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História Fuckin Perfect - Capitulo 13


Escrita por: PriyTaisho

Notas do Autor


Eu realmente fico revoltada com esse site u-u Gente, comentem, não só favoritem! Sério, é broxante pra um autor postar e só receber avisos aqui de favoritos....
Acho que é por conta disso que eu enrolo muito pra postar aqui, mas vou postar 2 caps hoje pra compensar, de novo.
Bem, comentem, por favor.
E as leitoras lindas que ficaram tentadas a me xingar, mas que não o fizeram, muito obrigada por continuarem acompanhando.
<3

Capítulo 13 - Capitulo 13


Recapitulando o ultimo capitulo...

– Quer saber Inuyasha? – ouvi a voz de Kikyou em um corredor que eu iria entrar para poder ir em direção a saída. – EU CANSEI!

Encostei-me a parede, para que eles não me vissem. Por mim, eu voltaria para trás e esperaria que eles saíssem dali, mas algo me fez ficar. Então, encolhi-me o máximo que pude, e fiz o mínimo de movimentos possíveis.

– CANSOU? – o tom de Inuyasha foi sarcástico. – Me diga o que te fez ficar cansada Kikyou, prometo te contar o que está me cansando também. – decretou duramente.

Arrisquei-me a olhar(ainda encolhida), os dois que estavam frente a frente, como se fossem pular um em cima do outro.

– Cansei dessa sua mania imbecil de ficar indo atrás da Kagome. – começou Kikyou apontando um dedo para ele. – Eu sou sua namorada, EU! Você me trata como se fossemos estranhos Inuyasha, nós ficávamos mais tempos juntos quando “FICAVAMOS”. Acha que eu sou alguma babaca? – e então seu tom de voz começou a aumentar. – Eu não quero você de jeito nenhum perto daquela imbecil que é a minha irmã. NÃO QUERO!

– Ui e você acha que manda em alguma merda? – Inuyasha retrucou começando a perder a paciência. – Eu cansei de você Kikyou. Na verdade nem sei direito porque eu comecei essa merda de namoro... Ah, sei sim e não, não foi por sua causa acredite nisso. Você é fútil, mimada, ignorante, vulgar, fora que é uma imbecil oferecida. Você está me deixando louco, eu não aguento mais essa porra de Inuzinho pra cá, Inuzinho pra lá. E nem tente falar nada da Kagome ela é INFINITAMENTE melhor que você! Doce, gentil e todos aqueles outros adjetivos que encantam as pessoas. E ninguém sabe disso, porque você sabe sua egoísta. Você tem inveja dela, inveja porque ela é tudo o que você não pode ser. E então saí por ai humilhando-a e acabando com a autoestima dela. Quer saber, você é apenas uma pobre coitada. – acrescentou com desprezo.

– Você é um grande imbecil. – Kikyou falou com a voz entrecortada. – Acha que pode falar assim comigo? – ela trincou o maxilar. – Você fala de mim, mas é igualzinho.

– Aham, sou idêntico a você. – Inuyasha concordou com um tom irônico. – Mas agora eu vou mudar sabe, porque não tem mais sentido continuar com você. Como eu disse, foi uma burrice que eu pretendo não fazer novamente. Acabou tudo por aqui Kikyou. – anunciou começando a seguir na direção da saída.

– Inuyasha! - chamou ela e ele a ignorou. – AAAAAAAAA DROGA! – gritou cobrindo o rosto com as mãos. Depois de um tempo, ela saiu dali seguindo em direção à saída.

Fiquei um momento de olhos arregalados. Eles haviam terminado... Basicamente por minha causa?

Balancei a cabeça, e fui o mais rápido que podia em direção à saída, torcendo para não encontrar a Kikyou e muito menos o Inuyasha no caminho. Infelizmente, quando eu coloquei os pés para fora do colégio, acabei me lembrando de que não tinha guarda-chuva e que estava chovendo.

Skies are crying, I am watching

Catching teardrops in my hands

Only silence as it's ending

Like we never had a chance

Do you have to make me feel like

There is nothing left of me?

Os céus estão chorando, eu estou assistindo

Recolhendo lágrimas em minhas mãos

Somente o silêncio como seu fim

Como nunca tivemos uma chance

Você tem que me faz sentir como

Não há mais nada de mim?

