*Horas Antes da Festa*
•Madduh POV•
Acordo com a cara no chão, meu corpo estava dolorido e escutei a risadinha de Chris. Me levantei com raiva e joguei meu despertador nele.
- Seu filho da mãe! - Gritei - Você não tem mais nada pra você fazer não? Vai procurar um macho! - Me deitei na cama de novo.
-Me desculpa, mas você mereceu pelo o que fez com a Malluh - Se sentou do meu lado.
- Ah claro, a Malluh é sempre a santinha da história não é? A Madduh é sempre a culpada.
- Você sabe que isso não é verdade, mas o que você fez mimosa, foi sacanagem. - Ele sempre me chamou de mimosa e Malluh de florzinha de purpurina.
- Ta ta, tanto faz - Fechei os olhos.
- Como você acha que ela está se sentindo? Todos estão rindo dela agora. Eu olhei o celular dela e várias pessoas mandaram mensagens maldosas pra ela. Você gostaria que isso acontece com você?
Realmente, se alguém fizesse isso comigo eu devolveria na mesma moeda, ou pior.
Neguei com a cabeça ainda de olhos fechados.
- Ta vendo, então trata de tirar o vídeo do ar, Madduh. - Passou a mão nos meus fios roxos cacheados. Continuei sem falar ou fazer nada - Agora Madduh!
- Depois eu resolvo isso caramba! Me deixa dormir!
- Não! Agora vamos escolher o look pra festa de hoje. - Se levantou e me puxou junto.
- Que festa?
- Vem logo! - Me puxou e começou a escolher um look "bafônico" como Chris disse.
★★★
Estávamos eu e Malluh no carro, eu estava dirigindo o carro, resolvi falar:
- Malluh - Chamei- O Lucas tirou o seu vídeo do ar. - Liguei para o Lucas hoje depois que Chris saiu de casa, precisava tirar aquele vídeo da Malluh. Pelo menos uma coisa que Chris falou fez sentido.
- Isso séria um pedido de desculpas? - Perguntou
- Não, não séria. Só queria que você soubesse. - Falei, não queria admitir mas me arrependi de ter postado o vídeo,mas se perguntarem sobre isso irei negar.
- Tudo bem, obrigada. - Falou. Malluh sempre perdoou fácil as pessoas ao seu redor. Pode ser uma qualidade e um defeito ao mesmo tempo.
- Não agradeça a mim, agradeça a Lucas. - Ela continuou olhando para a janela - Quer saber? Vamos dar um pouco de adrenalina nessa merda.- Virei o carro que fez um barulho estranho. Não liguei e continuei acelerando o carro. Eu queria um pouco de adrenalina nessa noite e essa é uma boa hora, pra fazer a Malluh ficar com medo e satisfazer minhas loucuras.
Quando uma viatura pediu pra encostar o carro, nem liguei, iria falar umas mentiras bem boas e voltar pra festa. Mas aquela policial filha de uma mãe, não deixou barato e nos levou pra delegacia. Ah, se eu encontrasse ela na rua sozinha, ela iria ver como eu sou de verdade.
Entramos na sala do delegado e vi uma semelhança dele com Lucas, pelas sardas no rosto. Ele começou a rir do que falei sobre acabar com os homens dele e eu não entendi o porque. Na maioria das vezes as pessoas te olham com cara feia, ou mandam você ter educação e se comportar como "mocinha". Que se dane! Me comporto como quero!
- Realmente, meu filho tinha razão sobre você garota. - Filho? Como assim filho? Eu não me lembro de conhecer o filho dele.
- Como?
Ele continou gargalhando alto, e minha vontade era de socar a cara dele.
- Vai me responder logo, ou vai ficar rindo? - Perguntei irritada
- Meu filho, Lucas Marques. - O QUE? O LUCAS? LUCAS MARQUES? COMO ASSIM?
- Espera, o Lucas? O mesmo Lucas que é meu amigo? Que ajuda em umas besteiras? Que é gay? Desde de quando ele é responsável? Você por acaso tá bêbado? - Ele sorriu mais ainda.
- Sim, o Lucas. E ele não é gay! - Ah, meu filho você não conhece seu filho. Não que ele fosse gay, pelo contrário, mas eu precisava queimar o filme de Lucas de qualquer forma. Por que? Pela palavra responsável que o pai dele disse que ele era.
