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História Friends By Choice - A vingança de Madduh


Escrita por: Luz_dodia_

Capítulo 5 - A vingança de Madduh


Fanfic / Fanfiction Friends By Choice - A vingança de Madduh

•Malluh POV•

Depois de horas tentando tirar as baratas do meu quarto, a Madduh chegou com um sorriso ridículo na cara, minha vontade era de bater nela. Mas, vou fazer melhor do que isso. Ja tenho tudo arquitetado na minha cabeça, ela vai me pagar!
Não consegui dormir na minha cama, a sensação de baratas subindo em mim, não me deixava. Acho que tomei dez banhos pra poder me sentir limpa de novo. Eu tenho pavor de barata, não consigo nem olhar para o bicho. E a Madduh, claro, sabia disso e usou contra mim. Mal sabe ela, que eu também sei o seu ponto fraco. E vou usa-lo contra ela.

- Dá pra você prestar atenção em mim, florzinha de purpurina? - Chris cruzou os braços e fez careta.

- Desculpa, pode falar - Coloquei os cadernos de biologia e de matemática nas mãos, já que são as próximas aulas.

- Eu estou tentando decifrar o olhar do Toby-gato-cyber-cabeça. Você acredita que ele ficou me olhando por quase dez minutos? - Exclamou

Chris é assim mesmo, basta uma pessoa olhar pra ele por mais de cinco minutos que ele acha, ou que querem ficar com ele, ou estão falando mal dele pela sua homossexualidade.

- Você, meu amigo, tem baixar o fogo! - Passei a mão pelo seu ombro.

- Eu já nasci com uma fogueira no lugar da bunda, minha queria flor de purpurina. - Beijou o ombro.
Sorri.

O sinal tocou e a classe da Madduh saiu da sala, junto com ela e Arthur conversando. Ela estava com um sorriso idiota na cara. Vou tira-lo agora mesmo!.

Fui em direção a eles, mas David ficou a minha frente.

- Iai Malluh! - Sorriu

Eu até poderia ter sorrido de volta e perguntar se ele estava bem, mas minha cabeça estava em Arthur.

- Iai, segura meus livros pra mim por favor? - Disse, jogando meus livros em seus braços grandes e correndo em direção a Arthur e Madduh.

Cheguei na frente dos dois e sorri fraco.

- Oi, Arthur! Como vai? - Ele tentou responder, mas eu fui mais rápida e puxei ele contra os armários, fazendo ele ficar encostado neles.
Puxei com todas as minhas forças seu pescoço e grudei nossos lábios. 

Ter seus lábios macios, grudados aos meus me fez arrepiar. Ele demorou um pouco pra decifrar tudo, mas colocou uma mão na minha cintura e outra na minha nuca. Minhas mãos estavam nos seus cabelos, enquanto sua boca explorava a minha. Seu beijo era calmo, o que me deixou a desejar, mas mesmo assim continuava romântico.

Pude sentir o olhar de ódio da Madduh sobre mim, mas eu não estava mais ligando pra isso. Eu estava beijando o Arthur e era isso que importava.

Depois do beijo, Arthur me olhou e fez uma careta, mas depois um sorriso foi depositado no seu rosto.

- Nossa Malluh, se queria um beijo meu, poderia me pedir e não me arrastar. Com certeza eu tinha te dado um beijo. - Sorri sem graça

- Sabe como é né. Não deu tempo.

- Agradeço por não ter dado tempo. - Sorri. Então ele tinha gostado do beijo? Tipo, GOSTADO! - Agora eu tenho que ir, se não eu vou chegar atrasado na aula. - Se distanciou - Da próxima vez me fala tá? - Sorri.

- Boa aula! - Falei, por fim.

Olhei para os lados e vi que todos estavam olhando. Madduh estava com um olhar de ódio, Chris estava de boca aberta, batendo palmas, David ainda segurava meus livros com uma expressão indecifrável.
Ignorei todos e fui até ele.

- Obrigada por segurar os livros

- Da próxima vez, arruma outro trouxa pra segurar seus livros - Ele jogou os livros nos meus braços e saiu andando.

Eu ein! Ficou com raiva foi? Mas, espera, porque ele tinha ficado com raiva se eu pedi só pra ele segurar os meus livros? Vai entender!

- Nossa Malluh, esse beijo me fez chorar sabia?! Aí como o Arthurzinho é gato! - Bateu palmas e eu sorri.

- Ok, ok. Vamos, temos aula agora - Passei pela Madduh, estava com os braços cruzados. Dei um sorriso pra ela e fui em direção a sala.

                        ★★★

- Malluh, ja arrumou os livros da prateleira 21? - Seu Sebastião perguntou, limpando os livros das prateleiras de cima.

- Já - Olhei pra Seu Sebastião. Sua face estava com uma expressão cansada, havia olheiras nos seus olhos cansados e suas mãos estavam cheios de calos. - Seu Sebastião? - Chamei sua atenção

- Fale criança.

Seu Sebastião sempre me chamou de criança. Desde o dia em que vim trazer minhas notas pra ele ver e eu estava com uma blusa de unicórnio. Tipo, era um UNICÓRNIO! Unicórnios são muito fofos!

