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História Fuckin Perfect - Capitulo 15


Escrita por: PriyTaisho

Notas do Autor


CARACAAAAAAAAAAAAAAAA eu ando tão ocupada gente =/ me desculpem mesmo, é que eu não sou acostumada com o SS, ai eu fico toda doida por aqui .-.
Espero que gostem, beijão!

Capítulo 15 - Capitulo 15


len estava andando de um lado para o outro do palco, mexendo em coisas e lendo instruções. Ela também carregava uma caderneta onde anotava tudo. A garota com certeza era estranha. Usava um chapéu de joker metade cinza listrado e metade preto listrado, um vestido estilo uniforme colegial japonês, um salto alto com um laço verde, luvas pretas de motoqueiro e carregava um gato de pelúcia estranho, com asas e chifres vermelhos, como um pequeno diabinho.

- Olá? - perguntou alguém.

Era um homem. Se vestia muito bem, como um advogado. Eles dois juntos pareciam a coisa mais estranha do mundo: ela se vestindo com ousadia e orgulho e ele com simplicidade e elegância. Ela sorriu para ele enquanto anotava algo em sua caderneta.

- Estou procurando Ellen, irmã de Naraku. - disse ele.

- Eu mesma, prazer. - ela riu.

- Você é a organizadora? - ele perguntou.

- Sim, por quê? - o sorriso dela se desmoronou.

- Achei que se vestisse... - ele franziu a testa - Um pouco mais como eu.

- Ora, isso seria normal. - ela revirou os olhos - E qual é a graça em ser normal?

Ele piscou os olhos, surpreso. Mal ele sabia que ela ainda tinha muitas surpresas a revelar.

– Então, o que estava pensando em fazer? - perguntou ele.

- Ah, eu quero um castelo aqui. - ela andou até um canto - E a princesa... Eu conheci uma garota que é um doce, adorei-a. Não deveria ter favoritismos, mas ela é fantástica. Quero que ela seja a princesa. Vamos colocar nela um grande vestido dourado e uma lua bem ali. - ela apontou - Eu quero diversos cenários, então precisamos de uma equipe bem rápida para os trocar. Começamos na casa, obviamente, que eu pensei ser aqui. - ela foi até um canto - Eu estava mexendo naqueles trequinhos ali - ela apontou a caixa de força - E acho que sei o que fazer com a iluminação. Ei, espera... Eu já não te vi antes?

- Garanto que não. - ele sorriu - Eu lembraria de alguém como você.

- Há, crítica disfarçada de elogio. - ela revirou os olhos - Olhe aqui, não é porque eu sou loira que sou burra!

- Hum. - disse ele.

- Você não é de falar, não é? - ela perguntou.

- Não muito. - ele deu de ombros, indo ver a caderneta da garota.

Ele então estendeu a mão, prestes a pegar a caderneta, quando ela lhe acertou com o estranho gato de pelúcia.

- Não toque na caderneta. - ela disse séria e então sorriu e saiu cantarolando do auditório.

X-X-X

Kagome Pov’s:

– Bem vinda ao shopping! – Sango falou com os olhos brilhando. – Eu amei o seu dentista... – comentou ela pegando em minha mão e começando a me puxar.

– Por quê? – perguntei estranhando. Nós havíamos passado no dentista, para que eu fizesse a manutenção do aparelho (que é feita mensalmente).

– Você não ouviu o que ele disse? – ela franziu o cenho. – Daqui a dois meses você vai tirar o aparelho, isso merece uma comemoração! – ergueu os braços e algumas pessoas olharam para nós duas.

– Seja mais discreta Sango, seja mais discreta. – murmurei tentando não ficar constrangida pela demasiada atenção.

– Estou sendo discreta. – Sango deu ombros. – VAMOS COMPRAR! – e então agarrou uma das minhas mãos e começou a correr comigo em direção a uma das lojas. Melhor, nós não corremos... Eu fui arrastada, literalmente.

Depois de quase três horas dizendo frases do tipo: “Esse combina com os seus olhos”, “Awn Kag, esse vai ficar perfeito em você!”, “Cala a boca, eu que mando aqui!” e outras do gênero, Sango finalmente disse que era a hora de provar as roupas.

E eu obedeci claro... Mesmo achando que nenhuma delas ficaria boa em mim. Eu somente não protestei por conta do acordo, somente por isso.

Vesti as peças de roupa que ela havia me entregado, sem prestar muita atenção nelas.