– Ótimo. – murmurei ironicamente. Conforme eu caminhava, os meus cabelos molhados grudavam na minha face. Meus passos eram lentos, e realmente nada animados. Meu cérebro dizia que eu deveria voltar para casa, mas meu corpo e, principalmente minhas pernas, estavam malucos para voltar para a casa da Sango.

Suspirei. Talvez eu realmente não estivesse tão convicta da minha decisão.

Enquanto eu refletia sobre o que estava acontecendo, nem ao menos reparei na enorme poça d’agua que havia ao lado da onde eu estava e muito menos o carro que corria na mesma direção em que ela estava. Sim, maldito motorista que não desviou ou ao menos reduziu a velocidade, antes de passar pela poça e jogar toda a agua dela em mim.

– Já não bastava eu estar molhada, você tinha que me humilhar por ter um carro quente e sequinho, enquanto eu estou aqui na chuva? – murmurei sem animo. – AAAARGH, como eu queria...

– Uma carona? – ouvi a voz de Inuyasha e ao virar a cabeça, vi o mesmo dentro do carro que estava ao meu lado. A questão é... Como eu não ouvi o barulho do carro?

– Não... Obrigada. – dispensei lembrando-me da discursão que ele havia tido com Kikyou. – Já estou molhada, não precisa se incomodar. – anunciei recomeçando a caminhar.

– E daí? – ele perguntou seguindo-me lentamente com o carro. – Sua casa é longe daqui Kagome, o que custa?

– Custa que... – fiquei em duvida sobre o que falar. – Eu vou acabar molhando o seu carro. – apelei sem encara-lo. E ele nada respondeu, eu também não me atrevi a olhar para ele e confirmar que o mesmo havia desistido e ido embora.

– Agora nós dois estamos molhados, meu carro irá ficar molhado do mesmo jeito. – Inuyasha falou atrás de mim.

– Você é maluco. – exclamei ao ver que ele tinha saído do carro, e estava ficando tão ensopado quanto eu. A chuva havia aumentado consideravelmente. – Por que fez isso? – perguntei frustrada.

– Você alegou sobre o carro. Eu entendi a sua alegação e acabei com ela. – ele deu ombros. – Ou seja, eu também estou molhado então você deve entrar no carro e deixar com que eu te leve para casa.

– Mas... – tentei protestar e ele ficou mais próximo a mim.

– Nada de mais. – avisou. – A menos que encontre uma desculpa realmente boa e que me convença você aceitou minha carona. – estreitou os olhos.

Fiquei em silencio, enquanto eu tentava encontrar uma desculpa realmente boa.

– Ta. – concordei suspirando.

– Fico feliz que tenhamos entrado em um acordo. – ele disse sorrindo e tocando a minha face levemente, enquanto tirava um pouco do meu cabelo do meu rosto. – Você realmente ta enxergando alguma coisa com esses óculos? – perguntou ele devido ao fato dos meus óculos estarem molhados e consecutivamente com as lentes embaçadas.

– Mais ou menos. – respondi seguindo em direção ao carro, juntamente com ele. – Argh, eu disse que iria molhar tudo. – resmunguei assim que sentei-me no banco do carona.

– Argh, eu disse que não ligo. – ele falou assim que fechou a porta para mim, para então dar a volta no carro e sentar-se no lugar do motorista.

Nada respondi. Decidi tirar meus óculos e tentar secar as lentes de alguma maneira com alguma parte mais seca da minha roupa. Claro que isso não deu certo, deixando as lentes apenas mais embaçadas.

– Droga. – murmurei desistindo e encostando a cabeça no vidro da janela. – Atchim. – espirrei repentinamente.

– Eu sabia que iria pegar um resfriado e quis evitar isso, mas não foi teimosa e quis se fazer de durona. – Inuyasha acusou-me, enquanto ligava o aquecedor (N/A: Ar condicionado... É tudo a merma coisa u-u). – Pode me fazer um favor? – perguntou ele assim que parou por conta de um sinal vermelho.

– Atchim... Fala. – respondi depois que espirrei. Ótimo, um resfriado bem agora.

