História Friends By Choice - Lista da Malluh e Escola

•Madduh POV•

Primeiro dia de aula parece um dia normal em abril, quando você ja está cansado de ver todos aqueles rostos feios. Ainda mais os professores. Sabem na hora que o cara lá toca o berrante e todos os animais saem correndo ou seguem ele? Então, é assim que a escola se resume. Quando o sinal toca é praticamente isso.

Os professores são os animais, quem toca o berrante é o cara que toca o sinal que eu nunca sei o nome, e os alunos é a grama que os animais pisam. Bom, tecnicamente isso. Nossas salas são cheias de carteiras e cada  disciplina, temos um parceiro. Por exemplo, na aula de química temos um parceiro com quem podemos "contar" e filar, em outra disciplina temos outros parceiros. É uma bosta! Se eu fosse diretora desse carai todo mundo ia ver como é dirigir uma escola! Eu ia botar pra foder em todo mundo!
A única coisa que me alegra nessa merda de escola, são as aulas de química, física e biologia. Que vou fazer questão de me sentar do lado do meu boy-magia-com-cara-de-anjo-gostoso,nem que eu tenha que tirar o olho do parceiro dele.

Resumindo...a escola é uma bosta, o que se salva são os boys magias, e é o lugar onde eu posso bater em alguém sem ninguém reclamar.

•Malluh POV•

A Madduh é muito exagerada em questão a escola. Ela é a rainha do drama, algumas vezes. A escola pra mim é normal, é um lugar onde você vê gente como a gente e não tem medo de falar nada. Eu sou mais paranóica com essas coisas de nota, as vezes me irrito com isso.

Temos os mesmos amigos. Um grupo bem louco, o que eu mais gosto - pela sinceridade e por ele(ela) não ter medo de dizer o que pensa e pelo simples fato dele ser o gay mais gay da face da terra! Christopher, mais conhecido como Chris, é o gay mais sensacional que eu ja vi!

Saio dos meus pensamentos quando dedos estralam na minha frente.

- Malluh, minha florzinha de purpurina, seu Chris está falando! - Chris Cruzou os braços fazendo careta.

- O que foi?

- Você viu o boy magia que acabou de passar? Quase tive um orgasmo aqui mesmo. - Sorriu

- Chris, você tem que parar com isso! Os caras vão achar que você é um tarado!

- E eu não sou? - Gargalhou

O sinal tocou para a primeira aula, filosofia. Nem todas as aulas eu me animava, mas eu gosto bastante tudo que tem a ver com humanas, longe de mim exatas! Passei a gostar mais ainda de humanas quando descobri que Arthur também ama humanas e sempre está lendo um livro. Como eu sei disso? Conversei bastante com ele no whattsap e passei a metade do tempo babando na foto de perfil dele e na frase que tinha como status. " O amor não se encontra em qualquer pessoa", a frase dizia. Claro que eu achei que isso era indireta pra mim,mas não perguntei para ele. Não queria assustar ele, quero que ele se apaixone por mim, não o contrário.

Torcia pra que nas aulas de humanas, ele fosse meu parceiro. Eu não tinha que aturar a Madduh, já que somos de salas diferentes. Por exemplo, eu sou da turma A e ela é da turma B. Isso facilita, as vezes, mas Arthur era o assistente dos professores e por isso, ele estava em todas as aulas. Viu? Ele além de lindo é inteligente! Não canso de falar em como amo ele. Minha mãe disse que amor é causa de anos, mas pra mim não existe isso. Amor é amor e pronto!

Na hora que eu vi ele entrando na sala, meu coração palpitou e minhas pernas viraram gelatina. Ele, com a camisa passada, com a calça apertada, seu cabelo bagunçado na frente de seus olhos azuis que eu tanto admiro, seus músculos definidos pela academia, e os livros em suas mãos. Podemos dizer que para mim, ele estava completamente sexy, não me chamem de tarada não! Ele é muito lindo pra não ser olhado.

- Bom dia, professor. Aqui está seu horário de hoje - Entregou o papel para o professor de filosofia.

- Ótimo! Obrigado Arthur. Sente-se com a Maria Luísa.

Quando o professor falou isso, eu ri instantaneamente. Te amo professor, ever!

Logo Arthur se sentou ao meu lado, sorrindo de lado. Ah, como esses dentes branquinhos são bonitos! Adoraria beija-los. Stop Malluh! Se concentra na aula! Na verdade, eu já sabia que eu não conseguiria me concentrar na aula, mas mesmo assim tentei.

Arthur respondia tudo o que o professor perguntava, ele ficava concentrado na aula com o lápis nas mãos, mordendo a ponta. Olhando para ele, poderia dizer que o mundo é bom, só pelo simples fato dele existir. Soa romântico, não soa? Sim. Mas dane-se! Eu estou apaixonada mesmo! Seria baita sorte se um dia ele gostasse de mim, mas vamos trabalhar nisso, já que eu estou disposta a fazer tudo por ele.

- Oh, Malluh me empresta uma caneta azul, por favor? - A voz grossa dele me tirou dos meus pensamentos. Seu olhar estava sobre o meu e por um momento, me arrepiei por completo. Se me arrepio com o olhar dele, imagina com o toque? Ele sorriu de lado e sentir meu gosto ficar vermelho. Merda! Tenho que aprender a disfarçar mais na presença dele.