– Está pronta? – Sango perguntou do lado de fora do provador. Ela estava sentada em um sofá, que ficava de frente para o mesmo.

– Me sinto estranha. – falei abrindo a porta do provador e dando de cara com ela.

– Você está... perfeita! – ela deu um sorriso de orelha a orelha. – Se olhou no espelho pelo menos? – perguntou arqueando uma sobrancelha.

– Não. – neguei e então me virei para o espelho que tinha dentro do provador e me espantei. Claro que eu não estava acostumada a usar shorts, mas esse que Sango tinha escolhido era perfeito. Era jeans e azul escuro, com alguns detalhes meios desbotados. Ele era “curto”, mas folgado dando a leve impressão de ser grande. Eu também tinha vestido uma regata branca meio folgada, que tinha os dizeres “Run” em azul claro.

– Cadê as roupas apertadas? – perguntei surpresa.

– Quem disse que para estar bonita, é necessário usar roupas que mal dá pra respirar? – a morena sorriu e piscou. – Claro, que você vai se acostumar primeiramente com roupas, principalmente calças, mais apertadas e blusas que sejam exatamente do seu tamanho e não dois, três números maiores. – concluiu se aproximando de mim. – Pronta pra encarar uma saia? Ou melhor, um vestido? – deu risada da careta que eu fiz inconscientemente.

– Força... – murmurei ajeitando os óculos e ela deu mais uma risada, antes de me entregar um vestido.

– Vai ter que se acostumar com vestidos moça. – Sango falou começando a fechar a porta do provador. – Onde já se viu uma Princesa com vergonha de um vestido? – resmungou assim que fechou o provador totalmente.

Respirei fundo e pendi a cabeça para trás. Eles realmente iriam me obrigar a fazer a audição, então eu teria de me esforçar ao máximo para não decepcioná-los. Ou então Sesshomaru daria um jeito de me fazer o teste novamente... Algo me dizia que ele podia fazer isso.

Passei alguns minutos, que me pareceram horas, provando algumas roupas e por fim saímos da primeira loja com três sacolas... Cada. E depois disso, rodamos praticamente o Shopping inteiro, comprando acessórios, sapatos (eu particularmente admito que amei essa parte), umas bolsas e... Maquiagens (que ela disse que me ensinaria a usa-las e que eu não precisava me preocupar).

– Agora a melhor parte do dia! – Sango falou satisfeita. – Pera, Penúltima melhor parte. – corrigiu-se.

– Penúltima?

– A melhor parte, será pegar todas as suas roupinhas e dar para a doação. – ela sorriu. – Qual é? Apesar delas não serem... Adequadas para você, existem pessoas que podem fazer um bom uso delas. – deu ombros.

– E essa penúltima? – perguntei franzindo o cenho. No fundo eu sabia que Sango já tinha um destino certo para minhas roupas.

– Cabelo, unha, maquiagem. – ela colocou as mãos no rosto e por um momento imaginei ver seus olhos brilhando. – Eu poderia fazer isso em casa, mas... Estou com preguiça. E você precisa de um corte e de um profissional adequado. – Sango deu ombros. – Eu não me arrisco a cortar meu cabelo e nem o de ninguém, desde o dia em que fiz uma tragédia com o meu próprio... – estreitou os olhos ao se recordar de um momento que eu não tinha ideia de qual era. – Vamos, vamos entrar. – ela indicou começando a andar em direção a um salão de beleza de aparência extremamente luxuosa. E não é só a aparência!

Isso aqui parece um daqueles salões de beleza de celebridades, totalmente equipado e que tinha as paredes pintadas em roxo, tendo uma com texturização. Havia um sofá de couro branco, algumas poltronas de espera da mesma maneira e uma mesinha de centro de vidro, que continha algumas revistas com diversos tipos de temas em cima. Haviam bancadas, com enormes espelhos e o local era bem iluminado.

– Sango... – comecei de olhos arregalados.

– SANGO MINHA QUERIDA! – uma voz masculina, porém em um tom extremamente afeminado gritou.

– JACK! – minha amiga soltou as sacolas e correu para abraçar o tal do... Jack (?).

Ele tinha os cabelos negros, um pouco compridos que estavam presos em um coque propositalmente mal feito. Estava maquiado e usava um batom meio vermelho. Sua roupa era constituída em uma camisa com gola V rosa clara, e uma calça jeans preta apertada.