- O Senhor...- Minha voz falhou, eu sabia que ele não gostava de entrar nesse assunto - Acha que a gente pode continuar com a biblioteca?

- Eu não sei, criança - Suspirou - Não está sendo nada fácil. As contas não estão batendo e seu salário está atrasado ja fazem dois meses.

- O Senhor sabe que eu não trabalho aqui por dinheiro, trabalho aqui por prazer. Eu amo esse universo dos livros.

- Eu sei, mas... - Abaixou o olhar - Nós fizemos um acordo e você é menor aprendiz, eu não posso deixar de pagar a você. Isso seria trabalho forçado.

- Não, não seria. Seu Sebastião, por favor, deixa eu continuar aqui. E depois se o senhor ver que não tem mais jeito...

- Tudo bem, criança. Volte ao trabalho então. - Sorri

- Obrigada. - Fui dar uma volta pela biblioteca.

Tinha uma pessoa no final do corredor de livros, com a cara neles. Demorei um pouco pra ver que era o David, mas quando percebi, franzi o cenho.

- Não acredito, senhor David com a cara nos livros? Vai chover ou eu estou em um país alienígena? - Bati palmas e ele percebeu a minha presença.

- Tenho prova de matemática amanhã.

- Iiiihhh! Se eu fosse bom em matemática, até te ajudaria, mas essa não é a minha praia. - Sentei do seu lado.

- Eu sei, por isso eu não te chamei pra me ajudar.

- Espera, como você sabe disso? - Perguntei e ele sorriu

- Você é uma língua solta isso sim! Parece quieta, mas se você der uma chance, você fala pelos cotovelos!

- Ei! Eu não sou assim não! - Exclamei

- Você é assim, sim. Você até falou do seu primeiro bicho de pelúcia.

- Ah é? Qual era o nome dele? - Levantei a sobrancelha esquerda

- O nome dele era Pully Rosa, porque ele tinha uma faixa rosa na barriga com uma foto da Barbie.

- Você acertou! Nossa, tenho que aprender a controlar minha boca. - Ele sorriu e eu também. Em um momento, sua risada rouca estava junta com a minha.

- Acho melhor você ir trabalhar, não quero te atrapalhar. - Voltou  olhar para os livros.

Me lembrei da cena de hoje de manhã.
- Ei, o que foi que aconteceu?

- Tipo?

- Tipo, que você simplesmente saiu com raiva de mim por nada hoje de manhã. - Cruzei os braços

- Não foi nada, só...- Parou - Não é nada.

- Tem certeza? - Ele assentiu - Bom, quero te convidar pra ir na festa da minha amiga, nesse fim de semana. Vai ser no celeiro da tia dela, aqui perto. Toma o contive - Entreguei o convite branco. - Espero que você vá!

- Valeu, vou dar um jeito de ir. - Sorri

- Ótimo, as informações estão todas no convite. Bom, vou te deixar estudar. - Me levantei - Se ajudar, tem livros naquela parte alí - Apontei - Vai te ajudar. Tchau

E saí pra atender outros clientes.

•Madduh POV•

Que ódio! Que ódio! Mil vezes ódio da Malluh! Quem ela acha que é pra beijar o MEU Arthur na minha frente? Aquela fresca! Aquela idiota!

Mas isso não vai ficar assim. Não mesmo!

Saí em disparada até o vestiário masculino, pra falar com o Lucas.
Precisava que ele me desse as imagens daquela câmera. Agora!

Abri a porta e vi vários homens só de cueca e só de toalha. Tentei não olhar pra nenhum enquanto eu procurava por Lucas, mas foi meio difícil.

Santa paciência! Porque o Lucas foi inventar de jogar vôlei com uns caras bonitos ein? Assim não dá!

Não dá pra ficar sem olhar pra esses tanquinhos.

Vi o Lucas passando desodorante do outro lado. Ele estava só de cueca e eu podia ver todos os músculos e cada parte de seu corpo, que não estava coberto pela cueca. Acho que babei um pouquinho, mas lembrei de Arthur e voltei pra realidade.

- Lucas! - Chamei

- Madduh? No vestiário masculino? - Sorriu abrindo os braços pra mostrar seus músculos.
Concentração Madduh! - Não tem vergonha, não?

- Ah, me poupe. Como se eu nunca tivesse visto seus amiguinhos. - Pus minhas mãos na cintura

- Ah, já viu meu amigão? - Gargalhei

- Amigão? Meu querido, isso é menor que uma semente!

- Ah, então você ja viu? - Chegou mais perto.

Se concentra Madduh! Não deixa que um corpo bonito e sarado desse te tire do sério!

- Que seja! Eu preciso das imagens da câmera. - Falei olhando para outro canto, que não seja o corpo dele.

Cês tão sentido um calor? Porque eu tô!

- As imagens do quarto da Malluh? Pra quê você quer isso agora?

- Deixa de ser curioso e me da a câmera logo!

- Tudo bem, mas você vai ter que esperar porque eu deixei a câmera em casa.