– Tem um casaco preto, no banco de trás. – avisou-me. – Vista ele. – mandou.

– Mas... – comecei a protestar e ele me olhou feio pelo canto do olho. – Ok. – concordei indo pegar o casaco no banco traseiro e vestindo-o logo em seguida.

You can take everything I have

You can break everything I am

Like i'm made of glass

Like i'm made of paper

Você pode tomar tudo o que tenho

Você pode quebrar tudo o que sou

Como se eu fosse feita de vidro

Como se eu fosse feita de papel

Ficamos em silencio, até que eu resolvi me pronunciar.

– Inuyasha... Minha casa não é nessa direção. – interrompi-me ao notar que havíamos virado a direita.

– Eu sei. – ele concordou. – Estamos indo em direção da minha casa. – deu ombros.

– Por quê? – perguntei frustrada. – Você disse que ia me deixar em casa. – aleguei.

– A minha é mais perto. – ele revirou os olhos. – Você tem que se secar logo, ou ficará resfriada. – acrescentou em um tom preocupado.

“Kagome ela é INFINITAMENTE melhor que você! Doce, gentil e todos aqueles outros adjetivos que encantam as pessoas.”

Meu coração se acelerou e senti minhas bochechas corarem, quando me lembrei das palavras que Inuyasha havia proferido á Kikyou.

O resto do percurso até a casa dele foi em silencio. Eu não entendia o motivo da sua preocupação, mas sabia que não tinha como protestar contra ele. Assim que Inuyasha estacionou o carro, descemos correndo e fomos até a porta, por mais que já estivéssemos molhados.

– Vou buscar umas toalhas. – Inuyasha avisou assim que entramos na casa e então subiu as escadas correndo.

– O que está acontecendo? – perguntou a Sra.Taisho vindo da cozinha com uma colher na mão. – Kagome querida, porque está molhada assim? – perguntou ao me ver. – INUYASHA TRAGA LOGO UMA TOALHA PARA A KAGOME! – gritou olhando em direção as escadas.

– Eu já sei. – Inuyasha recrutou descendo as escadas, só que ele acabou escorregando e as rolou até o ultimo degrau.

– Cê ta bem? – perguntei vendo dona Izayoi indo em direção a ele.

– Eu to legal. – Inuyasha respondeu se levantando, a testa dele havia ficado com uma risca vermelha.

– Você devia entregar a toalha para a Kagome, antes de cair criatura. – Izayoi pegou a toalha da mão dele e bateu nele com ela, antes de me entregar. – Aqui querida, mas acho melhor eu ir buscar uma peça de roupa seca para você, ou ficará resfriada. – acrescentou pensativamente, enquanto subia as escadas tomando o cuidado para não escorregar. – Inuyasha, seque tudo. – mandou sem se virar.

x-x-x

– Aquele imbecil. – Kikyou suspirava pesadamente encostada em seu armário. Havia ido ali com o proposito de retocar a maquiagem, que estava ficando borrada pelas lágrimas de frustração. Só que ainda não havia cumprido o seu objetivo.

– O que faz a bela moça chorar? – Naraku perguntou interessado. Estava fazendo um mini tourpelo colégio e acabou encontrando a moça chorando.

– Isso não te interessa. – Kikyou respondeu hostilmente.

– Que mocinha agressiva. – Naraku deu risada e balançou a cabeça negativamente. – Acha que seja o que for, é bom guardar somente para você?- ele escorou-se em uma parede em frente a ela.

– Seja o que for, não é da sua conta. – ela respondeu indiferentemente. – Nem ao menos te conheço, não vou sair contando sobre a minha vida pessoal.

– Naraku Kageyama. – ele sorriu e acenou para ela com uma das mãos.

– Eu sei quem você é. – Kikyou revirou os olhos. Ele estava a irritando. – Por acaso não se lembra de que você se apresentou na frente do colégio todo?

– Me lembro. – ele deu ombros. – Mas se eu dissesse: “Sou o carinha que se apresentou ali na frente”, não seria uma apresentação formal. Você tem que me dizer seu nome. – comentou encarando-a.