– E quem é a moça? – ele perguntou me analisando singelamente. – Ah que falta de educação a minha, Me chamo Jakotsu, mas me chame somente de Jack.

– Kagome Higurashi, prazer. – apresentei-me timidamente e ele sorriu.

– Diga querida, o que vai querer pra hoje? – perguntou para Sango.

– Não fale como se você fosse um açougueiro, Jack. – ela revirou os olhos. – Quero que me ajude a transformar a Ká, mas não de um modo “Shock”, só que algo que dê uma leve diferença. – assentiu.

– Sabe que não consigo fazer nada pela metade. – Jack gesticulou com as mãos nervosamente. – Ká, vou te dar um tratamento de uma verdadeira diva... Mas com certa moderação, para a primeira vez, claro. – se controlou ao ver o olhar feio que minha amiga lançou a ele. – Vamos começar com isso! – acrescentou pegando em minha mão, fazendo com que eu derrubasse as sacolas, e então passou a guiar em direção a uma cadeira. – É melhor você se preparar, porque vai conhecer uma nova Kagome. – murmurou animado.

Kikyou Pov’s:

Stupid girl, stupid girls, stupid girl

Maybe if I act like that, that guy will call me back

Porno paparazzi girl, I don't wanna be a stupid girl

Garota estúpida, garotas estúpidas, garota estúpida

Talvez se eu agir assim, esse cara me ligará de volta

Garota de paparazzi porno, eu não quero ser uma garota estúpida

Suspirei e apoiei meus pés em uma cadeira. Ali ninguém me encontraria, nunca me encontraram.

Desfiz o rabo de cavalo que estava em meu cabelo e sacudi a cabeça, deixando meus cabelos caírem por cima dos meus ombros.

– Então quer dizer que a princesa de gelo gosta de ficar sozinha? – aquele cara vinha me irritando desde quando apareceu no colégio.

– Princesa de Gelo? – o encarei pelo canto do olho, que atrevido!

– Você é sempre tão fria com as pessoas ao seu redor, achei que esse apelido combinasse com você. – Naraku comentou fechando a porta da sala e então caminhou até se sentar em uma das cadeiras próxima a minha.

Ele era diferente. Qualquer outra pessoa teria se afastado de mim assim que eu começasse a distribuir “respostas educadas”, mas não era o caso dele. Naraku sempre se aproximava cada vez mais, a cada resposta mal dada.

– Você tem reparado muito em mim, não é? – rebati o encarando de cima a baixo.

– Esse é o meu trabalho... Reparar nas pessoas. – ele deu ombros. – Por que você finge tanto? – perguntou divertido.

– Você é muito ridículo. – trinquei o maxilar e me levantei passando por ele sem encara-lo, mas o mesmo se levantou me puxando pelo braço. O toque dele fez meu coração se acelerar de uma maneira diferente. Encarei-o sem fala.

– Aceitarei isso como um elogio. – sorriu gentilmente.

– Você nunca vai aceitar nada como uma critica? – perguntei surpresa.

Go to Fred Segal, you'll find them there

Laughing loud so all the little people stare

Looking for a daddy to pay for the champagne

(Drop a name)

What happened to the dreams of a girl president

She's dancing in the video next to 50 Cent

They travel in packs of two or three

With their itsy bitsy doggies and their teeny-weeny tees

Where, oh where, have the smart people gone?

Oh where, oh where could they be?

Vá para o Fred Segal, e você as encontrará lá

Rindo alto para todas as pessoas olharem

Procurando por um cara pra pagar a champagne

(Solte um nome)

O que aconteceu com os sonhos de uma garota presidente?

Ela está dançando no clipe ao lado do 50 cent

Elas viajam em pacote de duas ou três

Com seus cachorrinhos e suas roupinhas minúsculas

Onde, oh onde, as pessoas inteligentes foram?

Oh onde, oh onde elas podem estar?

– Não... – Naraku falou pensativo. – Nada do que você disser me servirá como critica. – concluiu dando mais um sorriso.

– Por quê? – não reprimi o tom de curiosidade em minha voz.

Ele aproximou seu rosto, até me encarar frente a frente. Nossos olhos estavam fixados um no outro, até que ele murmurou:

– Porque sou do tipo de pessoa que sempre quer ser o melhor para as outras. – sorriu de canto. – E não deixar uma garota que age como uma estupida, mudar a minha concepção de pessoa boa. – e então piscou, para logo em seguida me soltar e passar por mim, saindo da sala e deixando a porta aberta. – Acho melhor ir pra casa Ice Queen, ou será que pretende passar o resto do dia no colégio? – ouvi sua voz debochada.

