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História Friends By Choice - Vamos jogar? - Parte 1


Escrita por: Luz_dodia_

Notas do Autor


Várias revelações neste capítulo.
Se prepararem...!

Capítulo 24 - Vamos jogar? - Parte 1


Fanfic / Fanfiction Friends By Choice - Vamos jogar? - Parte 1

Data:18 de Junho de 2016
Horas:10:00 horas da manhã;22 horas desde o desaparecimento das gêmeas
Local:Galpão perto do rio Caetano

Mas que diabos significa 'instantâneo'? Nada é instantâneo. Arroz instantâneo leva cinco minutos, pudim instantâneo uma hora. Duvido que um minuto de dor intensa pareça instantâneo - Quem é você,Alasca?•

•Narradora POV•

- Por favor Helô, tira a gente daqui! - Malluh pediu com os olhos lacrimejando. Helô sorriu mais uma vez.

- Do que você está rindo? Solta a gente logo! Se isso for uma brincadeira, eu vou te matar! Podem sair câmeras! - Madduh exclamou fazendo Helô rir mais ainda.

- Aí meninas, como vocês são ingênuas! Acham mesmo que eu vou soltar vocês? - A voz da irmã muito mais velha estava diferente, estava cheia de rancor e seus olhos transbordava ódio imenso.

- Claro que sim! Você é nossa irmã! Por favor, meus braços estão doendo - Malluh choramingou.

- Acho que vocês não entenderam o que está acontecendo aqui - Chegou mais perto das duas - O jogo começou vadias!

- Que tipo de jogo? - A de cabelos verdes perguntou, ela ainda estava confusa com as palavras da irmã.

- Um jogo que vocês vão se arrepender de estar jogando.

Karen já estava arrancando os cabelos por consequência do ato recente. Ela não poderia avisar a polícia pois tinha que completar 24 horas de desaparecimento. O coração dela estava indo pela boca!  Estava tentando não chorar por ter as duas filhas desaparecidas de uma hora para outra. Não conseguiu pregar o olho a noite enquanto o marido saía as ruas, a procura das gêmeas. O amigo homossexual das duas já tinha roído todas as unhas que ele podera, só faltava as unhas dos pés. Ligou para todos que ele conhecia e mobilizou a todos para a procura da flor de purpurina e da mimosa. Sem elas, ele não viveria!

As gêmeas acordaram tontas, mais uma vez e agora não estavam mais pressas a um poste, mas sim a uma cadeira elétrica. Em sua frente tinha uma mesa com dois botões, um roxo e outro verde. A irmã que já fazia faculdade apareceu no recinto vestido uma roupa super chique e cara, por sinal.

- Bom, acho que vou explicar pra vocês o porque disso tudo, já que eu sei que vocês são muito lerdas e não sacaram. - Falou e ficou mais perto das mesmas - Tudo aconteceu quando eu tinha sua idade Madduh. - Se virou para a garota de cabelos roxos - Eu estava no baile da escola, um baile super especial pra mim. Eu iria ficar com um menino da outra sala. Ele era bonito, alto, charmoso e todas diziam que ele beijava bem. Você, chegou na festa de penetra e começou a curtir, a beber com pessoas que você nem conhecia. Claro, estava entrando na fase adolescente por isso eu não liguei. Dado um certo momento, eu fui para trás de uma árvore e fiquei esperando o garoto lá. Mas quando eu vi, estava você, minha irmã mais nova, se beijando com o cara que eu estava afim. Você era muito mais nova que ele, mas mesmo assim, beijou na boca dele primeiro que eu.

- Claro, eu me lembro desse dia. Foi onde eu dei meu primeiro beijo - Madduh falou - O nome dele era Eduardo Cavalcante.

- Esse mesmo! Na hora meu sangue ferveu e eu tive uma raiva imensa de você. Eu pensei:quem ela acha que é pra beijar o cara que EU estava afim?! Dava pra ver como você estava entregue a esse sentimento e ele pareceu gostar do beijo. E desde então venho tornando sua vida um inferno. Mas não fiz muita coisa, já que você se lasca sozinha. - Sorriu

- Então é por isso que você me trouxe aqui? - Madduh perguntou já ligando os pontos de tudo.

- Sim, essa foi uma das razões. E também porque eu não te suporto! - Trincou os dentes - Ah e eu já ia me esquecendo da minha irmã querida, Malluh, como você está?

- Isso parece legal pra você? - Perguntou. As duas estavam presas nas cadeiras por cordas super grossas, as mãos estavam livres, mas a dor que existia nos dedos vermelhos dava vontade de chorar.

