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História Friends By Choice - A guerra começa!


Escrita por: Luz_dodia_

Capítulo 3 - A guerra começa!


Fanfic / Fanfiction Friends By Choice - A guerra começa!

• Madduh POV•

Eu não acredito o tanto de baboseira que a Malluh escreveu, ela realmente sabe ser bem romântica, mas também bem insuportável. O ponto de vista dela sobre Arthur é entediante. Ela é extremamente romantica e faz questão de escrever cada detalhe dele, isso é patético, eu não presto atenção muito nisso, na verdade a única coisa que eu sei descrever bem em Arthur, é que boca dele é de tirar o fôlego de qualquer serumaninho, seus olhos azuis, seus músculos, sua voz, hummm ele é uma delícia! Claro, encaro diretamente para ele se ligar que eu quero beijo, mas parece que ele é lerdo. Mas claro, se Arthur quiser me beijar, a hora que ele quiser, minha boca vai estar esperando.
O único problema é que eu sou impaciente.

Chris me falou que Malluh tinha ido mais cedo pra casa, isso me deixou com uma pulga atrás da orelha. Ela nunca sai cedo da escola, na maioria das vezes ela fica Conversando Com Chris até dar a hora de ir para o trabalho dela. O trabalho dela é outra coisa que eu não entendo.

Bom, meus pais não são RIIICOOSSS, mas temos algum dinheiro. Mas a Malluh sempre disse que queria trabalhar cedo porque queria ser independente. Ok, até pode ser que isso ajude, mas trabalhar nunca foi comigo. Eu prefiro curtir uma balada com meus amigos, faço tudo menos fica parada, é entediante ficar em casa recebendo sermão! Ja Malluh é diferente de mim. Graças a Deus! Já não basta ela ter roubado minha carinha!
Acho que vocês ja perceberam que nós somos completamente diferentes e se vocês acham que temos alguma coisa igual, reconsidere! Não temos e nunca vamos ter.

Entrei em casa e fui direto para o meu quarto, sempre foi assim, tinha um quarto só pra mim e isso era ótimo né! Se eu dividisse meu quarto com qualquer um que seja, esse pessoa ja teria morrido. Isso se desse sorte. Do lado de trás da porta tinha várias fotos de flash, a cama de casal se via no maior espaço. Meu quarto era todo roxo e verde água, no closet não tinha nada demais, só roupas neutras.

Vou até o banheiro e tomo um banho lento, com a água gelada passeando pelo meu corpo. Visto uma roupa confortável e escuto meu celular tocar. Vou até a cama e vejo no visor: Bumbum Granada.
Vitor, ou como gostamos de chamar, Bumbum Granada, é o cara que eu faço questão de puxar o saco. Como dá pra perceber, ele tem uma bunda, tipo SUPERRR enorme! É do tipo gordinho que tem a bunda maior do que a dos amigos dele.

"Fala Bumbum Granada!" - Gritei

"Fala Madduh!" - Bumbum Granada Gritou também do outro lado da linha.

"O que é que você quer ein? Não tenho dinheiro não! " - Brinquei.

"Para de falar merda! Se esqueceu que você pegou meu livro de química pra resolver as questões? Ja resolveu tudo?"

"Folgado! Você me pede pra fazer a sua tarefa de química e ainda é folgado! Para de pensar com a bunda e passa a pensar com a cabeça!" - Exclamei indo até o quarto da Malluh, já que eu deixei o caderno dele no quarto dela. Eu sempre escondo as coisas lá. Porque? A Malluh é tão distraída que nunca descobriu o meu lugarzinho secreto na parede do lado do closet dela.

"Eu te pedi pra fazer uma só questão, mas aí você pegou o meu caderno a força e disse que ia fazer tudo e eu tinha que pagar dois de lanches pra você!"

"Ah, não seja exagerado Bumbum Granada, eu só ia bater em você se você recusasse" - Vasculhei o esconderijo e pego o caderno dele.
Escutei a risada do outro lado da linha.

"Bom, amanhã eu te entrego o caderno. Tchau Bumbum Granada!"

"Tchau Madduh!" - Desliguei o telefone.

Uma cartolina rosa cortada me chamou atenção. Ela estava em cima da cama cheia de adesivos de corações. Eca! Lá tinha três coisas de como conquistar Arthur.
O meu primeiro pensamento foi: Filha de uma parideira! Mas depois pensei melhor e resolvi fazer uma lista também. Mas eu não era como a Malluh, eu pegaria mais pesado. Mesmo ela sendo minha irmã, isso nunca me impediu de nada!