Não respondi.

Como ele havia ousado dizer aquilo de mim?

ELE ME CHAMOU DE ESTUPIDA. ESTUPIDA!

– SEU CRETINO! – gritei fechando a mão em um punho, ele provavelmente já tinha ido. Mas eu iria dar uma resposta em Naraku Kageyama, ah se ia.

Peguei minha bolsa e saí em passos rápidos e irritados da sala, o sinal já tinha tocado há 20 minutos, mas como eu estava esperando tentar ter alguma ideia para reconquistar o Inuyasha acabei indo para aquela sala, que na maioria das vezes era vazia.

Ainda tinham muitas pessoas nos corredores e todas elas desviavam para não esbarrar em mim. Eu sou um ótimo exemplo de superioridade e poder.

– Você demorou Kikyou, achei que já tinha ido embora a pé. – Kagura falou com uma voz incrivelmente enjoada. – Sua irmãzinha acabou de passar...

– Cala a boca. – cortei-a friamente, antes de seguir em direção ao carro da Yura, meu pai não poderia nos buscar hoje, então minha “amiga” havia ido de carro.

– Nossa como você tá estressada, Kiky. – comentou me seguindo. – Não conseguiu voltar com o Inu? – perguntou enquanto eu entrava no carro e ela fazia o mesmo.

– Ela precisa realmente responder, Kagura? – Yura falou revirando os olhos. – Vamos ao shopping? – perguntou enquanto ligava o carro.

– Quero ir para casa. – falei. – Preciso pensar em alguma maneira de enrolar o Inuyasha novamente. – comentei.

(Break it down now)

Disease's growing, it's epidemic

I'm scared that there ain't a cure

The world believes it and I'm going crazy

I cannot take any more

I'm so glad that I'll never fit in

That will never be me

Outcasts and girls with ambition

That's what I wanna see

Disasters all around

World despaired

Their only concern

Will they fuck up my hair

(Quebre isto agora)

A doença está se espalhando, é uma epidêmia

Estou com medo que não haja cura

O mundo acredita nisso e está me deixando louca

Eu não aguento mais

Estou tão feliz que nunca me ajustarei

Essa nunca seria eu

Garotas orgulhosas e ambiciosas

Isso é o que quero ver

Desastre por toda parte

Mundo desesperado

Sua única preocupação

Eles vão estragar o meu cabelo

– Tente agir como antes, ele sempre caia não é? – Kagura comentou. – Não entendo porque o comportamento dele mudou de repente...

– Se fosse só isso, ele não me teria... Despachado. – a morena dos olhos castanhos falou fazendo uma careta. – Alguma coisa mudou... Mas o quê?

– Ele continua o mesmo gato, jogador de futebol e com um ótimo porte atlético. O Miroku ainda é melhor amigo dele e...

– Ele passou a falar com a Kagome. – Kikyou concluiu estreitando os olhos.

– Está perdendo o bofe pra Kagomezinha... – Yura riu e eu estreitei os olhos.

– Você devia se preocupar com o Miroku, que a cada dia que passa está mais atirado pra cima da Sango. – rebati a encarando pelo canto do olho. – E não seja estupida Kagura, ele não acha Kagome mais bonita que eu. Não tem como. – falei vendo que a mesma ia falar algo.

– É lógico que a coisinha não pode ser mais bonita que você. – ela revirou os olhos vermelhos... Vermelhos como os de Naraku... – Ela nem ao menos sonha que aqueles sapatos estão fora de moda, melhor que ela é um ser fora de moda... – e então começou a tagarelar sobre algo que não prestei atenção.

“– Cansei dessa sua mania imbecil de ficar indo atrás da Kagome. – começou Kikyou apontando um dedo para ele. – Eu sou sua namorada, EU! Você me trata como se fossemos estranhos Inuyasha, nós ficávamos mais tempos juntos quando “FICAVAMOS”. Acha que eu sou alguma babaca? – e então seu tom de voz começou a aumentar. – Eu não quero você de jeito nenhum perto daquela imbecil que é a minha irmã. NÃO QUERO!

