Acordei sozinha na cama e me espreguicei. Era relativamente cedo; 10h55m. Fiz minhas higienes pessoais e desci, encontrando as duas na mesa da cozinha.
— Bom dia! – digo, animada.
— Olha a felicidade de quem deu! – Maria disse, contagiada.
— Coisa mais linda as duas gritando loucamente e eu irritada, sem nem um pau pra brincar – Amélia disse e eu comecei a rir muito.
— Que horror, Amélia! – eu disse, rindo
— Finalmente vocês dois hein! – Maria disse pra mim — Como foi?
— Muito bom! Eu tô dolorida, mas ok – digo e elas riram, histericamente — Nunca imaginei que o retardado do Lucas fosse assim. Nunca.
— Assim como? – Amélia perguntou, curiosa
— Dominador, sabe? Uma coisa de louco… – digo, me lembrando
— E como fica agora?
— Nós combinamos que seria só ontem, pra matar a vontade. – digo, sabendo que eu teria vontade de repetir — Sei lá. Follow the baile, né?
POV Lucas
— Você transou com a Júlia? – Chris se certifica, desacreditado
— É, Christian, a gente transou – digo, impaciente — Combinamos que era só ontem, mas sei lá.
— Por quê? Ela é boa como parece? – perguntou e o olhei estranho — Que foi? Ela é mó gata, pô. Você quer de novo? – ele perguntou de uma vez
— Foi bom pra caralho. Só que sei lá, acho que não vamos conseguir ficar no mesmo ambiente e não rolar nada, saca?
— Não encana com isso. Deixa tudo acontecer, não adianta as coisas.
[•••]
Estava editando um vídeo que tinha gravado hoje de tarde. Respondi algumas pessoas no whatsapp, mas nada da Júlia. O que é bem estranho, já que nos falamos todos os dias. Eu não queria parecer chato e chamá-la, mas ao mesmo tempo queria saber se estava tudo normal.
Mauro: você não chama, nem deixa de chamar. Simplesmente vai na casa dela.
Eu: mas e se ela não quiser me ver? E se estiver tudo mudado e eu for a toa?
Mauro: se tiver mudado você tenta fazer com que volte ao normal. Você não é nenhum adolescente, que insegurança é essa?
Eu: é que eu não quero que ela se afaste. Porra, eu gosto da amizade dela.
Mauro: então vai!
{•••}
Liguei o alarme do carro e me dirigi até o portão, no qual estava aberto. O carro das três estavam na garagem, mas não significa nada, já que mesmo que cada uma tem um carro, elas vivem andando de Uber ou todas em um carro só. A garagem era grande, assim como o restante da casa. Toquei a campainha e logo ouvi elas discutirem sobre quem abriria. Empurrei a porta pra ver se estava aberta, mas ela não correu.
A porta se abriu e quem estava na minha frente era Júlia. Com uma blusa social grande. Alguns botões da parte de cima estavam abertos, deixando um leve decote. Foi inevitável, corri meus olhos de cima a baixo e parei em seus olhos.
— Vai ficar aí parado? – perguntou. Sorri e lhe beijei a bochecha.
Maria estava jogada no grande tapete da sala, enquanto Amélia no sofá com um balde de pipoca em mãos. Olhei pra televisão e estranhei, elas estavam vendo vídeos de casamentos?
— Que porra é essa aí? – perguntei me sentando no sofá.
POV Júlia
Estávamos todas jogadas na sala. Eu estava no sofá maior, Maria no tapete e Amélia no outro sofá. Deu a louca na Amélia e pediu pra que nós duas víssemos vídeos de casamento com ela. Estranhamos e sacaneamos muito ela, mas no final cedemos. Até chorei com dois casais.
A campainha tocou e enquanto elas duas discutiam sobre quem ia atender, me levantei e fiz tal ato. Abri a porta e dei de cara com Lucas, com uma calça camuflada e uma blusa preta, levemente apertada. Ele me olhou de cima abaixo e eu ri fraco.
— Vai ficar aí parado? – perguntei, depois que ele terminou de me medir
Lucas beijou minha bochecha e foi se sentar no sofá.
— Que porra é essa aí? – perguntou, estranhando o vídeo na TV
— Fogo na bunda da Amélia – Maria respondeu indiferente.
— Fogo nada, me respeita – Amélia protestou — Sei lá, me deu vontade de ver vídeos assim… – ela respondeu Lucas.
— Deu vontade de ver vídeos ou vontade de casar? – ele perguntou e Amélia o olhou.
— Não sei… Tô me imaginando com ele… É muita loucura? – perguntou, intercalando seu olhar em nós três.
— Se não fosse loucura não seria vocês. Estranho seria se fosse normal – digo e Maria concorda.
Combinamos que quando esse vídeo acabasse iríamos ver algum filme ou série. Me deitei e coloquei uma almofada nas pernas. Lucas se aproximou mais e pegou meus pés, colocando em seu colo, massageando.
— Sabia que eu tenho fetiche por pés? – perguntou acariciando e nós três rimos — É sério, carai. O seu é bonitinho.
Lucas começou a massagear um de cada vez e eu fechei os olhos, aproveitando seu toque. Eu realmente estava precisando.
— Você é bom com as mãos, hein – digo, relaxada. Ele ri
— Você sabe bem disso, né? – perguntou maliciando e eu o olhei, revirando os olhos em seguida.
— Que legal que vocês transam e continuam amigos – Maria disse, olhando pra televisão — A gente não sabe o que é isso, né amiga? – perguntou pra Amélia, que concordou, me fazendo rir alto
— Hoje ela estava relembrando, Lucas. Dizendo que estava dolorida e que talvez quisesse de novo – Amélia disse de repente e eu arregalei os olhos. Já Lucas, riu alto
— Amélia! – o repreendo — Vai cuidar da sua vida, faz favor!
— Não era pra contar? Perdão, amiga – diz com deboche e eu jogo uma almofada nela.
Maria pegou o controle e colocou na Netflix. Senti as mãos de Lucas subindo minhas pernas e arrepiei inteira. Apertou a parte interna da minha coxa e eu suspirei. O olhei e ele mordia o lábio.
— Para – encolhi as pernas — Se afasta! – ele levou os braços ao alto e deu risada.
— Vou colocar Onde Está Segunda? porque eu gostei da sinopse – Maria disse e deu play, sem deixar ninguém contestar
Apagaram-se as luzes e o ambiente ficou a meia luz. Senti Lucas se deitar e começar a subir mais, mas o parei com a mão.
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