- Você que pensa. Acha que seu filho fala a verdade pro senhor? - Ergui minha sobrancelha direita
- Meu filho sempre me falou tudo. - Nossa! Esse cara é realmente um iludido.
- Ah é? Então ele falou sobre a...- Quando eu ia falar sobre uma peguete dele, o mesmo entrou pela porta sorrindo pra mim. Filho da puta! Minha vontade era de quebrar aquela cara linda dele, que dá vontade de beijar. Opa! Espera...eu falei o que?
- Oi pai, oi meninas. - Deu um aperto de mão na pessoa mais iludida nesse mundo - Olha onde vocês vieram parar suas loucas! - Sorriu
- Olha aqui seu frango, não se faça de anjo para o seu pai. Você acha que me engana? Pode enganar ele, mas não a mim! - Quase gritei. Ele acham mesmo que me engana igual engana o pai? Rá rá! Claro que não!
Demos tchau pro pai dele e fomos até a saída.
-Seu idiota! Por que não me disse que você era filho desse delegado chato? - Chamei sua atenção, ele tinha que me contar porque não me falou isso antes!
- Porque você nunca perguntou? - A cara de pau dele me surpreendeu.
- Seu frango! - Gritei e todos na rua olharam.
- Ok, ok vamos logo.
- Você vai sozinho, nós vamos no carro da minha mãe. - Falei puxando a Malluh, que até agora não tinha falado nada. Será que ela não ficou surpresa por saber que Lucas era filho do delegado?
- Fale por você. Eu não quero morrer e não quero mais parar em uma delegacia. - Ela falou isso e lhe lancei um olhar raivoso.
- Tudo bem, Malluh. Vai se lascar você e o Lucas - Corri em direção ao carro. Quem ela acha que é? Quer dizer, a Malluh sempre tenta roubar os caras que eu gosto de mim. Não que eu esteja gostando do Lucas, ÓBVIO QUE NÃO!
Olhei da janela do carro e ele estava abrindo a porta pra ela! Filho de uma mãe! Ele vai ver quando...espera, por que estou com raiva? Ah, que se dane!
Saí em disparada para festa.
O som tocava alto e tinha várias pessoas dançando e várias bebendo.
Fui direto para o bar e pedi uma bebida desconhecida. Bebi três doses e fui falar com o dj Tony.
Tony é o cara da escola, que estuda na sala anterior a minha. Ele é ótimo com isso de bases e músicas, e por isso, é chamado para qualquer tipo de festa. Ele estava com sua típica camisa branca escrita em negrito: Dj Tony. Seu cabelo preto estava de várias cores por causa dos jogos de luzes.
- Dale Tony! - Gritei pra ele escutar por causa da música alta.
- Iai, Madduh! - Me deu um abraço de lado - Ta gostando da festa?!
- Acabei de chegar!
- Pelo tanto que eu te conheço, você chega no começo da festa e só sai no final! O que aconteceu?!
- Não foi nada! Só fui presa!
- Como é que é? - Gargalhou - Como foi isso?
- Uma longa história! Agora toca alguma coisa com molho que eu vou dançar! - Gritei e fui até o meio da pista de dança.
Comecei a dançar loucamente sem medir os passos. Depois de três músicas fui beber algo e Lucas se sentou do meu lado com uma cerveja na mão.
- Serio mesmo Lucas? Você está em uma festa com todo o tipo de bebida e você escolhe uma cerveja? Coisa que você pode beber todos os dias! - A essa hora eu ja estava meio grogue por causa da bebida forte.
- Meu pai me proibiu de beber muito, até porque tô de carro - Tomou mais um gole.
- Ah, claro! O seu papai delegado! Você faz tudo o que ele manda não faz? Ou será que você conta tudo pro papi? - Gargalhei sozinha.
- Não sei porque você está assim Madduh. Foi por que eu não te disse que um delegado era meu pai? O que isso importa?
- Importa que somos amigos a muito tempo e importa que...- Fechei os olhos, tonta - Eu pensei que você confiava em mim pra falar sobre sua família. A questão - Coloquei a mão no seu peito - Não é que ele seja um delegado, mas sim, que você nunca disse nada sobre sua família, nunca me disse seus problemas. Amigos fazem isso sabia? - Gritei
- Talvez eu não queria ser só seu amigo! - Ele despejou isso na minha cara, gritando.
