abraço apertado - Como você cresceu garota. E está com a boca mais afiada ainda. - Sorriu

- Que saudade eu estava de você, Vicent. Como vai?

- Estou legal, e sua irmã?

- Se você está falando da Malluh, ela está legal, mas se você está falando da sua ex namorada, eu não gasto saliva com ela.

Vicent era namorado da Helô no ensino médio, mas aí ela resolveu que Rafael era melhor e mais bem sucedido que Vicent. Se eu fosse Vicent eu daria uns kitiripapo na Helô, mas ele é daqueles que apreciam uma boa conversa.

- Que bom que está tudo bem. - Piscou seus olhos puxados - Bom, só passei para falar com você. Manda um beijo pra sua irmã tá?

- Se for pra Malluh eu mando.

- É pra Malluh mesmo. E me desculpa por te confundir com ela. Da última vez que te vi, você ainda usava aparelho rosa nos dentes.

- Nem me lembre! - Ele me deu outro abraço e foi embora.

Como a Helô prefere aquele engomadinho do que o Vincent, ein? O Vincent era miiiiiiilllll vezes mais bonito e gostoso do que Rafael. O que? Eu também sou humana!

Cheguei em casa e fui direto para o meu quarto, abri o closet e tirei todas as roupas de sair que eu tinha. Tinha que fazer bonito nesse encontro!

Escutei o toque do meu celular e a foto de Lucas sorrindo invadiu a tela. Atendi no mesmo instante.

"Olha só o que eu acabei de inventar:Filho de rapariga quem chama, comi a tua prima e foi na tua cama. Gostou?"

"Lucas, por que você não vai procurar o que fazer, em vez de ficar inventando essas merdas?"

"Está de mau humor?" - Sorriu do outro lado da linha

"Você prefere vestido ou calça?"

"Eu prefiro te ver sem nenhum dos dois" - Gargalhei

"Por que você não vai procurar um macho?"

"Já tenho muitos!"

"Nossa!"

"Então, o que você acha de sair comigo hoje? Comida gordurosa e coca-cola, o que você acha?"

"Me desculpa mas o Arthur me chamou pra sair, acredita?! Eu estou tentando escolher uma roupa. Mas isso não importa, o que importa é que eu vou dar uns amassos naquele bonitinho hoje a noite!" - Exclamei animada

"Ah que ótimo! Vocês vão para onde? Comer salada?" - Sorriu

"E eu sou mulher de comer salada? Então, vestido ou calça?" - Peguei meu vestido azul marinho

"Eu acho que calça combina mais com você, se você fosse de vestido florido iria parecer a Malluh" - Joguei o vestido pra longe

"Credo! Não quero isso pra mim. Vou de calça mesmo, obrigada seu frango!"

"Tchau Madduh!" - Ouvi um suspiro profundo antes dele desligar a ligação e eu voltar a ver as roupas.

                        ★★★

Odeio admitir que eu estava nervosa. Não que eu nunca tivesse saído com alguém, mas sair com Arthur já são outros quinhentos.
Ouvi a campainha tocar e engoli em seco. Abri a porta e lá estava ele.
Gel no cabelo, calças apertadas, olhos azuis lindos, músculos, bíceps, tríceps, rosto angelical, sorriso aberto e etc. Bom, eu poderia passar horas falando dele.

- Nossa como você está linda - Me olhou de cima a baixo. Eu não achei. Estava com uma calça de cintura alta e um cropped escrito em negrito: FUCK. Mas mesmo assim agradeci e fomos até o carro dele.

Eu não sei distinguir marcas de carro e essas coisas, mas o carro dele parecia ser de uma marca beeem cara. Ele abriu a porta pra mim e ligou o carro.

O restaurante era beeem chique e renomado. Ele pediu a mesa de sempre e nos sentamos.

- Espero que goste do restaurante, é o melhor da região.

Como é que eu não poderia gostar desse restaurante de rico, digno de uma princesa como eu?

Ele abriu o cardápio e eu não entendi nada daquela merda! Era cada nome estranho!

- Quer que eu escolha pra você? - Perguntou

- Sim, eu não entendi nada. Que nome é esse? - Apontei para o nome e ele sorriu

- Isso é frango com arroz.

- E precisava disso tudo pra falar que o prato é frango com arroz?

- Por favor - Chamou o garçom e pediu os pratos e uma traça de vinho. Tipo VINHO DAQUELES CAROS! 

Eu quase me engasgei no primeiro gole, mas tentei beber com calma e classe. A noite estava ótima e eu estava rindo demais com Arthur.

As histórias dele sobre as viagens pra fora do país, eram hilárias!

- Então o cara me jogou com tudo e eu caí de cara na neve! - Sorrimos juntos e o celular dele começou a tocar. - Com licença, é a minha mãe

Ele foi no banheiro e eu aproveitei para me olhar no espelho e retocar o gloss. Ele voltou com um sorrisinho no rosto e voltamos a nossa conversa.

Ele pagou a conta e fomos embora.

Estávamos na frente da minha casa dando altas risadas. Eu estava encostada no carro dele, enquanto ria.

Ele olhou para o relógio e fez uma careta.

- Está tarde, preciso ir

- Mas já? - Fiz bico

- Não queria, mas preciso. Mas antes de ir...- Foi aí que ele me beijou.

Realmente, eu esperava um beijo feroz e ardente, mas o beijo que Arthur tinha pra me dar era um beijo calmo e lento. Como se ele quisesse explorar todos os cantos da minha boca com calma, e conseguiu.

Não sei como consegui abrir a porta de casa, ou a porta do meu quarto. Só sei que em pouco tempo, eu já estava dormindo.

•Malluh POV•

"Na minha opinião, todo mundo tem seu milagre. Por exemplo, muito provavelmente eu nunca vou ser atingido por um raio, nem ganhar um Prêmio Nobel, nem virar ditador de uma pequena ilha do Pacífico, nem ter um câncer terminal de ouvido, nem sofrer combustão espontânea. Mas, se você levar em conta todos os eventos improváveis, é possível que pelo menos um deles vá acontecer a cada um de nós. Eu poderia ter presenciado uma chuva de sapos. Poderia ter pisado em Marte. Poderia ter engolido uma baleia. Poderia ter me casado com a rainha da Inglaterra ou sobrevivido meses à deriva no mar. Mas meu milagre foi diferente. Meu milagre foi o seguinte: de todas as casas em todos os condados em toda a Flórida, eu era vizinho de Margo Roth Spiegelman."

Li o trecho do livro Cidades De Papel e dedos estralam na minha frente.

- Como vai o livro? - Arthur me olhou no fundo dos olhos e se sentou ao meu lado.

- "Você vai para as cidades de papel e nunca mais voltará" - Citei uma das frases e ele riu.

- Eu amo esse livro. Presumo que você também

- Histórias de amor assim, me fazem querer escrever uma história de amor em que os personagens fiquem juntos.

- Então você não gostou do final?

- Até gostei, mas minha alma é puramente romântica.

- Então, pessoa puramente romântica, você aceita sair comigo amanhã?

O ar foi e voltou dos meus pulmões e eu pude sentir cada ato do meu organismo.

- Como assim?

- Você quer sair comigo amanhã, menina dos livros?


Notas Finais


Beijos!


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...