A garota passou as mãos abaixo dos olhos, tentando tirar o excesso de maquiagem borrada e suspirou. Ele com certeza não a deixaria em paz, a menos que lhe dissesse seu maldito nome.

– Kikyou. – respondeu. – Kikyou Higurashi.

– Agora que já nos conhecemos, porque estava chorando? – tornou a perguntar. Algo naquela garota lhe atraía e ele estava completamente disposto a decifrar esse mistério.

– Não te interessa. – cortou-o a morena. – Cuide da sua vida e do trabalho que você tem para fazer aqui. – acrescentou passando por ele, sem nem ao menos olha-lo. Ela virou à esquerda e foi simplesmente embora.

– Essa garota é problemática. – murmurou franzindo o cenho.

– Ou talvez você quem seja. – Ellen falou aparecendo do nada e fazendo com que ele desse um pulo.

– Quer me matar do coração? – ele encarou-a de olhos arregalados.

– Vou te matar a base de pauladas, se não parar de ficar passeando e vir me ajudar a organizar as coisas. – a loira estreitou os olhos.

– Eu sou o mais velho, você tem que me respeitar. – Naraku falou fingindo-se de ofendido. – Nós já organizamos as coisas.

– E eu sou a mais nova, não lhe devo respeito. – ela deu ombros. – Então vamos embora, acha que eu gosto de ficar em um colégio? Mesmo que não tenha de estudar?

– Irritante. – o moreno revirou os olhos e começou a seguir até onde a irmã estava. – Vamos logo. – acrescentou passando por ela.

– E o que conversava com aquela garota? – Ellen perguntou curiosa, enquanto seguia o irmão para recolherem suas coisas.

– Não te interessa. – Naraku respondeu-a da mesma maneira com que Kikyou tinha lhe respondido.

– Seu grande Babacudo. – a garota resmungou revirando os olhos por conta da resposta.

X-X-X

Eu estava sentada com as pernas cruzadas sobre o sofá da casa do Inuyasha. A Sra. Taisho havia de dado uma calça de moletom preta e uma blusa de moletom cinza. Meias também haviam sido inclusas no pacote de “agasalhamento da Kagome”.

– Você agora está mais quente que um boneco de neve. – Inuyasha falou fazendo com que eu desse uma risada.

– Mais quente que um boneco de neve? – perguntei sem acreditar. – Inuyasha...

– Não acabe com a minha teoria perfeita. – ele deu ombros - Vamos assistir um filme? – propôs.

– Eu tenho que ir embora...

– Ninguém vai embora com essa chuva. – Izayoi comentou aparecendo com uma bandeja com dois copos e biscoitos. - Espere mais um pouco e quem sabe fique para o jantar. – ela acrescentou sorrindo.

– Então acho que poderemos ver o filme, Inuyasha. – concordei devolvendo o sorriso. Eu devia ir embora. Mas quem disse que eu quero?

Sei que não devia gostar desse ambiente quente, aconchegante, onde as pessoas me tratam verdadeiramente como um membro de uma família, apesar de eu ser apenas uma colega de classe do filho deles. Mas eu gosto.

E isso com certeza não é ruim... Não é?

x-x-x-

Narradora Povs’:

Duas horas se passaram.

Inuyasha e Kagome a cada minuto ficavam mais próximos. Estavam assistindo um filme de comédia qualquer na sala de estar sentados juntos em um sofá, pois estavam dividindo um cobertor. Izayoi apagou a luz da sala sem que os mesmos percebessem e suspirou diversas vezes, ao notar que Kagome inconscientemente deitou sua cabeça sobre o ombro do filho. Oh eu disse que ela suspirou?

Na verdade a mulher começou a pular e fazer uma dancinha silenciosa na cozinha. Ela tinha descoberto por meio de pressão psicológica, que Inuyasha gostava da gêmea da ex-namorada.

O Hanyou sentia que poderia sair pulando e gritando de felicidade a qualquer momento. Só que ela estava ali, então ele teria de se conter... Ou tentar pelo menos.

Kagome... Ah a Kagome estava tão entretida, que nem ao menos notou o que fazia.

– Me desculpa. – falou rapidamente erguendo a cabeça.

Ela tinha acabado com aquele momento maravilhoso. Pode isso produção?!

