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História Friends By Choice - Ratos, baratas e cobras


Escrita por: Luz_dodia_

Capítulo 22 - Ratos, baratas e cobras


Fanfic / Fanfiction Friends By Choice - Ratos, baratas e cobras

•Madduh POV•

Quando as flechas vieram da floresta do nada, a primeira coisa que eu pensei foi: vou bater na cara desse desgraçado que está fazendo isso. Mas a Malluh desmaiou logo depois de ser atingida de raspão por uma das flechas. Foi aí que eu comecei a me desesperar. Ela não podia morrer. Não agora. Não hoje. Ela tinha que morrer lá pelos oitenta anos, quando ela já estaria cansada de contar as mesmas histórias para os netos. Era pra ela morrer junto comigo. Não morrer alí.

Eu comecei a gritar que nem louca, e depois de um tempo, o David apareceu, pegou ela nos braços e levou até os monitores. Eu estava com medo que outras flechas aparecessem, mas nada aconteceu no caminho. A monitora se assustou e pediu para os alunos chamarem o médico. Depois de cinco minutos - o que foi tempo suficiente para o meu mini-surto - o médico apareceu.

David colocou a Malluh em uma cama improvisada e o médico examinou ela por uns minutos. Ele se voltou pra mim e perguntou:

- Como foi que isso aconteceu?

- Estavamos na floresta, um pouco afastadas do pessoal porque a gente queria conversar em paz - Menti - Então, flechas começaram a sair do nada e nos escondemos atrás de uma árvore, mas uma flecha passou de raspão no braço dela.

- Você não viu quem estava atirando?

- Claro que não. Nos preocupamos em nos esconder e não em ver quem atirava! - Exclamei

- Por que? Aconteceu alguma coisa de muito grave com ela? - A monitora perguntou

- Não sei ainda, vamos precisar fazer exames para confirmar. Mas tudo indica que as flechas estavam contaminadas com remédios Anti-hipertensivos mais calmantes, que causam sonolência e queda de pressão. Por isso, ela desmaiou instantaneamente. Por mais que nada seja instantâneo. - Passou a mão na cabeça.

- Como assim? - Perguntei, eu nunca entendia linguagem de médico.

- Veja, nada é instantâneo. Arroz instantâneo leva cinco minutos, pudim instantâneo uma hora. Por isso, eu não sei porque ela desmaiou assim. Pode ser por causa da adrenalina, medo ou qualquer tipo de coisa. Então, temos que leva-lá para o médico para fazer exames. Assim a olho nu, não sei dizer nada.

- Certo - A monitora falou para mim - Vou ligar para os seus pais.

                        ★★★

Por mais que eu estivesse feliz de sair daquele acampamento de merda, eu estava muito preocupada com Malluh. No caminho para o hospital mais próximo, ela não abriu o olho e isso me assustou um pouco. David nos levou de carro até lá, olhando de cinco em cinco minutos para a Malluh.

- Quando eu descobrir quem fez isso a primeira coisa que eu vou fazer é arrancar os dentes dele!- Exclamei

- Acredite, você não vai conseguir - David falou concentrado na estrada de terra.

- Por que você diz isso? - Perguntei, curiosa

- Nada não, deixa pra lá.

Chegamos no hospital e meus pais estavam esperando junto com a Helô e o namorado dela. Os médicos levaram ela para uma sala e nós ficamos esperando por um bom tempo. Eu já estava ficando impaciente e resolvi ir no banheiro e lavar o rosto.

Abri a porta do mini-banheiro e o usei, apesar de ser pequeno tinha duas pias. Eu estava escutando o barulho de uma torneira jorrando, mas não liguei. Lavei meu rosto e me olhei no espelho. Tive nojo ao olhar direito para o banheiro. Banheiro de hospital deveria ser limpo de vez em quando, mas aquele hospital era longe de tudo e de todos, então eu sabia por que não era limpado. Olhei para a lateral do espelho e lá tinha um papel dobrado, com uma fitinha roxa. Tirei ele de lá e li o que tinha escrito.

"Primeiro foi ela, agora será você!"

Me assustei e larguei o bilhete no chão. Quem escreveria isso? Olhei para os meus sapatos e eles estavam molhados por causa da água. Uma água escorria pela parede e eu fui correndo abrir a porta do banheiro e sair de lá. Mas a porta estava fechada. Mas...o que? Eu não me lembro de ter fechado ela,muito menos ouvir alguém fechar. A água estava subindo pelos meus pés e eu comecei a gritar e a pedir socorro.

- SOCORRO! ME TIRA DAQUI! - Esmurrei a porta, mas a água fria continuava saindo de todas as paredes. - ME TIRA DAQUI! AÍ MEU DEUS! - A água começou a virar lodo e a ficar suja e escura. Subi em cima da privada e continuei gritando que nem louca. - AH! PELO AMOR DE DEUS, ME TIRA DAQUI! - Ratos, ou melhor, gabirus começaram a passear pelo banheiro e meu coração começou a pular. Várias baratas saíram do nada também. Um rato tentou subir na privada mas eu o joguei para longe com o meu pé. Foi aí que eu me virei e vi uma das coisas mais assustadoras. Uma cobra - AÍ MEU CU! ME TIRA DAQUI! SOCORRO! SOCORRO! PUTA QUE PARIU! UMA COBRA. SOCORRO! - Lágrimas saiam pelos meus olhos enquanto a cobra passava pelo banheiro minúsculo. Eu não sabia o que fazer. Eu estava fudida!