– Ui e você acha que manda em alguma merda? – Inuyasha retrucou começando a perder a paciência. – Eu cansei de você Kikyou. Na verdade nem sei direito porque eu comecei essa merda de namoro... Ah, sei sim e não, não foi por sua causa acredite nisso. Você é fútil, mimada, ignorante, vulgar, fora que é uma imbecil oferecida. Você está me deixando louco, eu não aguento mais essa porra de Inuzinho pra cá, Inuzinho pra lá. E nem tente falar nada da Kagome ela é INFINITAMENTE melhor que você! Doce, gentil e todos aqueles outros adjetivos que encantam as pessoas. E ninguém sabe disso, porque você sabe sua egoísta. Você tem inveja dela, inveja porque ela é tudo o que você não pode ser. E então saí por ai humilhando-a e acabando com a autoestima dela. Quer saber, você é apenas uma pobre coitada. – acrescentou com desprezo.”

Lembrei-me do que Inuyasha havia dito.

As palavras dele me feriram levemente, eu realmente gostava dele mais do que de qualquer outro namorado que eu tinha tido e isso é a mais pura verdade. Mas não posso dizer que o amo, ou que o amava. Ele era apenas mais suportável... Quase que como um amigo.

– Não vai descer? – Yura perguntou estranhando e notei que já estava em frente à minha casa. – Você tá estranha hoje... – não respondi, apenas ajeitei a bolsa em meu ombro e saí do carro já indo em direção a minha casa.

Eu estava estranha. Estou estranha e isso me deixa de mal humor.

Entrei em casa e ouvi Kaede cantarolando alguma música na cozinha, bati a porta e subi para o meu quarto, para me jogar em minha cama enquanto analisava o teto.

– Oras Kikyou, você nunca ligou para a opinião dos outros! – reclamei comigo mesma. – Sempre teve essa postura de patricinha mimada e fútil, apenas ligando para as próximas roupas que iria comprar e se iriam combinar com o esmalte e sapato que você ia usar, Porque vai se importar com o que Naraku disse? – repreendi-me. – Minhas metas de vida são comprar, gastar e estar na moda. O resto que se escafeda... AAAAARGH EU NÃO ACREDITO QUE FALEI ISSO!

Fiquei deitada por um enorme período de tempo, até que me irritei e decidi ir comer alguma coisa, não me importei por estar ainda com a mesma roupa que usei no colégio ou se meu cabelo estava meio bagunçado, ou até pelo fato... Pera, preciso ir ao cabelereiro e na manicure, a onde já se viu Kikyou Higurashi ficar com o cabelo feio e as unhas mal feitas?

Nunca.

Nem quando eu sofrer por aquele tal de... Amor não é? Ele que passe bem longe, porque nunca vou deixar de cuidar de mim mesma por causa de alguma decepção.

– Kaede o que tem pra comer? – perguntei ao ver a senhora levando umas sacolas pretas para fora da casa. – O que é isso? – perguntei estranhando.

– São roupas. – ela respondeu. – Pra doação.

– De quem? – perguntei encarando as sacolas. – Que eu saiba, ninguém aqui está doando roupas, Kaede.

– São da Kagome, senhorita. – a velhota respondeu antes de dar as costas para mim e sair da casa.

– Kagome? – perguntei confusa, mas ela não me respondeu. – Droga Kaede, você não me disse o que tem pra comer! – exclamei começando a ter um chilique.

Fim do Kikyou Pov’s.

– Não estranhe seu cabelo, e nem nada. – Jack falava impressionado, eu ainda não havia me visto, mas tinha passado por diversas coisas. Fiz a sobrancelha, ele cortou o meu cabelo, fizeram minhas unhas e passaram alguns cremes faciais em mim.

– Dizer mudanças sutis, é a mesma coisa que dizer para ele arrasar e sair jogando purpurina em tudo. – Sango falou me encarando. – Você ficou linda. E ah, a Kaede-Sama já começou a esvaziar o seu guarda-roupa. – ela falou com os olhos brilhando. – Eu queria muito fazer isso, mas...

– Será que eu posso me olhar no espelho? – perguntei não contendo a curiosidade. – Minhas sobrancelhas estão doendo...

– Você vai se acostumar diva. – ele deu ombros. – Agora feche os olhos, que eu irei virar você para o espelho. – mandou batendo as mãos animado.

– Mas...