– Pelo quê? – Inuyasha perguntou tentando esconder a frustração.

– É que eu... – a moça perdeu o foco, ao ver os belos olhos dourados.

– Você? – ele murmurou aproximando-se dela lentamente.

Ok, Para. Finge que essa cena dos dois bem próximo congelou.

Vamos focar numa pequena cena que ocorreu na porta de entrada da sala.

Sesshomaru, o nosso querido psicólogo que não tem nenhuma ligação com a família Taisho (Para a Kagome), chegou em casa depois de mais um dia cansativo. Havia pegado transito e acabou se molhando um pouco quando desceu do carro. Tudo o que ele queria, era tomar um bom banho e dormir... Até a hora em que seu despertador tocasse e anunciasse que ele deveria ir trabalhar novamente.

“Não Rin, hoje eu não irei levar trabalho para casa.” Foi o que disse a sua secretária e a mesma concordou, mas avisou que depois ele teria muito mais trabalho para fazer.

Quando girou a maçaneta da porta e abriu a mesma, deu de cara com Kagome e Inuyasha no sofá com os seus rostos muito próximos. Quando Inuyasha notou seu movimento, os irmãos arregalaram os olhos e no momento em que Kagome iria se virar, Sesshomaru fez algo que nunca pensou em fazer...

Jogou-se literalmente para fora da casa e bateu a porta no mesmo momento. O Moço caiu diretamente em uma parte onde continha lama no jardim e nem ao menos teve tempo de pensar, antes de se levantar e sair correndo para se prevenir caso Kagome decidisse olhar o que havia acontecido do lado de fora.

– Eu vou matar aquele babaca. – falou com raiva. Como ele não lhe avisara que Kagome estaria ali?

Dentro da casa...

– O que foi isso? – Kagome perguntou virando o rosto com o susto. – Eu juro ter visto aquela porta abrir e fechar sozinha.

– Er... – o moço coçou a nuca tentando encontrar uma desculpa. – Geralmente a porta abre e fecha assim, por conta dos ventos. – “Mas que merda de desculpa é essa Inuyasha?” – repreendeu-se mentalmente.

– Vento... – ela falou sem acreditar, iria comentar mais alguma coisa quando se lembrou de que quase havia beijado o ex-namorado da sua irmã. Suas bochechas coraram e ela sentiu seu coração acelerar. – E-eu tenho que ir embora. – anunciou levantando-se e então tropeçou na mesinha de centro.

– Ainda ta chovendo. – Inuyasha falou estranhando a mudança repentina dela.

– E-eu sei, mas não tem problema. – ela deu uma risadinha forçada e ajeitou os óculos. – Essa chuva não vai parar por tão cedo. – acrescentou.

– Então deixe-me ao menos leva-la para casa. – o Hanyou disse levantando-se. – Nem adianta protestar, não vou deixar que vá para casa a pé.

– Eu posso pegar um ônibus. – Kagome falou implorando mentalmente que ele aceitasse o que ela havia dito.

– Não. – Inuyasha discordou. Não a deixaria ir embora sozinha de maneira alguma. – Aceita, ou quer sair daqui só amanhã? – ele arqueou uma sobrancelha.

– Tudo bem. – a morena suspirou e abaixou o olhar. – Só vou perguntar para a dona Izayoi, onde ela colocou minhas coisas. – avisou e sem esperar uma resposta foi até onde a mesma estava.

O moço, por sua vez, respirou fundo assim que ficou sozinho. Pelos céus, ela devia ter visto Sesshomaru e ele lhe mataria depois por conta disso. Se bem que ele havia saído da casa o mais rápido o possível assim que a notou, então ela não devia ter visto nada mais que a porta batendo novamente. Só que mesmo assim ele lhe mataria. Seria um homem morto de qualquer maneira.

Quando Kagome voltou à sala já com as suas coisas, sua mãe fez com que ela prometesse que iria voltar algum dia e jantaria com eles. Ela depois de muita insistência acabou cedendo. O caminho até onde o carro de Inuyasha foi em silencio, Izayoi havia dado um guarda-chuva para que eles não se molhassem no percurso. Entraram no carro e mantiveram o silencio, até quando chegaram na casa da Higurashi.