- Ui! Tá estressada é? - Gargalhou - Bem, Malluh, com você a história já é um pouquinho diferente - Abriu uma garrafa de vinho que estava no centro sala e se serviu sem desviar os olhos da mais nova - Uma vez me inscrevi em um concurso de contos para adolescentes. Como a Madduh, você estava entrando na pré-adolescência. Eu tinha entregado um texto super bonito falando sobre as borboletas, mas os jurados não aceitaram. Falaram que estava muito feio e com poucos recursos de palavras. Na época eu fiquei furiosa! E, do nada, eu estava ajudando mamãe a arrumar a casa, quando achei uma das suas histórias de criança. No dia seguinte, eu entreguei aos jurados, com uma desculpa de que o texto anterior estava errado, e eles aceitaram o seu texto.

- Então foi por isso que você ganhou? Você tinha entregue o meu conto? - Malluh perguntou puxando a cabeça para frente,seu pescoço estava doendo.

- Sim, o seu texto. A PORRA DO SEU TEXTO! E SABE QUEM GANHOU? NÃO FUI EU, FOI VOCÊ! - Se exaltou e jogou o copo de vidro contra a parede. - Por que o seu conto era o melhor e não o meu. Você faz ideia de como é passar dias fazendo a porcaria de um texto e outra pessoa falar que não ficou bom? Não, você não sabe! E eu morri por dentro por causa disso. E durante todos estes anos, eu fiquei calada. Vocês sempre foram o centro das atenções da família, sempre ganhavam presentes duplos, todos amavam as gêmeas! E eu? Eu era só a irmã mais velha, que deveria dar amor e carinho para as filhas prediletas e cheias de talentos. - Os olhos da primogênita estavam vermelhos, mas ela não se permitiria chorar - E agora eu tenho a chance de me vingar por todos esses anos de merda! E vocês vão pagar muito caro. - Apagou as luzes e só deixou ligadas as luzes que estavam em cima das gêmeas - Quem quer começar a jogar? - Sorriu

David estava andando de um lado para o outro pensando em o que fazer. Estava arrependido por ter feito tamanha coisa e queria fazer algo pelo alvo citado na mensagem que ele tinha recebido na noite anterior. Foi até o local, conversou com seu "amigo" e voltou pra casa, prometendo voltar amanhã. Mas o amanhã era diferente, e o alvo tinha que perdoar ele.

- O jogo será o seguinte - Helô pegou um tablet - Vou fazer perguntas e de acordo com a resposta, vocês vão apertando os devidos botões.

- Como assim? - A irmã de cabelos roxos perguntou

- Por exemplo - Se voltou para a irmã mais nova - Eu pergunto, quem tem cabelos roxos? Então você, Malluh, aperta o botão roxo, que é o botão que representa a Madduh.

- E quando apertamos o botão, o que acontece? - Madduh perguntou

- É igual ao episódio de Maldosas - Malluh suspirou já imaginando como seria

- Como assim? - Perguntou para a irmã

- Explica pra sua irmã, Malluh - Helô sorriu tomando mais uma traça de vinho

- É como nos últimos episódios da quinta temporada e do começo da sexta. É inspirado nisso. Elas apertam o botão respectivo de cada uma e recebem uma carga elétrica, por isso as cadeiras eletrônicas e se a gente tentar sair...- Abaixou a cabeça pensando em como iria doer a carga elétrica - Recebemos uma carga elétrica muito grande

- Isso mesmo, Malluh, explicou direitinho - Helô bateu palmas - Então, quem quer começar o jogo?

Nenhuma das duas respondeu nada, só olharam pra baixo e se perguntaram como a irmã se tornou essa pessoa tão ruim e cheia de mágoa.

- Bom, como ninguém respondeu nada, vou começar pela minha predileta, Malluh - Malluh arregalou os olhos - Então Malluh, quando vocês tinham cinco anos, quem foi que quebrou sua boneca rapunzel?

- Eu não vou apertar esse botão Helô - Falou, ela não queria machucar a irmã. Apesar de tudo, ela amava muito sua irmã chata e faladeira.

- Vai sim, ou vai por bem ou por mal - Trincou os dentes e Malluh não fez nada - APERTA ESSE BOTÃO AGORA! - Gritou

Malluh fez um movimento câmera-lenta e apertou de leve o botão roxo. A outra irmã sentiu um leve formigamento nas pernas, que logo passou a ser uma dor pequena.

- Agora você Madduh - Helô se voltou para a menina - Quando estávamos na casa de praia em Fernando de Noronha, quem te jogou com tudo na piscina e depois falou que foi o nosso primo Marcos?

Madduh fez a mesma coisa que a irmã tinha feito segundos atrás e Malluh sentiu a mesma dor que ela.

- Bom, quanto mais as perguntas vão aumentando, mais a carga aumenta.

- E o que acontece se chegar a última pergunta?- Madduh perguntou. Pela primeira vez ela estava com medo da irmã.

- Em uma das principais provas de matemática sua Madduh, quem foi que trocou os resultados e você ficou com a nota baixa? -  Helô ignorou a pergunta e Madduh apertou o botão verde e Malluh recebeu uma carga média.