– Não estrague a surpresa. – ele me cortou e então fechei os olhos. A Cadeira girou e Sango começou a contar:

– Um, dois, três e... Olá nova Kagome. – abri os olhos e me espantei com o que vi. Meus cabelos negros, antes simples e sem graça, estavam brilhantes e com vida. Jack havia feito uma franja totalmente desfiada, e deixado o comprimento totalmente repicado e também desfiado. Meus olhos pareciam mais azuis, e minha pele mil vezes mais bonita.

– Caramba... – murmurei impressionada. – Essa sou eu? – exibi meus dentes, e ali estavam os aparelhos. É aquela sou eu.

– Eu apenas revelei a beleza que estava escondida por baixo daqueles cabelos retos, mal tratados e aaaaaargh. – fingiu um calafrio. – Esse corte ficou tão... Lindo em você! – acrescentou bagunçando meus cabelos, que não ficaram bagunçados e sim mais bonitos. – Mas agora vá trocar de roupa, nada contra essas... Mentira, tudo contra essas roupas. Não é você, vá vestir as roupas novas. – mandou estralando os dedos.

Olhei para Sango e ela deu ombros, para depois dizer:

– Ele que manda aqui, e eu já disse minha opinião.

– Mas...

– Você vai se trocar, ou eu troco você aqui no meio de todo mundo. – Jack jogou os cabelos (?), que estavam em cima do ombro para trás.

– E-eu to indo! – falei e então Sango me entregou duas sacolas. – Mas a onde é o banhe...

– Kana querida, leve a Kagome até o toalete. – mandou e então uma moça de cabelos claros, quase que brancos indicou para que eu a seguisse. Ela tinha os olhos escuros, e estava com um avental lilás.

– Você ficou realmente muito bonita. – Kana sorriu. – Aqui está.

– O-Obrigada. – agradeci envergonhada, enquanto entrava no banheiro.

Tranquei a porta e me encarei no enorme espelho que tinha no banheiro.

É agora que as mudanças físicas vão começar, mas isso não significa que eu não vá mais passar por tudo o que passei. Arrumar meus cabelos, e trocar minhas roupas não vão mudar em mais nada além da minha aparência, mas isso não significa que ela não seja importante. Elas são um todo, ambas feridas e devastadas... Mas felizmente estão se curando de uma maneira que me agrada.

Abri uma das sacolas e peguei uma calça jeans azul escura, e uma camiseta branca, que tinha os dizeres : “Stop Making Sense”. Vesti-me rapidamente, estranhando a calça justa e a blusa.

Olhei para o meu all star e notei em seguida, que a segunda sacola continha uma caixa de sapatos. Peguei a mesma, implorando que não fossem saltos e felizmente não eram.

Era um tênis nike branco, com uns detalhes rosa. Era bonito.

O calcei e me encarei no espelho. Os óculos ainda estavam ali, o aparelho também.

Mas eu estava mais... Bonita?

Balancei a cabeça e peguei minhas outras roupas, as dobrando e pondo nas sacolas.

– VEJO UMA DIVA! – Jakotsu gritou assim que me viu, me surpreendi ao ver que os clientes não se assustaram nem nada, com o jeito espalhafatoso do dono... Sim, do dono.

– Tão linda... – Sango falou secando as lágrimas com um lenço. – Jack obrigada... – agradeceu tentando se recompor.

– Por nada queri...

– Eu me sinto estranha. – confessei e eles me encararam, fazendo com que eu me encolhesse um pouco.

– É normal. – Sango sorriu gentilmente. – Você logo se acostuma. – piscou.

– Eu espero... – dei uma risada baixa.

Ficamos no salão por um tempo, até que Sango disse que nós teríamos que ir já que a mãe dela mandou uma mensagem comentando sobre o quarto bagunçado da mesma, e que se ela não o arrumasse ficaria de castigo.

– Boa sorte com tudo isso. – Sango deu risada, quando paramos em frente a minha casa. Eu tinha sacolas penduradas até no meu pescoço. – Não se esqueça, amanhã é o grande dia ensaie alguma música. – piscou e então acelerou o carro.

Suspirei e comecei a caminhar em direção à minha casa, abri a porta com um pouco de dificuldade e encontrei Kikyou parada em frente à mesma.

Ela me olhou de cima a baixo.

– Adorei o corte de cabelo. – deu um sorriso de canto e então passou por mim, deixando-me sozinha.

Ela havia me feito um elogio?

 


Notas Finais


Continua... Mereço reviews? vou tentar responder as outras amanhã ! *-*


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