Mas aí, Helô abriu a porta e me olhou. Ela arregalou os olhos quando viu a cobra e saiu correndo chamando o Rafael. Chegaram muita gente e conseguiram tirar a cobra de lá. Eu abracei Helô como nunca tinha abraçado e dei muitos obrigadas nela. Agora sim eu sabia o significado da palavra pânico.

Resolvi voltar pra casa duas horas depois. Malluh já estava legal e eu precisava tomar um banho digno e tomar um relaxante depois daquele ataque de pânico. O hospital se responsabilizou por esse "incidente" e vai pagar a conta da Malluh. Mas minha cabeça estava explodindo e pela primeira vez eu estava com medo de um estranho. O bilhete me assustou.

Voltei pra casa com medo e tomei um banho relaxante com os olhos fechados tentando imaginar unicórnios e não monstros.

Deitei na cama e dormi.

•Malluh POV•

Abri os olhos e encontrei um teto branco. Um barulho de Pi,pi,pi estava vindo do meu lado esquerdo e eu não conseguia movimentar os bracos. Mamãe apareceu e me abraçou seguido pelo papai.

- Soubemos o que aconteceu, nunca mais vamos te mandar para um acampamento! - Papai falou alisando meus cabelos.

- Cadê a Madduh? Ela tá bem? - Me desesperei. Se eu estava alí, onde ela estava?

- Calma, a sua irmã já foi pra casa e daqui a algumas horas, você também vai poder ir.

- Agora durma meu amor.

                       ★★★

Cheguei em casa depois de horas na cama dormindo e fui para o meu quarto. Abri a porta, liguei o netfliz e comecei a assistir o filme A Fera.

Madduh bateu na porta e se deitou do meu lado, puxando um pouco do lençol.

- Como você está?- Ela perguntou

- Estou bem. E você? Mamãe disse o que aconteceu. - Me assustei quando me disseram o que tinha acontecido com ela no banheiro.

- Estou bem, apesar de perceber que eu morro de medo de cobra.

- Quem você acha que foi? - Perguntei

- Eu não sei. Provavelmente foi a mesma pessoa que jogou as flechas em você.

- Por que você acha isso?

- Porque colocaram um bilhete no banheiro dizendo: Primeiro foi ela, agora será você!

- Sério? - Me ajeitei na cama

- Sim, eu me assustei daí tudo aconteceu. A água, os ratos e a cobra.

- Nossa!Quem você acha que é?

- Eu não sei, mas quem quer que seja, eu vou acabar com a raça! - Trincou os dentes

- E se for alguém perigoso?

- Que se dane! Ninguém coloca uma cobra no mesmo lugar que eu estou e saí de boa.

- E como você pretende saber quem é?

- Eu ainda não sei, mas eu vou descobrir!

                       ★★★

Depois de três dias em cama descansando do susto - na verdade, eu fiz um draminha básico - eu voltei para a escola.

Arthur falou comigo e perguntou se eu estava bem, prometendo outro encontro um dia desses. Estávamos com o carro da Mamãe e eu estava ansiando para chegar o próximo ano pra eu tirar a carteira de motorista. 

Esperei Madduh sair da sala e nós fomos pra casa. Sabe quando você tem um pressentimento que vai acontecer alguma coisa? Eu estava sentindo isso.
Madduh estava pilotando e o som estava ligado. Derrepente o som parou e o GPS que eu achava que nem existia, falou:

- Vire a esquerda

- Mas que diabos é isso? - Madduh perguntou

- Vire a esquerda - Repetiu

- O que vamos fazer? - Perguntei

- Vamos fazer o que essa fresca está mandando. - Virou a esquerda

Durante vinte minutos fizemos o que o GPS mandou.

- E finalmente, vire a direita e encontre o seu destino. - Falou e se desligou automaticamente.

Ela fez o que o GPS mandou e na rua tinha um enorme círculo desenhado no chão com giz branco. Ficamos no meio do círculo e o carro parou de funcionar.

- Mas o que...? - Ela não terminou de perguntar, pois o GPS falou de novo

- Desligando em 1 2 3 e...

Uma substância verde saiu do ar do carro e todas as portas se fecharam. Tentei forçar a porta e esmurrei o vidro do carro, mas nada aconteceu.

- A GENTE NÃO DEVIA TER SEGUIDO OS COMANDOS DO GPS! - Gritei e tentei abrir mais uma vez a porta

- Que coisa verde é essa?!

Comecei a ficar tonta, meu corpo começou a amolecer e eu fiquei com um baita sono.

- Deve ser aquela substância que faz com que você durma instantaneamente - Sussurrei já adormecendo.


Notas Finais


Tomara que tenham gostado. Continue acompanhando essa história maluca que já esta chegando na sua reta final!
Beijos!


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