- O que? - Perguntei

- Uma caneta azul, você tem?

- Ah, es-espera só um pouco - Peguei meu estojo e entreguei para ele uma caneta azul de ponta fina, que eu gostava de escrever. Nela tinha meu nome e quando ele escrevesse, lembraria de mim. - Toma, pode ficar, eu não quero mais não. - Um sorriso tímido brotava em meu rosto.

E mais uma vez, ele sorriu abertamente, mostrando suas covinhas e seus dentes brancos alinhados.

- Valeu, Malluh! - Foi nesta hora que o sinal tocou e todos se levantaram para assistir outras aulas. Arthur pegou suas coisas e se virou para mim com um sorriso lindo no rosto - Tudo nele é lindo, né? -. Então ele me surpreendeu beijando minha bochecha. Seu toque me fez arrepiar e várias coisas - erradas - passaram pela minha cabeça. - Nos vemos por aí. - Assim, ele saiu em disparada para a sala que provavelmente era onde minha irmã estaria. Acompanhei seus movimentos, e involuntariamente olhei para os seus músculos se contraindo a cada andar. Ah, esse garoto ainda me mata!

Após as aulas, tudo que eu queria fazer era ver Arthur de novo da biblioteca, já que duas vezes por semana ele vai até lá, ler um livro para "esquecer até do meu nome", foi ele que falou um dia. E ele estava certo mesmo, um livro pode nos transportar para longe, mesmo estando parados.

- Minha florzinha de purpurina, por favor para de pensar no teu Boy magia e presta a atenção em muá! - Chris Gritou.

- Como sabe que eu estava pensando nele? - Perguntei curiosa.

- Quando você não está pensando nele é milagre! Você acorda, dorme, come e se bobear, até caga pensando nele!

- Não seja exagerado, Chris!

- Eu não sou exagerado não! Você pensa tanto nele que daqui a pouco vai começar a fazer uma listinha de como conquista-lo.

Foi aí que uma ideia surgiu na minha cabeça. Sabe naqueles filmes que quando alguém tem uma brilhante ideia, uma lâmpada aparece em cima da cabeça da pessoa? Então, senti essa lâmpada na minha cabeça na hora que Chris falou isso.

- É claro! Uma lista! - Exclamei

- O que? Não! Eu estava brincando florzinha de purpurina!

- Mas é uma ótima ideia! Eu vou fazer uma lista do que eu preciso fazer para conquistar ele. E a cada dia vou eliminando um item. Você é um gênio, Chris!

- Aff, lá vem você com isso de novo. Só falta você se ajoelhar e suplicar pra que ele te dê um beijo. Não sei como você consegue fazer isso. Você é uma completa trouxa! - Chris virou os olhos com os braços cruzados. Ele tinha uma quedinha por Arthur desde o dia em que ele salvou seu patinho de borracha a não se afogar na piscina de plástico.

- Amar é ser trouxa! - Peguei minhas coisas e grudei a mochila nas costas, pronta para ir direto pra casa - Se Madduh perguntar, fale que eu fui para casa mais cedo. - Dei um beijo em sua bochecha - Beijo de batom! - Parti em direção a minha casa, decidida a fazer uma lista perfeita.

Chegando em casa, Peguei uma cartolina rosa e cortei, cobri a borda com adesivos e coloquei o título como  LISTA DA MALLUH!.

Pensei um pouco em o que colocar, mas ja que a cada dia vou colocar algo, pensei em botar poucos ítens.

LISTA DA MALLUH:

Como conquistar o meu super-híper-mega-boy-magia.

1. Saber mais sobre ele. Sobre o que ele gosta e etc.

2. Saber a cor predileta dele, assim minhas roupas vão ser dessa cor só pra chamar a atenção dele.

3. Tirar a Madduh do meu caminho.

Sorri com o terceiro ítem, eu tinha mesmo que tirar a Madduh do meu caminho, se não ela iria estragar meu futuro lindo com o garoto dos meus sonhos e com meus dois filhos, um casal de preferência. Eu pensei em tudo. Iríamos morar na praia - eu amo praia -, as crianças iriam estudar em uma escola perto, e todo dia ia ter...torta de frango. Não pensem merda. Eu sei, eu sei, minhas piadas são sem graça, acho que a Madduh ficou com o gene de engraçada todo só pra ela. Não custa dar um pedacinho do gene da engraçabilidade pra mim? Não! Ela tem que ficar com tudo.

Com o terceiro ítem da lista pronto, me preparei para o trabalho na biblioteca. Com certeza depois dessa lista, eu ja terei conquistado Arthur.

Lá não tinha uniforme. A biblioteca Florisbela, era um dos lugares que eu mais gostava de ir. Lá o ar não era pesado, tudo era leve. Logo quando se abria a porta, se via um quadro com todos os livros que tinham alí. A decoração era simples, os tons que se viam era de vermelho, azul marinho e turquesa. Os livros eram diferenciados por prateleiras, tinha a de ação, humor, romance e tudo o que vocês imaginarem. Os que eu mais gostava era os de romance e de ação. Eu não podia ler sempre, mas as horas vagas, eu conseguia ler um pouco. Mas naquele dia eu esperava um alguém muito importante pra mim.

E quando ele chegou, meu sorriso se iluminou.