Me aguarde Malluh! Você não perde por esperar!

Sem pensar muito, fui até o estojo dela e peguei uma tesoura. Olhei para o closet dela e pensei qual roupa eu cortaria em pedaços. Foi aí, que vi um vestido azul marinho, longo, com as costas de fora, no formato de V. Eu sabia que ela adorava aquele vestido, até porque era a peça mais bonita do seu closet que eu achava.  Peguei, coloquei em cima da cama e cortei cada pedaço. Fiz um círculo bem grande na frente. Coloquei de volta no closet, com um papelzinho colado com a seguinte frase: A guerra está declarada! Se prepare pra perder cabelo de sargaço!

Bufando, fechei a porta e fui para o meu quarto.

Fechei a porta com raiva e frustração. A Malluh vai me pagar. Mas, porque eu estava tão irritada com ela? Talvez por ter a possibilidade dela roubar aquele corpinho lindo de mim, e isso nunca aconteceria.

Peguei um papel e comecei a escrever.

LISTA DA MADDUH:

Como conquistar meu gato-mais-gato-que-se-ele-não-fosse-gato-seria-gato-mesmo-assim-!

1. Roubar alguma coisa dele, pra ter a desculpa de falar com ele e entregar o que foi "roubado".

2. Chamar ele pra sair. Principalmente pra ir a festa da Clara.

Clara é minha amiga, que vai fazer uma festa de aniversário no celeiro da tia dela. Vai ser daqui a alguns dias, eu não vou perder a oportunidade de chamar ele. Não sou muito de dançar, mas por Arthur, eu faria tudo.

E no terceiro ítem, coloquei a mesma coisa que a Malluh colocou:

3. Tirar a Malluh do meu caminho que está enfeitado com tapete vermelho.

Dramatizei um pouco, mas quem seria eu se não fizesse a garota do drama Queen? Isso mesmo, não seria eu!

Peguei o papel, coloquei no meu bolso e fui passear com os meus cachorros.

•Malluh POV•

Quando Arthur entrou na biblioteca meu coração pulou com uma baita intensidade. Ele, sempre com aquele jeito descolado de ser, estava com uma bermuda branca e uma camisa vermelha. Seus cabelos, molhados estavam em seus olhos, fazendo com que ele fizesse o movimento com a cabeça para tira-los.

Ele foi logo para o corredor de livros de escola. Certamente, tinha trabalhado. Me apressei e cheguei perto dele, peguei um livro qualquer e comecei a examina-lo, já que eu não daria tão na cara assim, que eu estava esperando por ele.

Seus olhos corriam pelos livros, e logo pararam nos meus. Fiz questão de abaixa-los e fingir que estava prestando atenção no livro em minhas mãos.

- Malluh, que bom que te vi aí. Preciso da sua ajuda! - Ele abriu os braços e involuntariamente - não tão involuntário assim - olhei para os seus músculos.

- Ah, oi! Nem te vi aí, estava tão concentrada nesse livro...- Sorri mostrando o livro que estava em minhas mãos.

- Espera, química avançada? Pelo o que eu saiba, você odeia matemática ou algo do tipo. - Ele franziu o cenho e foi aí que percebi que estava com um livro de química avançada nas mãos.

- Sabe como é né, temos de estudar de tudo um pouco - Sorri sem graça. Droga! Eu não gosto de matemática ou algo do tipo, nem gosto de ver números. Como posso estar "estudando" isso? Realmente, eu não sei mentir bem. Quem sabe fazer isso direito é a Madduh.

- Bom, preciso que você me diga onde tem livros de francês. Tenho uma prova super importante! - A maioria dos garotos só se importavam com as provas, quando estava em cima da hora. Mas Arthur não! Ele era diferente de todos, isso eu sabia.

- Bom, procure na prateleira 19 na linha 2. Acho que você vai achar alguma coisa. - Disse.

Desde que comecei a trabalhar aqui, tive de decorar todos as prateleiras e todas as linhas da livraria. Foi uma tarefa difícil, já que o meu ramo não é com os números, mas sim com palavras.

Ele começou a procurar e eu prestei atenção em todos os movimentos dele. E em como ele franzia o cenho quando achava o livro errado.

- Achei! - Pegou o livro e abriu o sorriso pra mim - Valeu Malluh, agora eu tenho que ir. Tchau!

- Boa sorte na prova - Foi minha última frase antes dele acenar com a cabeça e sair.

