História Friends By Choice - Você?

•Narradora POV•

Seu Sebastião, o dono da livraria, já estava ficando preocupado por sua melhor - e a única - funcionária estar atrasada a mais de duas horas. Ela faltou alguns dias por causa do acampamento e da sua saúde. Mas ela tinha avisado que iria vir e estava muito contente no telefone. Por que ela não veio? Se perguntou.

Resolveu ligar para os pais da mesma e perguntar por que cargas d' águas ela não tinha ido para o trabalho. Depois de dois toques, Karen atendeu.

"Alô Karen?"

"Oi Seu Sebastião, como vai?"

"Tudo bem, como vai a Malluh?"

"Como assim? Ela não está aí com o senhor?"

"Não, ela me disse que vinha hoje mas não apareceu"

"Que estranho! Malluh nunca foi de fazer isso"

"Verdade, por isso eu liguei"

"Bom, vou ligar pra ela. Obrigada Seu Sebastião!"

"De nada. Até mais!"

Finalizou a ligação

Karen digitou o número da filha e ligou duas, três, quatro vezes, mas ela não atendeu em nenhuma das tentativas. Ligou para outra filha e ela também não atendeu. Ela tinha o número de Christopher e ligou para ele também, ele falou que as duas tinham ido pra casa. Ela olhou todos os cantos da casa, gritou o nome das mesmas, mas nada de resposta. Resolveu esperar pelas mesmas até o marido aparecer, e se as duas não chegassem, ela iria tomar uma iniciativa.

Chris estava preparando o Grande Trote que ele sempre fazia no baile anual da escola. Esse seria o melhor! E ele estava ciente disso. Estava falando com o palestrante e escutando a música do seu grupo favorito.

I ain't worried 'bout nothin'

I ain't wearing na-nada

I'm sittin' pretty, impatient, but

I know you gotta

Put in them hours,

I'mma make it hotter

I'm sending pic after picture,

I'mma get you fired

I know you're always on the night shift

But I can't stand these nights alone

And I don't need no explanation

Cause baby, you're the boss at home

You don't gotta go to work, work, work, work

Work, work, work, work

But you gotta put in work, work, work, work

Work, work, work, work

You don't gotta go to work, work, work, work

Work, work, work, work

Let my body do the work, work, work, work

Work, work, work, work, work

We can work from home, oh, oh, oh-oh

We can work from home, oh, oh, oh-oh

Seu celular tocou, parando na melhor parte da música. Ele viu o nome da mãe das gêmeas que ele tanto amava e pensou: O que foi que as duas fizeram agora?!
Mas a mãe só estava querendo saber onde elas estavam. Estranhou a pergunta, falou que elas tinham ido pra casa e não sabia outro lugar que elas poderiam ir. E ele realmente não sabia, talvez as duas estavam com Arthur ou com os outros boys. Ele já estava cansado de falar que Arthur era um bosta, mas as duas não escutavam. Então, só finalizou a ligação e voltou a fazer o que estava fazendo.

Lucas estava tentando aprender as formulas de física quando uma garota chamada Luana se sentou ao seu lado. Ela era ótima em física e estava ajudando ele a entender essa coisa que não era de Deus. Vários cadernos estavam espalhados pela mesa de centro dele.

- Então, você faz a fórmula, que é essa - Mostrou - e resolve a questão! - Exclamou

- Não sei como você consegue resolver isso na boa e ainda sorrir - Jogou o lápis na mesa

- É fácil! - Sorriu

- Só se for pra você!

Ele não queria falar nada, mas aprendia pouco com Luana. A única pessoa que ele conseguia aprender algo era Madduh, mas já fazia dias que ele não falava com ela. Ele via ela, mas ela sempre saía correndo. Ele queria que ela o beijasse, mas sabia que o nome do meio de Madduh era orgulho.

O celular de Luana tocou e ele achou que era o namorado dela, Geraldo, mas a garota arregalou os olhos de uma maneira tão rápida que o assustou.

- Como? - Fez uma pausa - Mas como... - Outra pausa - Certo, vou ver o que eu posso fazer. - E desligou

- Aconteceu alguma coisa? - Perguntou educadamente

Apesar de ser o rei das pegadinhas, Lucas sabia ser educado de vez em quando.

- Aconteceu - Olhou pra ele - E acho que você vai pirar quando souber.

Agora foi a vez dele de arregalar os olhos

- O que foi?

- Chris acabou de me ligar falando que precisávamos fazer alguma coisa.

- Fala logo Luana! - Exclamou

- A Madduh - O coração dele acelerou - Ela e a irmã dela estão desaparecidas por horas.

- C-c-omo assim? - Gaguejou

- Elas saíram da escola e foram pra casa, mas desapareceram no meio do caminho.

David estava ajeitando seu carro, ou melhor, reunindo forças para continuar ajeitando o seu velho carro. Já era noite naquele dia e ele estava escutando as músicas de uma das suas bandas favoritas, P9.

Scream,

shout

Turn it out Feelin'

what you all about

You can make the energy light up where you are

Fast, slow make it go

Anyway you want it to

We can make or break it

Just get inside the car

We can be here all night

Tripping on the moonlight

Baby we can chill

Right up against the stars

Loving you is easy

Baby please believe me

There's so many reasons why

You're my favorite girl

You're my favorite girl

You're my favorite girl

You're my favorite girl

'Cause you rock my world (World, world, world, world...)

O celular dele tocou e ele baixou a música do seu mini-som. Estremeceu ao ler a mensagem.

"Estamos com o alvo. Tudo deu certo. Vem pra cá. Agora!"

A dor imensa no topo da cabeça da gêmea mais nova, estava imensa. As pernas da mesma doíam e os braços também. Tentou movimentar os braços e as pernas, mas elas estavam presas a um objeto pesado. Sua cabeça estava latejando e o corpo dela só pedia por cama. Ouviu um resmungo bem perto dela e uma voz conhecida.

- Madduh? Madduh? - Perguntou

- Eu - Madduh resmungou

- Você está bem?

- Onde eu tô? E por que eu tô me sentindo tão mole?

- Provavelmente por causa da substância verde que saiu do ar do carro.

- Ah, por que meus braços estão presos? - A irmã mais velha estava muito tonta por causa da substância que saiu do carro. Seu corpo estava caído e se ela não estivesse presa, já estava caída no chão. Tudo estava escuro e ela não podia ver nada.

- Eu não sei, precisamos sair daqui! - Tentou forçar as cordas em seu braço, mas nada se rompeu - Não deveríamos ter seguido o GPS.

- Eu queria saber quem estava fazendo isso com a gente. Por isso eu segui! - Madduh parecia melhor

- Mesmo assim! Está tudo escuro e eu não estou te vendo, onde você está?

- E você acha que eu estou te vendo? Eu não sei onde estou, ainda tô meio tonta.

De repente a luz se acendeu e os olhos delas doeram no primeiro instante, mas quando abriram os olhos de verdade, viram uma coisa que não queriam ver. Elas estavam presas em um poste que ficava dentro da sala. As pernas e braços estavam presas por correntes super grossas e com um cadeado enorme. Olharam para frente e arregalaram os olhos.

- VOCÊ? - As duas falaram no mesmo momento.

- Como estão passando? - A voz da pessoa falou com um sorriso no rosto e as duas não entenderam o porquê.

- Nos tira daqui por favor! - Malluh falou

Uma risada maléfica saiu da boca da pessoa e as duas se entreolharam. Pela primeira vez elas tiveram medo da pessoa que estava em sua frente.