- Ah, vai se fode Lucas! - Gritei e fui até a pista de dança com o copo na mão.
Depois de músicas e músicas minha cabeça ja estava rodando e meus pés ja estavam doendo. Eu sussurrava palavras sem sentido por efeito da bebida e rodava sem parar. Foi aí que tive uma ideia brilhante...
Subi em cima de uma das mesas da festa e comecei a dançar e a rebolar.
- Vamos lá seus bando de putos! Vamos animar essa merda! - Gritei.
Tirei meu sapato, tirei minha calcinha por baixo do vestido e várias pessoas gritaram, joguei ela em qualquer lugar e quando ia tirar o vestido, duas mãos me pegaram e me tiraram a força dalí. Eu gritei e esperniei, mas a força de Lucas era maior que a minha.
Ele me levou até o carro, abriu a porta do passageiro brutalmente e me jogou com toda a força.
- Agora veste isso logo! - Jogou minha calcinha.
- Ah é! Você quer ver o que eu tenho pra mostrar não quer? - Sorri.
- Para de brincadeira sua idiota e veste isso sozinha antes que eu tenha que colocar isso em você a força! - Gritou
- Ah, você quer colocar em mim? Por que não vem logo? - Fiz uma cara de safada pra ele.
- Ja chega Madduh! Vai pra casa sem isso mesmo! - Gritou e fechou a porta entrando logo em seguida e ligando o carro.
- Quem disse que eu quero ir com você? Eu estava curtindo a festa e você me tirou de lá! - Cruzei os braços
- Claro, tava se divertindo tando que iria tirar a roupa pra todo mundo ver e ser zoada amanhã.
- Pelo menos o Arthur viria que eu tenho um corpo lindo e viria correndo para os meus braços.
- Para de falar desse idiota! - Gritou batendo com as mãos no volante, eu me assustei com isso e fiquei calada. - E você, para de fazer bico! - Dessa vez eu gargalhei bem alto.
- Eu não faço bico! - Gritei
- Faz sim, ta fazendo agora de novo! - Coloquei os meus dedos nos lábios e senti um biquinho.
- Ah não! Lucas, me ajuda! Eu não quero fazer bico! - De uma expressão carrancuda ele mudou para risadas roucas.
- Mesmo assim, você ainda consegue me fazer rir sua maluca!
- É uma qualidade de poucos. - Me gabei
Ele abriu a porta da minha casa depois de tentativas sem resultado minhas. Me joguei na minha cama, que na hora fui puxada pro banheiro e jogada no box recebendo uma rajada de água fria.
- Ta frio merda! - Gritei
- Cala boca! Ou você quer que todos acordem?
Depois do banho não banho que o Lucas me deu, ele escolheu uma camisola de ursos pra mim e eu me vesti no banheiro.
Me joguei na cama sentindo toda a maciez dela, querendo dormir horas e horas de sono.
- Acho que eu ja vou indo - Lucas foi até a porta.
- Não - Segurei seu braço e fechei a porta - Depois de tudo o que você fez, fica aqui - Fiz meu bico ficar mais "bicoso".
- E se eu não quiser? - Cruzou os braços
- Você vai resistir mesmo a esse bico? - Apontei pra minha boca. Ele nem olhou e continuou da mesma forma. - E se eu pedir por favor?
- Maria Eduarda Almeida pedindo por favor? Dessa vez eu fico. - Sorriu
Ele tirou a camisa e a calça, eu babei um pouco, mas depois apaguei a luz e dormi.
Acordei com uma baita dor de cabeça, olhei pro lado e vi o Lucas só de cueca e olhei pra minha camisola amassada.
Fechei os olhos pra tentar lembrar do que tinha acontecido na festa, mas nada vinha na minha cabeça.
Logo uma coisa se passou e eu joguei Lucas pra fora da cama, recebendo um grito de raiva dele.
Ele me olhou sem entender nada e eu perguntei depois de respirar fundo:
- Lucas, me diz que a gente não transou! Transamos? - Ele gargalhou bem alto e eu suspirei aliviada, a risada dele tinha sido, com certeza um não.
- Você não se lembra mesmo o que aconteceu, se lembra?
- Claro que não! Minha cabeça ta girando - Deitei de novo - Que é um bom argumento pra dormir de novo. Boa noite!- Gritei antes de adormecer de novo.
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