– Er... Até amanhã. – Kagome falou sem encara-lo. – Obrigada por me trazer até aqui. – agradeceu e nem ao menos esperou a resposta do outro, antes de abrir a porta e sair correndo para não se molhar. Ela abriu a porta e deu uma breve olhada por cima do ombro, antes de entrar e fechar a porta.

Fim do Narradora Pov’s.

Entrei em casa sem saber do que estava fazendo. Eu quase havia beijado o ex-namorado da minha irmã... Como isso era possível?

“Eles terminaram por sua culpa...”.

– Minha culpa... – murmurei fitando o chão.

– Sua culpa. – ouvi a voz de Kikyou. – Sua culpa Kagome, extremamente sua. – levantei o olhar e encarei-a. Kikyou tinha uma expressão fria e maldosa, estava sem maquiagem e com os cabelos soltos caindo em cascata pelo rosto estranhamente pálido. – Você acabou com o meu namoro com o Inuyasha, eu cansei de você Kagome.

– Kikyou... – comecei, mas ela gritou:

– EU VI VOCÊ SAINDO DE DENTRO DO CARRO DELE! – ela estava vindo em minha direção. – Sua vadia, como ousa?

Go on and try to tear me down

I will be rising from the ground

Like a skyscraper!

Like a skyscraper!

Vá em frente e tente me puxar para baixo

Eu vou estar me levantando do chão

Como um arranha-céu

Como um arranha-céu

– Eu não fiz nada. – minha voz saiu dura. – Acha mesmo que eu poderia ter alguma coisa com o Inuyasha?

Ela pareceu pensar e então deu um sorriso de canto.

– Tem razão. Você é ridícula. – e então começou a rir escandalosamente. – Com esses seus óculos feios e com esse seu cabelo horrível. – ela tocou os meus cabelos que estavam molhados. – Você parece um patinho feio e gordo, com essa cerca elétrica na boca.

Senti-me mal, ela havia começado novamente a colocar e mostrar os meus defeitos. Uma angustia começou a preencher meu peito, conforme Kikyou ia falando.

As the smoke clears, I awaken

And untangle you from me

Would it make you feel better

To watch me while I bleed?

All my windows still are broken

But I'm standing on my feet

Enquanto a fumaça se dissipa, eu desperto

E desembaraço você de mim

Te faria se sentir melhor

Assistir enquanto eu sangro?

Todas as minhas janelas ainda estão quebrados

Mas eu estou de pé

– Você se sente melhor? – perguntei sem parar para pensar.

– Você está com alguma brincadeira comigo? – Kikyou falou rispidamente.

– Não. – respondi encarando-a. – Mas parece que me humilhar, esfregar na minha cara que você é mil vezes melhor do que eu, colocar apelidos medonhos e sem sentido algum, me chamar de gorda e tentar me fazer ficar em um baixo astral, realmente passa a impressão de que isso te deixa feliz. Mas mesmo que isso te deixe feliz agora, isso realmente te faz bem? – perguntei pegando as minhas coisas e seguindo em direção as escadas.

Ela nada respondeu.

Segui para o meu quarto e fechei a minha porta assim que entrei. Ele já não tinha aquela bagunça feita por Kikyou, pois eu e Sango havíamos o arrumado antes que eu fosse para a casa dela. Coloquei a sacola que continha minhas roupas molhadas em um canto e minha bolsa num outro e então, deitei-me em minha cama, enquanto observava o teto.

Por um momento, eu quase havia cedido a angustia que tentava me dominar, mas isso não aconteceu por um único motivo:

Porque eu sei que existem pessoas que se importam comigo, mesmo que a maioria esteja contra mim. E que eu prometi a eles que tentaria mudar, mas sei que isso tem que partir de dentro de mim, porque nada dos esforços deles valeriam a pena, se a iniciativa não partisse de dentro de mim.

“Assim como as borboletas, passamos por metamorfoses em nossa tão breve existência.
Muitos não se dão conta da importância dessas mudanças para nosso crescimento como seres.
Estes nunca poderão voar. 
Continuarão presos em seus casulos, Suas vidas seguirão na escuridão, jamais verão a luz.” - Mirna Cavalcanti.


 



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