- Oi, você pode me ajudar? - Um garoto alto, com cabelos negros, me chamou a atenção. Ele vestia uma calça justa e uma camisa social por baixo do casaco de couro preto. Seus olhos eram escuros, iguais aos meus. Ele tinha braços fortes e acho que os músculos dele eram bem maiores do que os de Arthur. Saí do transe de seus olhos e me concentrei.

- Do que você precisa? - Perguntei educadamente, ja que os clientes merecem respeito, não falei assim só por causa da beleza. Que foi uma coisa que me chamou bastante atenção.

- Bom,eu tenho um trabalho pra amanhã de português. Será que você pode me ajudar? - Ele me entregou uma folha com as anotações do trabalho.

- Bom, acho que os livros da prateleira 13 da linha 5 vão ajudar você nisso.

- Acho que você não entendeu o que eu falei. Eu preciso de ajuda no trabalho.

- Sim, e eu estou lhe dizendo onde ficam os livros para o seu trabalho.

- Mas eu não preciso apenas de livros, preciso de uma pessoa que me ajude a fazer esse trabalho. - Agora sim eu tinha entendido o que ele queria.

- Olha, nós funcionários da biblioteca Florisbela, não somos autorizados a ajudar os clientes com trabalhos, só orientamos eles. - Tentei ser o mais educada possível. O que ele acha? Que vou fazer um trabalho de escola por ele? Ele está bem engano.

- Por favor, Malluh. Eu sei que você é boa em português. Eu preciso da sua ajuda no trabalho, se não eu vou reprovar esse ano! - Me surpreendeu ele saber meu nome. Espera...

- Como sabe meu nome?

- Eu estudo na sua escola, só sou uma série mais avançada que você. A professora de português vive falando de você pra turma. E é por isso que eu preciso da sua ajuda. - Seus olhos estavam focados nos meus e eu pude sentir que ele precisava de ajuda.

- Certo, a educação que meus pais me deram não me permite recusar. Vou te ajudar, mas com uma condição.

- Qual condição? - Mudou o peso de pé para outro.

- Você vai precisar ajudar na caixinha de gorjetas. A biblioteca não está em tempos fáceis.

E realmente não estava. Seu Sebastião, o dono, vinha se queixando que não tinha mais renda para continuar com a biblioteca. E se isso acabasse, meu mundo acabaria.

- Certo - Concordou - Vamos fazer logo o trabalho - Me puxou para as mesas e me entregou as anotações. - Agora faz aí. - Esticou as pernas e colocou as mãos para trás de sua cabeça em um movimento de conforto.

Ri baixinho, ele acha o que? Que vou fazer o trabalho DELE sozinha? Nananinanão!

- Pode ir se levantando e pegando os livros. Eu não vou fazer o SEU trabalho sozinha. Aliás, você vai ter que escrever tudo.

- O que? Porque você não escreve pra mim? - Sorriu de uma forma sedutora. Isso até poderia funcionar se eu não tivesse perdidamente apaixonada pelo meus olhos azuis gato!

- Não, não posso. Acho que você não sabe, mas a professora sabe de quem é a letra de cada um. Ela me mostrou uma vez. Então levanta a bunda daí e faz o que eu mandei! - Tentei soar autoritária, mas acho que isso não funcionou. Pois ele sorriu e se levantou, andando devagarinho. Esse garoto precisa de uma intensiva de boas maneiras!

                             ★★★

Um grito alto e agudo se tornou em minha boca, passando por todos os cômodos.

O que? Porque Madduh fez isso comigo? O meu vestido predileto? Não!

Agora sim, Madduh, a guerra está formada!

Abri a porta de seu quarto sorrateiramente pra ver se ela estaria lá, mas ela não estava. Provavelmente estava com os amigos ou passeando com os nossos cachorros. Billy e Marley.

Quando éramos crianças, queríamos um cachorro. Mas aí ficamos brigando por um cachorro bem bonito na loja, e minha mãe, como não aguentava mais ouvir nossos gritos, resolveu adotar dois cachorros. E assim, foi feito. Billy é meu e Marley é dela.

Olhei para todos os lados. Não poderia fazer a mesma coisa que ela fez. Ja que Madduh não é tão apegada em roupas como eu.

Logo vi o poster de flash que ela mais gostava do lado da cama. Tinha uma assinatura perfeitinha do ator Grant Gustin. O peguei em minhas mãos e rasguei com todas as minhas forças.

Pegando um papelzinho, escrevi a seguinte frase: Que a guerra comece Madduh!



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