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História Friends By Choice - Encontro Da Malluh


Escrita por: Luz_dodia_

Capítulo 12 - Encontro Da Malluh


Fanfic / Fanfiction Friends By Choice - Encontro Da Malluh

•Malluh POV•

Nada acontece como a gente acha que vai acontecer - Cidades de Papel

Essa frase me define. Pensei que iríamos para um restaurante qualquer, mas o local que ele me levou era muito mais chique do que eu esperava. Se as janelas fossem banhadas por ouro, eu não me surpreenderia. Ele pediu a mesa de sempre, mas eu não sabia se essa "mesa de sempre" era quando ele vinha com as outras garotas, ou com a família. Queria perguntar, mas não o fiz.

Sentamos e começamos uma conversa animada sobre a escola, não é o melhor assunto para se conversar, mas ele falava tanto sobre isso, que suas palavras invadiam meus ouvidos de uma maneira maravilhosa, que eu acabei entrando no assunto. 

- E você? Falei muito de mim hoje, fale um pouco de você. - Tomou um gole do vinho muito bem escolhido.

- O que você quer saber?

- Qual profissão você quer exercer?

- Quero fazer letras e me tornar uma ótima escritora.

- Que tipo de histórias você escreve?

- Escrevo mais sobre a amizade, o amor, a dor e o perdão.

- Temas ótimos de serem abordados. - O celular dele tocou e ele atendeu - Oi minha linda. - Fez uma pausa e eu quase matei no meu pensamento a pessoa que ele chamou de linda - Claro! Falar-te-ei depois. Tchau! - Desligou

- Nossa, nunca vi pessoas usarem mesóclise assim. Geralmente é falado mais em Portugal.

- Eu gosto do diferente - Sorriu

Foi nessa hora que eu pensei: O que ele tinha visto em mim? Quer dizer, eu não me considerava feia. Eu era uma ariana neurótica com ascendente em trouxa e lua em otária. Tinha uma irmã gêmea chata. E era louca por livros de romance do John Green, poemas, poesias, músicas e tudo o que tinha haver com humanas. Ele era interessante, lindo, inteligente e rico. Não que o dinheiro dele influenciasse em alguma coisa, eu gostava dele por ele ser quem ele é. Não conhecia ele o suficiente, mas com o tempo eu conheceria.

O tempo foi passando e ele pagou a conta - nem com dois anos de salário, eu conseguiria pagar - e fomos até a praça perto da minha casa. Ele contava das suas experiências nas viagens e eu ria muito.

- Então o cara me jogou com tudo e eu caí de cara na neve! - Rimos bastante e sua risada se misturou com a minha.

Eu vi uma barraquinha de pipoca e comprei uma pipoca normal para ele e uma pipoca doce pra mim. Fiz questão de pagar, até porque ele pagou a conta no restaurante caro, era o mínimo - mínimo mesmo - que eu poderia fazer.

Nos sentamos nos balanços e ele começou a me balançar, enquanto cantávamos as músicas que viam do meu celular. Era inacreditável os nossos estilos musicais parecidos.

Ele parou de me balançar e me estendeu a mão pra mim.

- Quer dançar comigo? - Perguntou

- O que? Aqui?

- Tem lugar melhor? Venha! - Começamos a rodopiar e dançar feito loucos, sendo alvos de olhares de outras pessoas.

Então, ele me beijou. Já tinha o beijado antes, esse beijo não foi diferente do outro. Foi calmo e lento, mas mesmo assim eu gostei.

A noite foi passando e ele me levou até em casa, me dando um beijo no final da noite. Abri a porta do meu quarto em suspiros e meu celular apitou na minha bolsa.

Sorri mais ainda com a mensagem que Arthur tinha me mandado.

"Amor é fogo que arde sem ver. É ferida que dói e não se sente. É um contentamento descontente. É dor que desatina sem doer. - Camões. Boa noite princesa. Durma bem 😘"

Apaguei na mesma hora.

                        ★★★

" Faltando pouco para eu completar meu décimo sétimo ano de vida minha mãe resolveu que eu estava deprimida, provavelmente porque quase nunca saía de casa, passava horas na cama, lia o mesmo livro várias vezes, raramente comia e dedicava grande parte do meu abundante tempo livre pensando na morte. Sempre que você lê um folheto, uma página da internet ou sei lá o que mais sobre o câncer, a depressão aparece na lista dos efeitos colaterais. Só que, na verdade, ela não é um efeito colateral do câncer. É um efeito colateral de se estar morrendo. (O câncer também é um efeito colateral de se estar morrendo. Quase tudo é, na verdade.) Mas mamãe achava que eu precisava de tratamento, então me levou ao meu médico comum, o Jim, que concordou que eu, de fato, estava nadando numa depressão paralisante e totalmente clínica e, portanto, ele iria trocar meus remédios e, além disso, eu teria que frequentar um Grupo de Apoio uma vez por semana"

Li o primeiro parágrafo do livro A Culpa É Das Estrelas - Já que eu ja tinha terminado Cidades De Papel -, e um corpo se sentou ao meu lado. O cheiro do perfume dele se alastrou em minhas narinas. Eu sabia quem era, só não tinha coragem de olhar para ele.

- Oi Malluh. Podemos conversar?

•Madduh POV•

" Um caminhão sobe uma rampa inclinada em relação ao ponto horizontal. Se a rampa tem 30m de comprimento e seu ponto mais alto está a 5m de altura, qual é a distância do início da rampa(A) até o ponto B? Desenhe um modelo matemático, calcule o que se pede e dê a resposta em metros e centímetros."

Respondi a questão da apostila e o sinal tocou para a próxima aula.

Lucas entrou como um furacão na minha sala e se sentou na minha frente.

- Como foi o encontro? Comeu muita salada?

- Salada não, mas outra coisa eu não sei - Brinquei

- Me poupe dos detalhes. - Pegou o livro - O que você acha de assistir uma temporada de filmes de terror comigo?

- Se tiver caras bonitos eu tô dentro!

- Isso eu não sei, só sei que vai ser animal! - Exclamou

- E você vai me pegar de que horas?

- Por mim, te pego a noite toda gata! - Joguei o livro na cabeça dele e voltei minha atenção para a aula.


Notas Finais


*Mesóclise é quando o pronome oblíquo está no meio do verbo, ocorre quando os verbos estão no futuro do pretérito e futuro do presente. É mais usado em Portugal, por isso a Malluh se surpreendeu.

*A questão de matemática da Madduh é sobre o teorema de Pitágoras. E o resultado é igual a 29m e 58m


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