Fechei os olhos. Paciência Madduh! Mas aí me lembrei que paciência é uma das coisas que eu não tenho.

- Ta legal. Então vê se não demora. Isso é importante!

- Eu continou não te entendendo. - Colocou a camisa. Obrigada! Obrigada universo por esse homem botar a camisa e me fazer parar de babar!

- E vai continuar assim! Te vejo na frente da minha casa daqui a duas horas. - Saí em direção a saída. - E SE VOCÊ NÃO ME ENTREGAR ESSA CÂMERA, OU CHEGAR ATRASADO, EU ARRANCO SUAS BOLAS! - Gritei e saí de lá.

•Malluh POV•

Estava cantarolando uma música qualquer, quando dois caras passaram rindo e apontando pra mim. Eu não entendi nada, mas continuei meu percurso para mais um dia na biblioteca. Havia se passado um dia desde que eu tinha beijado Arthur. Ele não falou nada, mas continuou sorrindo pra mim. O que me faz pensar que ele gostou do beijo. A Madduh não tinha feito nada comigo. O que era novidade, já que o dilema dela é: Faça com os outros aquilo pior que eles fizeram com você. E isso me assustava um pouco. Eu sabia que tinha batido em um ponto fraco dela. E por isso, pensei o pior. Mas até agora nada!

Abri a porta e o sininho balançou com a minha chegada. Sorri para Seu Sebastião, ja que nesses dias, ele deve estar precisando de sorrisos.

Fui até o banheiro e coloquei outra blusa. Agora uma azul com o símbolo do infinito em rosa. Peguei meu caderninho e fui colocar a mão na massa.

Esbarrei em um garoto que olhou pra mim e começou a rir, falando "olha a menina do ataque das baratas!". Eu não entendi nada!

Primeiro os caras da rua e agora esse garoto? Alguma coisa está acontecendo!

Vi David estudando no final da biblioteca. Ultimamente ele estava indo muito lá, acho que está em semana de provas ou algo do tipo.

Olhei para todos os lados pra ver se alguém precisava de mim, mas a biblioteca estava tão vazia, que eu acabei olhando só para os livros solitários.

Vi de longe que ele estava estudando química e estava tentando achar algo. Procurei o livro de química mais próximo e me aproximei dele por trás.

Pus minhas mãos em seus braços grandes e lhe mostrei o livro, colando minha cabeça em seu ombro esquerdo. Senti seu perfume forte e pude ver seu mini piercing no nariz. Seu cheiro me fez perder os sentidos e por isso, apertei mais os seus braços. Me fazendo arrepiar por completo. Qual é? O que está acontecendo comigo? Limpei a garganta.

- Outro livro sempre é bom pra estudar. - Falei me concentrando em seus olhos.

- Ah é? Porque dois se a gente pode estudar em só um? - Nesse momento meus olhos foram direito olhar sua boca.

- Sempre é bom olhar para os dois lados. Você não pode se basear só em um, tem que achar outra coisa e se basear também. Por exemplo, se você estudar de uma só forma, quando o professor fizer de outra forma você não vai entender. - Ele sorriu de lado e olhou para os meus olhos e para minha boca.

- Como você consegue?

- O que? - Perguntei ajeitando meu cabelo, que ficou nos olhos.

- Saber de tanto, estudar tanto e ainda trabalhar? - Sorri

- É fácil.

- Como? Me explica por favor. Eu preciso dessa porção da inteligência.

- Não é nada demais. Você só tem que prestar atenção nas aulas, fazer as tarefas em casa, estudar um pouco a cada dia e dormir muito. Só isso.

- Eu acho que a única coisa que eu faço nessa sua lista de inteligência é dormir - Sorri

- Se você fizer um cronograma, isso vai acabar.

- Você tem um cronograma?

- Sim. Pra tudo. Tipo, pra final de semana, pra semana de provas, pra hora do banho. Tudo.

- Então, você planeja antes de tudo?

- Sim.

- Realmente, você é mais estranha do que eu pensava. - Dei um tapa na cabeça dele e sentei ao seu lado.

Que foi bem melhor, já que eu pude me concentrar nos seus olhos e não em sua boca.

- Adorei o vídeo - Sorriu de lado.

- O que? - Perguntei confusa

- O seu vídeo, foi muito irado!

- Eu não sei do que você está falando.

- Ah, não? - Neguei - Então veja isso. - Ele me entregou o celular.

Derrepente meu mundo parou. Meus olhos se encheram de lágrimas e minha boca ficou seca.

Lá estava um vídeo meu, gravado do meu quarto onde eu dava um grito por causa das baratas ao meu redor.

"Parece que as baratas decidiram fazer uma visita para a amiga delas, não é?" - Estava escrito na discrição do vídeo, junto com um "Ass:Md".

Daí em diante, eu não vi mais nada. Simplesmente peguei minhas coisas e saí em disparada até em casa. David me perguntou o que tinha acontecido, mas eu não ouvia nem via nada.

Uma coisa só passou pela minha cabeça: Arrancar os olhos da Madduh!



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