História Friends By Choice - Mensagens

•Malluh POV•

Acho que minha vida está virando algum tipo de série derivada de Pretty little liars. Por que? Dias atrás eu estava sentada no bando de uma viatura da polícia e hoje, estou no mesmo lugar. As meninas de Maldosas já são acostumadas com a polícia, mas EU NÃO! Cada vez que eu vejo uma pessoa fardada, eu imagino eles me prendendo pelas merdas que eu fiz no passado, e foram muitas.

Você já deve imaginar como eu estou me sentindo, sentada entre Chris - que não para de choramingar, falando que não vai mais ver Tony- e a Madduh - que não para de falar um só minuto, reclamando com o policial.

- Ô seu guarda, me responde uma pergunta - Ela bateu pela milésima vez no ombro do policial.

- Garota eu já disse que não sou guarda, sou um policial condecorado.

- Ah tanto faz! Pra mim é mesma coisa! - Exclamou

- Fale logo, menina - A voz grossa dela me dava medo

- Eu ouvi falar uma vez, que naquela área que estávamos passando, não tem muita polícia, porque é um lugar super tranquilo. O que vocês foram fazer lá?

- Recebemos uma ligação anônima falando que havia três adolescentes em um carro, sem carteira e com bebidas. - O policial que dirigia falou

- Claro, achamos estranho no começo. Mas encontramos vocês. - O outro policial respondeu

A Madduh deu uma olhada pra mim, como se eu tivesse ligado para a polícia avisando.

- Não olha pra mim assim não! Você acha mesmo que eu ia ligar e me ferrar junto? - Falei e ela deu uma olhada mortal pra Chris - Também não adianta olhar pra ele assim. Ele queria mais do que todo mundo essa festa.

Ela abaixou a cabeça e ficamos calados o resto da caminho, até eles abrirem a porta do carro e mandar entrar em uma delegacia que eu nem conhecia. Um detalhe pequeno:ficava no meio do mato!

Nos sentamos em cadeiras super desconfortáveis e um policial super mal encarado ficou olhando fixamente pra gente.

- O que foi ein? Perdeu alguma coisa aqui? - Exclamou Madduh

- Só estou cumprindo ordens - Ele respondeu

- Cumpra ordens sem olhar pra mim, você é muito feio e está me assustando.

- Madduh para com isso!

- Estou sendo sincera tá legal! Ele me assusta com essa ruga na testa e ainda fica olhando fixamente pra mim. - Se virou para o homem - Olhe aqui seu moço, eu sei que eu sou linda, mas não precisa ficar olhando pra mim não.

- Nem em uma situação drástica, você perde a piada, não é Madduh? - Chris riu

- Eu tive uma ideia! - Exclamei - Por que não ligamos para Lucas? O pai dele é delegado, pode nos ajudar!

- Não, não vamos ligar para o Lucas! - Madduh cruzou os braços

- Por que? - Chris perguntou

- Longa história Chris e não, não vamos ligar pra ele!

- Para com esse orgulho, Madduh! O pai dele pode ajudar, já que ele amou você, podemos sair daqui sem que nossos pais saibam.

- Tarde demais - Uma voz grossa conhecida falou

Quando eu olhei pra direção da voz, quase tive um infarto.

- Antes que você venha me dar um sermão, eu não fiz isso sozinha. - Madduh ficou com a cara emburrada quando papai e mamãe olharam pra ela.

- Tudo bem - Mamãe falou bom calma - Nos expliquem o que aconteceu, e depois nós vemos o que vamos fazer.

- Acontece que...- Interrompi a Madduh

- Acho melhor eu contar.

- Certo, conte

- Estávamos indo para a casa da tia do Chris, pra fazer uma festa de aniversário pra ele. Quando uma viatura da polícia nos abordou e nos trouxe pra cá.

- Nos falaram que vocês estavam com bebidas alcoólicas e sem carteira

- Ah qualé pai, você já tá cansado de saber que eu sempre andei sem carteira, e você também sabe que todos os adolescentes bebem escondido.

- Madduh não complica as coisas - Sussurrei pra ela

- Logo você Maria Luísa, nunca pensei que pudesse fazer isso.

- Pai, a gente só tava querendo se divertir. Não iríamos fazer nada demais, só colocar uma música bem alto, beber um pouco e brincar de verdade ou consequência. - Levantei os braços

- Certo, vamos falar com o delegado, levar o Christopher pra casa e resolver o que vamos fazer com vocês.

                        ★★★

Cheguei em casa- depois no sermão no carro - joguei a bolsa de costas no sofá e me sentei com tudo, colocando a mão na cabeça logo em seguida.

Me proibiram de ler livros por um mês e vão me fazer ficar até mais tarde na biblioteca. Não que eu não gostasse, mas era menos tempo pra assistir a série.

Abri a porta do meu quarto super cansada pelo dia louco. Olhei pra cama e me surpreendi com o vaso de hortênsias azuis. Fui até lá e tinha um bilhete.

"Flores azuis simbolizam a confiança, harmonia, amizade, fidelidade e amor. Que cada vez que você olhe para a cor azul, que lembre de mim.

Ass: Arthur"

Depois de ler, o meu celular avisa que chegou uma mensagem.

"Quer sair comigo amanhã de tarde? "

Com um sorriso no rosto respondi:

"Sim"

•Madduh POV•

Fechei a porta do meu quarto com força. Me joguei na cama e senti alguma coisa em baixo de mim.

Me assustei com um vaso de orquídeas rosas e um bilhete

"Flores cor de rosa simbolizam a delicadeza, beleza, juventude e o amor. Que cada vez que você olhe para a cor rosa, lembre de mim.

Ass: Arthur "

Recebi uma mensagem na mesma hora

"Quer sair comigo amanhã de tarde? "

Respondi que sim

•Narradora POV•

Na parte sul da casa das meninas gêmeas, estava os seus pais com pensamentos confusos. Souberam que suas filhas mais novas, foram "presas" pela segunda vez nesse mês. Não sabiam o que fazer para para-las de uma vez por todas.

- O vamos fazer com elas Carlos? - Karen perguntou para o seu marido

- Eu não sei - Suspirou - Eu não sei

- Elas estão mais impossíveis que nunca.

- Não sei o que fazer, não acredito que a Madduh levou a Malluh para o mal caminho

- Verdade, nunca pensei que a Malluh fosse tão influenciável - Abaixou a cabeça

- O que vamos fazer?

- Não sei, só sei que eu preciso de um banho quente. - Karen foi em dibanheiro

Um pouco longe da casa das gêmeas não tão iguais assim, havia um garoto de olhos azuis em uma mansão de um dos maiores advogados do Brasil. A euforia tomava conta do corpo dele. Se arrependeu por der mandado a mesma mensagem para as duas garotas e agora ele estava completamente ferrado. Como ele poderia estar em dois encontros ao mesmo tempo? Cometeu o erro de não olhar as mensagens que mandava, e acabou mandando a mesma mensagem para as duas garotas. Como iria fazer, agora, que marcou com as duas meninas? Ele não poderia se partir em dois para ir nos dois encontros, mas poderia passar um tempo com uma e um tempo com outra, sem as mesmas descobrirem não é?

Não é?

Essa pegunta pairou na sua cabeça por horas e horas. Ele não sabia o que ia fazer. Mas descobriria.