Assim, as perguntas continuaram e a cada resposta uma carga média atingia as gêmeas não tão iguais assim. No momento em que a irmã muito mais velha falou que seria a última pergunta, elas tiveram medo do que poderia acontecer. O corpo das duas já estava doendo. Tudo doía. Braços, pernas, cabeça, pescoço, seu dedo mindinho. Principalmente o dedo mindinho. Aquele santo que fazia questão de sempre bater em todos os cantos possíveis e impossíveis.

- Bom, o último choque vai ser um pouquinho diferente. - Helô sorriu. Ela estava adorando ver as irmãs sofrerem, ela esperou isso por anos. Poder se vingar das prediletas era o seu maior sonho, coisa muito além da faculdade de medicina - Dessa vez, vou deixar vocês escolherem qual das duas vai receber a carga mais pesada de energia, capaz de matar qualquer um.

- Escolher? - A irmã de cabelos verdes perguntou. Ela já estava tonta por consequência dos choques em seu corpo. Seus olhos estavam quase se fechando e ela estava pedindo ao Pai para que esse não fosse o último suspiro dela.

- Sim, escolher. Você pode escolher Malluh, se vai querer que a Madduh ganhe a carga maior ou, se você quiser receber a carga maior, tanto faz. Por mim, que morram as duas! - Helô já estava ficando meio grogue por causa do vinho que ela estava tomando enquanto se divertia vendo as irmãs sofrerem. - Sabe, todos falam que vocês são perfeitas e blá blá blá. Mas quer saber? Vocês não são! Vocês traem a vocês mesmas, vocês mentem uma pra outra, vocês saem com o ficante da outra. Isso sim que é irmandade! - Levantou a o copo de vinho como um brinde - Vocês são tão bestas que foram enganadas por um garoto bonito - Gargalhou colando a mão na barriga

- Como assim? - Madduh também estava tonta, mas sua audição estava ótima e ela pôde ouvir com clareza a palavra "enganadas".

- Sim! AS IRMÃS GÊMEAS FORAM ENGANADAS POR UM CARA! - Gritou

- Como você sabe disso?

- Eu estive observando vocês todo esse tempo, sabia? Quer que eu diga os meus planos? - Sorriu - Vocês são tão bestas que não perceberam nada. Ô bando de frescas! - Foi para perto da menina de cabelos roxos e ficou centímetros perto do rosto da mesma - Não foi a Malluh que colocou ferros na sua comida no dia em que a gente foi almoçar lá. Fui eu! Eu coloquei os ferros pra que você quebrasse os dentes e coloquei aquele bilhete, imitando a letra da Malluh. Então você colocou côco para a garota beber - Sorriu e Madduh já não estava mais aguentando sentir o bafo de bebida - Eu pensei que você fosse mais inteligente, Madduh. Côco pra garota? - Gargalhou - Então eu matei dois coelhos com uma cajadada só! E você caiu direitinho! - Bateu palmas - PARABÉNS MARIA EDUARDA ALMEIDA, VOCÊ GANHOU O PRÊMIO DA GAROTA MAIS SEM NOÇÃO DA FACE DA TERRA! - Rodopiou a sala inteira - Fui eu que parei aquele trem e fiz vocês ficarem com medo. Fui eu que atirei aquelas flechas. Fui eu quem fez aquilo no banheiro com você, Madduh. FUI EU! O TEMPO TODO FUI EU! E quer saber mais? O Arthur não ama vocês! Ele estava esse tempo todo enganado vocês. Ele levou vocês para os mesmos lugares que ele leva todas as garotas que ele quer comer. E vocês caíram direitinho. Pensei que vocês fossem mais espertas - Chegou muito perto do rosto da mais nova e encarou os olhos escuros, abrindo a boca logo em seguida e fazendo um "Rá" estonteante - E quem está nessas cadeiras agora? Isso mesmo! Vocês! - Dançou e sorriu. Ela estava verdadeiramente descontrolada -O tempo acabou e por isso, vocês vão receber a carga mais forte e morrer se contorcendo e pedindo perdão pelas merdas que vocês fizeram. Tchau tchau vadias!...- Sorriu maleficamente

Não se via mais nada. A vista das gêmeas se apagou enquanto elas se contorciam entre a cadeira que estava passando vários volts para o corpo as mesmas. Agora não existia mais nada, só escuridão.

E quando David chegou no local para dar um basta nisso tudo, já era tarde demais. O último suspiro da sua amada tinha ido embora junto com ela. E os fios se arrebentaram...


Notas Finais


Bom pessoal, esse capítulo foi muito esperado por mim, e eu passei dias escrevendo ele. E pra acompanhar esse capítulo especial, uma das músicas que eu amo.
https://youtu.be/R4em3LKQCAQ

Beijos!


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